Serra entrega trecho duplicado da Raposo Tavares

Assis, 21 de agosto de 2009

sex, 21/08/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria cumprimentar o prefeito (de Assis) Ézio (Spera). Queria cumprimentar o vereador Arlindo (Alves de Souza), presidente da Câmara (Municipal de Assis). Queria cumprimentar o vice-prefeito (de Assis), João Rosa; o Mauro Arce, que é o nosso secretário (de Estado) dos Transportes; o dr. (Luiz Roberto) Barradas, que é secretário (de Estado) da Saúde; os deputados federais Abelardo Camarinha e Walter Ioshi aqui presentes, nossos amigos; os deputados estaduais Mauro Bragato, Ed Thomas, Vinicius Camarinha e o Camilo Gava, que nos falou.

Queria saudar os prefeitos, um montão de prefeitos. Prefeito de Palmital (Reinaldo Custódio da Silva), que é o presidente do Consórcio Intermunicipal do Paranapanema, (prefeitos de) Fernão, Arco-Íris, Lins, Herculândia, João Ramalho, Maracaí, Pedrinhas, Platina, Pedrinhas Paulista, Paraguaçu-Paulista, Birarema, Lutécia, Pompéia, Taciba, Campos Novos, Ribeirão do Sul, Quatá, Queiroz, Santa Cruz do Rio Pardo, Martinópolis, Rancharia, Nantes, Quintana, Florínia, Óleo, Cruzália, Oscar Bressani, Canitá, Tanumã, Ourinhos e Presidente Bernardes.

Queria agradecer a presença de tantos prefeitos aqui, que eu gosto muito de poder encontrar. Queria também cumprimentar os vice-prefeitos, vereadores, secretários municipais, representantes de associações e os professores e alunos que, pelo visto, foram saindo por causa da hora, de primeiro a quinto ano da rede municipal de ensino.

Nós hoje estamos inaugurando aqui uma obra muito importante, muito solicitada, que é a duplicação de quatro trechos da SP-270 (Rodovia Raposo Tavares), entre Assis e Maracaí – além do que nós melhoramos as pistas existentes. Foi uma obra que durou mais ou menos um ano – e custou bastante, porque são 25 quilômetros (de extensão), saiu por 106 milhões de reais. É uma obra cara, saiu mais de 4 milhões (de reais) por quilômetro. Mas era uma obra necessária, já foi dito aqui. Era uma rodovia, inclusive, perigosa – e vai dar muito mais segurança e rapidez no transporte de pessoas e de cargas aqui na região.

Da mesma maneira, recuperamos quatro acessos, em um total de 14 quilômetros, que completam o conjunto do complexo rodoviário daqui. É uma obra que está ligada a tudo aquilo que nós estamos fazendo em transporte em São Paulo. Inclusive com dinheiro que a gente obtém das concessões (de rodovias). Quando a gente faz uma concessão, a empresa que ganha tem que pagar para o Governo, além de fazer obras. E, ao pagar, nós pegamos esse dinheiro e a gente investe em vicinais, investe em outras coisas. Por isso é que São Paulo tem, de longe, o melhor sistema rodoviário do Brasil. É o modelo que deu certo. Tem gente que fica torcendo contra e quando faz, faz mal feito. Mas é um modelo que dá certo.

Aliás, todo mundo que vem de outros Estados, que eu converso, que vem por terra, fala disso, que percebem quando entraram em São Paulo por causa da situação das estradas. Tem outra coisa que vocês podem não acreditar. Outra coisa que o pessoal de fora fala é da rede de hospitais. Não há nada parecido no Brasil como a rede de hospitais que tem em São Paulo. E agora uma rede de AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades). Eu inaugurei um (hoje) há pouco, em Dracena, que é uma beleza, é uma beleza, tem 23 especialidades, vai fazer perto de 15 mil consultas por mês, vai fazer dezenas de milhares de exames. Enfim, para desafogar a demanda por consultas, que é um ponto de estrangulamento aqui no Estado de São Paulo.

Nós estamos fazendo 40 AMEs, inclusive aqui na região. Eu não gosto de falar porque, se de repente eu erro, vira um compromisso. Barradas! Cadê o (secretário da Saúde, Luiz Roberto) Barradas? Quais são os AMEs aqui da região?

Luiz Roberto Barradas, secretário da Saúde: Ourinhos, Tupã e Assis.

Governador José Serra: Vamos ter um em Assis, um em Ourinhos e um em Tupã. Então, vocês vão estar muito cobertos, inclusive os pequenos Municípios, porque os AMEs não são (apenas) para os Municípios onde eles estão localizados, são também para os Municípios (ao redor), eles são uma obra regional – e aí o que os prefeitos têm que fazer é providenciar uma condução, um agendamento e tudo (o) mais (para enviar aos ambulatórios os pacientes das suas cidades).

Agora, a concessão da Raposo Tavares vai fazer com que esta região, desde o Mato Grosso até São Paulo, tenha uma pista dupla. Não é brincadeira. Nós vamos ter pista dupla de Presidente Epitácio a São Paulo. Isso é uma coisa importantíssima, porque até hoje não existe, e vai ser graças à concessão, que é formada pelas rodovias João Batista Cabral Renno – entre Bauru e Santa Cruz do Rio Pardo – Orlando Quagliato – entre Santa Cruz (do Rio Pardo) e Ourinhos – e Raposo Tavares – de Ourinhos a Presidente Epitácio, lá na fronteira com (o) Mato Grosso do Sul. São 25 Municípios com 1,2 milhão de habitantes e o trecho administrado agora pela concessionária perfaz 440 quilômetros (de extensão).

Nós fizemos uma inovação aqui, que antes não tinha: é que a concessionária vai manter as vicinais vizinhas – porque é um inferno para os prefeitos a manutenção. Na área de abrangência da Raposo (Tavares), vão ser mantidos 390 quilômetros de vicinais, sem pedágio, sem custo nenhum para as Prefeituras. Isto, modéstia à parte, foi uma grande inovação que nós fizemos aqui em São Paulo. Portanto, (hoje) é um dia, para mim, um final de tarde de bastante alegria.

Agora, eu realmente queria reafirmar o nosso compromisso com a instalação do AME aqui em Assis. Nós também liberamos dinheiro aqui para a abertura de 10 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na Santa Casa, que são muito importantes. UTI é uma coisa… E, ainda na área da Saúde, vai ser construída uma unidade da Rede Lucy Montoro de Reabilitação, um hospital de reabilitação. Nós estamos fazendo 6 em São Paulo. E vai ter um na região, sediado em Marília, para reabilitar pessoas com deficiência. Porque nós estamos fazendo muito nessa área, e eu queria pedir aqui aos prefeitos que fizessem… criassem um setor para atender deficientes físicos. Não precisa ser uma… Eu criei uma Secretaria na Capital, depois no Estado, mas cidades pequenas não vão fazer uma Secretaria, podem fazer uma Coordenadoria… Às vezes, botar uma pessoa só já ajuda, não é? Realmente é uma coisa importante e a Linamara (Battistella), nossa secretária (dos Direitos da Pessoa com Deficiência), está inteiramente disponível para dar todo tipo de assessoria.

Mas por falar em Marília, eu queria desfazer um engano. O prefeito (de Marília) não veio aqui, não é? Mas eu queria desfazer um engano. Porque outro dia ele anunciou uma obra, dizendo que eu tinha liberado recurso. Isso não é verdade. (Trata-se) da ampliação da SP-333 (rodovia que recebe 10 denominações diferentes em todo o seu trajeto). Eu não liberei nada, não é verdade isso – e vai criar uma expectativa e daqui a pouco estão me cobrando. Até porque não tem o projeto, não se pode liberar dinheiro para uma coisa que não existe. O que nós estamos fazendo é fazer o projeto, não é? Para no futuro fazer. Mas não é uma coisa… porque senão agora, daqui a pouco, vão começar a cobrar uma coisa que não foi prometida, não é? Não porque eu seja contra (a estrada), mas porque não tem nenhum projeto. Tem que fazer… Estrada a gente tem que fazer um projeto. Isso eu quero que fique bem esclarecido, inclusive aos órgãos de comunicação aqui da região. Não é porque eu não considere a obra importante. A obra é muito importante, mas tem que fazer projeto, não é? Não há anúncio nesse sentido.

Bem, eu queria ainda lembrar que nesta região há 115 trechos contemplados no (programa) Pró-Vicinais de recuperação (de estradas). São 1.130 km, investimento de 202 milhões de reais. Agora, o Programa de Pavimentação, de novas vicinais, é de 183 quilômetros a mais. A vicinal reformada é feito nova, porque custa metade do preço de uma nova e não tem que fazer terraplanagem e muitas (outras) coisas. E nós vamos fazer, além do mais, como eu disse, 183 quilômetros novos. O DER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem) já está executando a recuperação de 84 quilômetros da SP-421, perto de Paraguaçu Paulista. Eu vou até lá em dezembro, se Deus quiser, para inaugurar.

Agora, como eu disse, a concessão da Raposo Tavares vai implicar em ligar desde Presidente Epitácio até a Capital (do Estado) com pista dupla, ida e volta – e de lá, claro, para Santos. O investimento que a empresa vai ter que fazer, a concessionária, é de quase 2 bilhões de reais, que vão sendo feitos nos próximos anos. Quer dizer, nós vamos ter aqui novidade em matéria rodoviária nos próximos anos sem parar – fazendo as obras mais essenciais, porque quem escolhe é o Governo e o Governo escuta os prefeitos, escuta os parlamentares, analisa e escolhe as obras corretas. Isso sem falar da Bauru-Marília, da duplicação, que também é uma reivindicação muito sentida e antiga aqui de toda a região.

Quero ainda dizer que aqui tem um problema que é esse anexo de detenção provisória que atrasa por um motivo: a firma que ganhou a concorrência é incompetente e ficou atrasando todo o processo. Às vezes a gente faz uma concorrência – porque tem que fazer, tem uma lei, etc e tal – e o incompetente ganha por menor preço, e aí atrasa a vida de toda a comunidade. Isso, por causa de umas portas que corriam. No final, o secretário resolveu fazer mesmo com fechadura, não é o ideal, e ele está evitando dizer a data para não ter de novo um desgaste, mas vai ser nesse segundo semestre.

E por último, eu quero dizer que a ETEC (Escola Técnica) aqui de Assis ganhou um novo curso de Açúcar e Álcool. Nós estamos aumentando muito as vagas em ETECs e Fatecs (Faculdades de Tecnologia) em São Paulo. Eu encontrei 70 mil vagas e nós vamos deixar 170 mil nas ETECs – e nas Fatecs eu encontrei 26 unidades e vamos deixar 52. Mas não é só fazendo nova não. É ampliando, como é o caso aqui de Assis. As vagas aqui na região, das ETECs, no que depende do Governo (do Estado) já quase duplicaram. Ou seja: nós fizemos tantas vagas quanto o que nós encontramos.

É uma pequena prestação de contas que eu me permitiria fazer aqui, e dizer que nós estamos muito atentos para todos os problemas, inclusive o da segurança, porque aqui teve problemas. O secretário interveio, fez mudanças, alterações e… Governo é para isso mesmo: ouvir as demandas, ouvir as reclamações, ouvir sugestões, nao é? E trabalhar. Porque nós estamos trabalhando por São Paulo – e nesse sentido esta região é muito importante. Trabalhar pela região de Assis é trabalhar por São Paulo e, como vocês sabem, trabalhar por São Paulo é trabalhar pelo Brasil.

Contem conosco, contem comigo. Muito obrigado!