Serra entrega Prêmio São Paulo de Literatura

São Paulo, 3 de agosto de 2009

seg, 03/08/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar meu boa noite a todos e a todas, dispensar as saudações individuais e cumprimentando o nosso secretário da Cultura, idealizador deste projeto, o João Sayad, e o prefeito (de São Paulo) Gilberto Kassab.

Este é um prêmio que, como vocês constatam, porque já é o segundo ano, veio pra ficar, pelo menos enquanto o Sayad estiver aqui (na Secretaria de Estado da Cultura) e nós à frente do Governo. Mas eu acredito que, com três anos, já se fixará um marco que permitirá que a cada ano o Festival e o Prêmio se repitam. Em 2008 nós tivemos acho que 140 e tantos romances registrados. Neste ano foram 217. É um aumento significativo.

A importância desse prêmio é, em primeiro lugar, financeira, porque é um prêmio realmente de valor substancial, e é o maior do País que se dá na literatura. Mas, além de reconhecer o mérito das obras e dos autores participantes, o prêmio valoriza a língua portuguesa na sua expressão literária, uma vez que é exigido que os livros concorrentes tenham sido escritos originalmente em português. Ao mesmo tempo, estimula a criação de novas obras, pois os livros concorrentes devem ter sido lançados no ano anterior ao do prêmio, são só esses que concorrem.

Fomenta a atividade editorial, porque a primeira edição deve ser feita necessariamente no Brasil, e não tem limites regionais. É um prêmio não apenas de âmbito nacional, mas ultrapassa até os limites territoriais do Brasil, desde que preencha as condições aqui citadas. Na verdade, as únicas fronteiras do prêmio são de natureza linguística, porque ele acompanha o nosso Fernando Pessoa quando dizia “minha língua é minha pátria”. Não é São Paulo, mas a língua portuguesa, a verdadeira pátria deste prêmio literário.

Muitas vezes foi dito que a literatura é a expressão da sociedade, assim como a palavra é a expressão do homem. Isto é uma citação politicamente incorreta, do tempo em que se dizia homem e não mulher, hoje teria que encontrar alguma expressão comum que incluísse os dois.
Por isso, mesmo nós estamos abertos a ela, à literatura. O Governo de São Paulo tem, aliás, desenvolvido muitas iniciativas nesta faixa de atuação. Por exemplo, o incentivo à leitura, inclusive de romances, contos e poesias nas escolas estaduais. O Festival Mantiqueira, que também veio pra ficar, que é um festival de diálogos sobre a literatura, que reúne escritores renomados, famosos, para conversar com o público sobre suas obras e a literatura em geral. As Viagens Literárias são uma parceria entre a Secretaria da Cultura e as bibliotecas públicas municipais envolvendo também bate-papos com autores, oficinas de criação literária e de “contação”, digamos assim, de história.

A implantação da Biblioteca São Paulo no Parque da Juventude, lá onde era o Carandiru, entrará em operação no dia do aniversário da cidade no ano que vem, em janeiro, dia 25. Nós investimos lá cerca de 12,5 milhões de reais, 10 do Governo do Estado e 2 e meio de incentivos no Ministério da Cultura. Entre outros avanços, essa biblioteca vai garantir o acesso integral a pessoas com deficiências e desenvolverá programas permanentes de promoção e incentivo à leitura.

Mencionaria ainda, não é precisamente no âmbito da Secretaria da Cultura, mas é relacionado, o papel crucial que tem na produção editorial de São Paulo da IMESP, Imprensa Oficial do Estado, que por si já desenvolve um trabalho amplo, vasto que abriga muitas edições importantes, menos de ficção, mais de história, mais de biografias, enfim, um conjunto de atividades que tem marcado, na verdade, o panorama cultural de São Paulo nos últimos anos.

Bem, neste ano em que se comemoram 100 anos da fundação da Academia Paulista de Letras, que o desembargador (José Renato) Nalini e seu presidente nos honra com a sua presença e que nós homenageamos. Nós damos e eu dou meus parabéns pessoais aos participantes do concurso e nosso muito, muito obrigado a todos pela presença e pela participação.