Serra entrega novo trecho do corredor Sumaré-Campinas

Sumaré, 2 de outubro de 2009

sex, 02/10/2009 - 16h55 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria, em primeiro lugar, dar parabéns a nós todos pelas Olimpíadas em 2016. No que depender de São Paulo, e no que depender de mim, esta Olimpíada será muito bem viabilizada. Queria cumprimentar o prefeito (de Sumaré) José Antonio Bacchim. Queria cumprimentar o vice(-prefeito de Sumaré), o Vilson (Oshin Alves); o Geraldo Medeiros, que é presidente da Câmara (de Vereadores de Sumaré) – e através dele queria saudar os vereadores presentes; o deputado federal Guilherme Campos, aqui de Campinas, nosso amigo; o deputado federal Vanderlei Macris, que é o mais votado aqui em Sumaré, mas que abdicou da palavra. Quero dizer que o Macris foi a primeira pessoa que me falou deste corredor aqui…  a partir daí não parou mais de falar, até hoje já estava cochichando aqui de novo no meu ouvido a esse respeito.

Quero cumprimentar os deputados (estaduais): a Célia Leão, que nos falou; o Jonas Donizette, que é vice-líder do Governo (na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo); o Chico Sardelli; o Davi Zaia; e o Edmir Chedid. Queria saudar o nosso secretário (de Estado dos Transportes Metropolitanos) José Luiz Portella; o secretário (de Estado) da Segurança (Pública), Antônio Ferreira Pinto; o comandante-geral da PM (Polícia Militar do Estado de São Paulo), coronel (Álvaro Batista) Camilo; o diretor do DEINTER (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) daqui da região (de Campinas), Paulo Bicudo. Queria cumprimentar os prefeitos, todos, através do prefeito de Campinas, o Hélio de Oliveira Santos. Eu estava dizendo para o nosso prefeito aqui (de Sumaré) que ele tem muito prestígio, porque eu nunca consegui que o Hélio viesse nas nossas inaugurações… Foi na de Hortolândia… Então é prestígio dos dois (prefeitos de Sumaré e de Hortolândia) aqui. O prefeito de Hortolândia (Ângelo Augusto Perugini) é o mais sortudo dos prefeitos de São Paulo, porque tem obra, tem corredor e tem empresa privada que vai para lá. Inclusive a de trens, que nós contratamos para o Metrô e para a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que acabou escolhendo Hortolândia para investir.

(Retomando as saudações:) coronel Alaor (José Gaspareto), da PM, comandante do policiamento da área daqui da região de Campinas; coronel (Julio de) Freitas (Gonçalves), diretor-presidente da EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano). Queria também cumprimentar os demais diretores da EMTU, secretários municipais, a todos e a todas.

Bem, o essencial desta obra já foi dito. Ela é uma obra que faz parte do corredor. Corredor este onde nós investimos 150 milhões de reais do Tesouro do Estado. Isto foi na veia do Tesouro, porque para cá não tivemos financiamento e nem co-participação. Mas a utilidade dela é óbvia, e é utilidade, como dizia o Jonas (Donizette, deputado estadual), para aqueles que trabalham, que vão ver o seu tempo de deslocamento encurtado. O corredor não vai terminar aqui, vai prosseguir no futuro. E é a primeira vez que se faz, fora da área da Capital e da Grande São Paulo um corredor. E que se justifica, uma vez que nós estamos na região mais desenvolvida do Estado de São Paulo, que é a região de Campinas, de longe.

Outro dia, não tem muito a ver com a solenidade de hoje, mas eu estava vendo o seguinte: 75% dos projetos de inovação que são apresentados à FAPESP, que é a Fundação do Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, 75% dos projetos de inovação são do interior. Não é incrível isso? Uma proporção semelhante é de profissionais universitários que têm mestrado e doutorado. O interior ganha de goleada também. E nós sabemos que essa região, mais do que qualquer outra… aliás, é a região onde eu me liguei na vida de professor, uma vez que sou professor agora aposentado da Universidade (Estadual) de Campinas (Unicamp). Estava até dizendo ao prefeito que foi naquela época que eu me acostumei a tomar guaraná em pó, por causa do calor. E na época a Unicamp não tinha salas com ar refrigerado – então, dar aula lá era entrar em um forno, naqueles antigos barracões. Não é também por coincidência que quando eu fui secretário (de Planejamento) do (ex-governador Franco) Montoro, junto com o (José Aristodemo) Pinotti, que era o reitor da Unicamp, nós duplicamos a área construída da Unicamp e eliminamos aqueles barracões como sala de aula. Corretamente, o Zeferino Vaz, que fez a Unicamp, ele investiu em capital humano, não em prédios… mas também chegou um ponto que os prédios tinham que ser refeitos.

Não vou me alongar muito mais na questão dessa obra, mas vou citar algo aqui da região. Eu vinha olhando no helicóptero e contei – fiquei lendo e depois acabei contando – o número de obras que estão concluídas na nossa gestão ou em andamento. O cálculo é impreciso, mas são cerca de 30 obras de todo tipo, concluídas já na nossa gestão – e 26 em andamento. Dá um total de 56. Como eu errei por baixo – quer dizer… não contei direito e fui arredondando, mas sempre com a preocupação de não exagerar, de não errar para cima – certamente nós temos umas 60 obras. Por obra eu chamo tudo: estrada, escola, saúde, enfim, em todas as áreas. O que é realmente impressionante em matéria de ações. Se eu fosse falar aqui, iria todo mundo embora, e eu iria ganhar um apelido, não do prefeito, que dizem que ele tem o apelido de Fidel (referência ao presidente cubano Fidel Castro) – os outros prefeitos dão porque ele gosta de falar bastante. Eu ia ganhar o apelido de Fidel mais Che Guevara (guerrilheiro que participou da revolução cubana), porque o Che também gostava de falar. 

Mas, entre outras, por exemplo, há uma coisa que até passa meio despercebida, que é lá em Campinas: nós já estamos construindo o Hospital de Reabilitação (da Rede de Reabilitação Lucy Montoro) lá, junto com o Instituto (Centro Infantil) Boldrini, que é um instituto de câncer. Mas nós estamos fazendo lá o Hospital de Reabilitação da Rede Lucy Montoro. São Paulo tem mais de 4 milhões de pessoas com deficiência física que, de alguma maneira, afeta a sua mobilidade. Então, nós criamos uma rede. Essa rede vai ter 9 hospitais no Estado de São Paulo, distribuídos geograficamente. Dois na Capital, um na Baixada (Santista), outro no Vale (do Paraíba), um aqui na Região (Metropolitana) de Campinas, em Marília – enfim, em diferentes lugares do Estado.

E estamos fazendo isso em Campinas, que também é um centro médico extraordinário. Nós vamos ter lá um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) – e até dois, dependendo do acerto quanto ao local, não é Hélio? O Ambulatório Médico é uma obra regional para consultas, que é um ponto de estrangulamento que tem na Saúde em São Paulo. Consulta é o negócio mais difícil que tem, uma consulta de ortopedia, disso, daquilo. E nós estamos fazendo Ambulatórios Médicos de Especialidades, só com especialistas, para fazer consulta e exame. São milhares (de consultas e exames) por mês. E estamos fazendo 40 (AMEs) no Estado de São Paulo inteiro, inclusive um também não muito longe daqui, que é em Jundiaí, além de vários outros lugares, para atenderem à população. Aí se acerta com os prefeitos, e os prefeitos fazem o agendamento, fazem a articulação, dão a condução para o pessoal ir se atender.

Outra questão que eu quero chamar a atenção é do Aeroporto de Viracopos (em Campinas). Nesta semana, o prefeito Hélio e eu tivemos uma vitória. Fomos nós dois que defendemos essa tese. O Governo Federal aprovou, finalmente, a tese da concessão do Aeroporto de Viracopos. Sem essa concessão, não teria a ampliação de Viracopos, porque a Infraero (Aeroportos Brasileiros) não ia fazer isso, uma obra grande, se arrastando ao longo dos anos – vai mudando o Governo, vai ter que fazer 10 concorrências no meio. A concessão implica uma única licitação, e depois vêm as obras ao longo do tempo. O que nós temos que fazer agora é resolver o problema com a Infraero, do projeto, para atenuar e para contornar as questões de natureza ambiental, que são legítimas.

Eu hoje dei uma volta pelo Rodoanel (Mário Covas) em São Paulo, que é uma obra fantástica, o Trecho Sul, que vai beneficiar muito esta região aqui. Porque hoje, para ir daqui para Santos, tem que passar por dentro da cidade (de São Paulo). Para ir da região de Campinas para Santos, a partir de março (de 2010), do final de março, vai ser só pegar o Rodoanel. Isso vai encurtar (em) 1 hora, provavelmente, o tempo de traslado.

Mas no Rodoanel, dá para ver de cima, mas dá para ver também na contabilidade, nós estamos gastando mais de 400 milhões de reais só na questão ambiental – um décimo do custo do Rodoanel está indo para a questão ambiental. Esse é um item importante da vida dos brasileiros e das brasileiras hoje. Portanto, vamos continuar a batalha por Viracopos, porque a minha tese é que o aeroporto grande de São Paulo, maior inclusive que o de Cumbica, tem que ser Viracopos, porque é perto de São Paulo. Nós já esticamos a alça do Anel Viário de Campinas, esticamos para Viracopos, depois vai ter trem. Trem demora, mas aeroporto também demora. O importante é ter uma solução já a curto prazo, enquanto as outras não vêm, que é o caminho viário. Eu defendo essa tese porque Viracopos hoje tem 2 milhões de passageiros por ano, pode chegar a 60 milhões. Não é brincadeira. Procurar um novo aeroporto para ser feito, adaptar a infraestrutura em São Paulo, é coisa para 10, 15 anos. Pode ser até que no futuro se faça, mas não é a solução, como se fala, para a Copa (do Mundo de Futebol) e agora para as Olimpíadas. Portanto, vamos continuar dando juntos esta batalha.

Queria também mencionar uma questão que a gente tem dado muita ênfase, que é o Ensino Técnico e Tecnológico. Só na minha gestão, até o ano que vem, nós teremos aberto 12 novas Escolas Técnicas (ETECs) aqui na região e 3 novas Faculdades de Tecnologia (FATECs), que forma tecnólogos. Eu vi uma ontem na cidade de Sertãozinho, uma FATEC que nós inauguramos. É incrível, mas é uma FATEC de solda. Eu imaginei que solda o sujeito bota aquela máscara lá, funde o metal e gruda. Nada. É uma faculdade de 3 anos só de especialistas em solda. Só São Paulo faz isso – e estamos fazendo isso em Sertãozinho. Essas FATECs… é muito mais do que slogan dizer que é ensino que vira emprego, ETEC e FATEC, porque as ETECs são para a garotada de nível médio.

Esta é a região mais aquinhoada do Estado de São Paulo, como é também das mais aquinhoadas na recuperação de vicinais. E tem uma vantagem: a concessionária que ganhou a (rodovia) Dom Pedro I vai ter que manter as vicinais do entorno, o que vai economizar dinheiro para as Prefeituras, para o Estado, e dá conforto para aqueles que usam as estradas, porque vai ter uma manutenção permanente sem pedágio, porque a concessionária vai fazer, no caso da Dom Pedro, porque nas novas concessões nós incluímos 1.000 quilômetros de manutenção de estradas vicinais. Aqui mesmo, Sumaré, terá duas vicinais na quarta etapa, que é a ligação com Hortolândia e Monte Mor. E praticamente há uma rede aqui em torno de tudo – e de quebra o prefeito leva também, embora não seja uma questão municipal, a reforma e ampliação do Fórum, que a gente espera inaugurar em fevereiro do ano que vem. Já está em obras, já está em bom andamento. 

Bem, eram essas questões que eu queria dizer aqui. E dizer que realmente nós estamos trabalhando por São Paulo. A campanha eleitoral foi muito antecipada, exageradamente, e desnecessariamente, inutilmente eu diria – inclusive porque muitas das decisões que hoje são especuladas pela impressa o tempo inteiro, políticos, etc. só vão ser tomadas, para a agonia geral, em abril, maio, até junho do ano que vem. Quem tem experiência sabe disso. De maneira que, na minha cabeça, essa é uma questão que está distante. Eu estou voltado para as questões de São Paulo. E nós governamos em parceria com a Assembléia Legislativa (do Estado de São Paulo) – e isso foi dito aqui pelo (deputado) Jonas (Donizette), e o que ele disse é absolutamente verdadeiro. Se nós conseguimos manter ou elevar para 20 bilhões de reais os investimentos no Estado de São Paulo, foi graças à cooperação da Assembléia Legislativa, que aprovou e melhorou a maioria dos nossos projetos, desde o Projeto Cidade Legal. Eu acho que foi o Jonas que se meteu mais diretamente (nesse projeto) como deputado.

Ontem, em Ribeirão Preto, me dizia a prefeita (Dárcy Vera) que está já para regularizar 1.800 moradias irregulares dentro do contexto do Cidade Legal. E eu presumo que isso está sendo feito aqui também na região (de Campinas). São 750 mil imóveis ilegais (em todo o Estado) e nós aprovamos uma lei que facilita essa legalização, inclusive diminuindo verticalmente o custo dos cartórios, do registro do primeiro imóvel. Temos, por outro lado, o outro pé da parceria. São Paulo anda com 3 pernas: o Governo do Estado, a Assembléia Legislativa, os parlamentares, e os prefeitos, que são nossos parceiros. São de verdade, os prefeitos sabem disso independentemente da coloração partidária. Eu sabia que o prefeito de Sumaré era do PT, mas quando eu estava no caminho eu não me lembrava. E eu fui olhar e aí que eu vi de novo que era do PT. Eu às vezes vou para uma cidade, eu pergunto na hora que chego de que partido é o prefeito. Porque eu considero importante fazer as coisas sem ficar prestando atenção nisso. Quando é em outra hora a gente olha, evidentemente leva em conta, mas não na hora de trabalhar. Na hora de trabalhar, trabalhamos todos juntos. Parlamentares, executivo e prefeitos, e Municípios.

Queria aqui dar meu abraço a todos e a todas, e dizer que contem conosco, contem comigo pessoalmente, da mesma maneira que a gente conta com vocês.

Muito obrigado!