Governador José Serra: …(Ininteligível)… Queria saudar a Bete França, que é a secretária municipal da Habitação (de São Paulo) em exercício; os secretários (municipais) Walter Feldman (dos Esportes) e Jorge Tadeu Mudalem (Especial de Articulação Metropolitana); o Ruy Ohtake, que é o arquiteto responsável pela proposta cromática implantada aqui na região; o pastor Wellington (Paulino Bezerra), presidente da comissão do Projeto Pantanal. Queria saudar também os vereadores… três vereadores batalhadores… Quero dar o meu testemunho aqui. É gente de briga, em benefício da nossa cidade: o Adolfo Quintas, que foi o mais votado, o Ricardo Teixeira e o Gilberto Natalino. Queria saudar também os subprefeitos de São Miguel Paulista, o Diógenes (Sandim), que é medico, foi subprefeito do Itaim Paulista e agora é de São Miguel, um grande subprefeito; e o subprefeito que o sucedeu no Itaim Paulista(/Curuçá), o Celso Capato. Queria (saudar) também o Eduardo (Camargo), que é o (subprefeito) de Ermelino Matarazzo (/Ponte Rasa). Queria saudar os diretores, funcionários e colaboradores da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano); os futuros moradores do conjunto habitacional Vila Jacuí B2, o presidente da Associação dos Moradores do bairro e lideranças comunitárias.
O que nós na verdade estamos fazendo é transformar o (Jardim) Pantanal num bairro. Eu me lembro (de) quando eu vim aqui, no começo dos anos (19)90: era dos piores lugares de São Paulo. Como disse o Walter (Feldman), uma várzea, um rio poluído, sem acesso a equipamentos – a pior situação. E aqui moram quantas famílias? Oito mil famílias.
O Governo do Estado começou a trabalhar aqui na época do (ex-governador Mário) Covas. E nós estamos agora numa fase muito adiantada desse trabalho. Não é um trabalho que chama muito a atenção. Há pouco, a minha assessora de imprensa (veio) dizendo (que) nós convocamos toda a imprensa: rádios, televisão, jornais… Ela veio me dizer que aqui só tem dois órgãos de imprensa, o DCI (Diário do Comércio, Indústria e Serviços) e a Folha de São Paulo. O Pantanal é tão longe que, se não tiver problema, a imprensa não vem. Se tiver um problema, é obvio que imediatamente virá. Quer dizer, digo a maioria da imprensa, porque há dois órgãos que heroicamente compareceram aqui.
Bem, hoje nós estamos entregando 372 unidades. São moradias muito bem feitas. O Lair (Krähenbühl, secretário de Estado da Habitação) deu aqui as indicações: azulejo até o teto, piso, pé direito alto. Enfim, são apartamentos decentes. Não é, como se dizia no meu tempo, de quarto, penico e fogareiro. Lembra? Eu não sei se lembra, mas antigamente se falava isso. Não são apartamentos assim. E tem uma novidade: as famílias vão ter permissão de uso por um ano, pagando mensalidades muito, muito baixas. Da ordem de quanto, Lair? Da ordem de 70 reais (por mês). Dali um ano vão ser avaliados as condições de pagamento, como é que o prédio ficou etc. e tal – e (os moradores) poderão ficar definitivamente.
É uma experiência muito interessante, e é única, feita pela CDHU, que é do Governo de São Paulo. Nós investimos aqui… Aqui são famílias, a maior parte, 97% de cada 100 famílias, 97 (entre 100) ganham até três salários mínimos. E aqui foram investidos cerca de 21 milhões de reais, mais ou menos. Só no prédio, sem contar o terreno e contar outras coisas.
Bem, além disso, nós estamos aqui embarcados numa área de lazer, que o Walter Feldman é o responsável. Campo de futebol, quadra poliesportiva, pista de skate, pista de caminhada, playground, anfiteatro, bicicletário, horta comunitária e bancos – isto é no núcleo da União Vila Nova, e só essa área em si já tem 15 mil metros quadrados. Ou seja, nós não estamos amontoando os apartamentos, estamos fazendo junto com o parque, que vai ser esse parque central. Como o Adolfo disse, e é verdade, nós vamos fazer uma estação aqui também. Já tem uma licitação, não é isso? Já tem um projeto sendo licitado. Portanto, vai facilitar muito as condições de transporte.
E tem uma coisa que eu queria dizer aqui e que, vou ser bem sincero, me ocorreu quando eu estava aqui, em cima do palanque, em cima desse palco. Vamos conversar… Pedi até ao Walter (Feldman) para ligar para o (Gilberto) Kassab (prefeito de São Paulo), mas (ele) não encontrou o Kassab. Onde é que ele anda? O Kassab está inaugurando obra no centro da cidade, não é? Eu vou conseguir falar com ele, mas vou pedir ao Mudalem, que é secretário de Articulações Metropolitanas da Prefeitura (de São Paulo), e ao Walter Feldman, que é secretário de Esportes, que conversem com ele. Para quê? Para a gente fazer aqui, em parceria, uma Escola Técnica para todo o Pantanal. Uma Etec, uma Escola Técnica, para a garotada entre 15 e 17 anos. É (curso ministrado) na época do Ensino Médio, para conseguir um emprego. Porque a Etec funciona.
Nós vamos fazer isso em pareceria com a Prefeitura. A Prefeitura tem que arranjar o local, viabilizar o local, porque para o Estado é muito difícil ficar catando local no Estado inteiro. Nós estamos aumentando… Eu encontrei (no início do atual Governo) uns 60, 70 mil alunos de ensino técnico. Nós vamos aumentar em cem mil no Estado inteiro – e fazemos isso em colaboração com as Prefeituras. Quem paga somos nós (o Governo do Estado), a manutenção da escola, que é o mais caro. Mas, no local (prédio), as Prefeituras ajudam. Portanto, o Walter Feldman e o Mudalem têm que viabilizar isso.
É importante saber que na Zona Leste, até agora, nós já entregamos quase oito mil imóveis para as famílias. Estamos edificando mais de 9.300. É incrível o grau de aceleração. Só nisso, nos imóveis já entregues, desde 2007 – estou contando minha gestão, porque antes se fez bastante também em toda Zona Leste – foram (investidos) 170 milhões de reais. E agora nós estamos pondo aqui praticamente 300 milhões de reais na Zona Leste, (na construção de) de moradias. E nesse total eu não estou incluindo as 372 (unidades) de hoje.
Aqui no Pantanal, (desde) quando o Covas começou, em 2005, até a nossa gestão, foram beneficiadas 4.831 famílias, com duas coisas: moradia e lote urbanizado. Lote urbanizado tem uma importância enorme! Essa etapa (se) encerrou em 2007, e nós começamos uma outra, que vai beneficiar 3.500 famílias com lote urbanizado e novas moradias. Portanto, até o final do ano que vem nós teremos um total de famílias beneficiadas de 8.340. É praticamente a totalidade das famílias que aqui vivem. Mais de 50 mil pessoas. É impressionante!
Aqui, além do mais, tem uma cooperativa. (Estamos fazendo) a implantação da travessia sob as vias da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos); uma perspectiva (de) alteração de via férrea permanente; adequação do sistema viário para acesso ao bairro; concentração do centro de convivência; implantação da sede da cooperativa de reciclagem, que foi contemplada com o prêmio internacional que teve aqui pelo trabalho feito; até os catadores foram capacitados. Em setembro está pronto.
Então, (o que estamos fazendo) é transformar o que era uma favela em um bairro decente. E com esta Etec nós vamos dar uma promoção, mais ainda. Eu vou falar com o Geraldo Alckmin, que é o secretário, foi governador, e hoje é o secretário de Desenvolvimento que cuida das Escolas Técnicas e (Faculdades) Tecnológicas. E o Walter e o Mudalem vão falar com o Kassab. Além dos vereadores aqui presentes, o Adolfo, o Ricardo e o Natalini, que vão também encaminhar (essa matéria).
Bem, era isso que eu queria dizer, sem ir muito longe. Nós estamos trabalhando, como disse o Walter, de mãos dadas, Estado e Prefeitura. Isso tem funcionado em benefício da população de São Paulo. Essa estação que nós vamos fazer, ela é um pontinho dentro de uma grande linha de investimentos que nós estamos fazendo nos trens do Metrô, nos trens da CPTM, até obras viárias – como é o caso da Marginal Tietê, (onde) vamos fazer mais pistas; o Rodoanel, que é lá longe daqui, mas que tem um benefício imenso; a Jacu Pêssego, que é aqui perto. Obras do Parque Linear… Enfim, tem muita coisa… o Parque Linear, que vai ser uma beleza; a estação São Miguel, tudo isso para melhorar as condições de vida, o meio ambiente, a moradia e também (dar) mais oportunidades de emprego, que é o que a nossa juventude precisa.
Um quarto dos jovens em idade de trabalhar estão desempregados aqui na região metropolitana de São Paulo. Essa é a dura realidade. Não é o Governo do Estado que tem a maior responsabilidade no enfrentamento do desemprego, é o Governo Federal. Mas nós ajudamos, nós cooperamos, nós tomamos medidas para que as pessoas em São Paulo tenham mais emprego, sejam melhor qualificadas. Que possam, neste momento de crise econômica, enfrentar e dar a volta por cima nessa situação. É isto.
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