Serra entrega Fatec e moradias da CDHU em Piracicaba

Piracicaba, 13 de novembro de 2009

sex, 13/11/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas, dizer da minha alegria de voltar novamente aqui a Piracicaba. Queria saudar o nosso prefeito, Barjas (Negri), que é tão justamente avaliado aqui na sua gestão à frente do Município. O Barjas, com quem eu tenho relação desde que voltei ao Brasil, desde 1978, quando fui candidato a deputado federal, mas fui cassado – a candidatura foi cassada naquela época. Estudou na UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), terminou sendo secretário executivo e depois ministro da Saúde. Muito do que eu fiz no Ministério da Saúde não teria feito sem o Barjas, que foi uma peça chave do nosso desempenho àquela época – e que agora está governando Piracicaba pelo segundo mandato. Quero dizer que esta relação de amizade, de proximidade, não impede que ele seja um grande pressionador pelas coisas de Piracicaba. Está o tempo inteiro em cima, e sempre pedindo mais. A gente vai atendendo, mas… atende uma coisa, (ele) pede duas; atende duas, (ele) pede quatro. E vai por aí…

Queria cumprimentar o vereador Zé Aparecido (José Aparecido Longatto), presidente da Câmara (Municipal de Piracicaba); o nosso amigo, ex-prefeito e deputado federal Mendes Thame, que é presidente também da executiva estadual do PSDB; o deputado federal, nosso amigo Guilherme Campos; o Roberto Morais, do PPS, deputado estadual aqui da região e de Piracicaba; o ex-governador e atual secretário de Estado de Desenvolvimento, o Geraldo Alckmin, que no seu Governo deu um grande impulso às FATECs (Faculdades de Tecnologia) – ele encontrou 9 e deixou 26; foi a partir daí que nós nos propusemos a levar para 52, entre elas, esta. Já estamos com 49 feitas, não é isso, Alckmin? (Já estão) funcionando. Isso significa atingir a meta um ano antes, praticamente.

Queria saudar também, além do Lair (Krähenbühl, secretário de Estado da Habitação), a Laura (Laganá), que é (diretora) superintendente do Centro Paula Souza; o Hermas (Germeck), que é o diretor desta FATEC; os prefeitos de Águas de São Pedro, Santa Maria da Serra, Elias Fausto, Saltinho, São Pedro, Valinhos, Rio das Pedras e Itatiba – todas Prefeituras ricas. Queria também cumprimentar os alunos, os professores, professoras, funcionários da FATEC e os futuros moradores do Conjunto Habitacional de Piracicaba. É o Piracicaba H.

Bem… Mas nós estamos hoje aqui para a entrega de 226 unidades habitacionais da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano do Estado de São Paulo). Já entregamos 246. Agora são 226 e mais 241 até outubro. Ou seja: no total 713. Mais ainda anunciou o Lair. Nós vamos entregar também o Natal em Casa, que são mais de 800 moradias… perdão, 950… quer dizer, eu errei para baixo: 950 até o Natal. Estamos nos empenhando nessa direção.

Eu creio que Piracicaba é que está tendo a maior densidade de ação da CDHU no Estado, se for dividir o número de moradias pelo número de habitantes. O que é, para o Município, uma coisa muito boa, e uma satisfação para nós, porque aqui as coisas andam, caminham. Em muitos lugares, a construção fica encalacrada, não se consegue tocar para adiante. Mas isso, sem dúvida, mais de 1.500, 1.600 habitações, tem um peso expressivo na vida da cidade e na condição de existência de muitas famílias.

Outro evento aqui é o da FATEC, que na verdade já está funcionando, com cursos de Biocombustíveis. No ano que vem, a partir do primeiro semestre, teremos um curso adicional de Gestão Empresarial, com 80 vagas – 40 à tarde e 40 à noite. Isso significa um benefício para a região, não só para a cidade de Piracicaba, (mas também) para São Paulo e para o Brasil. O que nós estamos fazendo aqui é qualificar, abrir oportunidades de emprego para a juventude – e atacar um problema que o Mendes Thame muito apropriadamente apontava aqui: falta emprego para os jovens no Brasil, falta… a oferta de emprego é muito fraca. Mas, além de faltar oferta de emprego, das que tem muitas não são preenchidas porque o pessoal não tem qualificação. Você (Mendes Thame) deu um número: 200 mil, 200 mil vagas que existem e não tem gente qualificada para isso.

Então, o que é que nós estamos fazendo? Nós estamos investindo em São Paulo como um nenhum outro lugar do Brasil se faz. E não é nada simbólico. Às vezes em Governo se fazem coisas simbólicas, uma amostra grátis, uma obra aqui, uma obra ali, para chegar na campanha e poder mencionar. Nós estamos fazendo uma ofensiva realmente muito expressiva. Uma tal quantidade que muda a qualidade. A nossa idéia, no caso, das ETECs (Escolas Técnicas), é elevar para 177 mil alunos. Já aumentamos as vagas na ETECs, e aqui inclui a ETEC de Piracicaba, em 144%. Ou seja, duas vezes e meia, isto aqui na região.

Nas FATECs, que são de ensino superior, de 3 anos, como esta, nós triplicamos as vagas na região de Campinas, que inclui Piracicaba. Não é brincadeira, foi mais ou menos de 500 para mais ou menos 1.500. Isso é uma mudança incrível. Quer dizer, é quantidade que muda a qualidade – e esta que é a região mais avançada do Estado, em matéria de industrialização, vai conseguir sustentar essa posição indo mais para adiante, ajudando o Estado e ajudando o nosso país.

Olha, nós temos aqui, FATECs, na região, em Americana, Bragança, Indaiatuba, Jundiaí, Mococa, Mogi-Mirim e Piracicaba. As de Piracicaba, de Mogi-Mirim e Bragança, nós fizemos já, e nas outras tem tido expansão das vagas – aliás, o que acontece com as ETECs. O aumento do número de vagas é bem maior do que o número de unidades de ETECs. Por quê? Porque nós estamos aumentando o tamanho delas, expandindo as possibilidades de atendimento de alunos. Inclusive, aqui na região de Campinas o Centro Paula Souza, que é o braço do Estado nessa área de atuação, fez um convênio com a Secretaria de Educação, não é, Geraldo (Alckmin)? Para ocupar à noite as instalações de ETECs, para os alunos do Ensino Médio: 1.500 vagas na região de Campinas.

E este é um tipo de entendimento que vai se alastrar pelo Estado de São Paulo. Como a gente tem também, na Secretaria do Trabalho e Emprego, muita atividade de qualificação. São 40 mil desempregados neste ano, que estão sendo treinados – aqueles que não têm seguro-desemprego recebem bolsa. Enfim, nós estamos investindo naquilo que é mais importante para a riqueza de um País, de uma economia, que é o fator humano. Quando a gente olha o que acontece no mundo, no Sudeste Asiático, são todos países pobres em matéria de recursos naturais: Japão, Coréia, Taiwan, todos países paupérrimos nessa matéria – mas eles são ricos em Educação e em Recursos Humanos, voltados também para o trabalho e para o emprego.

Para a gente, o ensino em si é muito importante, independentemente da questão econômica. Por quê? Porque melhora. Conhecimento é uma arma que as pessoas têm para serem mais livres, mais felizes. Vale a pena conhecer mesmo que não seja para trabalhar, mas temos que ter a preocupação do emprego e do trabalho. Daí, inclusive, que o lema do Centro Paula Souza é: ‘O ensino que vira emprego’. Este é um dos melhores lemas que eu já vi na minha vida pública. ‘O ensino que vira emprego’.

Numa FATEC, na média, 9 em cada 10 alunos conseguem trabalho no espaço de um ano. Numa ETEC, quase 4 de cada 5 alunos formados conseguem emprego. Em São Paulo, acrescentando ao dado do Thame, na área de Tecnologia da Informação, tem 30 mil ofertas de emprego que não são preenchidas porque não tem gente treinada. É uma barbaridade isso. Então, nós juntamos com essa prioridade a necessidade de emprego do jovem. Oportunidades na vida com a necessidade da economia.

Mas aqui na região, nós temos várias coisas importantes que eu gostaria de mencionar muito brevemente. Nós criamos aqui o AME, um Ambulatório Médico de Especialidades, que eu imagino, vem funcionando muito bem. É a informação que eu tenho… Quantas consultas, Barjas, em média? Imaginem só, são 400 cirurgias! São cirurgias pequenas, não são cirurgias de muita gravidade, mas que infernizam, quando não são feitas, a vida das pessoas. E isto é atendimento regional – não haveria 400 pessoas para serem operadas por mês aqui em Piracicaba, é um atendimento para a região.

Temos um Poupatempo que será entregue em fevereiro. Muita perturbação no caminho desse Poupatempo, por que… Por falhas na elaboração de projeto, acabou atrasando, mas vai ser entregue, isso é o mais importante, também como obra regional.

E fizemos aqui, com um recurso pequeno, mas que correspondia a uma aspiração de Piracicaba, uma contribuição para o Museu de História Prudente de Moraes, que eu já visitei em uma outra oportunidade. E este Parque Tecnológico aqui: são R$ 6,1 milhões do Governo para cá, metade já veio. Para quê? Para fomentar o empreendedorismo junto com a inovação. Nós vamos ter incubadoras aqui funcionando, numa área, como disse o Barjas, imensa, em cooperação com a iniciativa privada – a FATEC no meio, perto do anel viário. Ou seja: aí nós estamos investindo é no futuro, não apenas copiando coisas, que é legítimo e necessário, mas também inovando. Estamos produzindo atividade econômica nova aqui na região. Eu insisto também na região, porque é uma obra de natureza regional.

E, ao mesmo tempo, nós estamos dando cobertura para Piracicaba abrigar uma fábrica de automóveis, a Hyundai. O Governo do Estado está dando a cobertura, foi uma grande batalha para que a empresa ficasse e investisse no Estado de São Paulo. Depois da batalha entre os Municípios. Nós não tomamos partido, os Municípios negociaram com a Hyundai, mas nós nos comprometemos a ajudar aquele que vencesse, que atraísse a empresa, com obras que vão facilitar a instalação. Já destinamos R$ 7 milhões para isso, e no ano que vem serão mais R$ 40 milhões, não é, Geraldo (Alckmnin)? É uma fábrica… Quantos empregos são diretos, Barjas? Sete mil empregos no conjunto, sem falar da elevação do status de Piracicaba como centro econômico dentro do Estado de São Paulo.

E (temos ainda) o aproveitamento dessa malha rodoviária, que é boa, mas que vai ficar melhor ainda com o Anel Viário, que é uma clausula das primeiras que nós fizemos apara a concessão de estradas. Aliás, a concessionária vai manter aqui na região 200 quilômetros de estradas vicinais de graça. Isso, para o prefeito, é um presente de avó para filho, para neto… Não é nem de pai para filho. É de avó, é de mulher. Ou avô, como eu, como o Geraldo, que dá qualquer coisa para os netos. Mas realmente é uma boa. Realmente é algo que vai facilitar muito a vida dentro da cidade e todo o transporte.

Paralelamente, a famosa duplicação da Rodovia do Açúcar, até Salto, que também está incluída na concessão a ser feita, e deve ser feita nas duas, ainda na gestão do Prefeito Barjas Negri. Bem, são essas questões que eu queria apontar aqui… Ah, sim! Eu falei das vicinais. Aqui na região são mais… quase 700 quilômetros dentro do Programa Pró-Vicinais, que recupera inteiramente a estrada. A estrada é feita de novo. Quando chegarmos à quarta etapa, é que chegaremos perto desses 700 quilômetros. Aqui já tiveram duas vicinais, não é? Vamos ter mais duas aqui, intercorrendo toda a região nos diferentes Municípios.

Enfim, estamos trabalhando, e estamos cumprindo, na verdade, nada mais do que a obrigação, que é de apoiar o desenvolvimento do Estado de São Paulo, principalmente do nosso interior, que caminha com as próprias pernas, que precisa do Governo para infraestrutura, para infraestrutura social também, mas que tem uma grande capacidade de gestão nos seus Municípios, que tem uma grande capacidade empresarial na área privada. E tem políticos também que sabem lutar pelas diferentes regiões, pelas suas comunidades, como é o caso aqui de Piracicaba, do Thame e do Roberto e da região dos outros deputados, que também hoje nos acompanham, mesmo alguns que aqui não estão, mas que eu sei que dão uma batalha muito grande, a gente sempre está atento para as suas reivindicações.

Temos uma parceria muito boa com a Assembléia Legislativa (do Estado de São Paulo), e temos uma parceria muito boa com as Prefeituras de São Paulo. E o que queremos, acima de tudo, é uma parceria muito boa com todos vocês, com toda a população aqui da região, aqui na FATEC, com os professores, professoras, os nossos funcionários. Parceria pelo bem de São Paulo e pelo bem do Brasil.

Muito obrigado!