Serra entrega Etec de Poá

Poá, 5 de outubro de 2009

seg, 05/10/2009 - 16h30 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar meu boa tarde a todos e a todas, e pedir desculpas pelo atraso. Infelizmente aparecem coisas inesperadas e a gente não tem como deixar de atender. Queria cumprimentar o Testinha (Francisco Pereira de Sousa), o prefeito (de Poá); os deputados estaduais… o Estevam Galvão, que é o mais votado aqui, que nos falou, e o deputado (Luiz Carlos) Gondim, do PPS, dois grandes parceiros nossos na Assembléia Legislativa (do Estado de São Paulo). Queria cumprimentar o vice-prefeito (de Poá), o Marcos Borges. Queria saudar o vereador (José Ricardo) Massa, que é o presidente da Câmara (de Vereadores) de Poá.

Queria cumprimentar também a Laura Laganá, que é (a diretora) superintendente do Centro Paula Souza; os prefeitos aqui presentes de Ferraz de Vasconcelos, de Mogi (das Cruzes), de Itaquá (Itaquaquecetuba), de Biritiba (Mirim), de Guararema, de Arujá, de Santa Isabel. Queria também cumprimentar o diretor da nova escola, o Sílvio Martins Sousa. Queria cumprimentar o Antônio de Souza Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção Civil de São Paulo; e também a Andréa Pelizari, que é subprefeita de Pirituba/Jaraguá na Prefeitura de São Paulo.

Nós estamos inaugurando hoje, formalmente, uma nova escola, que é uma a mais do que nós estamos fazendo aqui na região. Nós ampliamos muito o Ensino Técnico e Tecnológico aqui. Nós abrimos já 4 ETECs – 4 Escolas Técnicas e 3 Faculdades de Tecnologia (FATECs) no Alto Tietê. Antes, não tinha nenhuma. Portanto, esse é um salto importantíssimo – e, mais ainda: eu quero anunciar uma nova ETEC, que nós vamos fazer em Arujá. Sempre que possível, a gente faz as ETECs em pareceria com os Municípios, e é muito importante que os Municípios andem depressa nisso. A parceria é a parte menos, eu diria, custosa, mas que dá muito trabalho, que é na parte do prédio. Porque o que custa de verdade numa escola, depois, é a manutenção. Tanto na área da Saúde quanto da Educação, o investimento não é tão alto. Mas um hospital qualquer que a gente faça, nós gastamos em um ano o equivalente à construção do hospital. Na Educação é um pouco menos, mas é mais ou menos do mesmo padrão, também.

Portanto, o encargo é do Estado, mas arranjar um terreno, dar um lugar, construir o prédio e etc. é uma parceria muito importante, porque apressa melhor as coisas, porque faz uma coisa mais adequada, o prefeito tende a caprichar mais do que se fizermos algo centralizadamente, e envolve também a Prefeitura na parceria. Porque nós queremos isso, ter as Prefeituras próximas, independentemente da filiação partidária do prefeito. Eu, para ser bem sincero, cheguei aqui, conversei com ele no carro, eu nem sabia de que partido o prefeito era. Eu soube agora, quando peguei a ficha. Eu fui olhar e fui ver que era do PDT. Mas, para nós, isso não tem nenhuma importância. O que a gente está trabalhando é para São Paulo, para os Municípios, e queremos que as coisas saiam da melhor maneira possível.

Aqui os cursos vão ser de Administração, de Informática e de Informática para a Internet. Eu fico pensando o que deve ser isso. Para mim, que só sei entrar no e-mail e sair, e quando muito pegar uma ou outra notícia, fico imaginando o que em um ano e meio o pessoal vai aprender, como vai dominar isso. E melhora muito a presença no mercado de trabalho depois, porque as estatísticas que a gente tem mostram que 4 de cada 5 alunos formados em uma ETEC têm emprego, conseguem emprego. Eu me lembro que em São Paulo tem 30 mil vagas na área de Tecnologia da Informação, oferecidas pelas empresas, que não são preenchidas porque não tem gente qualificada. Vocês imaginam: isso em uma época de desemprego alto e desemprego que pega, principalmente, a nossa juventude. De maneira que a ETEC realmente é o ensino que vira emprego. Esse é mais do que o slogan, é uma verdade, uma realidade. E as FATECs, que são Faculdades de Tecnologia, formam especialistas de nível superior, tecnólogos – 3 anos (de duração). É uma coisa que vai direto na veia da qualificação dos nossos jovens.

Ao mesmo tempo, nós vamos oferecer aqui, a partir do ano que vem, também o Ensino Médio. O Ensino Médio que é proporcionado no Centro Paula Souza, que é do Estado, é o melhor que tem na área pública de São Paulo e do Brasil. É um Ensino Médio de muito melhor qualidade. A gente sabe que a parte mais frágil do sistema de ensino nosso é o Ensino Médio, que deixa muito a desejar. Muito. Na Paula Souza ele é o melhor que nós temos, e aqui vão ser oferecidas 80 vagas a partir do ano que vem. Muitos vão ser alunos, ou poderão ser alunos da própria ETEC, ou vir a ser alunos da própria ETEC. E até o fim do nosso plano de expansão nós prevemos aqui 1.200 matriculas, no caso do Ensino Técnico. Eu não sei, Laura, quanto vai ser o total de alunos na região, entre ETECs e FATECs – você podia me dar? Bem… no Alto Tietê (serão) 6 mil. Não tinha nenhum até pouco tempo. Vocês vêm que isso muda a realidade, muda a situação. E nós queremos é ir aperfeiçoando.

Queremos que esse ensino (Técnico e Tecnológico) tenha um padrão de qualidade. E estamos vigilantes nisso, porque a expansão é muito forte. Nós aumentamos em cerca de 3 vezes o orçamento do Centro Paula Souza. As FATECs, nós encontramos 26, já temos umas 48, 49 – e vamos deixar 52, pelo menos. Alunos de ETECs – porque a gente tem que contar a ampliação do número de vagas e não apenas as novas – nós pegamos uns 60 (mil), 70 mil e vamos levar a 170 mil vagas no ano que vem. A Laura deu um dado interessante: é que aqui, na Região Metropolitana, é onde nós estamos expandindo mais no Estado de São Paulo. Não estamos deixando de expandir no interior, mas estamos preenchendo uma falha. Porque onde o Ensino Técnico e Tecnológico tinha menor dimensão era na Grande São Paulo, que é exatamente onde nós temos mais desemprego e falta de oportunidades para os jovens. Portanto, nós estamos elevando, na Região Metropolitana de São Paulo, de 12 mil alunos para praticamente 45 mil alunos, entre FATECs e ETECs – quase quadruplicando. Isso mostra o peso que a gente está dando à Região Metropolitana.

Eu quero também aproveitar e falar de outras coisas aqui, que são do interesse, muito, aqui da região. Na área viária, na área de estradas, nós já fizemos importantes melhorias na Mogi-Bertioga. Fizemos 10 quilômetros de acostamento onde não havia – imagina uma estrada como aquela sem acostamento, no trecho da Serra – e que vão ajudar também a combater o congestionamento nessa área. O acesso à (rodovia) Airton Senna, que o (deputado) Estevam (Galvão) fez menção, vai ficar pronto em dezembro – beneficia Poá, Suzano, Itaquá, levando acesso a essa rodovia tão importante, e que beneficia indiretamente a Mogi também. A Mogi-Salesópolis e a Índio Tibiriçá têm obras de recuperação em andamento, são cerca de 170 milhões de reais. Me lembro que essas demandas, essas 2, eram muito fortes quando nós começamos o Governo. E pelo (Programa) Pró-Vicinais, que melhora… é o refazimento das estradas vicinais… nós temos 174 quilômetros aqui.

Já temos dois Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), que tem o atendimento regional, nunca é local, no Alto Tietê, já decididos, que são em Mogi e em Santa Isabel. E o Estado também está empreendendo a ampliação do Hospital Arnaldo Pezzuti em Mogi, uma obra que, infelizmente, tem enfrentado problemas com a empreiteira . Vira e mexe a gente tem problemas, o sujeito ganha a concorrência com o preço mais baixo, chega lá e não toca a obra, cria problemas, ou às vezes vai à falência – isso é a pior coisa que tem, porque é muito difícil para passar para outro, porque tem que medir o que foi feito, o que não foi feito, etc. Mas é uma obra que de toda a maneira nós vamos tocar. E estamos auxiliando, ainda na área da Saúde, a Prefeitura de Biritiba Mirim na construção de um novo prédio para o seu Pronto-Socorro (Municipal). Isso sem falar do hospital de Ferraz de Vasconcelos, que nós praticamente transformamos em um novo hospital. É novo. Portanto, eu estou dando aqui exemplos de atenção.

Ah, a Estação de Ferraz (de Vasconcelos)… Aí temos outra coisa que é importante. Em Poá, nós estamos reconstruindo a (Estação Ferroviária) Calmon Viana, que é muito importante – reconstruindo e vamos concluí-la com padrão de metrô, no caso dessas estações. Comemoramos o Expresso Leste para Mogi com 14 viagens diárias. Aqui, o prefeito de Ferraz já nos dá nova informação a respeito das estações. O fato é que nós estamos modernizando as duas linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos): a 11-Coral e a 12-Safira. O total de orçamento para toda essa remodelação, para vocês terem idéia, é de 2,3 bilhões de reais.

É um investimento muito importante que estamos fazendo em toda a Região Metropolitana com vistas a uma coisa essencial, que é aproximar a CPTM aos padrões do Metrô. Nós queremos ter tudo metrô de superfície onde hoje funciona a CPTM. Estamos investindo sem parar. É que é muito investimento, são 20 bilhões de reais – e demorado em alguns casos. Porque, por exemplo, um trem novo demora 2 ou 3 anos para ser entregue, a partir do momento que já ganhou a concorrência. Tem a concorrência, tem briga na concorrência, sempre – impugnações na Justiça, isso, aquilo, etc. Então, são obras que andam aquém da velocidade que a gente queria. Mas estamos fazendo um esforço imenso nessa direção.

Esses são apenas alguns exemplos de trabalhos que nós estamos fazendo. E eu queria mesmo é convocar os prefeitos aqui para que fechem fileiras nessa parceria, independentemente do interesse político, fechem fileiras nessa parceria. Vamos trabalhar inclusive depressa. Por exemplo, no caso de Arujá, precisa arranjar o terreno logo. Um dos Municípios aqui perdeu um ano, um ano e meio – não vou nem falar qual é, e ainda faltam reformas para fazer, a Prefeitura perdeu um ano, um ano e meio porque não arranjou terreno, para não dar o gostinho político, e quem paga o pato é o Município. Portanto é importante que essa parceria se desenvolva, essa parceria se estreite. Temos que trabalhar com companheirismo. No Governo de São Paulo eu não sou do PSDB, eu sou do Partido de São Paulo. Isso é o mais importante.

E também a Assembléia Legislativa… Nós temos tido uma parceria muito boa com a Assembléia. E o Estevam, que não é do meu partido, é do DEM, e o Gondim, que não é do meu partido, é do PPS, são parte da Assembléia que contribui muito para o Governo do Estado. Se nós conseguimos manter 20 bilhões de reais de investimentos neste ano, não em trens – em trens é no total do mandato – mas 20 bilhões em tudo, é graças, sem dúvida, ao apoio que tivemos da Assembléia, na procura de recursos para isso. Porque não são recursos de impostos, que não são suficientes. Imposto, receita de imposto vai quase tudo para salário, para custeio, (sobra) uma parte muito pequena para investimentos. Mas nós obtivemos receitas extraordinárias com financiamentos; com venda de conta-salário; a venda do Banco Nossa Caixa – mantivemos o Desenvolvimento; com antecipação, com negociação de dívidas; enfim, um montão de coisas. E aí, em cada um desses passos, a Assembléia teve que aprovar – e,. quero dizer a vocês, inclusive ajudou a melhorar em praticamente todos os casos. Portanto, quero aqui também agradecer publicamente aos parlamentares e aos prefeitos por essa parceria. 

Na época do Governo (Franco) Montoro, que eu fui secretário (de Planejamento do Estado), de (19)83 até (19)86, foi a época em que realmente nós abrimos o Governo do Estado para esta região. Eu me lembro: nessa época praticamente não havia investimentos do Estado aqui. Aqui está o Miguel (Comitre), que foi prefeito de Poá, que é testemunha disso. Tem outros: o Gumercindo (Domingos de Lima), que era de Itaquá, o Makoto (Iguchi) de Ferraz, enfim, o (atual deputado) Estevam (Galvão) que era de Suzano. E o fato é que nós abrimos… Eu não tenho a lista dos investimentos, mas eram investimentos incríveis, pela carência que representavam. Desde a construção de avenidas ou comunicação com a própria… na época não chamava Airton Senna, chamava Rodovia dos Trabalhadores, no caso de Itaquá, que eu me lembro. Enfim, muita coisa que nós fizemos aqui naquele período. Mas ainda falta muita coisa, apesar de tudo o que foi feito ao longo deste período, desse tempo.

E quero dizer a vocês que contem com o Governo, que contem comigo para dar seqüência a este apoio a uma região que tem tudo para ser uma região próspera e mais justa.

Muito obrigado!