Governador José Serra: Queria dar meu boa tarde a todos, a todas. Cumprimentar, o nosso querido prefeito (Gilberto) Kassab; o vereador Antônio Carlos Rodrigues, que é presidente da Câmara (de Vereadores de São Paulo); o vice-presidente da Caixa (Econômica) Federal, Jorge Hereda; o representante do Ministro (das Cidades) Márcio Fortes, Feu Rosa; a nossa secretária (de Estado) de Energia e Saneamento, a Dilma (Pena); o Lair (Krähenbühl), que é secretário (de Estado) da Habitação.
Queria cumprimentar também o secretário da Habitação do Município (de São Paulo, Elton Zacarias) e todos os outros secretários do município aqui presentes; o vereador Milton Leite; enfim, o presidente da União de Moradores de Paraisópolis, o Gilson (Rodrigues), que falou uma coisa muito certa: “Nós estamos transformando Paraisópolis, de favela em um bairro”. O Gilson disse isso com muita precisão. E o nosso Zé Rolim (líder comunitário), um grande batalhador aqui por Paraisópolis, um homem que dedica a sua vida a isso.
É muito gostoso vir aqui hoje ver esse belo conjunto: uma Escola Técnica (ETEC) que vai começar a funcionar em janeiro, o prédio já vai estar praticamente pronto, e um CEU (Centro Educacional Unificado) repleto de garotada brincando, praticando esporte. Aliás, vai ter Virada Esportiva aqui também, cinco pontos de Virada Esportiva. Nós estamos, de fato, transformando (Paraisópolis) em um bairro. É uma coisa… Olha, aqui tem Palmeirinha, Escadão Antônio – o Antonico -, Perimetral, Grotinho e CEU, cinco pontos.
O plano aqui é fazer 3.114 apartamentos, sendo 1.780 pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) e 1.332 pela SEHAB, pela Secretaria de Habitação do Município (de São Paulo), como são os apartamentos de hoje, que são da Secretaria de (Estado da) Habitação. Mais de 400 milhões de reais (serão investidos). Desses 400 milhões de reais, são 208 milhões (de reais) da Prefeitura, 76 milhões (de reais) do Governo Federal e 123 milhões (de reais) do Governo do Estado, um esforço grande aqui realizado. Mas nós não estamos parando aí. A moradia não é separada das condições urbanas de vida, e aqui a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) já fez 20 quilômetros de redes de água,14 quilômetros de redes de esgoto e mais 6 mil ligações de esgoto. Portanto, 20 quilômetros de rede de água, 14 quilômetros de rede de esgoto. Isso é fundamental, porque sem isso não tem condição de ter um padrão de vida decente, um padrão de vida condigno.
Aqui teve uma outra coisa que nós fizemos, além de pôr dinheiro. É que aprovamos uma lei, se eu não me engano ainda foi no meu tempo (de prefeito de São Paulo), ou pelo menos estava se discutindo o projeto, que permite trocar a propriedade da terra pela dívida do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Muitos donos de terreno, que deviam IPTU, trocaram, entregaram a terra à Prefeitura, em troca do imposto que deviam. Isso facilitou muito, e tem facilitado, a gente poder fazer obras como CEU, como ETEC e, ao mesmo tempo, mais apartamentos. E vamos continuar nesse ritmo.
Aqui as coisas estão andando, basta ver o seguinte: nós já entregamos, entre a Prefeitura e o Estado, 460 apartamentos com os de hoje, e tem mais 1.275 em andamento, sendo planejados, alguns construídos. Alguns apartamentos foram entregues lá em Campo Limpo, não aqui dentro. E estamos removendo, de fato, com a habitação nova, as famílias que vivem em situação de risco, em situação mais complicada. Muitas casas vão continuar com água, esgoto, com algum embelezamento, pavimentação e tudo mais, de maneira que vira um bairro. Vira um bairro completo, inclusive, porque tem todos os equipamentos sociais. E o Kassab me dizia, além disso, que no ano que vem vai estar pronta a perimetral. Em abril, já vai ter o primeiro trecho, não é isso? E um segundo trecho ainda ao longo do ano que vem que, aliás, não só para Paraisópolis, como para o Morumbi. Vai ser uma obra fundamental. Portanto, nós estamos trabalhando.
Se tem coisa que o poder público em São Paulo faz é estar presente nas favelas ou nas antigas favelas, como começa a ser Paraisópolis. Nunca, em São Paulo, Estado e Prefeitura estiveram tão presentes fazendo as coisas. Nas áreas da Educação, da Saúde, da Habitação e do Saneamento, criando condições para que as favelas se transformem em bairros, e que deem uma vida decente paras as pessoas e oportunidades para os jovens. São famílias pobres que vão deixando essa condição, porque quando a gente mora bem é a primeira condição de saída da pobreza, é ter condições decentes de moradia e suportáveis para aquilo, para a renda que se tem. A segunda condição, evidentemente, é ter emprego, e essa é uma batalha muito mais geral.
Queria agradecer aqui a presença, a atenção. E agradecer a Prefeitura por essa parceria. Prefeitura e Governo do Estado trabalhando juntos, quem ganha é a população de São Paulo.
Muito obrigado!
