Serra entrega AME e vicinais recuperadas em Dracena

Dracena, 21 de agosto de 2009

sex, 21/08/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Eu queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar o prefeito (de Dracena) Célio (Rejani); a Darcy (Danelute Rejani), sua esposa; o Juliano Bertolini, presidente da Câmara Municipal (de Dracena); o (Enivaldo) Sartori, que é vice-prefeito (de Dracena); o (Elzio) Stelato (Júnior), que é o nosso ex-prefeito aqui de Dracena; o deputado federal Dr. Talmir Rodrigues; os secretários (estaduais Luiz Roberto) Barradas, da Saúde, e Mauro Arce, dos Transportes; o Mauro Bragato, este grande deputado aqui de toda esta região; o Ed Thomas (também deputado estadual). Queria cumprimentar o provedor da Santa Casa de Dracena, o Lúcio Sacco e o frei Francisco Belotti, que é presidente da Associação Lar São Francisco, nosso grande parceiro. Queria saudar também os prefeitos de Pacaembu, Irapuru, Junqueirópolis, Paulicéia, Tupi Paulista, Monte Castelo, Ouro Verde, Panorama, Nova Guataporanga, Mariápolis, Presidente Venceslau, Santa Mercedes, Tupã, São João do Pau D’Alho, Iacri, Rinópolis, Nova Independência, Teodoro Sampaio, Flora Rica, Regente Feijó, Osvaldo Cruz, Bastos, Tarabaí, Parapuã, Castilho, Samorão e Sagres. Queria também saudar os funcionários deste Ambulatório Médico de Especialidades (AME).

Eu não quis deixar de vir aqui hoje para esta inauguração simbólica, que nós fazemos em parceria com a Santa Casa de Dracena – porque é a Santa Casa que vai administrar o Ambulatório Médico de Especialidades. Este ambulatório tem capacidade para atender mais de 200 mil pessoas em 18 Municípios. Na verdade, é uma obra regional, não é uma obra local. O Estado… nós gastamos aqui uns 4 milhões de reais para instalar equipamentos, móveis etc. Mas por ano vai custar 7 milhões de reais. Na verdade, Saúde é assim: o gasto de custeio sempre acaba sendo, em um ou dois anos, superior ao gasto de investimento. O investimento em Saúde, e Educação também, é basicamente nos serviços que são prestados.

Nós vamos ter aqui 18 consultórios médicos, 18, em muitas especialidades. Dez salas para curativo, medicação, enfermagem, repouso, observação, procedimentos, almoxarifado… A capacidade é para fazer cerca de 11.600 consultas por mês, isso é o mais importante de tudo. Um grande ponto de estrangulamento, um gargalo do nosso sistema de Saúde em São Paulo, é a consulta. Uma consulta de ortopedia aqui… vai ter ortopedia, não é, Barradas? Eu implico sempre, não com os ortopedistas, mas com o fato de que é uma consulta difícil de se conseguir. Tudo isso vai estar disponível – um bom serviço com um bom atendimento.

Mas não é só consulta não (que teremos aqui neste AME). A capacidade de Fisioterapia aqui é de 4 mil sessões por mês, que é outra coisa muito… Eu, por exemplo, faço Fisioterapia. Pouca consulta, mas muita Fisioterapia. E (teremos também) cerca de 34 mil exames por mês, laboratoriais ou não. Vocês percebem que a gente está quebrando um ponto de estrangulamento. Pode preparar agora, porque Saúde vive em reclamação, mas agora vai ter que reclamar de outras coisas. Porque Saúde é assim, (e) os prefeitos sabem disso: a gente melhora, mas aparecem novos problemas, porque é assim, é da natureza desse tipo de serviço e também do progresso, da consciência que se tem a respeito das possibilidades de tratamento e tudo mais.

Mas agora já vamos deslocar o problema para outra área. (O AME de Dracena) vai funcionar 12 horas por dia, das 7 às 19 horas. Portanto, (terá) uma boa capacidade para atender e (será uma) grande responsabilidade para os prefeitos, porque eles é que vão ter que providenciar que a pessoa venha para cá, do outro lugar (outra cidade). Na verdade, isso é uma administração da qual eles (os prefeitos) têm que participar. Não vão gastar nada, mas têm que ter essa participação na organização do serviço. Isso, pelo contrário, vai aliviar também as Prefeituras, como alivia os hospitais, porque muita gente vai para o hospital para (fazer) consulta que, na verdade, devia ser feita em um consultório. Hospital é para fazer outras coisas. Então, (este AME) está muito bem equipado.

Eu acho que é um dia histórico hoje, porque nós damos um salto no atendimento de Saúde. E vamos fazer mais dois AMEs, não é, (Luiz Roberto) Barradas (secretário de Estado da Saúde)? Um em (Presidente) Prudente e um em Teodoro Sampaio. O de Prudente, eu acho que será entregue no fim do ano, que vai ser junto com o hospital estadual que nós fizemos lá. E em Teodoro Sampaio (será entregue) no ano que vem. Prudente também vai atender outra parte aqui da macroregião toda. E vai ser administrado pelo hospital que, por sua vez, está sendo tocado pelo pessoal do nosso frei, que está aqui presente. Foi uma realização nossa importante, a questão do hospital de Prudente… E, evidentemente, aquele hospital já funcionava, mas não funcionava bem – e é um hospital muito grande. Nós adquirimos, gastamos o dinheiro, estamos pagando agora. Qual é o orçamento, Barradas, do hospital? Qual é?

Luiz Roberto Barradas, secretário da Saúde: Cinco milhões (de reais) por mês.

Governador José Serra: Cinco milhões (de reais) por mês, que nós estamos pondo aqui. Agora, claro, o hospital tem que ir melhorando ao longo do tempo. Não falta quem critique, especialmente na política, esquecendo que antes não tinha nada, e agora tem. É o maior hospital que o Estado fez já na minha gestão, depois do Instituto do Câncer, lá em São Paulo. São quantos leitos? 300 leitos. É um hospital grande, muito grande. O Instituto do Câncer, que nós fizemos, tem 500 leitos. Vai ser o maior, um dos maiores do mundo. Mas este aqui é muito grande e pouco a pouco… porque hospital é uma coisa que não começa de uma hora para outra, tem que gradualmente… é como mexer um transatlântico – é muita coisa que anda, é muita coisa simultânea. A administração é muito complexa…

Mas nós estamos também aqui inaugurando, simbolicamente, sete (estradas) vicinais, um investimento que preparou como novas 75 quilômetros de estradas vicinais, 15 milhões (de reais) de investimento. É Pacaembu-Rio Aguapeí; Tupi Paulista-Dracena; Nova Guataporanga-Tupi Paulista; Vicinal Antonio Dalcyr Petruci ao Município de Paulicéia; Junqueirópolis-Destilaria Alta Paulista; Município de Ouro Verde a Panorama. E, mais ainda, dez acessos: Pacaembu, três acessos, Irapuru, Junqueirópolis, Dracena, Paulicéia, Tupi Paulista e Monte Castelo, vamos ter aí os acessos. Nós temos um programa de recuperação de acesso aos Municípios, do DER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem), que vai investir, só esse programa, 266 milhões (de reais). Serão recuperados mais de 600, quase 700 quilômetros de acessos, porque esse também é um trabalho feito no atacado.

Quero aproveitar também para falar de algumas coisas aqui da região. No programa Melhor Caminho, que é aquele programa de estradas de terra, nós temos 300 quilômetros já encaminhados, em 50 Municípios. São aquelas pequenas estradas de terra – algumas são melhores, mais gostosas de andar do que uma estrada asfaltada – que ajudam muito a produção. Eu vou inaugurar daqui a pouco, longe daqui, mas tem a ver, a estrada Maracaí-Assis. E há uma reivindicação importante, que a Maracaí-Taciba vai entrar também na concessão, e vai ser feita no primeiro ano (do próximo Governo). Nós vamos poder fazer uma ligação completa da região com São Paulo.

Nós acabamos de recuperar 44 quilômetros entre Iacri e Adamantina, na SP-294. A recuperação dos outros 66 (quilômetros), que passam por Dracena, ainda está na fase de conclusão do projeto para… não pode se tocar em nada se não tiver projeto… Estamos recuperando também 80 quilômetros de uma outra estrada, entre Tupi Paulista e Andradina, investindo aqui 69 milhões de reais, e, se Deus quiser, vamos entregar até dezembro essa estrada recuperada.

Há um problema, que merece destaque, que é a ponte sobre o Rio Paraná. É uma obra tocada desde o início da década pela Cesp (Companhia Energética de São Paulo), mas o tráfego não foi liberado porque o Governo Federal ainda não construiu os acessos necessários. São Paulo fez a sua parte, gastamos mais e atuamos mais depressa. Isso aqui exige, realmente, uma mobilização junto ao Governo Federal, que já anunciou que vai fazer, mas está apenas começando. Nós estamos, inclusive, tentando junto ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) obter licença para acesso à ponte, por caminhos precários, para que ela possa começar a operar – mas não sei se vamos conseguir.

Bem, aqui ainda em Dracena eu queria citar as obras de construção do trevo de acesso ao campus da UNESP (Universidade Estadual Paulista) e de um novo bloco, também da Unesp, ambos, recém concluídos. E, além do mais, mais duas Etecs (Escolas Técnicas) aqui na região – além da Fatec (Faculdade de Tecnologia) que nós fizemos em Presidente Prudente – que serão em Prudente também e em Teodoro Sampaio.

Pois bem, aqui, especificamente em Dracena, eu queria ainda fazer uma menção à questão da segurança. É que, de fato, aqui, aparentemente subiu o índice de roubo – mas, por outro lado, os outros indicadores caíram muito. Por exemplo: no primeiro semestre deste ano não houve registro de homicídios, roubo de carga e nem latrocínio aqui na região. E nós estamos em cima também para ver, porque crime vai se deslocando de uma área para outra. E, na verdade, a Polícia Militar considera que o índice de criminalidade nesta região e no Município de Dracena são dos mais baixos do Estado. Mesmo que não tenha gente feliz com isto, é importante pensar que do Estado de São Paulo é a região que tem os índices menores. Até março do ano que vem virá para cá um helicóptero Águia, que ficará exclusivo aqui da região.

Aqui era uma das quatro regiões de São Paulo que não tinha rádio-patrulhamento aéreo. Isto aqui já foi comprado. Está apenas encaminhando, e negócio de helicóptero e avião é uma dor de cabeça. A gente compra, depois tem que ficar treinando piloto, tem isto, tem aquilo, não é? Porque é uma coisa muito delicada, sempre. Mas esta já é uma questão bastante resolvida.

Queria dizer, por último, que nós estamos trabalhando bastante aqui no Estado de São Paulo. Nossa perspectiva é de corresponder à confiança da população. Eu ganhei no primeiro turno, o que nunca tinha acontecido (antes) em São Paulo, com 58% dos votos. A nossa votação maior, proporcionalmente, foi no interior, mas a nossa responsabilidade, evidentemente, é com São Paulo inteiro.

Neste ano nós estamos conseguindo – São Paulo é o único Estado que conseguiu fazer isso – manter todos os investimentos e no nível mais alto da história. Nós estamos investindo em São Paulo perto de 21 bilhões de reais e o maior desses investimentos é feito na região da Grande São Paulo, mas tem diretamente a ver com o interior, que é o Rodoanel (Mario Covas) – nós estamos fazendo o Trecho Sul. Hoje, um caminhão que vai de Dracena, que vai de qualquer lugar daqui para Santos, para o Porto, tem que atravessar a cidade de São Paulo por dentro, pegar a Marginal Tietê e depois a avenida dos Bandeirantes. Quer dizer, gasta duas, três horas pra poder fazer isso. Com o Rodoanel esse tempo aí vai se reduzido cinco, seis vezes. Portanto, barateará os custos de todo Estado de São Paulo, do nosso interior e também da área do litoral. Na verdade, em São Paulo é tudo interligado. O que a gente faz em um lugar beneficia o nosso Estado no seu conjunto. Estamos fazendo um grande esforço nesse sentido.

Por outro lado, quero dizer também que, junto com essas obras, nós estamos tendo uma expansão nunca vista antes nesse Estado, na história de São Paulo, na área da Saúde. Estamos cumprindo, além da emenda constitucional, na área da Educação, inclusive na área do Ensino Técnico, que eu encontrei 26 Fatecs (Faculdades de Tecnologia) e nós vamos deixar 52. Já praticamente alcançamos esse índice, já cumprimos 90% da meta. E, na área das Etecs, das Escolas Técnicas, (estamos atuando) não apenas com novas escolas, estamos ampliando as vagas nos lugares já existentes. Fazemos, dentro do possível, sempre em parceria com as Prefeituras. Não no custeio, porque nenhum prefeito é maluco de querer assumir custeio do AME, de uma Fatec e de uma Etec, mas na instalação. Na instalação os prefeitos dão uma mão – e isso é importante, até para dar um outro significado para a parceria.

E não trabalhamos partidariamente. Nós trabalhamos em benefício do conjunto do Estado. Eu não olho coloração partidária, nem de prefeito e nem de deputado. Ninguém aqui tem nenhuma obrigação eleitoral pelo fato de que o seu Município, seja como deputado ou como prefeito, está se beneficiando. Nós estamos cumprindo nosso dever, e nesse sentido vocês podem contar conosco e podem contar comigo pessoalmente.

Muito obrigado!