Serra apresenta resultados da Rede Lucy Montoro

Queria cumprimentar o prefeito, o Hamilton. O vereador Diobel, que é presidente da Câmara. O deputado federal… que teve uma votação espantosa aqui em Jacareí… 45 mil. Para quem é […]

sex, 13/03/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Queria cumprimentar o prefeito, o Hamilton. O vereador Diobel, que é presidente da Câmara. O deputado federal… que teve uma votação espantosa aqui em Jacareí… 45 mil. Para quem é de São José… ter 45 mil votos aqui é espantoso. Você é daqui? Os deputados estaduais… Quer dizer, eu não estou contra você, não. Pelo contrário. Continue, pode continuar votando nele. Os deputados estaduais Hélio Nishimoto e padre Afonso Lobato. O meu amigo querido, ex-deputado Luiz Máximo, aqui de Jacareí. A Linamara, nossa secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O coronel Kita, secretário-chefe da Casa Militar. Os prefeitos aqui de Potim, São Luís do Paraitinga, Monteiro Lobato, Cruzeiro, São Bento do Sapucaí, Santa Branca, Pindamonhangaba, Cunha e Jambeiro.
Queria também cumprimentar a Sílvia, que é a coordenadora de Saúde aqui da região, e o Rogério, que é da Scania, que doou este equipamento. O grosso de equipamento foi doado pela Scania. O que é que eu tinha dito que queria mais de vocês, da outra vez?

Voz: (Inaudível)

Governador: Não, não, mas tinha alguma coisa aqui também…

Voz: (Inaudível)

Governador: Ah… prolongar por mais tempo a manutenção e, naturalmente, um outro desse. A Evanisa de Carvalho, superintendente do SIM, deste Serviço Integrado de Medicina. A Márcia, presidente do Conselho Estadual para Assuntos de Pessoa com Deficiência. Queria também saudar os vereadores, secretários, os profissionais da área da saúde aqui presentes, pessoas que vêm ser atendias aqui, familiares…
Bem… eu acho que, na minha administração, este é o programa mais importante e inovador que nós estamos fazendo. Estamos criando uma rede de hospitais de reabilitação, Lucy Montoro, que é o nome da mulher do nosso ex-governador Franco Montoro, que fez um trabalho social muito importante no nosso Estado. E nós vamos ter seis unidades no Estado de São Paulo, inclusive aqui no Vale do Paraíba.

Estes hospitais serão centros de irradiação desse tipo de atendimento. O número que a Linamara me dá é que em São Paulo nós temos mais de quatro milhões de pessoas com algum tipo de deficiência física. E precisamos expandir o atendimento – por uma questão humanitária e por uma questão, também, social. Porque temos que proporcionar a essas pessoas as plenas condições para exercerem sua cidadania. Trabalharem, viverem da melhor forma possível.

Este é um trabalho que rende bastante. Eu estava vendo agora algumas crianças com paralisia cerebral, têm aquelas armaduras, não sei se o termo é esse… as próteses nas pernas para que cresçam direito – não é? – para que o defeito não se perenize. Eu fiquei me perguntando como é que era antigamente – não é? – quando não tinha nada disso… E, não é coisa muito cara, claro que o atendimento sempre é acima da média, do ponto de vista de custo da área da saúde, mas nós temos que fazer esse esforço.

Estamos também preocupados com a questão do emprego. Do emprego em geral, mas do emprego também das pessoas portadoras de deficiência. Por isso, inclusive, estamos desenvolvendo um programa de empregabilidade – não é, Linamara? – que é para treiná-las. Teremos quase 100 pessoas treinadas até fevereiro.

Voz: Essas já estão treinadas.

Governador: Já estão treinadas e agora começou uma nova turma. Parece pouco, mas tem que começar. O importante é começar.
O que eu quero das Prefeituras é que elas criem secretarias ou departamentos – ou uma pessoa, dependendo do tamanho… Uma Prefeitura de cinco mil não vai criar nem um departamento, de cinco mil habitantes… Mas uma cidade como São José pode criar até uma secretaria do atendimento às pessoas com deficiência. Porque nós precisamos espalhar isso no Estado, e conscientizar a sociedade a respeito dessa importância. Ter uma pessoa no município vai ajudar, inclusive nas questões de acessibilidade.

Para vocês terem uma idéia, só no Metrô de São Paulo nós estamos investindo até R$ 82 milhões para adaptar as condições de acesso. No Metrô custa uma fortuna, porque implica fazer elevador… vocês podem imaginar. Um negócio em profundidade, também para caminhar tem que ter esteira… Ou então para pessoas que têm deficiência visual ter marcação no chão.

Enfim, é um assunto complexo. Falta muito para resolver, mas o importante é que nós estamos começando. Estamos no começo do começo, mas o que eu me orgulho é de ter feito esse começo do começo em São Paulo – para, quando eu digo começo do começo, num atendimento muito mais amplo, generalizado, no Estado inteiro.
De passagem, deve-se dizer que esta é uma atividade que gera muitos empregos. Os fisioterapeutas devem estar aí comemorando, porque vai aumentar muito a demanda por fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiras especializadas, além dos médicos fisiatras… mas esses já têm demanda bastante. O fato é que nós vamos precisar formar mais gente, inclusive nessa área.

Esta ação aqui, desta unidade móvel, eu tive oportunidade… já tínhamos feito o lançamento em São Paulo… tive a oportunidade de ver aqui, agora, como é que funciona aí dentro. Realmente é eficiente. Olha, para uma pessoa que não tem uma perna, andar com uma prótese antiga e trocar por uma nova, isso muda tudo na vida – não é? O que dizer, então, para alguém que perde um membro num acidente, principalmente de motocicleta, que eu acho um perigo… o que dizer das possibilidades de recuperação…

Nós premiamos, no Palácio, os atletas que ganharam medalhas nas Olimpíadas, nas Paraolimpíadas e nos Jogos Parapanamericanos, certame paralelo para deficientes físicos. O que o pessoal chega a fazer com pernas artificiais – às vezes, as duas – a gente não faz com as duas pernas naturais. Isso mostra as possibilidades da recuperação – não é? Ninguém… 99,9% não vai ser treinado para Olimpíada, mas aqueles que chegam numa Olimpíada mostram o grande potencial de recuperação, ou seja, como esse trabalho tem uma elevadíssima produtividade por unidade de dinheiro investido e de trabalho realizado.

Eu queria aproveitar para dizer também algumas coisas a respeito da região aqui. Hoje, nós vamos lançar a vicinal do Varedouro… inaugurar… É uma vicinal importante aqui para o município. Mas, no conjunto do Vale do Paraíba, quantos são, Evandro, quilômetros?

Evandro Losacco, coordenador do Pró-Vicinais: (Inaudível)

Governador: 156 km somente na primeira e na segunda etapa. São quatro etapas. Nós estamos refazendo toda a rede de estradas vicinais do Estado de São Paulo. São as estradas municipais, que têm um papel importantíssimo no deslocamento das pessoas e das mercadorias.
Para vocês terem uma idéia, não é tapa-buraco. O custo de refazer é metade de uma estrada nova. Ou seja: isso mostra como a estrada, de fato, é totalmente refeita.

Aqui, toda vez que eu venho, volta-se ao assunto da Tamoios. Nós nos comprometemos a fazer a recuperação de 53 km do trecho do planalto. Tem dinheiro, está tudo pronto, mas a intenção é aplicar R$ 182 milhões. Custa uma fortuna, mas ainda depende de autorização ambiental.

Tudo aqui, que chega perto da Serra, é complicado do ponto de vista ambiental – e é uma preocupação justa, que antigamente não se tinha, mas que agora se tem. E é uma preocupação que vai ficar para sempre.
Na verdade, nas quatro fases do Pró-Vicinais, são 400 km aqui na região. E haverá também asfaltamento de estradas vicinais que são, hoje, de terra. Nós vamos aplicar aí… são 270 km. Portanto, serão novas vicinais.

Tudo somado, são cerca de R$ 570 milhões de investimentos aqui nas estradas da região, incluindo a ligação Dutra-Carvalho Pinto, em São José dos Campos, e a recuperação da Rodovia Oswaldo Cruz, até Ubatuba.

Em São Sebastião, em fevereiro, eu inaugurei uma Fatec, uma Faculdade de Tecnologia. Para vocês terem uma idéia, 9 em cada dez formados por uma Fatec conseguem emprego na hora. Eu sempre fico constrangido quando vejo famílias fazendo um esforço imenso para pagarem um curso de Direito para os seus filhos. Terminam, eles não passam nem no exame da OAB, porque os cursos não são bons. E foi feito um investimento imenso e não vão poder exercer a profissão.

Nós temos que fazer um ensino que vira emprego – e estamos fazendo o maior programa de expansão do Brasil. Dizem até que o programa… eu não acredito, mas os jornais, na coisa do Fla-Flu, que eles gostam de fazer… dizem que o governo federal está fazendo o seu programa de ensino técnico porque São Paulo, na nossa gestão, está fazendo. Mas, se for por isso, está ótimo. Se não for, também está ótimo – porque é importante se fazer.

Nós vamos aumentar 100 mil alunos nas Etecs, de 60 para 160 mil, e duplicar o número de Fatecs. E o Vale do Paraíba é a região melhor atendida nessa matéria. São José tem o quê, Emanuel? Hem? Tem uma Fatec, deve ter Etec também. Taubaté… Enfim, aqui tem em toda a região e no próprio Litoral Norte.

No segundo semestre nós vamos inaugurar a Fatec de Taubaté e uma Etec, que é escola técnica… a escola técnica é de nível médio. Onde eu desci tem uma escola técnica agrícola. De Ubatuba… também vamos fazer. Eu mesmo abri duas – não é? – que foi a de São Sebastião, também e, além da Fatec, a de São José dos Campos.

Mas tem uma outra questão aí na área de saúde que é muito importante. Nós vamos abrir, na região, três AMEs. Já abrimos uma parte. São Ambulatórios Médicos de Especialidades. Tem 30 especialidades. De ortopedia, oftalmologia, nefrologia… que é o ponto de estrangulamento que tem São Paulo na área da saúde: consultas.
As pessoas, às vezes, demoram meses para conseguir uma consulta e vão para um hospital, sobrecarregam o hospital. Hospital não é para fazer consulta. Hospital é para um atendimento de maior complexidade. Por isso, nós criamos as AMEs… 30 especialidades, em geral. Atendem umas 15 mil pessoas por mês e fazem mais de cinco mil exames. Isso elimina os pontos de estrangulamento – e são obras regionais, porque não é para atender uma cidade só.

Em geral, elas têm uma dimensão que é para muito mais gente. Então, atendem a região. Eu inaugurei uma, no mês passado, em Caraguatatuba, que é um exemplo, uma coisa muito bem feita. Além de Caraguatatuba, nós vamos fazer uma em Lorena, em São José dos Campos e em Taubaté.

Nesse sentido, a região vai estar super-coberta nessa matéria. E, por outro lado… abrindo leitos aqui também na região. Nós já abrimos 140 leitos mais desde 2007 – e 43 leitos de UTI vão ser credenciados neste semestre ainda.

Portanto, estamos cercando, realmente, por todos os lados, a área da saúde. São Paulo é o estado que mais gasta, em valores absolutos, e como percentual do seu orçamento. Sem falar do programa Pró-Santas Casas e tantas outras coisas, que acabam se canalizando para a área da saúde.

Mas, enfim, haveria muito mais coisa para falar, mas eu não queria perder a oportunidade, inclusive porque tem imprensa aqui, de falar aquilo que é mais essencial. Mas o mais importante de hoje não são esses anúncios, e sim a chegada aqui desta unidade. Eu não quero constranger o Rogério, da Scania, mas, Rogério, vê se faz lá a boa intriga para fazer um outro ônibus desse logo. Está bom?

Muito obrigado!