Serra anuncia investimentos e obras na região de Mogi das Cruzes

Queria cumprimentar o prefeito Bertaiolli. É a primeira vez que eu aqui venho para anunciar coisas já na gestão do Bertaiolli. Queria cumprimentar a Mara, presidente do Fundo de Solidariedade. […]

sex, 13/03/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Queria cumprimentar o prefeito Bertaiolli. É a primeira vez que eu aqui venho para anunciar coisas já na gestão do Bertaiolli. Queria cumprimentar a Mara, presidente do Fundo de Solidariedade. Queria cumprimentar o presidente da Câmara, o Nabil – e através dele todos os vereadores aqui presentes. O vice-prefeito, o Cuco. O deputado federal Emanuel Fernandes, que está aí com o braço ainda… antigamente seria engessado, hoje é todo armado… Os deputados estaduais que nos falaram aqui, o Gondin, Luiz Carlos Gondin e o Estevão Galvão, que é líder do DEM na Assembléia Legislativa. Ainda é, Estevão?

Voz: (Inaudível)

Governador: Secretários… Queria cumprimentar também os secretários aqui presentes. Entre eles o governador Geraldo Alckmin, que trás toda a sua experiência de cinco anos do Governo do Estado para trabalhar na área do desenvolvimento de São Paulo (aplausos). Para quem foi governador, vir trabalhar numa área é um gesto de humildade e de espírito público, como poucas vezes eu vi. O secretário dos Transportes, Mauro Arce. O coronel Kita, chefe de a Casa Militar, e o Bruno Caetano, secretário de Comunicação.

Queria cumprimentar também a Laura Laganá, uma mulher de muito valor que dirige o Centro Paula Souza. O Centro Paula Souza é o braço do Estado no desenvolvimento do ensino técnico e tecnológico em São Paulo.

Queria também saudar o diretor desta Fatec. Fernando… tem um nome complicadíssimo… Muçouçah. Muçouçah (aplausos). Cadê? Você só pode ser descendente de árabe, não é?

Queria saudar também o Paulo Massato, que é diretor metropolitano da Sabesp. Ubirajara, que é superintendente do Daee. E os prefeitos que o Bertaiolli já citou aqui – não vou citar os nomes – de Biritiba Mirim, Lagoinha, Poá, Igaratá, Paraíbuna, Itaquá, Caçapava, Guaratinguetá, Salesópolis, Natividade da Serra, Santa Isabel, São José dos Campos, Arujá, Franco da Rocha.

Queria também cumprimentar o delegado seccional de Mogi, o Sérgio Abdalla. Os jovens da Sinfônica Mário Portes e o maestro Daniel Bordignon. E os representantes de associações de moradores aqui de toda a região e de Mogi das Cruzes.

Bem… nós estamos aqui, hoje, comparecendo para… Na verdade, essa Fatec… ela começou a funcionar no ano passado – e já em plena campanha eleitoral, não dava para inaugurar. Então, nós voltamos aqui hoje para essa inauguração simbólica, e também para o anúncio de um novo curso. É o curso Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
Apesar de que eu estudei engenharia, sou economista, etc., eu não sei bem o que é Análise e Desenvolvimento de Sistemas. E não vou perguntar para o Alckmin se ele sabe bem o que é. Mas eu sei que é muito importante na área das novas profissões exigidas pelo desenvolvimento econômico de São Paulo. É de Tecnologia da Informação.

Esta Fatec apenas complementa tudo o que nós estamos fazendo na região em matéria de ensino técnico e tecnológico. São cinco… quatro Etecs: Mogi, Itaquá, Ferraz e Suzano. E uma Fatec em Itaquá, que eu inaugurei já, e agora a Fatec aqui, em Mogi.

Para vocês terem uma idéia, o aluno da Etec e da Fatec tem uma chance enorme de conseguir emprego. De cada cinco formados em Etecs – e é um curso de nível médio, não que substitui, é paralelo ao ensino médio – de cada cinco, quatro já têm emprego quando terminam. No caso das Fatecs, de cada dez, nove têm empregos quando terminam.

Eu sempre fico pensando nas famílias que, às vezes, fazem um esforço enorme para o ensino pago – de Direito, por exemplo. E aí 80% dos alunos que terminam a faculdade de Direito não passam no exame da OAB. Não podem exercer a profissão. É um desperdício de recursos.
Nós estamos, na verdade, desenvolvendo em São Paulo o ensino que gera emprego. O ensino que se transforma em emprego. É um programa de expansão espetacular – e que vai fazer de São Paulo… já é!… mas vai fazer de São Paulo o centro de excelência em matéria de mão-de-obra tecnicamente e tecnologicamente qualificada do Brasil.

Nós vamos aumentar em 100 mil até o final… já está aumentando… o número e alunos das Fatecs. Das Etecs, de 60 para mais de 160 mil. Estamos mais do que duplicando o número de Fatecs. Quando o Alckmin assumiu o governo, tinha nove Fatecs. Ele elevou para 26. E nós estamos elevando para 52, já praticamente até o fim do ano, do terceiro ano, já teremos a meta preenchida. Estamos trabalhando depressa, porque a nossa juventude não pode esperar.

Nós não jogamos discurso na frente daquilo que fazemos. Nós fazemos e aí fazemos o discurso, paralelo. Um caso típico é esse das nossas metas em relação às Etecs e às Fatecs. Mas isso não esgota as coisas que nós estamos fazendo aqui. Inclusive, no caso da Etec, nós anunciamos hoje um novo curso, que é o curso de Automação Industrial.

Quais são os cursos que já existem, Geraldo? São 13 cursos, não dá nem para dizer aqui. A Etec daqui tem boa fama. É considerada de muito boa qualidade. Pois vai ter agora o 14º… você precisa sair do 13, eu não sou supersticioso, mas… vai ter o 14º, de Automação Industrial.
Bem… mas há muitas outras coisas em andamento, inclusive, na área de saneamento. Eu estava na televisão agora e uma pessoa, preocupada com o saneamento, fez uma boa pergunta. Como eu não sou uma enciclopédia, eu não consegui responder… Eu respondi, mas sem dar os exemplos.

Nós temos três ações aqui. Primeiro: a captação de água de Taiaçupeba, que é aqui em Mogi. Começou há muitos anos o projeto, a licitação, etc., uma coisa muito arrastada pelos problemas jurídicos. E nós começamos, finalmente, a obra. São R$ 250 milhões para captar água limpa para a região da Grande São Paulo e para esta região desde logo.

Segundo: este entendimento e este trabalho conjunto da Sabesp, que tem uma Estação de Tratamento de Esgoto, com a companhia de águas do município, para não jogar mais dejetos e esgotos no Tietê. O Tietê aqui está começando – e é muito importante a gente trabalhar nisso.
Terceiro: uma obra que eu já autorizei e assinei hoje aqui, que é o desassoreamento do Rio Jundiaí, que é muito importante aqui para a região e para o sistema hidrológico do Estado de São Paulo.

Na questão de trens, que é um problema muito importante de transportes, nós… é importante dizer isso… vamos entregar em abril 11 trens reformados. Isso custa uma fortuna. Mais seis trens novos, reformados, em maio/junho – e aí nós encerraremos, em junho, uma audiência pública a respeito da disjuntiva, VLT – Veículo Leve de Transportes/Trem Expresso. Uma análise técnica, uma análise de engenharia bem feita, para poder tomar uma decisão que vai ser para sempre. E nós temos que estar muito seguros a respeito dela.

Mas o importante é que nós estamos investindo. Isto eu estou falando aqui de Mogi. Se falar do conjunto da região, são cerca de R$ 3 bilhões em investimentos. Em Mogi, só na região de Mogi, são perto de 600 – não é, Bertaiolli? Daqueles 20 que a gente está fazendo para o Estado de São Paulo – aqui na região são cerca de R$ 3 bi. Eu não vou falar aqui de cada coisa da região, mas é muita coisa. Inclusive, uma estrada – não é, Estevão? – aquela que comunica Poá, Itaquá…

Voz: …Ayrton Senna.

Governador: Não, tem uma terceira cidade.

Voz: Suzano.

Governador: Suzano, Poá, Itaquá, Ayrton Senna… E essas outras obras que nós assinamos ou que estão em andamento aqui na área de estradas. Na Mogi-Bertioga: terceira pista, áreas de acostamento. A Mogi-Dutra, que ficou faltando uma obra para completar a duplicação. Estrada de Varinhas. Vicinais, que são muitas aqui na região – que não é uma região típica de vicinais. Vicinais são mais típicas do interior.
Mesmo assim, nós estamos investindo na concessão da Ayrton Senna, que vai permitir que as vicinais em volta sejam mantidas permanentemente pela concessionária, retirando um ônus em cima das Prefeituras, que poderão utilizar os recursos noutras obras viárias, aqueles que vão para vicinais.

E uma coisa que, na área da saúde, é decisiva. Nós estamos reformando o Hospital Pesutti, aqui em Mogi. É um dinheirão para reformar o conjunto de hospital e ampliar o número de leitos – inclusive de UTI. Mas, nesse hospital, nós pretendemos também fazer um AME – Ambulatório Médico de Especialidades.

O prefeito até está com a idéia de que talvez possa fazer no centro, se ele conseguir o local. Porque nós temos a parceria com as Prefeituras – elas dão o local. Fazemos com as Fatecs, as Etecs e os AMEs – e o custeio, que é o que mais pesa, fica por conta do Estado. Cada AME custa uns R$ 10 milhões por ano. E para acertar o AME, não custa mais do que três ou quatro, mesmo com equipamentos.

Agora, o que é um AME? É um conjunto de médicos que fazem consultas, 30. Tem até acupuntura, porque eu acho que o principal estrangulamento da saúde de São Paulo é consulta. Às vezes, uma consulta de ginecologia demora meses. Às vezes, uma consulta de ortopedia demora meses.

Com isso, nós transformamos totalmente esse setor e aliviamos os hospitais. Vão ser mais de 15 mil consultas/mês. Não é uma obra local aqui em Mogi, que deve estar pronta antes do fim do ano. É uma obra regional, para que outros municípios também se atenda.

Vamos fazer, também, um outro AME em Santa Isabel. Portanto, a região vai ficar coberta no atendimento médico ambulatorial. A consulta e os exames, eu insisto, que também são outro ponto de estrangulamento.

Olha, ver para crer. Vocês vão ver como esse AME vai mudar a cara do atendimento à saúde no Estado de São Paulo e aqui na região. Eu tenho visto, eu tenho andado, eu tenho andado, nós já devemos ter… eu não sei se são 12 ou 18 AMEs… e estes AMEs são espetaculares. Inclusive, a própria compleição física do AME e a geração de empregos que traz.
E nós fazemos com entidades parceiras, parceiras. Santas Casas, gente séria. O que dá também mais flexibilidade na gestão. Mas esta é uma coisa… eu não tenho nenhum receio de dizer que vai ter um efeito espetacular aqui em Mogi e aqui na região.

Enfim, são muitas coisas, inclusive, que perguntam. Lá na televisão, me perguntaram, eu antecipo, a respeito de um conjunto… Tenho que botar os óculos, porque aqui é em japonês… Toyama, da CDHU, que tem problema de vazamento de água.

Eu quero dizer o seguinte: os conjuntos da CDHU são subsidiados, são tudo para famílias de até três salários mínimos. São Paulo foi o grande pioneiro no Brasil, de construção massiva de conjuntos habitacionais subsidiados. Eu inaugurei um ontem que a prestação é de R$ 67, porque é proporcional à renda das famílias.

Então, esse conjunto da CDHU teve essas características. Segundo ponto, ele já teve muitos problemas e recebeu… tem dez anos, para vocês terem uma idéia… revisão de telhado, drenagem, tratamento das juntas de dilatação, impermeabilização das lajes, cercamento, paisagismo, muro de arrimo, tratamento de trincas, pintura e reforma da parte elétrica e dos abrigos de gás. O Gondin me dizia, quantas vezes esteve com o Lair, Gondin?

Voz: (Inaudível)

Governador: …Só para tratar de todas essas reformas, ele é testemunha de que tudo isso foi feito. E agora tem o problema da água, que vai ser resolvido.

Agora, é importante o seguinte: o CDHU vende as casas. É muito crucial que os moradores se organizem para manter o conjunto habitacional, porque não vai ficar a vida inteira a CDHU fazendo obras. É como quando vende uma casa. A pessoa compra – não é quem vendeu que vai ficar mantendo a casa o resto da vida. Isso é preciso ter claro. É importante melhorar a manutenção por parte dos moradores.

Nós vamos resolver esse problema. Agora, os moradores têm também que cooperar nas suas associações, para fazer a manutenção adequada. Porque senão vai passar a vida inteira… nós vamos ficar correndo atrás do prejuízo numa moradia que já foi vendida com subsídio (aplausos).

Bem… são essas as questões mais importantes que eu queria dizer aqui. Quero dizer o seguinte: eu fui eleito governador no primeiro turno, foi a primeira vez aqui em São Paulo. Meu compromisso número um é com o governo. Eu estou trabalhando no governo, com o governo, para o nosso povo, pelo nosso povo e com o nosso povo. Isto é o mais importante.

Acho que misturar eleição do ano que vem com administração neste ano não dá certo. A eleição atrapalha, inclusive, o enfrentamento da crise. A crise vem vindo no Brasil muito forte. Apesar de que a economia brasileira tinha vantagens, nós tivemos a maior desvalorização entre os diferentes países do mundo… da moeda… tivemos a segunda quebra de bolsa depois da Rússia e a segunda retração do PIB do mundo.
Portanto, nós temos que concentrar esforços, trabalhar cooperativamente todas esferas de governo para enfrentamento da crise. Em São Paulo, nós estamos fazendo a nossa parte e, inclusive, dando sugestões a respeito da política econômica nacional. Porque São Paulo é um Estado… 43% dos empregos das indústrias estão no nosso Estado. Então, nós temos o dever de fazer isso. Sugeri melhorar a lei de licitações, para abreviar mais o processo todo, para ter investimentos feitos mais rapidamente; o Cadastro Positivo, para o crédito andar mais depressa; a redução da taxa de juros, que é a mais alta do mundo… O Brasil ficou seis meses para tomar uma medida e ainda não é suficiente. Isso entupiu os mecanismos de crédito e tudo mais.

O que é federal a gente está sugerindo, estamos dando a batalha. E aquilo que o Estado pode fazer, nós estamos fazendo com a cooperação de duas instituições que são fundamentais: a Assembleia Legislativa, que tem sido nossa parceira… e eu queria aqui expressar o agradecimento do Governo do Estado à Assembleia, nas pessoas do Estevão e do Gondin, que têm… fazem parte da nossa base de sustentação, o que não significa que a Assembleia aprova automaticamente. Os deputados discutem, interferem, ajudam a melhorar os projetos, como foi o caso de um projeto – viu, Bertaiolli, eu não sei se você já aderiu, que é muito importante – de regularização fundiária. Eu não sei como é que é em Jundiaí…

Voz: O secretário Lair esteve aqui…

Governador: Eu não sei como é que é aqui em Mogi a questão da propriedade irregular.

Voz: 48 residências…

Governador: 48 loteamentos. Nós temos que partir para a regularização, isso é muito importante (aplausos). Tem 800… Em São Paulo tem 800 mil famílias nessa situação. O que é que nós fizemos? Criamos um programa, Cidade Legal. Não é só isso, não. Mas, dentro do programa, uma das coisas foi baratear os custos do registro dos imóveis – o primeiro registro. Alguns imóveis, mais de R$ 2 mil. A família não tem dinheiro, não faz. Aí é besteira. Nós baixamos para, dependendo do caso, para menos de R$ 200, e para menos de R$ 100, quando é o caso da CDHU.

Agora, precisamos da parceria dos prefeitos, porque eles é que têm que meter a mão na massa. E precisamos que a comunidade conheça, precisamos da mídia para dizer que existe o programa, para as pessoas terem consciência e procurarem a Prefeitura para fazer esse trabalho.
Tendo a propriedade do imóvel, a família pode pegar crédito, pode deixar como herança, pode vender – é outra situação. Isso, na área habitacional, tem uma importância imensa – por isso é que eu repito em todo o lugar.

Mas, eu dizia, duas parcerias: a Assembleia, que ajudou muito nesse projeto, e as Prefeituras. As Prefeituras dessa região aqui, quase todas, têm sido parceiras do nosso trabalho. E o Bertaiolli, que foi um deputado de muita proximidade conosco, agora como prefeito tem continuado essa parceria e ampliado… que já estava sendo feita muito bem na época do Junji Abe. E agora, continuando e, como sempre, tudo o que continua na política precisa se renovar, se ampliar. E nós estamos partido para esse caminho. É um prefeito dinâmico, eu queria dar a ele meus parabéns pelo trabalho feito (aplausos).

Enfim, a todo Mogi e ao Alto Tietê… eu queria que vocês soubessem que nós contamos com vocês, por São Paulo e pelo Brasil. E que vocês contem conosco. Contem com os nossos secretários, com o governo, contem comigo pessoalmente, para a gente enfrentar todas as questões que tem a ver com o nosso desenvolvimento e com o nosso povo.

Muito obrigado!