Serra anuncia expansão do Programa Acessa Escola

São Paulo, 14 de maio de 2009

qui, 14/05/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar meu bom dia a todos e a todas. Cumprimentar a vice-prefeita, prefeita em exercício, a Alda Marco Antonio. Queria cumprimentar o secretário Paulo Renato, nosso secretário da Educação; o Sidney Beraldo, que é o secretário da Gestão Pública, que tem muito a ver com todo esse trabalho também; o Fábio Bonini, presidente da FDE, Fundação para o Desenvolvimento da Educação, que opera diretamente esse sistema. Queria saudar o Geraldo Carneiro, que é o subprefeito do M’Boi (Mirim) e o Luiz Ricardo, que é o sub de Campo Limpo; a Maria Ligia Branco, dirigente de ensino da Diretoria Sul-2; a Maria Beatriz, que é diretora desta escola estadual, muito boa a escola estadual. Queria também cumprimentar o pessoal (aqui presente), todos os alunos – aquele que nos falou mais os seus colegas que estão aqui representando todos os alunos presentes – e também a Mariana Montoro, que é coordenadora dos Programas para a Juventude.

Bem, eu acho que hoje é um dia importante, porque a gente está firmando um programa que começou há não muito tempo e que está funcionando muito bem. O Sidney Beraldo estava me dizendo que a utilização dos computadores existentes aumentou quatro vezes ao longo desse tempo. Vocês imaginem: tinha equipamento que não era bem usado. Uma coisa que eu tenho horror é sala com computador fechada, porque não tem não sei o quê… não tem não sei o quê lá… porque a professora… porque o horário… porque a carga… isso… aquilo… etc. Então, o que nós fizemos foi criar um programa aberto com os jovens, que é a melhor coisa que tem, (o jovem) que já sabe mexer no computador e que ensina a garotada.

O segundo ponto é muito simples: é ter uma manutenção permanente. Eu, por exemplo, que só aprendi… – sabe quando eu aprendi a mexer com computador? Com 61 anos de idade. Não faz tanto tempo assim, mas eu não sabia mexer. Por quê? Porque eu tinha medo de ficar escravo do computador, coisa que já aconteceu, eu sou computador-dependente. Agora… mas vive quebrando. O que mais me irrita é quando dá a maior encrenca e você chama alguém que entende. Veja a ciência: o sujeito chega e diz ‘desliga e liga de novo’ e, de repente, funciona. Quer dizer, desliga e liga de novo, isso me irrita um pouco, com relação a essa tecnologia. Mas sem manutenção não funciona.

Vocês imaginem que é um negócio de alta rotatividade… sem manutenção, eu ter que pedir para a Diretoria Regional de Ensino, que vai pedir para a Secretaria (da Educação) para consertar um computador. Isso não funciona.

Então, nós criamos um sistema ágil, sempre atualizado. Já tínhamos feito também o endereço eletrônico. Os professores têm criado mais, mas os alunos também podem multiplicar. O da Secretaria da Educação (tem) 45 mil inscritos,  ainda é pouco – e os alunos vão ter essa possibilidade também. Tem um endereço dado eletrônico para cada um.

E criamos também um programa de laptop para os professores e professoras, que eu não sei a quantas anda, mas havia dezenas de milhares… Já estão entregando 10 mil, mas tem fila aí, é um programa de financiamento para a compra de computadores sem juros, para professores, o que dá uma prestação de uns 60 reais por mês, para comprar um laptop. Ou seja, nós estamos difundindo, ampliando, intensificando a utilização do que hoje é um instrumento de trabalho profissional, de trabalho intelectual, de trabalho de aprendizado extraordinariamente importante, eu diria indispensável. Quem não sabe hoje mexer em computador é uma pessoa que acaba ficando para trás no futuro, na área profissional, na área de formação, e tudo mais.

A expansão que haverá no futuro próximo é grande. Nessa primeira etapa, nós já atingimos quase 600 escolas aqui da Capital, 80 delas estão em teste. Na segunda etapa, vamos chegar a 1.125 escolas da Capital, Grande São Paulo e algumas cidades do interior. Isso até meados deste ano. Na terceira etapa, mais 800 escolas de outras cidades da Grande São Paulo e do interior. E na quarta etapa, mais 1.040 escolas em todo o Estado até o ano que vem. Isso sem contar um outro programa que o Estado tem, que não é das escolas, que é o chamado Acessa São Paulo, que já se expandiu, Sidney, para quanto? Que já tem 450 postos nas menores cidadezinhas do interior.

Não identificado: Mais de 400 Municípios.

Governador: 400 Municípios. Um posto…

Não identificado: Mais de 400 municípios.

Governador: Mais que isso. Um posto aberto para toda a população usar de graça, que tem alguém lá que toma conta, feito conjuntamente com a Prefeitura. E tem os Telecentros, aqui no caso da Capital (sob administração) da Prefeitura de São Paulo. Todos os Acessas que o Estado tinha passaram para a Prefeitura. Você sabe quantos tem hoje? (dirigindo-se ao secretário Sidney Beraldo) 450 postos de Telecentro na Capital. Portanto, nós estamos fazendo um investimento… não é só em dinheiro, porque isso aqui não é um programa tão caro… mas um esforço também para que as coisas funcionem. O que eu não quero é sala fechada, computador quebrado e alunos sem acesso, sem essa possibilidade. Para os estagiários, é um grande negócio. Ganha um dinheirinho, começa a trabalhar, melhora o seu conhecimento… porque se a gente tem que explicar para alguém, tem que resolver problema, e a melhor maneira que tem de aprender é ensinando. Eu, que sou… minha profissão é professor… eu sempre aprendi mais dando aula, porque a gente é obrigado a saber muito mais daquilo que explica, porque na hora de explicar aí vai ver de fato quais são as dificuldades, quais são os problemas. Então, para os estagiários também é um programa de formação. Eles se aperfeiçoam em relação ao trabalho da informática.

Portanto, hoje é um dia para mim de uma alegria muito especial, de ver que esse programa andou, de que vai andar mais depressa ainda no futuro, em benefício da Educação no nosso Estado. Melhorar a Educação é um grande desafio que a gente tem, especialmente no Ensino Médio. É um desafio para tudo, evidentemente, mas o nosso problema principal reside no Ensino Médio. Por isso, não () só este programa, como também outras coisas que a gente está avançando em matéria de Educação Profissional, em matéria de professores e professoras, porque faltam professores e professoras de matérias de especialidades do nível médio, de Química, de Biologia, de Física. Nós bolamos um novo sistema de concurso, inclusive com uma carga horária pequena, para permitir que tenhamos professores nessas áreas. Mesmo com uma carga horária pequena, mas com concurso… Não é uma carga horária muito alta, e a gente fica  às vezes num ponto cego, não consegue reunir os profissionais para isso. Por isso, inclusive, vai haver uma nova modalidade.

Bem, eu queria aqui também registrar, no caso dos estudantes, a importância de uma integração desse trabalho com o Portal da Juventude. Aqui está a Mariana Montoro, que é coordenadora da Juventude, no Governo. O Portal da Juventude ainda não está ligado ao Acessa Escola, mas nós estamos trabalhando para atrelá-lo, para ter o Acessa Escola ligado no portal. É um portal bom, é um portal bem feito, tem todas as informações sobre políticas públicas para a juventude. Oferece espaço e audiência para divulgação de iniciativas e de coisas que são feitas. E serve como ponto de referência, digamos assim, é um espaço democrático para debate de qualquer coisa que seja de interesse da juventude. Eu acho que fazer essa ligação logo do Portal da Juventude com o Acessa Escola é muito importante. Em que pé está isso, Sidney? Quem é o responsável? A própria Secretaria (de Gestão) está cuidando.

Queria aqui também registrar a presença do deputado Milton Flávio, deputado estadual que tem trabalhado sempre muito bem conosco na Assembléia Legislativa (do Estado de São Paulo). A Assembléia tem dado muita cobertura às questões do Governo do Estado, e nós precisamos dela. Toda a parte legislativa passa por lá e a educação depende muito dessas coisas.

Muito obrigado, um grande abraço e parabéns à nossa diretora pela escola – e pelo fato de ter feito com que a gente viesse aqui para tocar esse programa. Ela só não mencionou que quando ela conheceu o Paulo Renato, o Paulo Renato era secretário da Educação. Essa garotada aqui não tinha nascido. Eu acho que eles têm, disseram que eles têm 16, 17 (anos), mas acho que têm uns 14 (anos) não é isso? Faz 25 anos (que a diretora conheceu o Paulo Renato), mas ela só deixou de mencionar que naquela época o Paulo tinha cabelos pretos – e ela também… E ela continua da mesma maneira.

Muito obrigado!