Ruy Ohtake assina projeto para recuperar bairros da periferia

Programa foi lançado nesta quarta-feira, 17, e contou com a presença do governador

qua, 17/09/2008 - 20h14 | Do Portal do Governo

Cerca de cinco mil casas de bairros da periferia da capital vão ser recuperadas e vão ganhar novas cores, a partir de propostas do arquiteto Ruy Ohtake e como parte de um amplo programa de reurbanização desenvolvido pelo Governo do Estado. O ponto de partida para esse processo será o Projeto-Piloto do Programa de Recuperação de Moradias, desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), lançado nesta quarta-feira, 17, com a presença do governador José Serra e do autor do projeto. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas, dizer da minha alegria de voltar aqui – eu vim quando era prefeito – e de voltar, no dia de hoje, para acompanhar o trabalho que a gente está fazendo aqui, ao lado da comunidade.

Queria cumprimentar o Lair, nosso secretário de Estado da Habitação. Queria cumprimentar o arquiteto que está nos ajudando, o Ruy Ohtake, que é o nosso parceiro. O Fernando Peres, presidente do Conselho da Abrafat, Associação Brasileira de Fabricantes de Tinta. Cadê ele? A tinta está sendo doada para este empreendimento.

Queria cumprimentar os subprefeitos Napoleão Peixinho, de São Miguel, e o Eduardo, de Ermelino Matarazzo. Falei para o subprefeito, agora, de São Miguel, que tem caminhão com esguicho para pintar muro, para pintar todo esse muro aqui da CPTM. Não precisa pedir autorização para a CPTM, vai lá e pinta tudo isso. Em duas tardes, isso aí está feito.

Queria, também, cumprimentar o pastor Wellington, presidente da comissão,  os líderes comunitários. Os alunos de curso de pintores. Agentes comunitários. Moradores.

Bem, o projeto aqui é bastante amplo. Nós fizemos a Avenida Jacu-Pêssego lá. Vamos fazer um parque muito bonito, desenhado pelo Ruy Ohtake. É o parque do Jacu, não é isso, Ruy? Um parque lindo, grande, aqui do lado da Jacu-Pêssego. Vamos fazer, também, um parque no meio do Pantanal, Parque do Jacu. É um parque menor, mas de mais fácil acesso.

Vamos treinar as pessoas para pintar, dando uma bolsa de mais de R$ 400 durante o curso para aprenderem a pintar. Além de fazerem o trabalho de melhora, vão ganhar, digamos, uma técnica, vão aprender a como fazer. É um trabalho muito bem organizado.

Na Capital, nós temos programado, só na Capital de São Paulo, cerca de 30 mil novas unidades da CDHU e, no Estado, quase 80 mil. Isso é o que está em andamento, que está em processo, que está para começar, que está planejado. Nós vamos fazer aqui, primeiro, a pintura de 300 residências. Por que a pintura? Porque ela dá outro aspecto, dá outro astral, não é verdade? Cria outra situação de estado de espírito mais favorável, como a gente pode olhar aqui. Está uma beleza.

Estamos fazendo, também, um trabalho importante, junto com a Prefeitura, de canalização do córrego, de urbanização, novas unidades habitacionais que eu passei agora. O Lair também cuidou para que fossem de cores diferentes, não é, Lair? Quando é que vamos inaugurar? O mês que vem?

Voz: O mês que vem.

Governador: Quantas unidades são?

Voz: 192.

Governador: São 192 unidades e não vai parar por aí, porque vai haver muitas mais. A idéia é remover todo o pessoal que está junto do rio, que está na área pior, para essas habitações da CDHU. Portanto, transformar o Pantanal, cada vez mais, num bairro, em razão das condições de esgoto, de pavimentação, de transporte. Nós vamos fazer passagem de nível aqui embaixo da CPTM.

Enfim, as condições de moradia, inclusive de esgoto, que já avançou bastante aqui e, ao mesmo tempo, de meio ambiente, está certo? De estética, de ter uma coisa mais agradável para conviver. E também provocar auto-estima,  porque a gente tende a cuidar melhor daquilo que está melhor arrumado.

Fizeram até uma sugestão para que este programa fosse São Paulo de Cara Nova. Porque nós vamos – aqui é um piloto importante – para o conjunto da cidade e da Grande São Paulo. Na verdade, a gente trabalha para a Grande São Paulo e no Interior, mas a região aqui faz parte da Grande São Paulo. Isso na ótica do Governo do Estado, na maneira do olhar, porque nós não somos a Prefeitura, é o Governo do Estado.

Então, a gente olha, trabalha com as Prefeituras dos locais, e olha o conjunto de toda a região da Grande São Paulo. Espero, no final de 2009, já em 2010, ter avançado muito esse programa e concluído o programa aqui no Pantanal. A gente espera, em menos de dois anos, ter tudo isso aqui concluído: a parte estética, a parte, já, de terminar as moradias, a canalização, os dois parques estão prontos. E melhorar a condição de transporte – eu vinha perguntando para o Lair, me parece essencial, porque o transporte é ruim aqui. Temos que aproveitar o trem, que está aqui do lado, que tende a ser o mais importante de tudo.

Aliás, eu estava dizendo a eles que precisamos também ter aqui ciclovias,  para o pessoal poder andar de bicicleta, muitas vezes quando vai até o trem, quando vai até algum lugar. É um meio rápido, prático e barato para poder chegar até o meio de transporte.

Portanto, quando o Lair me falou de como estava andando o programa, eu fiz questão de vir aqui. Este é um lugar pelo qual a gente tem muito carinho, e em relação ao qual faz muita questão de que seja uma experiência que possa servir para toda a região da Grande São Paulo.

Isso é fundamental. É uma experiência pioneira. Não é brincadeira: na primeira etapa, nós já beneficiamos 4.800 famílias. Delas, 2.400, mais ou menos, tiveram os lotes urbanizados e 2.500 foram reassentadas em novas unidades habitacionais.

Na segunda etapa, vão ser mais 3.500 famílias entre novas unidades, lotes urbanizados e melhora geral das condições de moradia. Para isso nós precisamos da parceria. Nós precisamos de todo mundo aqui. Quero dizer também que o pessoal da União da Vila Nova é um exemplo de participação e de parceria conosco.

Tem um menino que quer falar aqui, mas ele está com a camisa do Corinthians. Não dá, não é? Não dá, é demais. Não, eu estou torcendo para o Corinthians ira para a divisão A, estamos torcendo. Ontem à noite, a propósito, eu torci, empatou só 1×1 com o Brasiliense, mas nós estamos torcendo. Agora, dar palavra para um corintiano eu acho demais.

Bem, muito obrigado, um grande abraço e eu estarei de volta bem logo. O Lair vai falar com vocês para explicar. Nós estamos trabalhando na urbanização e nos parques, está certo? Que é para a criança ficar. E estamos fazendo o trabalho de urbanização que implica o asfalto. É que é tudo ao mesmo tempo.

A idéia é completar tudo: da moradia à condição ambiental. E é até outubro, quando eu venho inaugurar esses novos conjuntos.

Muito obrigado a vocês todos.

Quero dizer uma coisa: nós contamos com vocês e quero que vocês saibam que podem contar com o Governo do Estado, podem contar comigo. Está bom? Qualquer problema, façam chegar.

Vamos agradecer aqui, eu queria uma salva de palmas para duas pessoas: para o Ruy Ohtake, que está ajudando a gente, e para o empresário que está doando a tinta para esse nosso trabalho. Está bom?

Muito obrigado.