Recuperação de 138,5 km de estradas vicinais

Obras foram realizadas nas regiões de Avaré e Lins; governo investiu R$ 17,3 milhões no Programa Pró-Vicinais

qui, 20/11/2008 - 20h14 | Do Portal do Governo

O governador José Serra entregou nesta quinta-feira, 20, as obras de recuperação de 138,5 quilômetros de estradas vicinais nas regiões de Lins e Avaré, nos quais o governo do Estado investiu R$ 17,3 milhões dentro do programa Pro-Vicinais. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

 

 

Governador: Queria cumprimentar nossa prefeita, cujas palavras agradeço. O presidente da Câmara. Os deputados Giriboni e Pannunzio. Giriboni, deputado estadual, que tanto tem nos apoiado com trabalho e com qualidade na Assembléia Legislativa. Deputado Pannunzio, um grande deputado federal aqui da região. Foi líder do PSDB, uma pessoa importante em Brasília, e está muito próximo das ações do Governo de São Paulo.

Queria cumprimentar todos os prefeitos presentes. Infelizmente, minha assessoria se esqueceu de me dar as citações, mas eu quero que todos se considerem saudados. Hem? Não é só de vocês.

Queria também cumprimentar o secretário interino dos Transportes, o Sílvio Aleixo, que aqui nos acompanha.

Bem, nós estamos hoje aqui para uma inauguração relativamente simples de uma estrada vicinal. Especificamente, a de Avaré-Itatinga. Mas vamos também descerrar as placas de várias outras, aqui na região. Na verdade, esta região é, talvez – eu não tenho certeza absoluta – a que mais tem obras de estradas vicinais no Estado. São cerca de 500 quilômetrosque estão sendo refeitos, e quero dizer que este número ainda é pequeno, em face do total que nós teremos completado até o final do nosso mandato.

Nós estamos refazendo os 12 mil quilômetros de estradas vicinais que São Paulo tem. Sem contar as estradas novas, vicinais, que estamos fazendo e vamos fazer. Por enquanto, estamos na etapa um e dois do programa de vicinais, mas nós já determinamos que começaremos neste ano as etapas três e quatro, para poder terminar tudo no ano que vem.

São – apenas aqui na região – 30 estradas vicinais. Estamos investindo, na fase um e na fase dois, cerca de R$ 147 milhões.

Mas vamos adiante com a questão de estradas. Quero dizer que nós vamos começar proximamente um recapeamento do trecho Bofete-Cesário Lange, da SP – eu nunca me lembro dos números – 141. São 38 quilômetros – só isso vai custar 45 milhões. Mais o que já tocamos adiante: 50 quilômetrosda SP-255, Avaré-Itaí.

Quero também dizer – isso é muito importante que todos conheçam, os prefeitos, todos – que nós vamos fazer todos os acessos a municípios que estão faltando no Estado de São Paulo. Todos. No final da nossa gestão, não haverá nenhuma acesso por fazer, não haverá mais nenhuma demanda. Para vocês terem idéia, são 350 acessos. Então, quando tem – vira e mexe tem – vai lá, pega o acesso tal, o acesso tal. Fica um varejo e a gente acaba enxugando gelo. Então, a idéia qual é? Pegamos todos. Vão ser feitas licitações em blocos,  em grupos, em lotes de acessos. De maneira que a gente vai conseguir fazer todos, melhorando muito a segurança, o conforto e o acesso a todos os municípios de São Paulo. Não vai ficar um município cujo acesso por alguma estrada não esteja refeito ou feito de maneira segura e confortável.

Ao mesmo tempo, além desses 350, há mais 52 acessos que serão feitos nas concessões recém-feitas, há duas ou três semanas. Essas concessões envolvem… Aliás, qual delas passa aqui na região? A Raposo. Que vai implicar, cada nova concessão, também a manutenção das vicinais. Ou seja, essa é uma inovação que nós fizemos. As concessões anteriores não tinham isso.

Agora, a concessionária vai ter que manter também as vicinais próximas. Não que vá comprar pedágio, ela mantém. Não vai custar tanto para ela, que já vai ter equipamento, já vai ter tudo. Isto vai aliviar o trabalho das Prefeituras, que teoricamente são os donos das vicinais, mas nunca conseguem fazer direito – sempre falta dinheiro, tem problema – e do Estado, que sempre tem que socorrer as Prefeituras nisso. Portanto, a concessionária manterá. São concessões por 25, 30 anos, durante os quais nós vamos ter essas vicinais bem mantidas.

Nestas concessões, quantas são as vicinais, Sílvio? Nas concessões todas, nas cinco. Novecentos quilômetros de vicinais. Que número é? Quantas vicinais? 153 vicinais, que vão ficar já com a sua manutenção permanente pelas concessões. E o que nós queremos depois é negociar, com as concessionárias antigas, que também incluam as vicinais. Agora é fácil fazer porque é contrato novo.

Essas são as coisas mais importantes, e o evento hoje é em relação a estradas. Só queria dizer para a nossa prefeita que as verbas do Dade estão chegando direito, pela primeira vez ou não? O Dade é para estância turística.

Avaré, aqui, tem uma bela represa. Aliás, é um milagre, porque o Tietê – quando passa em São Paulo – é aquela sujeira. A represa é limpa. O Paranapanema, perdão. Mas o Paranapanema, num certo trecho, é muito poluído. Quando chega aqui, temos uma bela represa, onde o pessoal, meu filho vinha muito aqui, também, para fazer aqueles esportes perigosos na água.

Só as verbas do Dade para Avaré são cerca de R$ 2 milhões, e nós também inauguramos, há uma semana, algumas casas aqui. Foi aqui, no dia 14 de novembro. Foram 75 novas casas, e temos mais 190 programadas para serem concluídas em meados deste ano pela CDHU.

Enfim, estamos tocando o nosso trabalho na área do ensino técnico, tecnológico, na área da saúde, na área dos transportes, na área de estradas, na área de saneamento. Para que a gente possa conseguir tocar tudo isso, é indispensável a parceria das Prefeituras. No meu governo, não tem prefeito de pires na mão. O que tem é prefeito pressionado por nós para fazer as coisas. Estou certo ou não estou? É a primeira vez que nós fizemos de parceria.

Vocês sabem uma coisa? Ontem estava vendo uns números interessantes. Dois terços do investimento público no Brasil, do investimento governamental, são feitos por Estados e municípios. Não é incrível isso? Não é Governo Federal. Vocês sabem que os municípios brasileiros somados investem mais do que o Governo Federal? Sabia disso, Toninho?

Voz: Não.

Governador: Isso é um dado interessantíssimo. Na verdade, o município investe em conjunto até mais do que os Estados. Nós estamos reforçando isso porque estamos fazendo muita coisa em parceria. Eestamos elevando também, na verdade, o dado que eu estou dando agora é um dado anterior, já tem dois ou três anos. Nós estamos acelerando. O Estado de São Paulo vai investir, ao longo destes quatro anos, cerca de R$ 60 bilhões. É o maior investimento da história.

Acabamos de fazer a venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil. Em termos líquidos, é um aporte de recursos, só direto para o Estado – porque tem os acionistas privados – de mais de cinco bilhões. Mas esses cinco bilhões são 1/12 do que nós estamos investindo, incluindo as empresas – Sabesp, Metrô, etc. – para que se tenha uma idéia da magnitude daquilo que nós estamos fazendo.

Com esse produto da venda da Nossa Caixa – cujos funcionários passarão para o Banco do Brasil e, portanto, estarão bastante protegidos nas suas condições de estabilidade de trabalho – nós vamos dar sustentação a esses investimentos em estradas, em transporte de trens metropolitanos, incluindo o metrô. Na área da saúde, na área de ensino técnico, na área da educação. Enfim, isso vai dar sustentação para os nossos investimentos.

Mas nós só vamos conseguir materializar isso se tivermos a cooperação dos prefeitos. Independentemente da coloração partidária. Porque eleição a gente disputa, tem briga, tem atritos, é normal dentro do processo democrático. Mas governar, nós governamos para todos e para todas.

Por quê? Porque é um erro muito grande entrar no governo e governar para partido. A população não vota para isso. A população, quando vota num prefeito ou vota num governador, ela o faz esperando que ele governe. Ou, num presidente da República, que ele governe para todos e para todas. Isso é o que a gente faz ao pé da letra, aqui em São Paulo.

Queria agradecer essa acolhida, dizer que eu conto com vocês. E quero que vocês saibam também que contam com o Governo do Estado. Contam comigo, pessoalmente, para trabalhar pelo nosso desenvolvimento.

Muito obrigado.