Plano de expansão do Acessa São Paulo em Itu

Serra discursou nesta terça-feira, 11, após o anúncio de ampliação programa de inclusão digital

ter, 11/12/2007 - 20h35 | Do Portal do Governo

O maior programa de inclusão digital do país não pára de crescer. O governo do estado anunciou nesta terça-feira, 11, o plano de expansão do programa Acessa São Paulo, com a meta de levá-lo a todos os 645 municípios paulistas até 2010. Todas as prefeituras interessadas terão uma unidade do Acessa SP. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas.

Na verdade, a assinatura já tirou o furo do que eu ia falar. Devia ter assinado depois. Mas, realmente, é uma grande doação. São mais de 550 mil metros quadrados que nós estamos fazendo para Itu. Vou mandar o projeto de lei para a Assembléia. Vai precisar agora mexer os pauzinhos para aprovar o antes possível. E daqui a um ano – a Prefeitura tem um prazo de um ano, eu acho – para ter um plano completo para o Governo aprovar. Um plano completo de utilização para a indústria, para imóveis e para meio ambiente.

O Herculano me dizia que lá nem tem área verde. Não é, Herculano? Mas nós vamos ter que fazer área verde. Itu também vai ganhar uma área verde.

É a maior doação que eu já vi. Há uma  em Rio Preto que é grande, mas não chega a ser metade dessa, para um município. Por que a gente está fazendo isso? Porque doar para um município uma área industrial significa doar para São Paulo um salto a mais no seu desenvolvimento.

O que interessa para todos é a coletividade, é o conjunto da nossa sociedade, do nosso Estado. E o importante é que se façam mais investimentos e gerem mais empregos. Não é quem é dono, se é o Estado, se é o Município. E o município aqui vai poder trabalhar… eu tenho certeza de que esse é o padrão não só do Herculano, como também é o padrão da cidade. Itu é uma cidade diferenciada. Eu tenho certeza de que vão fazer um excelente projeto para atrair empregos, atividade econômica, impostos – não impostos mediante o aumento da carga tributária, mas impostos pela maior produção – para o nosso Estado. Confio muito nisso, viu?

Queria cumprimentar, além do Herculano, a Rita Passos, deputada estadual, líder do PV. Outro dia eu estava conversando com os deputados lá da Assembléia e eles estavam me dizendo o seguinte: que para aquilo que o Governo tem perseguido em matéria de leis, de projetos, etc., a bancada do PV tem sido a número um em matéria de cooperação. Eu quero fazer aqui esse reconhecimento público, porque tem sido parceira do nosso trabalho em São Paulo, e nós aprovamos muitas coisas este ano.

Não vou nem falar aqui, porque é uma lista extensa: desde medidas como o aumento do piso salarial, o aumento do salário mínimo paulista, até medidas com a do ICMS eletrônico que permite já a redução de 30% do imposto devido em benefício da pessoa que está comprando no varejo. Enfim, um conjunto de obras e de projetos que nós temos aprovado, e a Assembléia tem sido cooperativa, tem sido parceira.

Quero dizer a vocês o seguinte: no meu governo, deputado não me indica diretor de nenhuma empresa. Hoje eu até estava falando com uma pessoa amiga. Eu nem sei quem são os diretores da Cesp, ou da Caixa Econômica ou da Prodesp. Eu não sei os diretores, quem são. Conheço o nome do presidente. Nós nem tomamos conhecimento, as diretorias são profissionalizadas. Nenhum deputado, nenhum grupo de deputado, nenhum partido indica diretores, porque essa é responsabilidade do governador e eu delego a responsabilidade aos presidentes das empresas.

Mas, em compensação, nós ouvimos a Assembléia para cada passo que nós damos em matéria de gasto público, em matéria de emendas, em matéria do interesse da coletividade. Eu nunca vi – raríssimo ver – um deputado fazer uma emenda vagabunda. Em geral, os deputados fazem emendas que interessam à coletividade. E nisso, a Rita é testemunha, toda a Assembléia é testemunha, nós somos parceiros. Nós somos parceiros, trabalhamos próximos com a Assembléia nessa matéria.

O Acessa São Paulo hoje cobre – quantos municípios, Beraldo? – 306 municípios. Nós fizemos 50 mais este ano, vamos fazer 120 mais no ano que vem e vamos cobrir os 645 municípios de São Paulo. Todos até 2010. Todos estarão na web.

Esse é um programa que não fui eu que inventei. Eu não sei se foi o Covas ou se foi o Alckmin. Foi na época do Covas, passou pela época do Alckmin.

Pois bem, nós vamos fazer tantos Acessa São Paulo, ou mais, do que o número que encontramos. Este é um mecanismo, eu diria para vocês, barato – não vou fazer demagogia, dizendo que é um programa caro – é um programa barato, precisa mais de organização e dá acesso as pessoas. Dá acesso.

O Beraldo disse uma coisa muito correta: antigamente, o esquema de qualificação era diferente. O meu avô materno era analfabeto. Analfabeto. E, bem ou mal, manteve sua família. O meu pai foi alfabetizado há anos – ambos eram italianos – meu pai foi alfabetizado com vinte e tantos anos, e se virava. Hoje, não. Hoje, não dá mais isso. Hoje, ninguém vai subir na vida se não tiver um mínimo de preparo.

É inegável que a informática, a internet, hoje, são instrumentos do conhecimento do trabalho essencial. Até daqui a pouco, para ver televisão. Eu, por exemplo, não consigo ver a tal da TV digital, que ainda não começou, mas tem já os aparelhos. Virou um verdadeiro… antes eu ligava o botão, eu preferia que ligue o botão e também vem o SAP, vai zapeando e tal. Agora, não. Agora virou uma complexidade, tem que programar, aperta um botão, aperta outro, não pode mais ligar direto, etc. e tal. Mas isso é um sintoma do que virá pela frente.

E nós estamos dando esse acesso. O nome é muito bom. Não sei quem foi o publicitário – eu implico com publicitário – mas, no caso, os publicitários acertaram. É um bom nome: Acessa São Paulo. Portanto, esse é o programa que eu quero anunciar aqui. É um programa extremamente importante.

Aliás, da área do Beraldo, eu quero anunciar outra coisa para os funcionários públicos: nós estamos antecipando o pagamento do décimo terceiro, que vai sair esta semana, dia 14, que é sexta-feira. Era bom que a imprensa tomasse nota para os funcionários saberem disso. É um milhão de funcionários e um bilhão de reais. É isso? Cinqüenta por cento já pagou e agora vem a outra metade.

Bem, um outro anúncio que eu queria fazer aqui – que já é sabido – é a Fatec, uma Faculdade de Tecnologia. Nós vamos ter uma funcionando em Itu, no segundo semestre do ano que vem, e que vai ter que estar amarrada a esse distrito industrial, no sentido de que vai ter que preparar gente. Hoje, é uma vergonha, faltam empregos no Brasil. Tem muito desemprego ainda. A economia cresceu pouco nos últimos anos – agora melhorou – mas cresceu pouco. Muito atrás da América Latina e de tudo.

Pois bem, os poucos empregos que tem, muitas vezes não são preenchidos, porque a garotada não tem qualificação. Isso é dramático. Por isso, nós estamos turbinando as Escolas Técnicas e as Faculdades de Tecnologia.

Vamos aumentar o número de vagas nas Escolas Técnicas e de Faculdades de Tecnologia em mais de 25%, até 2010. Vamos aumentar aqui na região. Todas.

E vamos fazer junto com essa Fatec de Itu – que é para o segundo semestre do ano que vem – uma Etec em Votorantim, uma Escola Técnica que vai se somar às outras. Esta é a quinta Fatec – diga-se de passagem – na região. E nós sempre olhamos regionalmente.

Eu não tenho dúvida: o distrito industrial, a Fatec, são obras regionais. Não são obras locais, apenas para quem mora aqui. Uma Faculdade é uma obra regional. A gente põe nos pólos que são os de mais fácil acesso. Portanto, queria também fazer este anúncio aqui que está em pleno andamento. Não está, Herculano, a Fatec? Já está caminhando. A bola está no pé da Prefeitura. Primeiro semestre? Melhor ainda.

Bem, nós temos aqui uma escola chamada Mário Covas, que vai ser inaugurada para mil e algumas centenas de alunos. E eu quero dizer também… tem alguém de Itapeva aqui, ou não?

– Eu.

Onde? Levanta o braço. Ah, está lá. O que você é de Itapeva?

– Eu nasci em Itapeva, mas moro em Itu.

Mora em Itu? Então, ligue lá para Itapeva e diga que nós vamos fazer um Ambulatório Médico de Especialidades em Itapeva.

Além de a gente estar reformando a Santa Casa, e além de ter em Sorocaba ampliado e reformado o Centro Hospitalar de Sorocaba. Bem, além de que estamos ligados nas Marginais também de Sorocaba, da Raposo Tavares, que são fundamentais.

Um programa que a gente tem para o Interior geral, além das Etecs e Fatecs, além de Ambulatórios de Especialidades… outro dia, eu inaugurei um Ambulatório de Especialidades em Votuporanga, é o primeiro. É uma beleza, porque vai fazer mais de 15 mil consultas por mês. Este é um estrangulamento na área da saúde: consulta de ortopedia, a respeito da qual eu mais ouço reclamação. Parece que é a coisa mais difícil ter uma consulta no SUS de ortopedia. Não pode mais ligar direto, etc. e tal. Mas isso é um sintoma do que virá pela frente.

Lá já tinha 30 especialidades. Tem até acupuntura. Eu, por exemplo, faço muito acupuntura, não é por isso que nós estamos pondo. Mas inegavelmente, se tivessem me perguntado, eu teria opinado a favor da acupuntura, que é uma coisa boa. Eu até fiz um exame de audiometria. Até audiometria tem, com  fonoaudiólogas, evidentemente, como sempre, fonoaudiólogas bonitinhas. Todas foram… sempre, eu acho que já escolhem. Tem uma ligação entre uma coisa e a outra.

E, além disso, serão mais de15 mil consultas mês e mais de cinco mil exames de ultra-som, radiografia, exame de sangue, exame de urina. Enfim, tudo aquilo que é o que mais falta no sistema de saúde. Nós estamos criando 40 no Estado inteiro, dividindo tecnicamente, de maneira que todo mundo possa ter acesso. A idéia é não precisar ir para São Paulo, não precisar ir para Ribeirão Preto, não precisar ir para Campinas quando tem que fazer uma consulta, quando tem que fazer um exame. A gente tem isso descentralizado por todo o Interior.

Um programa amplo que a gente tem, ao lado desses, é o de vicinais. E aqui, a região de Sorocaba é a segunda do Estado em quilômetros de vicinais. Entre o Pró-Vicinal I, que já está em pleno andamento, e o Pró-Vicinal II, que está em fase de licitação, projetos, etc., são 495 quilômetros de vicinais que vão ficar como novas para transportar a população e para transportar as mercadorias. Isto é o mais importante de tudo.

E nós temos ainda muito trabalho pela frente. Em São Paulo, a gente tem que trabalhar bastante. É um Estado complexo, grande, 40 milhões de habitantes, é o mais populoso do País. Muita desigualdade, muita coisa para ser feita. Áreas delicadas, como é o caso da Segurança. Áreas críticas, como é o caso da Saúde. Áreas estratégicas, como é o caso da Educação.

Nós estamos trabalhando em cada uma dessas áreas. E, graças a Deus, montamos uma equipe de primeira. Porque o novo governo é um trabalho de equipe, é um trabalho com gente boa e graças a Deus a nossa equipe vem tendo um excelente desempenho. Aliás, esse é o segredo de São Paulo, não é isso?  

Eu devo dizer a vocês, eu sei que isso sempre divide um pouco. Mas aqui a maioria deve ser… Eu sou palmeirense… Mas aqui deve estar cheio de palmeirense. O prefeito é o que?  Eu não sei se era, mas converteu. Eu aceito. O Vítor é.

Outro dia, nós criamos um programa de desburocratização. Escolhemos cinco cidades para começar o programa. O da Capital, o Kassab – está na cara – é sãopaulino, mas os outros todos: o Vitor; o Papa, de Santos; o Barjas Negri, de Piracicaba e tem mais um outro. Os outros quatro, palmeirenses. Aí, a imprensa perguntou: Por que escolheu essas cidades? E eu disse: Porque são palmeirenses. Não foi, mas o fato é que foi uma coincidência. Aí eu dei uma explicação e ponto final.

Mas o segredo de São Paulo é trabalho em equipe. Se um jogador vem lá meio mambembe, já não joga bem e eles vendem por uma fortuna. Mas o Governo precisa trabalhar com uma equipe assim: dinâmica, com gente boa no primeiro, no segundo escalão. Graças a Deus, nós conseguimos fazer isto. Talvez o meu maior mérito no Governo tenha sido a organização da equipe. E nós contamos muito também com os nossos aliados prefeitos e os nossos aliados parlamentares.

O nosso trabalho é para a coletividade, sem discriminação. Ninguém precisa mudar para o PSDB – ou mesmo quando podia mudar, agora já nem se pode mais – para ser atendido. Para ser atendido, o que precisa é estar trabalhando pelo interesse público.              

Esse é o nosso critério.

Muito obrigado.