Obras no município de Assis

Serra entregou nesta sexta-feira, 9, a estrada vicinal Assis-Platina

sex, 09/05/2008 - 19h55 | Do Portal do Governo

O governador José Serra entregou na tarde desta sexta-feira, 9, em Assis, oeste paulista, a estrada vicinal Assis-Platina. Com extensão total de 19,5 quilômetros e investimentos de R$ 2,4 milhões, a vicinal é a primeira estrada pavimentada beneficiada pelo Programa Pró-Vicinais. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador José Serra – Queria dar uma boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar o prefeito Ézio. O vereador Márcio Aparecido, presidente da Câmara. O vice–prefeito João Rosa da Silva Filho. Os deputados federais que nos falaram aqui, o Camarinha e o Jorginho Maluly. Os deputados estaduais Mauro Bragato e Vinicius Camarinha.

Os secretários que nos acompanham, Mauro Arce e Dilma Pena. Os prefeitos de Platina, Óleo, Chavantes, Canitar, Lutécia, Tarumã, Tarabaí, Maracaí, Santa Cruz do Rio Pardo, Ribeirão do Sul, Ourinhos, Ipaussu, Cruzália, Campos Novos Paulista e Quatá. Queria cumprimentar também todos os funcionários aqui do DER, da Secretaria dos Transportes. Os secretários municipais. Os moradores do bairro rural Água do Pavão Matão. Os trabalhadores rurais.

Bem, são quase 20 quilômetrosaqui – a maior parte, 12 quilômetros, em Platina e 7,5 quilômetros aqui em Assis. Asestradas vicinais são dos municípios, mas na prática os municípios não têm muita condição de fazer uma manutenção adequada, permanente. De refazer as estradas. Por isso é que nós fizemos esse programa Pró-Vicinais. A meta é refazer 12 mil quilômetros em São Paulo.Nós estamos no começo. A segunda etapa do Pró – Vicinais é maior do que a primeira. E esta região vai ter em torno de 400 quilômetrosrefeitos de vicinais.

Dá realmente gosto olhar para lá, e ver, tal como eu disse, e o prefeito lembrou: é como nova, não é tapar buraco. A estrada é refeita, para poder realmente transportar de maneira mais adequada as mercadorias e as pessoas, que vão de uma cidade a outra, e mercadorias que escoam a produção agrícola, a produção pecuária e a produção industrial. Queria cumprimentar também o deputado estadual Ed Thomas, que acabou de chegar.

Nesse sentido, é uma inauguração simbólica. Eu não estou podendo ir a todas as inaugurações porque são muitas que já estão prontas, e até julho vão ficar todas prontas do Pró–Vicinal I. E até julho, estarão contratadas todas do Pró – Vicinal II.

Nós vamos fazer ainda neste ano – acho que até meados do ano – lançar o Pró–Vicinal III, porque se não anda depressa, não anda a passo normal. Na administração pública, a gente tem que correr, para andar. Isso é que eu aprendi. Por isso, eu insisto – não é, Mauro? – em ir fazendo as coisas, porque do contrário nós não terminamos. Tudo demora. Mesmo com equipe competente, tudo demora, têm idas, vindas. Edital, impugnação, meio ambiente, isso, aquilo.

Nós vamos soltar também um conjunto de novas estradas vicinais, não de refazer, mas estradas que não existem. E se não fizer agora, também não vai dar tempo. E elas são muito mais caras. Aqui nós gastamos R$ 2,5 milhões. Quer dizer, aproximadamente R$ 125 mil por quilômetro. Mas uma estrada nova chega a sair R$ 500 milhões. Então custa muito mais caro, quatro vezes mais, pelo menos. Por isso é que a gente tem que fazer logo, de maneira planejada e de maneira muito sensata.

Não dá para ir fazendo qualquer coisa. Tem que fazer estradas que realmente sejam oportunas do ponto de vista das pessoas e das mercadorias.

Mas eu aproveito também para falar desse convênio – que agora assinamos – com a Companhia Brasileira de Alumínio, a CBA. Ela é que vai bancar uma ponte histórica no município de Chavantes que envolve também o Governo do Paraná. Essa ponte histórica que vai ser refeita envolve R$ 2 milhões, que é a mesma CBA que vai pagar.

Temos aqui coisas que já foram mencionadas. Na Raposo, a duplicação da Assis – Maracaí, que já está em andamento e deve ficar pronta em dezembro, é a nossa expectativa. É muito importante e já está acontecendo. Outra é a famosa Bauru – Marília, que custa uma fortuna. Para vocês terem uma idéia, custa R$ 336 milhões, que nós estamos bancando. É uma estrada que só vai ficar pronta, com a duplicação, no ano que vem. Depois estamos também com um projeto em andamento, de refazer a Raposo, duplicar em Ourinhos, que é muito importante. Já tem um projeto, mas não entrou ainda em concorrência. Estamosarrumando para poder pôr em concorrência. Sãocoisas bem relevantes.

Na área da saúde, temos o plano de aumentar em 20% a oferta de leitos aqui no Hospital Regional de Assis. Serão vinte e oito leitos a mais no ano que vem, para poder enfrentar o problema da escassez de leitos de hospital, cuja demanda não pára de aumentar, mesmo com a gente saindo atrás. Estamos fazendo hospitais novos, estadualizando alguns hospitais, mas mesmo assim a demanda está crescendo cada vez mais. O que não é mal, há mais atendimento para a população.

Mas em relação à saúde, a gente está sempre atrás. O que nós podemos fazer é que hoje seja melhor de que ontem, e amanhã melhor do que hoje. Mas a demanda sempre é crescente. Nós vamos, aliás, ajudar as Santas Casas de Assis, de Palmital e de Paraguaçu no Pró–Santas Casas que vamos ter neste ano. E Marília também. É que os meus dados às vezes incluem Marília, às vezes não. Aliás, o Palmeiras foi campeão graças também à operação do Marília, vocês hão de concordar. 

O prefeito é palmeirense, não? Você está com uma bela camisa verde. O nosso prefeito de Platina é palmeirense. E o Camarinha? São-paulino. O pai é palmeirense? Isso é que é família viva para fazer… (incompreensível). O Rafael era corintiano ? Ah, era palmeirense. Não tem nenhum corintiano na família?

Tem as AME que nós vamos fazer em Tupã e Ourinhos. Vamos também aumentar a oferta de leitos. Os de UTI vão duplicar de cinco para dez em Paraguaçu, para efeito de aumentar a oferta de leitos de UTI na região. E vamos ter, um pouco mais longe, um AME pronto – no fim do ano – em Lins.

E em Bauru, no início do segundo semestre deste ano. AME significa Ambulatório Médico de Especialidades. É para consultas. São trinta especialidades, 15 mil consultas por mês, mais 5 mil exames de laboratório. Isso desafoga hospital, resolve boa parte da demanda da saúde que vai em cima dos hospitais, mas que não é para atendimento hospitalar. É para coisas que outras unidades poderiam fazer. Mas, como as pessoas não têm opção, acabam indo para o hospital. É essa opção que a gente quer dar com essa rede de AMEs no Estado inteiro. A região aqui vai ser muito bem atendida.

Quero lembrar também que nós assumimos o Hospital Manuel de Abreu, em Bauru. O Estado estadualizou e vai aumentar a prestação de serviços por este hospital. Também há o assunto importante que é a questão da cadeia aqui em Assis.  Hámuita reclamação em relação a ela. O problema é que se está construindo um Anexo de Detenção Provisória, o ADP. O problema é que a empreiteira quebrou no meio, teve confusão, teve que refazer a concorrência.

Eu sei que essa é uma pergunta que vem da imprensa. Eu acho que já está nos finalmente, e aí vai poder fazer esse alívio, que, aliás, é uma política que o Alckmin desenvolveu para o Interior e nós continuamos: é a idéia de acabar com as cadeias na medida do possível, porque elas estão sempre no centro da cidade e as condições para os detentos são muito desumanas. A cadeia não é para o sujeito ficar preso tanto tempo. Agora tem uma correria aí entre a demanda, as necessidades e a possibilidade de fazer.

Porque fazer CDP, fazer cadeia, sempre dá encrenca. Encrenca ambiental, com o Ministério Público, com a comunidade. Ninguém quer ter cadeia perto. Todo mundo quer ter presídios, mas no vizinho, nunca dentro de si. Ao mesmo tempo, a nossa polícia prende. São Paulo prende. Isso, aliás, é um dos motivos que explica por que os homicídios em São Paulocaíram tanto. Nos últimos anos, a partir de 1999, e agudamente no ano passado, é precisamente uma das razões. Não a única, mas uma das razões é que se prende mais em São Paulo.Em São Paulo, muito mais que no resto do Brasil. Não é que no resto do Brasil tenha menos criminalidade, mas se prende menos.

Aqui se prende mais, e o efeito acaba sendo positivo sobre a criminalidade, no sentido de diminuir. Mas, ao mesmo tempo, cria outros problemas. Como sempre. A gente resolve um problema e cria outro. A obrigação de quem está na vida pública é ir resolvendo esses problemas sucessivamente.

Muito bem, eram essas questões que eu queria dizer. Enquanto eu estava aqui, veio a notícia de que morreu talvez o meu melhor amigo, no Rio de Janeiro, que é o ex-senador Arthur da Távola, a quem eu ia visitar na segunda-feira. A mulher dele me disse que ele estava mal e eu ia visitá-lo. Já estava combinado, eu ia na segunda-feira. O meu ajudante de ordens me passou agora que ele acabou de morrer. Então vocês me perdoem porque eu estou um pouco afetado por isso.

Muito obrigado.