Mais 240 famílias recebem as chaves de apartamentos da CDHU

Governador: Bom… é o seguinte. Então vocês preferem que pinte de preto com um pouquinho de branco? (apupos) Quem quer que a gente pinte de preto as casas aí? (apupos) […]

qui, 12/03/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador: Bom… é o seguinte. Então vocês preferem que pinte de preto com um pouquinho de branco? (apupos) Quem quer que a gente pinte de preto as casas aí? (apupos) Ninguém, está vendo? De verde e branco não é bonita? (apupos) Você acha que não? Então, pinta a casa dela de preto… aquela moça de óculos e vestido…

Mas… olha aqui… O Ronaldinho voltou bem, não voltou? Graças a quem? Ao Palmeiras. O gol que ele fez foi em cima do Palmeiras – ou não? Eu fiquei contente com o gol do Ronaldinho. Todo mundo ficou contente – não é? – todo mundo quer que ele volte a ser o que era.

Bem… queria cumprimentar aqui o Lair, nosso secretário. O deputado estadual Milton Flávio. O nosso vereador aqui da região, o Adolfo Quintas. O padre Ticão, que é o pároco da Igreja São Francisco de Assis, é o coordenador da Pastoral da Moradia da Zona Leste. Os subprefeitos do Itaim, do Ermelino e de Guaianases… e o Dalcides Neto, que é o coordenador do Movimento de Moradia Leste 2. Queria cumprimentar os moradores deste novo conjunto habitacional e dar os meus parabéns a eles. Quem vai morar aí?

Vozes em coro: Eu.

Governador: E as lideranças comunitárias… a todos a todas.
Eu vim hoje aqui com muita alegria. E a respeito daquilo que o padre Ticão falou, de fazer mais casas, eu quero dizer, padre, que nós poderemos já tocar logo mais 250, tá? (aplausos) A gente tem trabalhado muito na área da moradia. Continuamos muita coisa que vinha do passado, do Alckmin, do Lembo… e fizemos coisas novas.

Para vocês terem uma idéia, até meados, ou melhor, até o final do ano passado nós entregamos 25 mil casas. E temos, hoje um canteiro em processo de fazer 62 mil quase – e mais 41 que vão ser entregues… 41 mil até o final de 2009. Estamos fazendo, portanto, uma ação muito determinada, e que tem um duplo significado.

Primeiro: ter casa nova para muita gente. Segundo: empregar gente trabalhando nas casas. Mais ainda. Tem uma coisa que não aparece tanto e que, na minha opinião, é o problema mais importante que tem para resolver na área habitacional, que é a urbanização e a melhoria – não é? – nas moradias que estão nas chamadas favelas e tudo o mais, que a gente está transformando em bairro, como é o caso de Paraisópolis, como é o caso de Heliópolis.

Estamos fazendo conjuntamente com a Prefeitura uma ação muito importante – e temos trabalhado com a Prefeitura o tempo inteiro. Agora, o Lair falou uma outra coisa importante nessa regularização, que é algo que vai ser feito agora, no plano federal, graças ao exemplo que São Paulo deu. Nós tornamos disponível para todos governadores e para o governo federal a nossa experiência, aqui, com a regularização de propriedade.

No dia que eu anunciei, não teve muito impacto, não foi noticiado, não foi considerado notícia pela imprensa. Mas, na verdade, é a notícia concreta mais importante na área habitacional aqui em São Paulo – que é a regularização, programa Cidade Legal. O programa Cidade Legal é para que as pessoas tenham a escritura, tenham a propriedade do imóvel.

Começamos com uma lei na Assembléia, que aprovamos, reduzindo – como dizia o Lair – o pagamento do registro na primeira vez. Hoje é de R$ 80, R$ 90 para abrir moradias da CDHU. Chega até a R$ 200. Antes, chegava a ultrapassar R$ 2 mil, no primeiro registro – e isso uma família não pode pagar, não é? É interessante ver aqui o dado de que, em geral, as prestações, neste conjunto aqui, serão da ordem de R$ 60 por mês, não é, Lair?

Lair Krähenbühl, secretário estadual da Habitação: 67.

Governador: 60?…

Lair Krähenbühl, secretário estadual da Habitação: R$ 67.

Governador: R$ 67. Portanto, nós estamos fazendo habitação para as pessoas que, realmente, não têm dinheiro para comprar pelo sistema financeiro normal de habitação. É proporcional a renda – R$ 67 é algo que dá para pagar. São pouco mais de R$ 2 por dia para ter uma casa, e uma casa boa, como são as deste conjunto.

Isto é redistribuição também. Noventa e um por cento de tudo o que nós temos feito vai para quem tem renda de até três salários mínimos por mês. A família, portanto, não tem condição de pagar uma prestação muito alta. A prestação é baixa e o governo banca a diferença, porque esse dinheiro não paga a construção. É preciso que o governo também ponha dinheiro e nós estamos fazendo isso.

São Paulo é talvez o único Estado da Federação… Não estou bem certo se é o único, mas eu tenho a impressão que é… que tem verba fixa para habitação a cada ano. Nós dedicamos… quanto foi de recurso, hem?

Voz: 800 milhões.

Governador: R$ 800 milhões, que nós dedicamos… Uma grande parte desse dinheiro vai para subsídio, para as moradias. Estamos também fazendo obras de urbanização – não é? – quer dizer… para botar água, esgoto, iluminação, calçada, em lugares que as pessoas não vão mais sair de lá.

Então, é melhor dar melhores condições de vida e depois procurar fazer a regularização. Estamos fazendo isso por todo o lado em São Paulo. Na cidade, na região metropolitana, a Grande São Paulo, e no nosso Estado.
O que a gente quer de vocês, agora… O fundamental é manter isso aqui muito bem, não é padre Ticão? Manter bem esse conjunto. Hem? O relacionamento, manter tudo arrumadinho. Tem centro social ali – não tem o centro comunitário? Tem dois centros comunitários.

Então, ter uma boa associação para ter uma boa convivência – que é muito importante para a moradia a gente viver de bem com os vizinhos e, por outro lado, para as crianças – não é? – para poderem fazer seus grupos, seus jogos, torcerem para o Corinthians, como todo mundo faz aqui, não é isso? Não tem nenhum palmeirense aqui? Bom.. tem seis, sete… já quebra o galho…

Enfim… manter esse conjunto bonito como ele está no dia de hoje, isso é o que a gente quer. E fazer um esforço para pagar a prestação direitinho, porque a gente precisa do dinheiro da prestação para poder fazer mais. É importante isso, porque o dinheiro que entra volta para a moradia daqueles que não têm moradia.

Por último, quero só chamar atenção para uma medida que é praticada em São Paulo desde a época do Mário Covas, que á a entrega da propriedade para a mulher – está certo? É a mulher que recebe dentro da família. Por quê? Porque a mulher tem mais estabilidade… do ponto de vista… Eu acho que tem mais juízo do que os homens – ou não? Eu sou à vontade porque eu sou homem. À vontade… ninguém pode vir me acusar de nada.

Agora, o governo federal, inclusive, anunciou que vai fazer isso. Eu acho ótimo. Não tem nenhuma concorrência. Pegar idéias boas… Na vida pública a gente pega idéia dos outros que estão na vida pública. Aí não tem patente. Nós também pegamos coisas boas que aparecem feitas em outros Estados, em outras esferas de governo, entregando, como é o caso deste exemplo, entregando para as mulheres… E eu tenho certeza que elas vão continuar com esse pique que tem aqui no dia de hoje, na manutenção e nas boas condições de vida deste conjunto.

Muito obrigado, de coração, a vocês todos, a vocês todas. Continuem contando com a gente, com o governo e comigo, pessoalmente.

Obrigadíssimo!