Lins inaugura unidade da Fatec

O evento teve a presença do vice-diretor superintendente do Centro Paula Souza, César Silva

qui, 20/11/2008 - 19h58 | Do Portal do Governo

Criada no dia 1º de setembro, a Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Lins foi inaugurada pelo governador José Serra nesta quinta-feira, dia 20 de novembro. O evento teve a presença do vice-diretor superintendente do Centro Paula Souza, César Silva, entre outras autoridades. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Cumprimentar o prefeito Casadei, que realmente compartilhou comigo grandes responsabilidades no governo Montoro. Eu até, depois que assumi o governo, quis levá-lo para o Governo do Estado, mas ele achou que não podia deixar a Prefeitura – fez muito bem. Mas podia ter ido. Queria cumprimentar a ele e a Regiane. Aliás, estão iguais, 25 anos. Só o nariz do Casadei que aumentou um pouquinho e cabelo ficou com uma cor estranha, mas de resto estão iguaizinhos. O nariz pode ter aumentado ou é impressão minha? Diminuiu?

Queria cumprimentar também a vice-prefeita, Keiko. Os deputados estaduais que nos falaram aqui, o Vinicius Camarinha e o Pedro Tobias, cujas palavras de ambos agradeço. O Sílvio Aleixo, que é o secretário em exercício dos Transportes. O César, que é vice-superintendente do Centro Paula Souza,  braço do Estado no ensino técnico e tecnológico.

Queria cumprimentar também o diretor da Fatec aqui de Lins, o Luciano. Os prefeitos de Cafelândia, Getulina, Guaiçara, Promissão, Sabino, Pongaí, Guaimbé, Pirajuí, Avanhandava, Uru, Fernão e Presidente Alves. Queria também cumprimentar os prefeitos eleitos de Guaimbé, Júlio Mesquita e Reginópolis. Saudar os vice-prefeitos, vereadores, diretores regionais, alunos. Enfim, a todos e a todas.

Com muita alegria que eu vim hoje – na verdade, a Fatec já está funcionando, mas faltava a gente ter vindo. Houve também um pouco de dificuldade por causa do período eleitoral. Mas eu não quis deixar de vir aqui. Como foi lembrado, eu disse na campanha, aqui em Lins, que nós criaríamos uma Fatec. Em dois anos, nós já temos a Fatec funcionando. A mesma coisa em Bauru, onde também já está funcionando até há mais tempo. E não só está funcionando, como nós também vamos ampliar um curso aqui. Hoje, a Fatec dá curso de Informática. O próximo será de Logística.

Na verdade, nós estamos ampliando todo o ensino técnico no Estado e aqui na região. Não é necessariamente também criando novas faculdades ou novas escolas técnicas. Estamos ampliando os equipamentos existentes. Por exemplo, em Cafelândia vamos ter um novo curso em fevereiro, na Etec. Da mesma maneira em Cabrália Paulista e em Jaú. Na Fatec de Garça, vamos ter mais salas. Enfim, estamos ampliando a rede e o número de alunos simultaneamente.

Nas Etecs, nós encontramos cerca de 70 mil alunos. Em 2010, vai haver vagas num número duas vezes e meia vezes maior do que esse. Vamos ter vagas para 170 mil alunos. Esse é o maior salto que já se deu – em São Paulo e no Brasil – na formação técnica para alunos de ensino médio. Nós demos também cursos de cursos de ensino médio junto com o curso técnico, na maioria das Etecs. É o melhor curso de ensino médio do Estado e dos melhores públicos do Brasil aquele que é dado pelo Centro Paula Souza.

De quem se forma, 85%, 90% já saem com emprego. O que às vezes é uma alternativa muito melhor do que entrar numa faculdade paga, pagar uma fortuna: vai estudar Direito, às vezes o ensino não é bom, nem passa no exame da OAB, gastou dinheiro da família, não tem emprego.

Evidentemente, não está fechado o caminho para a universidade, no caso da Etecs. Pelo contrário, é um caminho aberto porque o garoto, a garota, ganham mais treinamento, mais qualificação, se quiserem continuar na vida de estudante, se quiserem fazer uma faculdade.

Nas Fatecs, o índice de emprego dos formados é mais alto, é 90. Nove em cada dez, 95 em cada 100 conseguem emprego imediatamente. Até porque nós fazemos Etecs e Fatecs ajustadas às demandas de empregos regionais existentes. Isso varia de região para região. É segundo o mercado de trabalho sinaliza. Temos também a cooperação das empresas locais. Não para pagar custeio, mas para fornecer materiais, fornecer orientação, enfim, para serem parceiros, fornecer equipamentos das faculdades e das escolas.

Portanto, nós estamos cobrindo todo o Estado de São Paulo. Com isso, vamos desenvolver mais São Paulo, além de dar mais empregos de boa qualidade para os nossos jovens. Essa Fatec de Lins deve ser compreendida dentro desta ação muito mais global. Lins, que também é um centro educacional importante, até agora não tinha nenhuma faculdade pública. Esta é a primeira faculdade pública. Ensino universitário de três anos de boa qualidade.

Quero também aqui mencionar algumas coisas que a gente está trabalhando na região. O recapeamento, como foi dito aqui, da 381. São quase 30 quilômetros. É Davi Eide, não é? Já está em licitação, viu Casadei? Já está em concorrência.  A gente espera concluir isso no segundo semestre deste ano, transformando numa estrada nova.

Aqui tem mais dois acessos. Nós vamos fazer centenas de acessos. Quantos são, Sílvio, no Estado de São Paulo? 350 acessos. Eu fiz o seguinte: todo lugar do Estado que precisa ter acesso, nós vamos fazer o acesso. São 350. Entendeu? Em todos os lugares, porque assim nós vamos poupar vidas, nós vamos melhorar a fluidez do trânsito. E fazemos no atacado, a licitação é em blocos, não é salteada – uma aqui, outra acolá – porque tudo isso demora bastante. Esse vai ser, realmente, um recorde: fazer todos os acessos. São Paulo já tem, de longe, o melhor sistema de estradas do Brasil.

Eu, às vezes, ouço, sem qualquer chauvinismo, nada, mas gente que me diz: “Ah, eu venho de outro Estado, quando eu entro no Estado de São Paulo, a estrada muda completamente”. Há um pouco essa sensação que todo mundo tem, e a gente tem que manter esse padrão de qualidade que nós herdamos das administrações anteriores, do Covas, do Alckmin. Elevamos, estamos avançando ainda mais também com esse nosso programa de vicinais que vai recapear, modernizar, transformar em novas, 12 mil quilômetros de vicinais. Não são apenas 4,5 mil que estão nas fases um e dois. Eu já pedi que a equipe dos Transportes já faça tudo de uma vez. De maneira que nós vamos ter toda a rede nova.

E fizemos uma inovação. Nas novas concessões, por exemplo, aqui da Rondon Oeste, quantos quilômetros de vicinais vão ser mantidos? 257 quilômetros vão ser mantidos pela concessionária, vocês percebem? Isso acaba aquele problema da manutenção, porque a vicinal pertence ao município, mas os prefeitos não conseguem mantê-las direito. Acaba entrando o Estado, aí demora a licitação, tem isso, tem aquilo.

Bom, elas vão entrar na rotina da manutenção. Ou seja, vão estar sempre muito boas. Está aqui o Bertini, cadê o Bertini, que estava aqui? Foi a empresa dele, hem? A empresa deles é que ganhou aqui, não é? Hem? O outro trecho, mas vocês vão manter as vicinais também lá pelo outro lado. Na verdade, para a concessionária representa um custo, mas não é tão alto, porque eles já têm todos os equipamentos, já têm tudo para a manutenção da estrada maior. Então, as que estão em volta entram quase como uma conseqüência, uma coisa… Essa foi uma inovação que nós fizemos, e a gente vai querer renegociar com as concessionárias pré-existentes, com as concessões, para ver se incluem também as vicinais de licitações que já foram feitas no passado.

Só aqui na região – chamemos assim a região de Bauru – são 351 quilômetros de vicinais. Não é pouca coisa. Isso fora as que vão ser mantidas pelas concessionárias das estradas. No caso da Rondon Oeste, o número mais preciso, que eu perguntava, são 244 quilômetros que vão ser mantidos.

Mais ainda: na área da saúde, outra que é crucial, nós vamos fazer aqui um Ambulatório Médico de Especialidades. Que é isso? É um ambulatório com 30 especialidades médicas para consultas, porque este é um grande estrangulamento. Uma consulta de ortopedia, de neurologia, às vezes, as pessoas ficam meses aguardando. Nós vamos ter 30 especialidades, tem até acupuntura, com capacidade para 15 mil consultas/mês e cinco mil exames médicos.

E nós vamos ter aqui em Lins, vai ser no Hospital Clemente Ferreira, que nós vamos fazer. A gente faz a instalação, começa a funcionar e é um atendimento regional. Não é um atendimento só para Lins. Aliás, o número seria excessivo para Lins. Na verdade, a capacidade de atendimento é para a região. E vamos fazer outro em Bauru, de maneira que nós vamos ter a região toda aqui.

A quantos quilômetros fica Lins de Bauru? Cem quilômetros. Nós vamos ter a região coberta, nessa matéria. Vai ser um grande, um tremendo avanço. Sem falar dos outros investimentos que a gente tem feito na área da saúde, principalmente em Bauru, onde, aliás, estamos investindo na ampliação do Centrinho. Eu me lembro, desde o governo Montoro, eu fiquei ligado a esse Centrinho quando ministro da Saúde e agora. Quer dizer, sei todos os problemas que há no maxilar, buco. Como é que chama tecnicamente? Doenças lábio-palatais, enfim, deformações e tudo mais.

É um trabalho, realmente, extraordinário. Nós vamos continuar com este apoio para a área da saúde, como estamos fazendo na educação, como estamos fazendo na área dos transportes. Aqui em Lins, nós temos também outra modalidade de investimento em transportes muito importante, feita pela Codasp, que era presidida pelo José Ito. Ele, infelizmente, morreu, era um grande presidente da Codasp.

São as estradas do Programa Melhor Caminho: estradas rurais que não são asfaltadas. Às vezes, é melhor andar nelas do que numa asfaltada, porque são tão bem feitinhas. Só aqui estamos fazendo seis quilômetros. A construção de um reservatório de água, Bom Viver, está com 75% das obras executadas. A construção da sede de um batalhão da PM, o término é previsto para dezembro, deve estar pronto em janeiro, fevereiro. E por aí vamos.

Enfim, estamos trabalhando. No nosso governo, prefeito não vem com pires na mão pedir coisa. No nosso governo, nós exigimos dos prefeitos, vocês sabem disso. Estamos amolando a paciência dos prefeitos para que façam, para que as coisas aconteçam. Isso é difícil ocorrer no Brasil. Quer dizer, nós estamos em cima para que São Paulo avance. Estamos trabalhando para isso – incansavelmente – em todas as áreas.

Para mim, é motivo de alegria e satisfação vir hoje aqui a Lins, onde nós temos um bom parceiro, na pessoa do Casadei. Só ele ganhou do Barjas de Piracicaba. O Barjas teve 88% na reeleição e Casadei. Eu falei: “Barjas, você ganhou, você foi o primeiro”. “Não, o Casadei, teve 93%”. Quem disputa voto sabe o valor que tem isso. Bem que eu queria, algum dia na vida, chegar perto de… Eu me contentaria com mais de 70, vai!

Isso é uma garantia de que nós vamos continuar tendo uma excelente parceria com Lins e, aliás, com a região, com os prefeitos eleitos, com todos. Nós trabalhamos sem carimbo partidário. Nós trabalhamos por São Paulo porque eu fui eleito para governar São Paulo, não para governar um partido. E eleição a gente disputa, saem brigas, às vezes a coisa esquenta, etc. Governar, nós governamos para todos e para todas. Com todos e com todas, por todo o Estado de São Paulo.

Contamos com vocês e quero dizer: contem conosco, contem comigo.

Muito obrigado.