Lançamento Rede Lucy Montoro de Reabilitação

Evento aconteceu nesta quinta-feira, 8, em Campinas

qui, 08/05/2008 - 19h46 | Do Portal do Governo

O governador José Serra apresentou nesta quinta-feira, 8, os detalhes do projeto de construção do primeiro Centro de Referência em Medicina de Reabilitação do Estado, em Campinas, no noroeste paulista. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador: Queria cumprimentar os deputados aqui presentes, Guilherme Campos, Célia Leão, Davi Zaia, Feliciano e o Jonas Donizete. A todos eles quero dar meu testemunho, batalhadores por Campinas e por toda esta região.

Quero cumprimentar também a nossa secretária de Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Batistella, e o secretário da Saúde, Dr. Barradas. O Ricardo Montoro, que é secretário na Prefeitura de São Paulo, e a Malu Montoro, que o acompanha. A Silvia Brandalise, que nos falou aqui, presidente do Centro Infantil Boldrini. O Luís Carlos Zeferino, superintendente do Hospital das Clínicas da Unicamp.

Os prefeitos aqui presentes, de Valinhos, Moisés, em exercício, e de Tambaú, Antônio Agassi. Queria também cumprimentar a Márcia Gori, presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência. Os vice–prefeitos, secretários municipais, vereadores, presidentes de associações, o corpo clínico aqui desse centro infantil. A todos e a todas.

Eu lembro bem quando estive aqui. Na verdade, foi para o lançamento da pedra fundamental deste prédio, que não tinha. Viemos aqui quando eu era ministro da Saúde para lançar o prédio. E a instituição se integrou nessa rede que o Ministério da Saúde organizou para o atendimento do câncer no Brasil. Foi um lugar escolhido aqui. E escolhido de maneira criteriosa, de maneira responsável. Foi aí que eu conheci a instituição.

Hoje é um dia muito importante. Um dia que representa um marco na história das pessoas com deficiência, algum tipo de deficiência física, no Estado de São Paulo.

Nós não estamos lançando um hospital, que vai ter 3.750 metros quadrados . Nós estamos lançando uma rede, a rede Lucy Montoro em São Paulo.

É uma homenagem à Dona Lucy, que eu conheci bastante, esposa do governador Montoro, que criou o Fundo de Solidariedade. Foi ela que instituiu o Fundo de Solidariedade. Antes, o trabalho da esposa de um governador era mais limitado.

Ela organizou também os fundos nos municípios todos de São Paulo. Todos passaram a criar também uma rede de atendimento, de solidariedade, muito importante. Assim, me parece uma homenagem mais do que justa. E nós vamos também lançar logo o prédio do Centro de Reabilitação na Rua Vergueiro, em São Paulo.

Um centro também da rede Lucy Montoro. O que ficar pronto primeiro é que vai receber o busto da Dona Lucy.

Então, está combinado aqui. Vai ter que ficar um busto bem feito. Agora, o que tem do seu pai lá no Ibirapuera não dá para saber quem é. Os bustos que eu conheço em geral não parecem com as pessoas. Eu implico com isso. Vai ter que escolher bem alguém para fazer.

Mas essa é uma semana que começou bem. Só coisas boas. Domingo, aliás – eu não posso deixar de mencionar – o Palmeiras ganhou o campeonato. Quero dizer que tenho a maior simpatia para com a Ponte Preta e com o Guarani também. Mas depois de 12 anos não dava para dar colher de chá. É uma semana que começou bem, indiscutivelmente. Eu vi também que tem alguns palmeirenses aqui. Pelo menos, houve palmas. Inauguramos, na terça-feira, um hospital muito importante: o Instituto do Câncer Otávio Frias de Oliveira.

É um instituto que vai marcar, vai ser um divisor de águas na história do tratamento do câncer no Brasil. Vai ser o maior hospital brasileiro e o maior da América Latina. Não apenas no atendimento direto, mas também na pesquisa de medicamentos, pesquisa para melhorar o tratamento de quimioterapia, radioterapia e também na formação de recursos humanos para a área. Porque falta gente, em quantidade e qualidade suficiente para um bom atendimento, por exemplo, na radioterapia. Há problema de falta de pessoal qualificado.

E hoje aqui, com este começo da rede de centros de reabilitação, nós temos certeza de que aqui vai funcionar bem. Vai ter a Silvia em cima, a Linamara em cima, nós criamos essa Secretaria para fazer esse trabalho. Eu criei uma Secretaria, quando era prefeito, para a Capital: foi a Mara Gabrilli. Acho que tem o mesmo problema que o Pelegrino. O Pelegrino aqui é funcionário do Metrô, agora está na Secretaria. Ele é funcionário do Metrô, é tetraplégico e uma pessoa super ativa.

A Mara também. Ela foi a nossa secretária, mas lá na Capital nós enfatizamos mais a questão do acesso, que é uma questão mais municipal. Não é que o Estado não deva se somar a ela, mas é mais municipal. E nós vamos querer que cada município tenha um serviço especial de atenção, esteja ligado na questão dos deficientes físicos, porque o problema não é de dinheiro. É um problema de atenção, de preocupação.

Quando se faz um prédio com acessibilidade, algum lugar com acessibilidade, não é muito caro fazer. É caro fazer depois. O problema é ter atenção, colocar no projeto original. E nós avançamos muito na Capital nessa matéria. Está no começo, está no começo do começo. Mas o importante é que começou, e isto vai ser estimulado e todos os municípios do Estado de São Paulo pela Secretaria. Mas a Secretaria vai dar ênfase – não significa deixar nada secundário, terciário – mas vai dar ênfase na questão da reabilitação.

A reabilitação é um atraso que nós temos em São Paulo, se a gente for comparar a capacidade do Estado no atendimento de outros problemas de saúde. Este não é um que avançou muito, especialmente na área pública. O melhor que tem – eu posso estar enganado, pelo menos na Capital – é a AACD, que é uma instituição privada, filantrópica. Eu mesmo, como ministro, ajudei passando recursos a eles em São Paulo, e ajudando-os também eles a criar uma AACD em Pernambuco.

Mas falta na área pública, para somar esforços. Não é para substituir ninguém. Eu acho que Campinas vai ter mais essa responsabilidade. Além do mais, é uma cidade, uma região com universidades. Eu mesmo sou da UNICAMP, temos aqui a UNICAMP e várias outras instituições nas vizinhanças e na própria cidade de Campinas. Então vamos estar perto da pesquisa, vamos estar perto de gente altamente qualificada para desenvolver esse trabalho e para formar também pessoas.

Portanto, é um começo muito importante. Estou muito contente de ter vindo aqui no dia de hoje e de participar deste lançamento. Quero ver isso aqui funcionando a pleno vapor ano que vem, porque não vai ter a mesma demora que tem quando é o governo que faz. Nós vamos passar o recurso para a instituição, para o centro. Então, eles vão fazer a construção. Isso anda mais rápido do que na área pública que é uma enormidade e tem que ser assim, para fazer concorrência, depois isso, depois aquilo. Depois alguém vai para a Justiça. E atrasa muito. De maneira que aqui vai andar mais depressa. Eu quero ver isso aqui, daqui a um ano, funcionando.

Queria dizer que nós contamos muito com vocês. Da mesma maneira que vocês podem contar conosco, com o meu governo, com a Secretaria da Saúde, com a Secretaria dos Direitos dos Portadores de Deficiência. E comigo também podem contar bastante.

Dizem que em Campinas, estima-se, deve haver 250, 300 mil pessoas com problemas. Não apenas no município, mas na região. De maneira que isto vai poder melhorar muito o atendimento aqui em toda essa área. E vai acabar atendendo gente também de outros Estados. Isso sempre acontece com as instituições de saúde em São Paulo.

Muito obrigado.