Lançamento Frente Cidade Limpa

Convênio foi assinado nesta quinta-feira, 29, entre o governo do Estado e prefeitura de São Paulo

qui, 29/11/2007 - 17h56 | Do Portal do Governo

O governo do Estado e prefeitura de São Paulo assinaram, nesta quinta-feira, 29, convênio para convocação de 4.650 bolsistas do “Programa Emergencial de Auxílio-Desemprego – Frente de Trabalho”, que farão, em mutirão, o trabalho de limpeza e conservação da cidade. Na ocasião, o governador José Serra fez o seguinte pronunciamento.

Boa tarde a todos e a todas.

Eu queria começar aqui. Todo mundo sabe que eu sou palmeirense. Mas eu queria começar aqui dizendo que ontem eu torci pelo Corinthians. Torci. Eu só quero uma coisa: eu não quero que o Corinthians vá para a segunda divisão. Para ter graça. Agora, queria também que os corintianos torcessem pelo Palmeiras domingo para a gente ir para a Libertadores. É uma troca, está certo? Porque a maioria aqui deve ser corintiano. Aqui, é só o Prefeito e o Afif é que são sãopaulinos.

Bem, eu queria dizer o seguinte: esse não é um programa novo, mas ao mesmo tempo é um programa novo. Por quê? Porque nós vamos dar uma bolsa – primeiro, hoje deve ter pouco mais de três mil que começaram há pouco tempo nesse trabalho da Cidade Limpa.

Cidade Limpa é um projeto do prefeito Kassab que está dando muito certo. Melhorando a cidade de São Paulo, coisa que ajuda a todos nós. Melhorou a cidade, ajuda a ter mais emprego, ajuda a gente viver melhor. Então, o Estado tem esse programa, mas nós agora trabalhamos juntos com a Prefeitura no Cidade Limpa, através da Subprefeituras. Vamos ajudar a limpar a cidade. Tem três mil e pouco, virão mais mil até o fim do ano. Portanto, chegaremos a quanto, Guilherme? Quatro mil e quinhentos até o fim deste ano.

Agora, tem uma inovação, uma coisa nova que é a seguinte: vocês vão trabalhar quatro dias e o quinto dia vai ser dedicado ao estudo na Fundação, no Centro Paula Souza. Vão ser 200 horas de aula ao longo de nove meses. Para que se tenha uma idéia, 200 horas é o número de horas de aula nas escolas normais. Portanto, vocês vão ter 200 horas de aula. Metade de Português e Aritmética e metade, de outras coisas ligadas ao trabalho.

Por outro lado, os mil desses 4.500, os mil melhores vão ter emprego definitivo no setor arranjado pelo sindicato. É o Sindicato de Empresas de Asseio e Conservação do Estado de São Paulo, que é o nosso parceiro nesse trabalho. Portanto, os mil melhores dos 4.500 vão poder ter um emprego normal, que não é uma bolsa. É um emprego normal, com carteira de trabalho, com tudo. Esse programa de agora é uma bolsa que está destinada a diminuir o problema do desemprego e preparar melhor as pessoas para terem o seu emprego definitivo. E mesmo aqueles que não estiverem entre esses mil vão ter a vantagem de ter feito um curso de treinamento e qualificação.

Portanto, com isso, a gente está enfrentando o desemprego. É uma iniciativa boa, não resolve o problema da cidade de São Paulo, do Estado, mas ajuda. Ajuda muita gente e nós estamos trabalhando nisso juntos com a Prefeitura. O Governo do Estado e a Prefeitura somando forças em benefício da nossa população.

Eu queria aqui dar meus parabéns ao Gilberto Kassab, o homem da Cidade Limpa, nosso prefeito. Queria dar meus parabéns ao Guilherme Afif Domingos, que é o nosso secretário do Trabalho. Aliás, ele fez uma coisa muito importante: criar o piso salarial de São Paulo maior do que o mínimo para as pessoas que estão empregadas.

São Paulo, hoje, paga mais do que o mínimo, até para os trabalhadores de limpeza. Não estou falando da bolsa, estou falando de um emprego regular. Não é isso, Guilherme? O mínimo nacional é 380 e o nosso piso tem três níveis: 420, 450 e 530. Portanto, nós aumentamos para aqueles que estão trabalhando.

Agora, é muito importante a idéia do treinamento, da qualificação, recuperar o atraso. Está certo? Conferir melhor a capacidade de leitura, de escrever, de fazer conta. Isso é muito importante.  E também ligado à própria profissão.

Portanto, é uma bela parceria.

Eu queria cumprimentar também o Geraldo Vinholi, que é o secretário do Trabalho do Município. Quando eu era prefeito, nós criamos os CATs (Centros de Apoio ao Trabalhador). Hoje tem cinco funcionando. Seis já, que é aonde as pessoas vão e dizem: – Olha, eu estou procurando emprego, o meu currículo, ou seja, a minha experiência é esta. As empresas vão lá também e dizem: – Estamos precisando de gente. Junta as duas coisas e tem funcionário.

Aquele que era da Força Sindical, lá na Galvão Bueno, veio para a Prefeitura. E tem um que é em Itaquera, tem outro que é em Santo Amaro, Interlagos, Santana e Lapa.

Agora, vejam bem, se vocês trabalharem aqui os nove meses, fazendo curso e não estiverem entre os mil melhores – que pode acontecer, não tem nada de mais – já vão ter mais antecedentes indicando que trabalharam, que estudaram, etc. É isso que a gente mais quer.

O desemprego é a questão mais séria que tem no Brasil. A mais séria que tem em São Paulo.

O Governo pode ajudar, pode dar bolsa, pode fazer isso, pode fazer aquilo. Mas a gente sabe que não há nada que substitua o dinheiro de um emprego para a família. É um emprego que é o que resolve. E é nisso que a gente está. É nessa batalha.

Portanto, eu queria também dar os parabéns a vocês. Queria desejar que essa nossa parceria dê muito certo pelas nossas crianças e pelo futuro de São Paulo. Estamos aqui de ouvidos abertos. O Afif, que é o secretário do Trabalho do Estado, o Vinholi, que é do Município, para tudo que agente puder fazer, inclusive de coisas novas que possam ser feitas e reivindicações, tudo mais. Nós estamos abertos para isso tudo.

Eu queria agradecer a presença aqui de coração.

Eu cheguei um pouco atrasado, porque eu estava na Santa Casa de São Paulo. Nós estávamos fazendo um programa para ajudar as Santas Casas em todo o Estado de São Paulo. E eu estava lá cuidando disso. Por isso, eu peço desculpas pelo atraso.

Mas queria dizer que nós estamos trabalhando. Trabalhando muito. E, além do mais, o que a gente pode oferecer é o trabalho. E não estamos fazendo nenhum favor, não. Nós estamos cumprindo a nossa obrigação, porque quem é eleito tem a obrigação de corresponder à esperança daqueles que votaram.           

Muito obrigado.