José Serra participa de simpósio no Instituto do Câncer

São Paulo, 22 de outubro de 2009

qui, 22/10/2009 - 19h59 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Eu queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Me congratulo com a organização desse seminário, desse simpósio. Essa é uma questão da humanização que sempre me preocupou. Quando eu ocupei o Ministério da Saúde, nós fizemos pesquisas que mostravam que o problema número 1, identificado pelos pacientes dos hospitais, era o problema do acolhimento, por incrível que pareça. Sempre têm outras reclamações, falta de médicos, fila, enfim… mas o fato é que o acolhimento sempre é apontado como o problema número 1. A partir daí nós resolvemos desenvolver uma ação que fosse além de medidas de natureza pontual… uma ação aqui e acolá… mas que pudesse contaminar o conjunto do sistema de Saúde, contaminar no bom sentido.

Eu acredito que a experiência aqui do Instituto do Câncer (Octávio Frias de Oliveira) vale pela experiência em si, pelo que nós vimos aí. Mas vale também como um elemento exemplar de ações – porque aqui a questão da humanização passou a ser tratada desde a criação do hospital, ou seja, nasce junto com o hospital, que é o que deveria acontecer sempre na área da Saúde, ou deveria ter acontecido. A humanização deixa de ser uma questão de contratar um par de assistentes sociais ou psicólogos ou, digamos, fazer algum tipo de treinamento para o pessoal administrativo, que aliás tem uma importância enorme nessa matéria, nessa área. Mas o que a gente quis é exatamente ter algo que fizesse parte do funcionamento do hospital, que estivesse integrado à dinâmica da instituição. E que isto venha a servir como exemplo para outros lugares.

Eu acho que afora a existência do programa nacional e outras iniciativas, uma experiência concreta tem um poder imenso, porque ela passa a ser a referência. “Bom, se lá é assim, por que é que em outro lugar tem que ser diferente?” Além do que os problemas que vão acontecendo, as dificuldades vão sendo identificadas e podem se transformar em experiências úteis para outros lugares. Portanto, eu me congratulo também com a direção do hospital e com a Eliana Ribas (coordenadora do programa de humanização do Instituto do Câncer Octávio Frias Filho), que veio trabalhar aqui por indicação minha, porque na época do Ministério da Saúde eu a convidei, ela dava uma assessoria nessa matéria para o consultório de um ortopedista que eu frequentava, e eu via ela muito preocupada com isso (a humanização do atendimento na Saúde) e convidei um grupo de pessoas para tratar do assunto. E ela sempre foi a que ao longo desses anos se manteve em contato e interessada no tema. Eu não tenho dúvida de que ela hoje é um elemento muito importante aqui, para essa área. Eu acredito que a experiência aqui já começou a dar certo e vai dar certo. O importante agora é que a gente possa alastrar essa experiência pelo Estado de São Paulo, e também pelo Brasil.

Eu queria cumprimentar aqui o nosso secretário (de Estado) da Saúde, o Dr. (Luiz Roberto) Barradas; o Dr. (Flávio) Fava de Moraes, que é diretor da Fundação Faculdade (de Medicina); o Marcos Boulos, que é diretor da Faculdade (de Medicina); o Giovanni (Guido Cerri), que é diretor-geral do Instituto do Câncer; e o Marcos Koyama, que é o diretor-executivo do Instituto, além de um parceiro, entre vários outros aqui presentes, mas ele é o titular da instituição aqui presente, que é o Henrique Prata, do Hospital do Câncer de Barretos – que aliás tem uma preocupação grande. O Henrique, inclusive, construiu até alojamentos para as famílias que acompanham os doentes. É um hospital (em Barretos) que recebe gente… uns 40% de outros Estados. Chegam em uma cidade do interior, para as suas famílias não há a menor condição de subsistência, de acompanhamento, se não tiverem recursos. Isso é uma demonstração eloquente, digamos, da boa vontade do hospital, da instituição em relação ao acolhimento.

Enfim, eu queria aqui saudar a todos e a todas por empregarem o tempo nessa questão, que é tão fundamental para o nosso povo, para a saúde das pessoas e para o bem-estar também das pessoas, porque deve andar junto com uma boa saúde.

Muito obrigado!