José Serra participa da Virada Social no bairro Paraisópolis

Governador José Serra: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas, e falar da minha alegria de vir aqui hoje. Essa é a terceira Virada Social que fazemos […]

qua, 27/05/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas, e falar da minha alegria de vir aqui hoje. Essa é a terceira Virada Social que fazemos (no Governo do Estado). Fizemos uma em São Mateus, na Zona Leste, e outra no Jardim Elisa Maria, na Zona Norte, e hoje nós estamos fazendo aqui em Paraisópolis. São muitas as ações desenvolvidas nesta Virada. Nós estamos na semana das ações da Saúde, desenvolvidas de maneira muito competente pela Secretaria Municipal, como o secretário Januario Montone explicou em linhas gerais. E eu fiquei muito contente quando vi, na porta, a garotada com papelzinho sobre a dengue. Quer dizer, já sabendo como é que a gente tem que trabalhar para impedir que a dengue prospere.

A dengue e várias outras doenças só dependem de uma coisa: a prevenção. E, para aprender, não tem ninguém melhor do que as crianças, porque elas têm mais paciência, têm mais vontade de saber e, em casa, têm também uma influência muito grande na vida e no comportamento da família. Eu queria cumprimentar o prefeito (Gilberto) Kassab. Queria cumprimentar o Rogério Amato, que é o verdadeiro criador da Virada Social no Estado de São Paulo, representando o Governo do Estado, e que fez várias inovações, como ele mostrou aqui na área da assistência social, tornando a nossa ação mais abrangente e ao mesmo tempo mais focalizada, no sentido de chegar onde estão de fato os problemas, onde estão as famílias que precisam. O nosso ex-governador Geraldo Alckmin, hoje secretário de Desenvolvimento, que está pilotando tudo que nós estamos fazendo em matéria de escola técnica – e eu vou falar já o que estamos fazendo aqui. O Januario Montone, que eu já mencionei. E também o secretário da Educação do Município, o Alexandre Schneider.

Para vocês terem uma ideia, na nossa gestão… Quer dizer, quando eu fui prefeito – depois saí e veio o Kassab – nós fizemos seis das oito escolas que tem aqui em Paraisópolis. Não é pouca coisa. De cada quatro vagas, três foram feitas neste quadriênio, de 2005 até agora. E, olha, isso é uma coisa que eu não tenho a menor dúvida que vai mudar, que já está mudando e vai mudar completamente a face desta região da cidade, onde moram 80 mil pessoas. Não é brincadeira. Deve ser aí entre 17 mil famílias, algo assim.

Queria saudar também o Elton (Zacarias), que é o competente secretário municipal da Habitação (de São Paulo); os subprefeitos de Campo Limpo, Luiz Ricardo Santoro, e do Butantã, o Regis (Gehlen de Oliveira). Queria saudar também o líder aqui da comunidade, o Zé Rolim. Queria cumprimentar também o Gilson (Rodrigues), que é o ativíssimo presidente da União de Moradores e do Comércio de Paraisópolis. E a Edna, que é gestora do CEU (Centro Educacional Unificado). Funcionários do CEU e da Saúde, os parceiros da Virada Social. Os demais representantes de entidades, líderes comunitários os alunos da EMEF (Escola Municipal de Educação Infantil).

Logo que eu cheguei aqui, entrei e vi a escola técnica que nós estamos fazendo. O Alckmin me disse que é a maior escola técnica até agora – depois vai até ter uma maior, em Itaquera – mas esta é a maior de todas. Seis mil metros quadrados… vão caber aí quase 500 alunos de ensino médio. E do melhor ensino médio que tem em São Paulo. Aquilo que é ensinado no Centro Paula Souza, que é a entidade que dá cobertura para todo o ensino técnico (e tecnológico) do Governo do Estado, será ensinado aqui. No total, serão 1.200 alunos de cursos técnicos, em áreas como contabilidade, informática, meio ambiente e segurança do trabalho.

Quer dizer… o garoto, a garota que estão cursando o ensino médio podem fazer junto o ensino técnico, em outro horário de estudo integral. Podem também levar uma bolsa do Ação Jovem ao mesmo tempo, para poder se manter. Você vê que isso é uma maravilha porque, de cada cinco alunos que terminam a escola técnica, quatro conseguem emprego logo – e um emprego qualificado, porque estudaram para isso. Depois, podem continuar estudando, fazer uma universidade, o que quiserem. Mas já saem com mais chances na vida. É o que a gente quer.

Tudo o que eu quero da minha ação, daquilo que eu faço na vida pública, é dar mais oportunidade para os jovens, porque eles são o nosso futuro. É para isso que a gente se esforça tanto… para melhorar a educação… investe na saúde e agora, com essa expansão toda na área do ensino técnico, que é o ensino que vira emprego…Aquilo lá (a escola) era um monte de entulho, uma coisa nojenta, eu me lembro. Agora é um “predião” e ainda tem muito para fazer. A pior coisa em uma construção é a fase do chamado acabamento – que custa mais em termos de tempo, terminando aqui, ali e etc.

E esse CEU vai abrigar o ensino técnico agora em agosto, não é? Vão ser aulas de Logística e de Contabilidade. As inscrições vão de 5 a 19 de junho. O vestibulinho vai ser no dia 12 de julho, e as aulas começam em 3 de agosto. Já.

Nós vamos ter escola técnica funcionando em Paraisópolis, no prédio do CEU. Para vocês terem idéia, sabe quanto nós tiramos de entulho aí na frente da ETEC (Escola Técnica)? Tiramos 40 mil metros cúbicos de entulho. E teve que desviar até a tubulação de gás subterrânea, que foi descoberta durante a obra. Agora, a gente está fazendo um trabalho muito mais amplo. Eu quero dizer que as ações de segurança aqui têm sido muito efetivas.

Olha, imediatamente após os problemas que tivemos em fevereiro, a PM (Polícia Militar) implantou uma operação especial aqui. Isso levou a uma redução de 27% das ocorrências policiais em Paraisópolis. Não é brincadeira. Fevereiro, março, abril, maio… quatro meses… em menos de quatro meses caiu 27%. Nós deixamos aqui 30 PMs do batalhão da região, que também tem uma Base Móvel para o apoio à comunidade. Segurança é fundamental para a vida, e é nossa obrigação proporcionar a melhor segurança possível para as pessoas, onde quer que morem em São Paulo.

Mais ainda: junto com a Prefeitura estamos fazendo o programa de melhoria habitacional. Removendo as famílias que vivem em áreas de risco – no barranco que vai cair, em cima do córrego sujo… aí tem que tirar. É uma minoria, porque a grande maioria a gente vai melhorando a condição de moradia para virar um bairro. Nessa remoção, nós já fizemos 278 apartamentos que foram entregues em Campo Limpo, para moradores daqui. Gastamos R$ 10 milhões com isso, inclusive com outro padrão, 20 metros quadrados maiores do que os existentes. E tem até revestimento novo, de piso e de azulejos.

Nós estamos fazendo (moradias) também aqui na região. A expectativa da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) é atender mais 1.400 famílias, um investimento de 80 milhões de reais. E a Prefeitura tem também suas unidades feitas diretamente. É isso que nós vimos lá na paisagem. Tem a ETEC, tem o CEU e tem as moradias mais no fundo. Nós estamos mudando. Realmente mudando.

Quero dizer também que tem parcerias com entidades do bairro, como o Hospital Albert Einstein, que tem um serviço de atendimento médico que eu conheci já há muitos anos e que funciona muito bem aqui.

O saneamento é fundamental. A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que é a companhia do Estado que trabalha com água e esgoto, já fez 12 quilômetros de rede de água aqui (em Paraisópolis), 7 quilômetros de esgoto, mais de 3.300 ligações de água, ou seja, 3.300 casas que não tinham água corrente, porque não tinham ligações, 1.300 ligações de esgoto…

Isso vai transformando Paraisópolis em um lar. Eu quero dizer que até 2010 nós chegaremos a 100% de água potável em cada uma das casas aqui. Esse é um trabalho difícil, que a Sabesp vem fazendo com muito cuidado, uma parceria que começou ainda quando o Alckmin era governador e eu era prefeito, que continua agora e vai continuar no futuro. E até o ano que vem a gente espera ter concluído.

A mobilização de forças agora acontece na área da Saúde, mas ela está, na verdade, expressando muito mais. Está expressando mais segurança. Está expressando mais educação. Está expressando mais atenção aos mais vulneráveis, às pessoas que necessitam de mais assistência, que necessitam mais de proteção social. Está expressando a urbanização. Esse é o grande programa de moradia. Vocês imaginam: 80 mil pessoas que moravam em uma favela morarem em um bairro com todas as boas condições de vida urbana.

Essa é a melhor política. Até porque ninguém vai mudar daqui. O pessoal trabalha por aqui. Tem gente que trabalha no Paraisópolis, tem gente que trabalha no Palácio dos Bandeirantes, tem gente que trabalha no Einstein, tem gente que trabalha nos shoppings… Muita gente trabalha nas moradias todas. Então, o que a gente tem que fazer? Melhorar as condições daqui. E isso nós estamos fazendo.

Eu vou dizer que hoje a tarde para mim foi gratificante. Fiquei muito gratificado. A gente ir para um lugar e ver que as coisas que começamos, que estamos trabalhando para dar certo, estão dando certo. É a maior satisfação que a gente pode ter na vida. Ter poder não é para ter prestígio, badalação. Não é do meu feitio. Não é do meu gênero. Respeito quem seja assim, mas acho que vale a pena ter poder para fazer mudanças como essas que a gente está fazendo aqui. Um lugar em que as pessoas se sentem melhor e um abrigo para o futuro para todos.

Muito obrigado!