José Serra discursa na inauguração do Parque Jacuí

Governador José Serra: Essa obra nasceu por ideia do Antonio Arnaldo, cujo nome agora será o nome do parque. Eu, aliás, nem sabia o sobrenome do Antonio Arnaldo, porque todo […]

sáb, 27/03/2010 - 19h39 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Essa obra nasceu por ideia do Antonio Arnaldo, cujo nome agora será o nome do parque. Eu, aliás, nem sabia o sobrenome do Antonio Arnaldo, porque todo mundo o conhece por Antonio Arnaldo. Então, vamos chamar Parque Antonio Arnaldo, porque (o sobrenome) Queiroz e Silva é muito complicado. Um grande engenheiro, um homem íntegro, um homem que viveu para a cidade, que conseguiu fazer uma coisa que eu achei extraordinária.

Olha, aqui tem campo de futebol, quadra poliesportiva, pista de bicicross, campo de areia para vôlei de praia, pista de skate, áreas para recreação, churrasqueiras, vestiários, salão de festas, núcleo para educação ambiental e centros de atividades para a melhor idade. Tem telecentro, que o Ricardo vai botar aqui. A partir do parque vão começar vários equipamentos a entrar aqui. O projeto é bonito, porque foi desenvolvido por um arquiteto competente, que é o Ruy Ohtake. A obra foi feita pela DERSA (Desenvolvimento Rodoviário do Estado de São Paulo), que é uma empresa de transporte rodoviário, para aproveitar a área. Antigamente… não é culpa de governadores ou de outros… em geral terreno que ficava valorizado por causa de estrada – nós temos a Jacu Pêssego ali, que vai juntar Mauá com Guarulhos – em geral essas áreas eram vendidas, porque valem bastante, porque é uma estrada. Nós paramos com isso. Quer dizer: em área boa, ao lado de estrada, fazemos parques, fazemos escolas, fazemos equipamentos públicos. A área aqui é de 240 mil metros quadrados. Não é brincadeira. São 24 hectares aqui. Isso é uma verdadeira fazenda que está sendo entregue para o lazer, para o esporte e para a cultura dos moradores. Se fosse vender dava uma nota, por causa da estrada. Mas nós preferimos entregar para os moradores, para as pessoas.

Agora, quero dizer também o seguinte: que essa estrada aqui, que na verdade vai virar uma avenida urbana, ela vai substituir o Trecho Leste do Rodoanel (Mário Covas). O Rodoanel é essa estrada que interliga as estradas que chegam em São Paulo. Nós estamos terminando o (Trecho) Sul. Por exemplo: quem vier de Santos e quiser ir para Campinas, não vai precisar entrar na cidade, vai por fora – por isso que é um Rodo-anel – e vice versa. Isso vale para a Imigrantes, Anchieta, vale para a Castello Branco, para a Anhanguera, para a Bandeirantes. Vai ajudar muito os caminhões chegarem mais rápido no litoral e vice versa – e, ao mesmo tempo, a desafogar mais o trânsito da cidade.

Nós vamos fazer o Trecho Leste – porque já tem o Oeste e o Sul – só que esse vai demorar uns 3 anos no mínimo. Por isso nós fizemos a (avenida) Jacu Pêssego, porque ela cumpre o papel do Trecho Leste, e vai gerar muito emprego aqui. E vocês vão estar ligados diretamente à Mauá. Se alguém daqui quiser ir a Santos depois, vai pela Jacu Pêssego, chega a Mauá e pega o Rodoanel, pega a Imigrantes e a Anchieta, e vai para o Litoral. Esta é a obra que está acontecendo aqui – e ela vai trazer muito emprego. De Mauá até Guarulhos, é uma nova frente de expansão de empregos que aparece em São Paulo, e eu sei perfeitamente que se os moradores aqui, se eu conversasse com cada um, eu iria concluir que o principal problema de cada família é o emprego, que é a questão fundamental.

A ETEC é o emprego que qualifica – e vocês estejam certos de que aqui vai ser feita uma Escola Técnica, e outros programas de qualificação. Nós temos um para 60 mil trabalhadores desempregados, programas mais rápidos, damos até uma bolsa para eles poderem conseguir o emprego já com mais qualificação.

Mas é isso, meus amigos, minhas amigas. Eu vou dizer uma coisa a vocês: eu estou na vida pública, já fui secretário, deputado federal, senador, secretário na época de Economia e Planejamento, fui depois ministro do Planejamento, ministro da Saúde, prefeito da Capital de São Paulo e governador… bastante coisa. Agora, eu só estou na vida pública por um motivo, um motivo, não tem outro, que é fazer acontecerem coisas boas para a população do meu Estado e do meu País.

Eu sou de família pobre. Eu vim de baixo, de muito baixo. Tive sorte por ser filho único. Meu pai pôde me manter estudando, em escola púbica, mas me manter estudando – eu não fui trabalhar logo que cheguei ao que hoje corresponde ao fim do Ensino Fundamental. Pude fazer o Médio e depois entrei na faculdade. Mas o que eu quero é que isso aconteça com os nossos jovens – não por sorte e não por exceção, como foi o meu caso. Eu quero que todos tenham essas oportunidades na vida. E essa é a batalha que eu vou, na minha vida publica, fazer acontecer.

Eu não persigo o poder na política por causa do ornamento do poder, do prestígio, para todo mundo ficar olhando para mim. Eu sou até tímido, às vezes fico incomodado quando fico no centro da atenção. Eu não estou na vida pública para isso. Não estou na vida pública para atender compadres, para fazer troca-troca, nada disso. Eu estou na vida pública para fazer acontecerem coisas boas para a população da minha cidade, do meu Estado e do meu País.

Muito obrigado!