O governador José Serra visitou na tarde desta quinta-feira, 27, o Guarujá, onde apresentou uma série de ações para melhorar a infra-estrutura das cidades do litoral paulista, que recebem um volume grande de turistas neste período de férias e pode chegar a 17 milhões de pessoas. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.
…contratando trechos. Enfim, um conjunto de coisas. Mas para nós coube – graças a Deus – a ventura de poder finalmente dar o pontapé inicial. Dois terços das obras já estão sendo executados.
Agora, vamos investir também em toda a região na área da habitação – o prefeito deu alguns exemplos daqui do Guarujá – mas são investimentos regionais. Inclusive na Alemoa, que é motivo de preocupação pelo incêndio recente. Nós estamos comprando um prédio da Caixa Econômica Federal que está sendo adaptado, está sendo reformado para abrigar as pessoas que foram desalojadas por causa dos problemas do incêndio.
Essa é uma operação de emergência. E esse prédio em seis meses vai estar pronto. Vocês sabem que é difícil fazer qualquer … em menos de um ano, mas nós estamos fazendo com a Caixa – que está executando, estamos comprando da Caixa Econômica – este prédio para poder abrigar. Mas nós estamos destinando mais ou menos 200 milhões de reais a obras de urbanização, a obras de habitação. Sem contar as obras de saneamento, como esta que o prefeito mencionou aqui – qual é o nome daquele rio? – do Rio Acaraú. Estamos também incluindo isto, este montante em obras como essa.
Outro exemplo: na Favela México 70, nós destinamos do Estado 35 milhões, e atraímos o Governo Federal. Boa parte das obras do PAC, aqui na região da Baixada, foram apresentadas pelo Governo Estadual, em benefício dos municípios. E nós estamos entrando em cada investimento com a maior parte. Por exemplo, no caso da Favela México 70, nós estamos entrando com 70%, ou seja, 35 milhões. E o Governo Federal com 15 milhões. Estamos fazendo isso porque isso multiplica a possibilidade de obras, multiplica a variedade de ações que o Governo leva a cabo, juntamente com as Prefeituras.
Mas são estas as questões que eu gostaria de dizer aqui. Queria agradecer a acolhida. Queria dizer que nós contamos aqui com os prefeitos que são nossos parceiros – os prefeitos de todos os municípios – alguns deles aqui presentes. Eu vi o Clermont e nós estamos fazendo – o Clermont sabe – um trabalho seriíssimo na Serra do Mar. É um trabalho que não traz grandes dividendos políticos no curto prazo, mas é para salvar a Serra do Mar. Aliás, para segurança das famílias que moram em lugares perigosos. Encosta de serra não é lugar para se morar. É muito perigoso no médio e longo prazo.
E nós estamos aí investindo também, criamos um grupo especial. Eu mesmo nomeei, como coordenador desse grupo, o coronel que era o antigo Comandante da Polícia Militar. É um engenheiro, um homem qualificadíssimo, o Coronel Éclair Teixeira Borges, que dedica tempo integral… Está lá também o Paulo Alexandre Barbosa, nosso deputado aqui da Baixada.
Estamos nos dedicando. Não é uma obra que traz dividendo político eleitoral – fracamente não é – mas é uma obra necessária para o futuro. E a gente, quando olha para a Baixada, tem que olhar para o futuro, porque os problemas que tem hoje se devem ao fato de que, no passado, não se olhou adequadamente para o futuro, para a ocupação.
Hoje, a gente tem que correr atrás do prejuízo. Então, vamos evitar que o futuro seja uma vítima de um presente de irresponsabilidades. Pelo contrário, estamos fazendo o nosso trabalho aqui na Baixada com muita responsabilidade. Temos a cooperação da Assembléia Legislativa, incluindo os deputados que aqui estão: o Luciano Batista, o Bruno Covas, o Paulo Alexandre Barbosa, a Haifa Madi. Deputados que têm colaborado conosco. Nós temos, com eles, uma relação de independência e de respeito.
Deputado, no meu governo, não nomeia diretor de empresa. Não nomeia. Não nomeia secretário nem nomeia diretor de empresa. Mas deputado ajuda quem participa no orçamento, na definição das coisas importantes para o seu eleitorado, para os seus municípios. É legítimo que os deputados possam fazer isso. Isso é que é atender o interesse público. Sem coloração de natureza partidária. Eleição a gente disputa, pode sair briga, faz parte da democracia. Governo, nós governamos para todos, sem camisa partidária.
O João Paulo Tavares Papa – que graças a Deus, aliás, é palmeirense – sabe que nós estamos ajudando Santos. Não é porque ele é palmeirense; embora o governador goste de encontrar com prefeitos palmeirenses. É óbvio. Mas é feito de maneira impessoal. Aceito também, quando o prefeito não for, que a mulher seja ou que o marido seja. Aí também pode fazer parte da negociação.
Muito obrigado. Um grande verão. E contem conosco.
