Inauguração da UTI infantil do Hospital de Pedreira

Discurso foi proferido nesta quarta-feira, 19, na zona sul da Capital

qua, 19/12/2007 - 20h33 | Do Portal do Governo

O governador José Serra inaugurou nesta quarta-feira, 19, as novas instalações da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Infantil do Hospital Geral de Pedreira, na Vila Campo Grande, zona sul da capital. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Queria dar o meu bom dia a todos e a todas.

Dizer da minha alegria de voltar aqui a este hospital administrado pela Congregação Santa Catarina. Tão bem administrado.

Na verdade, o serviço público não é necessariamente serviço governamental. Essa é uma política que eu implantei no Ministério da Saúde, no sentido de que público é aquele serviço que atende todas as pessoas e gratuitamente. Nesse sentido, este é um hospital público, embora administrado por uma entidade não governamental. Uma entidade que trabalha com muita seriedade, com muita dedicação e com muito carinho.

Como disse o Barradas, nós ampliamos agora de cinco para 12 leitos de UTI para crianças. E, no ano que vem, teremos 31 leitos de UTI, uma vez concluída a segunda fase da reforma. Só nesta primeira fase, foram setes milhões, não é, Barradas? E a gente vai investir porque sabe que tem retorno, porque a administração tem competência.

O Euler de Paula Baumgratz estava elogiando a Secretaria da Saúde e a gestão do secretário Barradas. Acho que de forma bastante merecida. A gente tem feito uma ofensiva grande no Estado, inclusive na direção da descentralização. Ou seja, levar o serviço de saúde a todos os cantos do Estado e às regiões mais afastadas das cidades da Grande São Paulo. Essa é nossa obrigação para que as pessoas não tenham que se deslocar tanto para poder ter um atendimento de saúde. Às vezes até de consulta, para não falar de cirurgias. Portanto, esta ação vai deixar uma marca muito profunda no Estado de São Paulo.

O primeiro grande hospital agora que vem pela frente é um Hospital de Presidente Prudente, que é no extremo do Estado de São Paulo. Um hospital grande que nós vamos fazer lá, um hospital estadual. Para quê? Para que as pessoas não tenham que ir para Ribeirão Preto, para Campinas ou aqui para a Capital quando precisam de um atendimento.

E ao mesmo tempo, não vamos deixar de reforçar o sistema de saúde nas suas áreas de maior complexidade, mesmo aqui na Cidade de São Paulo. Nós vamos fazer o maior Hospital do Câncer do Brasil – e talvez do mundo – em número de leitos, aqui na Avenida Doutor Arnaldo. Ou seja, estamos caminhando com duas pernas: na descentralização e no fortalecimento do atendimento de maior complexidade. E não só de atendimento, mas também de pesquisa, que é o que esse novo Hospital do Câncer vai ter.   

Na área das consultas médicas – que é um ponto de estrangulamento imenso, que até dificulta a vida dos hospitais – nós criamos esta nova entidade, a AME, que se distribuirá por todo o Estado de São Paulo: quarenta unidades.

Outro dia, eu fui inaugurar a de Votuporanga. Para vocês terem uma idéia, são mais de 15 mil consultas por mês, em 30 especialidades, e mais de cinco mil exames mensais. E nós vamos fazer uma distribuição geográfica bastante equilibrada pelo Estado de São Paulo. Isso aliviará o sistema hospitalar, isso melhorará o atendimento e a rapidez no atendimento das pessoas, e evitará o deslocamento e tantos dissabores que as pessoas às vezes enfrentam, até para uma consulta simples de ortopedia. E vai aliviar os hospitais que hoje são muito procurados para finalidades que não são as suas, que acabam atendendo, porque não vão deixar de atender. Mas sobrecarrega, e às vezes tira o foco daquilo que é o mais importante para a atenção hospitalar.

São Paulo vem cumprindo a emenda da saúde que obriga a destinar o mínimo de 12% das suas receitas à saúde. É um dos poucos Estados que cumprem integralmente. Isso já começou na época do Alckmin, consolidou-se na época do Lembo e nós mantivemos. Portanto, quando a receita melhora, tem mais recursos para melhorar o atendimento que, ainda na média, deixa a desejar. A saúde é uma atividade em relação à qual a gente sempre vai correr atrás. O importante é que hoje seja melhor do que ontem, e amanhã do que hoje.  

Queria, além do nosso secretário, cumprimentar o Euler de Paula Baumgratz – agora acertei – Baumgratz que é superintendente da Associação da Congregação de Santa Catarina; a irmã Maria da Penha Fiorido, que é diretora geral do Hospital aqui de Pedreira. Queria cumprimentar também o subprefeito da Cidade Ademar, o Beto Mendes; a Cristina, que foi minha secretária e tanto contribuiu aqui para a saúde na Capital de São Paulo, quando eu era prefeito; e todo o corpo clínico, administrativo, as pessoas que aqui trabalham no Hospital Geral de Pedreira.

Muito obrigado.