Inauguração da Ponte Estaiada

Obra já é celebrada como o mais novo cartão postal da capital

sáb, 10/05/2008 - 20h36 | Do Portal do Governo

O governador José Serra participou neste sábado, 10, da inauguração da ponte Octávio Frias de Oliveira, na zona sul de São Paulo. Conhecida como ponte estaiada, pelo método de construção, ela já é celebrada como o mais novo cartão postal da capital. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento

Governador: Queria dar o meu bom dia a todos e a todas. Esta é uma semana, aqui na cidade de São Paulo, que começou muito bem, com eventos para a cidade. Domingo passado, com o Campeonato Paulista. Depois, a inauguração das alças da Fernão Dias que começamos na minha gestão na Prefeitura e se concluiu agora na gestão do Gilberto Kassab. Para vocês terem uma idéia, tira dez mil caminhões que transitam pela Vila Maria e pelos bairros de Guarulhos. Não vão transitar mais.

Depois, tem a inauguração do complexo Jurubatuba, aqui perto, que representa uma mudança qualitativa no desenvolvimento da Zona Sul de São Paulo, nas confluências de vários bairros da Zona Sul.

Hoje, aqui, a inauguração desta ponte que, sem dúvida, será um marco, também, no desenvolvimento da cidade. Queria cumprimentar a dona Dagmar Frias de Oliveira, esposa do nosso homenageado, o Octávio Frias de Oliveira. O prefeito Gilberto Kassab. O senador Eduardo Suplicy. O bispo da Diocese de Santo Amaro, Dom Fernando Figueiredo. O padre Marcelo Rossi, reitor do Santuário Maria Mãe de Deus.

Os deputados federais aqui presentes: Walter Yoshi, Fernando Estima, Paulo Maluf. Os deputados estaduais Milton Leite Filho, Fernando Capez, Antonio Salim Curiati, Eli Correa Filho. Os secretários municipais aqui presentes, que eu saúdo por intermédio do secretário de Obras, Marcelo Branco. Os secretários estaduais, do Governo do Estado, que eu saúdo na pessoa do secretário Francisco Luna.

O José Gregori, presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos. O Caio Carvalho, presidente da São Paulo Turismo. Nossa sempre deputada Zulaiê Correa. Os vereadores Milton Leite, Adolfo Quintas, Mário Dias, Eduardo Estima, Gilberto Natalini, José Police Neto e o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Antonio Carlos Rodrigues. Os vereadores ainda José Rolim, Adilson Amadeu, Antonio Goulart.

Queria cumprimentar também o presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, e todos os familiares do Octávio Frias de Oliveira, cuja ponte recebe hoje seu nome e o homenageia. A Cristina falou aqui que o seu Frias também foi ponte – entre o que muitos eram e o que viriam a ser.

E eu sou um deles. Para mim, o seu Frias foi muito importante na minha vida, política, profissional e pessoal, entre o que eu era e o que vim a ser. É uma das pessoas que mais marcaram a minha vida, além de marcarem o desenvolvimento da cidade do São Paulo e do nosso Estado, com o seu espírito empreendedor em tantas áreas diferentes, culminando com a Folha de S. Paulo.

Bem, quero dizer algumas questões que envolveram a construção dessa ponte. Nós encontramos a ponte começada pela gestão anterior e paralisada. Retomamos a construção, mas foi necessário fazer o projeto executivo. A ponte não tinha projeto executivo e não tinha também um estudo do papel dos ventos na sua estrutura. Por isso, tivemos que ter um período para fazer as coisas direito, para fazer esse projeto executivo que é indispensável numa obra desta importância, deste porte, desta delicadeza.

E aplicamos a operação urbana aqui prevista. A ponte deve ter custado entre R$ 260 e R$ 280 milhões, e o que foi gasto na gestão anterior foi cerca de R$ 40 milhões. O restante, R$ 220, R$ 240, na minha gestão na Prefeitura e na gestão do Gilberto Kassab. Sendo tudo fruto da Operação Urbana, mais 60 milhões de dinheiro do Tesouro Municipal.

É uma obra que vai desafogar algumas coisas aqui, mas não vai desafogar tudo. Será indispensável a construção do túnel previsto entre a Avenida Roberto Marinho e a Imigrantes. Aliás, foi uma coincidência – mas não deixa de ser uma coincidência interessante – que este complexo, a ponte, e a avenida homenageiem dois dos maiores publishers, editores do nosso País: o Octávio Frias e o Roberto Marinho, que se conheciam, se conversavam.

Eram pessoas decisivas no rumo do sistema de comunicações no Brasil. É interessante que estejam unidos, agora, por esse sistema viário. Mas eu dizia: esta obra, em seguida, pela Avenida Roberto Marinho e para a Imigrantes, é fundamental. E a Prefeitura já começou a trabalhar, já está concluindo os projetos. O Estado vai apoiar esta obra e, mais ainda, vai construir os conjuntos habitacionais para o deslocamento das pessoas que moram, hoje, sob condição de favela, ao longo da Avenida Roberto Marinho.

Portanto, todo este complexo se materializará quando esta segunda etapa for feita aqui em São Paulo. E ela terá, como eu disse, o apoio do Governo do Estado.  Não apenas psicológico, mas o apoio material, com recursos para isso. Quero aproveitar também para dizer que o Governo do Estado assumiu coisas que são mais de dentro da cidade, mas têm a ver com o trânsito intermunicipal e interestadual em São Paulo. Entre outras, uma readequação da Avenida dos Bandeirantes, melhorando o trânsito nela. Nós já aprontamos isso quando estávamos na Prefeitura, assumimos o Governo do Estado. E houve a concorrência, mas ficou paralisada por alguém que perdeu, foi à Justiça, obteve liminar e está naquele rame-rame que, às vezes, tanto prejudica a rapidez necessária para obras no Estado de São Paulo e no Brasil.

Por outro lado, vamos fazer o VLT. Pertence ao complexo dessa região. Um veículo leve de transporte, entre a estação São Judas e o Aeroporto de Congonhas, uma segunda coisa importante para cá.

Nas Marginais, estamos agora em plena ação para diminuição da poluição do Rio Pinheiros aqui, que é fundamental, por meio de obras concretas, de deslocamento do esgoto para a Estação de Tratamento de Barueri. Até o final do governo, o volume de esgoto aqui despejado vai diminuir três vezes e, ao mesmo tempo, realizando a experiência da flotação do Rio Pinheiros, que vinha desde 2001 presa no Ministério Público. Nós conseguimos negociar para poder fazer essa experiência que também vai ter um papel decisivo na despoluição do rio – problema aqui na região. Sem dúvida nenhuma.

Quero dizer também que na Marginal Tietê nós estamos realizando obras e vamos fazer mais – vão facilitar muito o trânsito por elas. Não resolvem tudo, dado o extraordinário fluxo de veículos, mas são obras fundamentais. Sob a concessão que existe para a Anhangüera e para a Castelo Branco, nós estamos fazendo obras de alargamento de passagens de acesso a essas rodovias. Inclusive aquele inferno que vai acabar. Que é, hoje, entrar na Anhangüera a partir de São Paulo. Imagine numa sexta à tarde, é praticamente impossível.

Isto vai estar absolutamente equacionado, as obras já estão em andamento. Vamos, também, na concessão a ser feita da Ayrton Senna, incluir a manutenção, a melhoria da Marginal Tietê que vai a partir da Via Dutra para o Vale do Paraíba. Esta parte da Marginal vai ser assumida também pela concessionária, e o Estado vai fazer a obra entre essas duas pontas, ao longo da Marginal Tietê. Uma obra cara, mas nós vamos fazê-la com dinheiro que vamos obter da concessão dessas estradas.

Portanto, a Marginal – no médio prazo, não é para amanhã, e no longo prazo – vai estar inteiramente redefinida, como se fosse aquela outra pista pedagiada que acabamos não fazendo. Era a minha idéia, quando na Prefeitura, fazer uma pista pedagiada, mas a condição era que não diminuísse nenhum metro da pista existente. O pessoal disse que sim, mas quando chegou na hora, tinha que diminuir. Então dissemos que não íamos fazer a Marginal pedagiada, uma via nova. Mas sim vamos fazer diretamente, através dessas obras, através das concessionárias ou do fruto das concessões.

Perdoem-me, num dia de festa, ficar falando de questões administrativas. Mas é que todas elas têm a ver com o sentido desta obra que é desafogar São Paulo, naquele que o seu problema número um: o trânsito. Não é por menos, também, que estamos fazendo investimentos imensos no Metrô.

Também aqui na linha de Santo Amaro, na Zona Sul, que vai começar, pela primeira vez em muitos e muitos anos, com o apoio da Prefeitura. O prefeito Kassab já destinou R$ 200 milhões para apoiar a Linha 5 do Metrô, que de Santo Amaro vai conectar com o resto da rede de metrô. E os investimentos, em outras linhas, incluindo a Freguesia do Ó, Vila Prudente, Ipiranga.

Finalmente, em relação ao Rodoanel, estamos pisando no acelerador. Ele também vai tirar veículos, e de maneira muito importante, de dentro da cidade. Pretendo, ainda na minha gestão do Governo do Estado, deflagrar o Rodoanel trecho leste, para completar esta ferradura.

Portanto, são obras que têm a ver com a Grande São Paulo, que têm a ver com a cidade de São Paulo e têm muito a ver com a nossa parceria com a Prefeitura da cidade.

Quero dizer, também, que nós assumimos uma obra muito importante na Zona Leste, na Jacu – Pêssego, que liga o ABC à Zona Leste. Significa possibilidade, desenvolvimento de emprego, que vem sendo feito há muitos e muitos anos pela Prefeitura. O Governo do Estado agora assumiu essa obra que é tipicamente intermunicipal, em benefício da nossa cidade, em benefício da Zona Leste.

Isto tudo, em grande medida, é resultado, também, da cooperação entre Estado e Prefeitura. Cooperação que começou quando eu era prefeito, o Alckmin governador. Prolongou-se na gestão do Cláudio Lembo e se manifestou em toda a sua intensidade e tem se manifestado agora, com nosso prefeito Kassab e eu no Governo do Estado. É uma parceria muito crucial, é uma parceria muito crucial para os destinos de São Paulo. A parceria entre o governo e a Prefeitura trabalhando juntos.

Muito obrigado.