Inauguração da Fatec São Caetano

A unidade do ABC terá 200 vagas no curso de Análise de Sistemas e Tecnologia da Informação

qui, 15/05/2008 - 19h29 | Do Portal do Governo

O governador José Serra inaugurou na tarde desta quarta-feira, 15, a 4ª Fatec (Faculdade de Tecnologia), do ABC, a 39ª do Estado. Desta vez, os alunos de São Caetano do Sul terão 200 vagas oferecidas no curso superior tecnológico de Análise de Sistemas e Tecnologia da Informação. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

 

Governador: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas, cumprimentar o prefeito Auricchio, que tem comigo duas afinidades. Descendência de italiano e o time para o qual ele torce. Poxa, o Palmeiras está tão mal assim aqui? Não tem palmeirense aqui?  Ah, bom. São Caetano é uma cidade também italiana, em grande medida. Heim? Que? Abrir a porta aí, para arejar.

Queria cumprimentar a presidente do Fundo de Solidariedade, a Denise. O Walter Figueira Júnior, vice-prefeito. O Botura, que é presidente da Câmara. Os deputados que aqui nos falaram. O Arnaldo Faria de Sá, que – eu não sei se alguém lembra aqui – era meu colega do Jornal da Tosse.

O Paulo Renato, que foi um grande ministro, grande e longevo, foi oito anos ministro da Educação. Fez muita mudança importante na educação no Brasil. A Vanessa Damo, nossa deputada estadual do PV. O Orlando Morando, nosso deputado estadual aqui de São Bernardo – principalmente, mas não só.

Queria cumprimentar, também, um amigo nosso, que veio aqui comigo, que é o embaixador Luis Felipe Seixas Correa, é embaixador do Brasil na Alemanha. Ele veio com a primeira-ministra ontem e ficou aqui. Quando nós estávamos no caminho, aqui, ele me disse o seguinte: O segredo industrial da Alemanha está no ensino técnico. Realmente, é uma manifestação – não que seja uma grande novidade – mas é interessante lembrar isso. Associando ao que nós estamos fazendo, principalmente aqui na região e em todo o Estado de São Paulo.

Os prefeitos, todos craques, prefeitos de primeira. O Fuad Chucre, de Carapicuíba, eu não sei o que é que o Fuad vem fazer aqui, mas em todo caso. Eu acho que ele veio aqui para me pedir alguma coisa. Outro, também, que eu não entendi muito é o de Franco da Rocha, grande prefeito, Marcos Cecchettini. Cadê o Marcos? Ali. E o prefeito de São Bernardo, William Dib, nosso amigo aqui, vizinho. Está aqui também o ex-prefeito muito amigo nosso, muito amigo, muito querido, que é o Dall’Anese, Dadá.

Queria cumprimentar a Laura Laganá, que é superintendente do Centro Paula Souza. O Centro Paula Souza é o braço do Governo do Estado que organiza e leva adiante o ensino técnico e tecnológico no Estado de São Paulo. Adriane Monteiro Fontana, que é a diretora desta Fatec. A Sabrina, que é diretora da Etec. Cadê a Sabrina? Também está aí. Vocês vêem que todas jovenzinhas, mulheres, comandando essas escolas. Hem? Jovenzinhas.

Queria cumprimentar também os vereadores, vice-prefeitos, secretários municipais, funcionários, professores do Centro Paula Souza, alunos das Fatecs e das Etecs, representantes aqui de entidades, associações de classe.

Pessoal da terceira idade. Eu não estou vendo ninguém da terceira idade. Elas não parecem da terceira idade, me pegou de surpresa, agora.

Bem, nós vamos ter aqui 200 vagas por semestre nesta Fatec, voltada à profissão moderna. Computação, administração, sistemas. Uma Fatec que olha para frente. Na linha do que o Auricchio, aliás, de ter uma tecnologia mais intensiva no município e numa região que é a mais desenvolvida do Brasil, em matéria industrial.

E São Caetano, especialmente, é o município mais desenvolvido do Brasil. Não tenho dúvida. Em matéria de indicadores de qualidade de vida, de IDH, de renda, de recursos per capita da Prefeitura. É uma Prefeitura com a qual a gente trabalha junto. Que está bem de vida em matéria financeira. E, como já foi dito aqui pelo Orlando Morando, nós já temos aqui uma Fatec em Mauá, outra em Santo André, uma terceira em São Bernardo. Vamos inaugurar uma em Diadema, ainda neste ano.

Portanto, estamos caminhando de maneira muito rápida para cumprir aquela meta que eu fixei na campanha: duplicar o número de Fatecs em São Paulo. Eu encontrei 26 Fatecs. Eu disse que deixaria, pelo menos, 52 no final do mandato. E, até agora – Paulo Renato – nós temos 39. Ou seja, metade da meta para 2010 já foi cumprida com um ano e meio de governo.

Aliás, nós inauguramos, também há pouco, uma Fatec em Santo André. E em Diadema, uma Etec, uma escola técnica. São complementares a escola técnica e a Faculdade de Tecnologia. Em termos de empregos de alunos, podem guardar o seguinte número: quem termina uma escola técnica tem 80% de chance de conseguir um emprego na hora, quando sai. Quem termina uma Fatec é 90%. Ou seja, de cada dez alunos que se formam, nove já saem com emprego nas Fatecs.

Isso mostra a necessidade do mercado de trabalho e mostra como é uma alavanca importante para o futuro dos nossos jovens, para que eles tenham mais oportunidades na vida. E, ao mesmo tempo, o impulso que traz para o desenvolvimento de São Paulo.

No caso da escola técnica, desde logo o garoto ou a garota que estão no ensino médio podem fazer. Não precisa ter diploma universitário, é um ano e meio. É um curso rápido, na Fatec são três anos. E qual era a meta? Nós encontramos, mais ou menos, 77 mil alunos. A nossa meta é aumentar 100 mil vagas até 2010. Ou seja, levar de 77 para 177 mil, aqui no Estado de São Paulo inteiro,  cobrindo – aliás – o atraso que existe em matéria de Fatecs e Etecs na região da Grande São Paulo.

O ABC até que é bem servido, mas vocês vão, por exemplo, à Zona Leste ou à Zona Sul da cidade. Tem muito pouca coisa. Da cidade e da Grande São Paulo. O total de alunos da Paula Souza – apesar de que a Grande São Paulo tem metade da população – o total de alunos é menos de 20% do Estado, não é isso? 16%. É que agora já está corrigindo isso, pelo menos era assim. O que é uma contradição, aliás, com as necessidades de desenvolvimento integrado, mais equilibrado dentro do Estado de São Paulo.

Agora, eu quero aproveitar, também, para falar de algumas outras coisas aqui, mas antes mencionando a questão do ensino médio. O ensino médio da Paula Souza é o melhor ensino médio público do Estado de São Paulo. Basta olhar os resultados, eu não tenho aqui os números. Fala aqui, Laura, as colocações.

Laura Laganá: Na Capital, as escolas do Centro Paula Souza são as primeiras colocadas entre as 100 primeiras escolas públicas e privadas, aquelas escolas que têm uma tradição. Nós temos 11 escolas do Centro Paula Souza.

Governador: Por isso mesmo, nós acabamos de aprovar, nesta semana, uma reestruturação da Paula Souza. Vamos contratar 22 mil pessoas por concurso, para a área docente e para a área administrativa. Promovemos, também, uma melhora salarial considerável. O professor vai ganhar 49% a mais por hora de aula. A gente dá sustentação responsável para essa tremenda expansão do ensino técnico em São Paulo, que é a maior do nosso País. Não apenas em termos relativos, como absolutos também, mesmo levando em conta a população e outras variáveis.

Bem, eu não queria deixar essa oportunidade passar sem falar de algumas coisas do Estado aqui na região. Em primeiro lugar, é óbvio, nós temos a parceria com a Prefeitura. Parceria essa que se materializou nesta Fatec, na Etec, se materializa nas obras contra enchentes que estão sendo feitas aqui no Ribeirão.

Voz: Dos Touros e Meninos.

Governador: Dos Touros e Meninos. Eu ia dizer Ribeirão Bonito. Ribeirão dos Touros e Meninos. Primeiro, é a questão do metrô. Nós estamos acelerando a Linha Verde do metrô, a linha 2 e ela, praticamente, traz o metrô aqui para São Caetano. Por quê? Porque vai ter a estação Tamanduateí, que – o prefeito me dizia – está a 1,4 quilômetro daqui. Portanto, isso representará um salto muito importante no transporte aqui para a região. É o metrô Ipiranga-Vila Prudente que nós estamos fazendo de maneira acelerada. Outro aspecto é o da linha da CPTM, a linha D. Nós vamos fazer, estamos trabalhando para isso, fazer o Expresso ABC, que vai ter três paradas na região do ABC: Mauá, Santo André e São Caetano do Sul. Até a Luz, naturalmente.  Isso exigirá dez composições novas, dez trens novos que nós estamos comprando também.

O problema é que trem demora dois, três anos para fazer. Trem não é uma coisa que o sujeito fala: Mande um trem para cá, vamos comprar esse. Não, tem que encomendar, tem concorrência, tem isso, tem aquilo, não pode ser instantaneamente. Mas, quando tivermos esse expresso ABC – e eu espero tê-lo em 2010 – isso vai significar oito, dez minutos para ir até a estação da Luz desde aqui.

Portanto, será um avanço imenso e é muito importante que se diga isto na cidade. Muito importante que isso se comunique, isto que já começou a acontecer, porque nós estamos investindo, conseguindo recursos para isso.

Mas eu falava antes do ensino médio, quando o sistema, aqui, de som quebrou. A Paula Souza tem o ensino médio dela, porque nós não podemos ter um aluno da Etec que não tem ensino médio. Não tem cabimento. Então ele recebe, também num horário diferente, o ensino médio. Fica, praticamente, tempo integral, entre o ensino médio e o ensino técnico. Nós vamos aumentar as vagas na Paula Souza para ensino médio no Estado em 51 mil. Ou seja, é a garantia de um ensino de boa qualidade.

Vocês sabem que o calcanhar de Aquiles do sistema de ensino público em São Paulo é o ensino médio e, portanto, nós vamos reforçar o setor que tem o melhor ensino médio que é o da Paula Souza.

Voz: (Inaudível)

Então, ela está me dizendo: no ABC, todas as melhores escolas de ensino médio do ABC são do Centro Paula Souza.

Outra questão tem a ver com a Billings, com a despoluição. Nós estamos tocando o projeto, creio que ainda neste mês de junho vamos assinar o empréstimo de US$ 100 milhões para a Sabesp. O projeto todo custa US$ 282 milhões. É um projeto de despoluição da Billings que vai de mãos dadas com o projeto de despoluição de Guarapiranga.

Os dois somados atingem, em matéria de despesas, R$ 1,5 bilhão de reais. Nós atraímos, aliás, o Governo Federal para parceria nesta área, embora o Estado seja o maior investidor individual nessa matéria. É uma coisa importante e uma ação mais ampla, que se complementa com a ação dos piscinões. Aqui, nada nada, tem 20 piscinões, feitos pelo Estado em parcerias, mas tocados pelo Estado. Como também não estavam sendo bem mantidos, nós pegamos, já no meu governo, a manutenção desses piscinões para o Governo do Estado, que custa perto de R$ 7 milhões por ano.

Estamos fazendo dois piscinões novos, entre eles o do Oratório. Do outro eu não me recordo o nome, Taboão, que tem muito a ver aqui com a região, para segurar a água lá em cima. Eu me lembro, quando começou o governo Montoro, de que não tinha nenhum piscinão. Isso foi na primeira metade dos anos 80. Era uma tortura em matéria de enchentes. Não é que o programa desapareceu, mas ficou muito mais suportável do que era, e nós continuamos muito ligados nisso.

A obra do Rodoanel, o trecho Sul, nós equacionamos todo o dinheiro que se necessita. Para vocês terem uma idéia, são R$ 4 bilhões para fazer esse trecho do Rodoanel, mas nós vamos investir – na obra do Rodoanel – uns R$ 250 milhões aqui nos municípios do ABC, inclusive em Mauá. Ou seja, investimentos que não serão, propriamente, do Rodoanel, mas de marginais e vias de acesso. Enfim, investimento nos municípios, no sistema viário dos municípios. O Rodoanel trará, também, este benefício.

Quero dizer que a gente tem atuado de maneira não-partidária. Nós não atuamos no governo, agora vem eleição, vai ser uma briga desgraçada nessa eleição. Vocês imaginem a campanha em São Bernardo, a encrenca que vai dar. Em todo lugar vai ter muita disputa. Em eleição isso faz parte, democracia, partidos, disputas, fazem-se propostas, faz balanço e tudo mais. Agora, no governo, nós governamos para todos, independentemente da filiação partidária.

Não é por menos que programamos, fizemos uma Etec em Diadema, onde a Prefeitura é do PT, e uma Faculdade de Tecnologia. Eu vim inaugurar uma Faculdade de Tecnologia em Santo André. Quando a gente governa, a gente tem que governar para todo mundo, porque senão, quem é a vítima? É a população. Portanto, essa é a nossa filosofia de trabalho à frente do Governo do Estado.

Trabalhamos, também, em parceria com a Assembléia Legislativa. Eu queria, aqui, fazer o meu reconhecimento à Assembléia, que tem sido nossa parceira. Claro que sempre dá trabalho. Vota isso, vota aquilo, mas, no frigir dos ovos, a Assembléia tem sido uma grande parceira.

Nós temos honrado, além disso, as emendas dos parlamentares. Por exemplo, aqui em São Caetano tem uma emenda – eu acho que foi do Donizete – para combate à enchente e outra emenda do Zé Augusto, cuja origem principal é Diadema, para reformar o Hospital Municipal aqui em São Caetano do Sul. Uma emenda de mais de R$ 1 milhão. E do Orlando, da área da saúde. Portanto, os parlamentares estão ligados às necessidades das suas comunidades e atendem a essas comunidades em parceria com o Governo do Estado.

Politicamente, nós não perdemos nada. É o Governo do Estado quem dá o dinheiro. Ao mesmo tempo, trabalhamos junto com gente de todos os partidos, não apenas do PSDB. Aqui está o Arnaldo Faria de Sá, que é do PTB, que é um parceiro nosso. A gente trabalha, e o parceiro maior é o Auricchio, que é o prefeito e é do PTB. Portanto, esse é o nosso esquema de trabalho, é a nossa orientação. Nós não governamos para partido, nós governamos para a população. Então, este é um princípio que eu queria, toda vez que eu venho ao ABC, eu insisto muito, porque esta é uma região bastante dividida, desse ponto de vista.

Mas nós estamos trabalhando bastante por São Paulo. Estamos tocando o Estado para frente, precisamos, ainda, fazer muito. Falta mais a fazer do que nós já fizemos. O importante é que hoje seja melhor que ontem e que amanhã seja melhor do que hoje.

E, para isso, nós contamos com vocês, contamos com a comunidade, com o pessoal da Paula Souza, com os alunos, com os políticos aqui da região, com os prefeitos, com o nosso prefeito de São Caetano.

Da mesma maneira com que vocês podem contar com o Governo do Estado, podem contar comigo para o desenvolvimento, para o bem-estar e para o avanço do nosso Estado e desta região.

Muito obrigado, meus parabéns.

Desculpem a expressão desumana com relação aos animais. Nós não temos o direito de sermos desumanos com os animais. Precisamos muito, agora, da colaboração das Prefeituras, porque, na verdade, a lei levou mais trabalho para as Prefeituras, especialmente nas ações de esterilização.

É muito importante que vocês continuem. Não estou querendo fazer amigo da onça do Auricchio ou do Dib. Que vocês, agora, pressionem as Prefeituras para que façam os serviços complementares nesse sentido.

Bem, muito obrigado. Um grande abraço. Contem conosco.