Hospital das Clínicas inaugura nova unidade ambulatorial

O evento contou com a presença do secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata

seg, 02/03/2009 - 14h53 | Do Portal do Governo

José Serra participou nesta segunda-feira, 2, da inauguração da nova unidade ambulatorial da Divisão de Urologia do Hospital das Clínicas. O evento contou com a presença do secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e de representantes da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Na ocasião, o governador fez o seguinte pronunciamento.

Governador: Queria dar bom dia a todos e a todas. Saudar todos a todos os presentes. Congratular-me pela reforma desta unidade de Urologia. Miguel Srougi, além de um grande médico, é um médico que tem espírito público. Quando eu era ministro da Saúde, foi um grande colaborador dos mutirões que nós organizamos na área da cirurgia de próstata, e um grande colaborador em geral para o Ministério, em todas as suas ações referentes a essa disciplina.

É um homem incansável. Esse deve ser o segundo ou o terceiro ambulatório que eu já inauguro, do qual eu já participo da inauguração, porque já houve também no Hospital São Paulo, não é, Miguel? Já houve outro, também aqui, que não era de urologia, de cirurgias, hem? Laparoscópicas. Portanto, é uma pessoa que nunca se cansa de fazer inovações, de juntar recursos e ajudar a melhorar o atendimento médico em São Paulo.

Ele sublinhou uma coisa à qual eu dou um valor muito grande, que é a questão da humanização no atendimento. Quando nós fazemos pesquisas, o problema número um que aparece na área da saúde, embora pareça, mas não é o principal problema, a famosa falta de médicos; ou mesmo demora, muitas vezes no atendimento, as filas. O problema primeiro que aparece é da falta de acolhimento adequado, da falta de humanização nesse acolhimento, que envolve o conjunto de profissionais da área. Desde a recepcionista, passando pelos técnicos, pelos assistentes, pelos enfermeiros, pelas enfermeiras, chegando aos médicos. É o conjunto da organização.

Por isso, aliás, é que no Instituto do Câncer, que como disse o Miguel é o maior do Brasil e o maior da América Latina, a questão da humanização já entrou desde o início. Nós temos lá uma pessoa especialista, que está desde o primeiro dia, quando o hospital ainda não estava funcionando, organizando o hospital, todo. De maneira a que ele tenha um atendimento, um acolhimento às pessoas que corresponda às ansiedades e às vulnerabilidades que têm aqueles que procuram o serviço médico. O que dizer, então, na área do câncer?

Queria só reivindicar ao Miguel que houvesse um terceiro sócio, porque tem a obra, tem a placa e tem o custeio, que é mais ou menos uns R$ 8 milhões por ano. Na área da saúde é assim. O custeio, em geral, ultrapassa em muito o investimento que é feito. Num hospital normal, o custeio equivale à construção do hospital e muitas vezes até o seu equipamento, dependendo do tipo de hospital que seja.

Mesmo assim, nós estamos, já no meu período de gestão, com sete hospitais novos em São Paulo. Apesar de que São Paulo tem a melhor rede hospitalar do Brasil, a rede estadual, fora unidades municipais, como é o caso aqui da Prefeitura da Capital, nós já ampliamos essa rede em sete hospitais. O Hospital do Câncer, o Instituto do Câncer Octávio Frias de Oliveira. O hospital, recém-fechado o negócio, em Presidente Prudente, que é um belo hospital. E temo que eu não serei capaz de apontar todos os outros. Mas é Cotia, o que mais, Barradas?

Voz: (Inaudível)

Governador: Itanhaém, Américo Brasiliense, Ribeirão Preto, Rio Preto. Enfim, promovemos uma expansão já considerável, ao lado dos Ambulatórios Médicos de Especialidades. O que são esses ambulatórios, os AMEs? São ambulatórios para consultas, ponto de estrangulamento grande em São Paulo e que sobrecarrega os hospitais. Muita gente vai para o hospital para ter uma consulta e hospital não é lugar para isso, pelo menos em geral. No entanto, as pessoas não têm alternativa e vão para o hospital.

Então, nós criamos um novo tipo de unidade no Brasil, que é o Ambulatório Médico, que tem 30 especialidades, até acupuntura, mesmo as mais escassas, como é o caso de ortopedia, disciplina do diretor interino, aqui, da Faculdade. Sabe que onde tem mais filas, no Estado de São Paulo? É na área para consultas ortopédicas.

Portanto, essas unidades vão preencher este vazio, esta deficiência. Nós nos propusemos a fazer 40, já temos 18 funcionando, não é, Barradas? 16 funcionando e várias outras a caminho. Vamos cumprir essa meta com relativa facilidade até o ano que vem. E divididas geograficamente no Estado de maneira equilibrada, para que as pessoas não tenham que percorrer grandes distâncias para ter o seu atendimento. São unidades, assim, onde o número de consultas atinge 15, 20, 25 mil por mês. De exames, de cinco até 30 mil exames mensais, dependendo do local. Há, também, unidades de cirurgias rápidas, como é o caso de uma que nós criamos em Santa Bárbara D’Oeste. Portando, adaptadas às necessidades locais.

Mas isto não nos exime, toda essa descentralização, de continuar investindo naquilo que nós temos de melhor, aqui em São Paulo, que é o Hospital das Clínicas.

Em São Paulo, é o que temos de melhor. É o que temos de melhor no Brasil. E temos que continuar investindo na qualidade, na quantidade, para que o hospital mantenha essa sua posição de vanguarda. O que nós queremos é nivelar por cima, e não nivelar por baixo na área da saúde. Não só pela primeira vez não foram feitos contingenciamentos, neste governo, ao orçamento do HC, que é imenso. Quanto é, Barradas?

Voz: (Inaudível)

Governador: R$ 700 milhões. Como também nós demos mais liberdade administrativa à sua direção, por exemplo, no que se refere à renovação de pessoal ou recontratação, que antes tinha que passar pelo governador e agora é feita automaticamente pela direção do Hospital das Clínicas.

Somos, portanto, parceiros, o Estado de São Paulo e o HC. E o HC, com todas as suas unidades, tem também uma parceria muito especial conosco, com esta nova unidade de Urologia.

Meus parabéns e muito obrigado.