Governo de SP entrega as primeiras máquinas do Pró-trator

Governador: Queria dar meu boa tarde a todos e a todas. Agradecer pela acolhida. Cumprimentar Avaré. Cumprimentar os agricultores de São Paulo pela organização desta exposição… E nos pareceu um […]

sex, 06/03/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador: Queria dar meu boa tarde a todos e a todas. Agradecer pela acolhida. Cumprimentar Avaré. Cumprimentar os agricultores de São Paulo pela organização desta exposição… E nos pareceu um lugar adequado para dar início à materialização do nosso programa de compra de tratores para a pequena e média agricultura de São Paulo.

Queria saudar o prefeito Barcheti, prefeito da cidade. Queria cumprimentar o nosso secretário da Agricultura, o João Sampaio, que eu fiquei sabendo hoje, agora, que ele jogava pólo. Eu não sabia que tinha alguém no governo que jogasse pólo. Eu nunca vi um jogo de pólo, só em filme… E o nosso chefe da Casa Militar, coronel e secretário Kita.
Queria também cumprimentar os deputados federais que nos honram, aqui, com a sua presença: o Milton Monte, o Duarte Nogueira, o Antonio Carlos Pannunzio e o Abelardo Lupion, que é do Paraná.

Queria cumprimentar também os deputados estaduais. O Celso Giglio, o Edson Giriboni e o Milton Flávio. Queria saudar, também, não estou vendo aqui, mas disseram que ele está aqui, o governador Orestes Quércia, e os prefeitos de… – deixa eu por os óculos aqui para não errar o nome do município – de Timburi, Paranapanema, Itaberá, Águas de Santa Bárbara, Coronel Macedo, São Manoel, Itatinga, Bernardino de Campos, Taguaí, Sarutaiá, Barão de Antonina, Tejupá, Pratânia, Cerqueira César, Itaí, Pardinho, Itaporanga, Bauru, Óleo, Manduri e Espírito Santo do Turvo.

Queria também saudar aqui o presidente da Exposição Municipal de Avaré, a Emapa, o Ademir Belinato. Queria cumprimentá-lo e, através dele, todos os agricultores – e também o Mário Fioreti, que é o vice-presidente da Anfavea, representando os fabricantes parceiros. E representando a Nossa Caixa, a Roseli Mendes Vieira.

Queria também cumprimentar aqui os vereadores, secretários, produtores rurais, expositores, assistentes agropecuários, a banda que estava tocando, a Banda Marcial de Avaré. Enfim, a todos e a todas.

É muita a minha alegria de vir aqui dar início a este programa. Qual foi a idéia? Nós ajudarmos os pequenos e médios agricultores – gente que tem renda de até 400, R$ 400 e tantos mil por ano – a aumentarem a sua produtividade com compra de tratores adaptados – já tinha citado você, já tinha citado na ausência (dirigindo-se a um dos presentes) – e de tratores apropriados às pequenas e médias propriedades.

A idéia são cerca de R$ 500 milhões de financiamentos da Nossa Caixa. E o Tesouro do Estado, o Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, entra com R$ 100 milhões. Para quê? Para subsidiar os juros. Então, o agricultor compra, começa a pagar no quarto ano… cinco anos – tem três anos de carência. Durante três anos não paga. Paga no quarto e no quinto ano, sem juros. O governo está bancando os juros. Mais ainda, tem um outro dado: como são milhares, o governo faz a licitação e ganha quem fizer maior abatimento.

Então, na média – não é, João? – nós vamos pagar uns 20% menos pelo trator. Ou seja: o agricultor não paga juros, tem três anos de carência e paga um preço 20% menor. É um belo programa. Eu realmente queria… Isso não foi idéia minha, não… Isso foi idéia, por extraordinário que pareça, não só do secretário da Agricultura, como também do secretário da Fazenda, o Mauro Ricardo, famoso pão-duro, mas que, como se vê, no caso da agricultura, ele não tem sido pão-duro. Então, é um programa muito bom.

O que aconteceu até agora? Foram praticamente três mil produtores inscritos, e ainda tem margem para mais. Já foram declarados aptos perto de 1.200. E já foram encaminhados para a Nossa Caixa, que já aprovou 400… Porque é um problema de papelada – sempre fica papelada pra cá, papelada prá lá.

Quem aprova na Secretaria da Agricultura é a Cati, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. A Cati tem que fazer o credenciamento, porque nós temos que fazer um programa responsável, senão desmoralizaria uma iniciativa como essa.

Mas nós já temos, praticamente, 1.200 encaminhados. O que é preciso é acelerar, agora, o programa. Também não é necessário, aqui, enfatizar a importância. Não foi feito neste contexto que hoje adquire para o nível de emprego de produção do setor.

Aliás, uma ação paulista que beneficia não apenas os produtores de São Paulo, de tratores, mas principalmente do Paraná e do Rio Grande do Sul – que é o principal produtor de tratores do Brasil. Portanto, é uma ação paulista que diretamente beneficia os outros Estados, e é bom que Lupion conte isso no Paraná também, porque o Paraná também é produtor importante de tratores.

Portanto, estamos aqui hoje para este primeiro anúncio, desta primeira caminhada. São oito fabricantes que – seis associados à Anfavea… Nem vou citar aqui todos os nomes – são muito conhecidos. Para se inscrever para o programa, é só procurar os escritórios regionais da Cati.

Aliás, eu não sei se é área da Cati… Aqui vizinho, no município de Manduri, nós temos um centro produtor de sementes do Estado, numa fazenda – como é o nome da fazenda?

Voz: Ataliba Leonel.

Governador: …A fazenda Ataliba Leonel, que é um centro exemplar de abastecimento. Isso mostra a vocação, aqui, desta região, para a nossa agricultura…

Voz: (Inaudível)

Governador: …Que produz e vende as sementes mais baratas do que o mercado para o produtor paulista. Portanto, a Cati… Que, aliás, nós tivemos recentemente, fizemos uma reestruturação salarial muito importante para o corpo técnico da Cati, que é muito valoroso e estava subremunerado.

Bem… não vou me alongar muito porque nós temos que voltar de helicóptero e ainda quero ver o gado. Só lembro uma história… Uma vez eu contei para o Fernando Henrique que tinha visto uma vaca e um boi pela primeira vez de perto, que eu fui apresentado, com 17 anos. Não tem nada demais. Eu nasci num bairro operário, na Mooca, e não tinha visto. Só tinha visto em filme. Nunca tinha vindo para o interior, nunca tinha saído de São Paulo… E eu contei que tinha sido apresentado para uma vaca, para um boi, com 17 anos.

Depois, a história foi agrandando e passaram a dizer… fazer intriga de que eu tinha sido apresentado pela primeira vez com 52 anos, o que é uma injustiça. Eu quero só deixar claro que foi com 17 anos… Mas aí o boi já estava crescido. Eu, realmente, na época, quando eu vi pela primeira vez, fiquei impressionado porque era muito maior do que parecia nos filmes. Depois passei a visitar… Quero dizer que eu virei especialista em boi depois que essa história circulou, porque senão ia pegar mal. Então, passei a entender mais do assunto.

Mas, olha, eu estou muito contente que o nosso programa esteja caminhando. É muito importante que as associações do campo informem os agricultores dessas possibilidades.

Quero dizer que a Nossa Caixa foi vendida, na sua parte comercial, porque nós vamos manter um banco de desenvolvimento para o Banco do Brasil… Mas o Banco do Brasil tem o compromisso de manter o programa… Aliás, a Nossa Caixa fica funcionando, mais de um ano, como Nossa Caixa. Tem o compromisso de manter e o Governo do Estado vai manter o subsídio de R$ 100 milhões.

Não tem nada a ver com agricultura, diretamente, mas nós fizemos um outro programa que está fadado a ter um sucesso estrondoso, com laptops para professores da rede de ensino. No mesmo esquema: inscrições, subsídios aos juros…

Estamos conseguindo preços – eu não tenho certeza – mas descontos de além de 40%. E aí, de novo, quem ganha tudo são os paranaenses. Tem uma empresa lá que ganha. Não adianta dar volta, dar volta, eles vêm e eles conseguem ganhar… Mas o importante é o baixo preço – e tem perto, eu creio, de 100 mil professores que vão pagar por mês R$ 60 para ter o seu laptop. Por causa do desconto e dos subsídios aos juros.

Essa é uma forma interessante de o governo intervir. São subsídios explícitos, que estão no orçamento. Não tem nenhuma coisa mal-feita, nenhum abuso… e com finalidades produtivas e sociais bastante claras. É um programa também idealizado, no caso, pela Secretaria da Fazenda e pela Secretaria da Agricultura.

Quanto a Avaré, eu quero apenas sublinhar a importância… Isso tem, é muito grande para os produtores, não apenas daqui da região, mas do Estado inteiro… de toda ação que a gente está fazendo, diria, de refazimento da rede de estradas vicinais. São 12 mil quilômetros que nós estamos fazendo de novo. Custa metade do preço de uma estrada nova, não é só tampar buraco.

Agora, tem uma novidade interessante: nas concessões que nós fizemos – e que estão, agora, já vão para a rua… já vão para a rua as decisões – uma delas é a da Rondon Leste, que beneficia muito a região aqui próxima. Vai ter investimentos de mais de R$ 1,5 bilhão por parte da concessionária vencedora… Ma o interessante é que,nos novos contratos de concessões, nós incluímos a manutenção das vicinais sem pedágio. Porque vicinal… vicinal é uma moleza manter – e é uma grande dificuldade arrumar quando não é mantida. A manutenção, quando é feita de forma inteligente, permanente, ela não é cara. Para essas empresas, não representa um custo grande, até porque tem pessoal, tem equipamentos nas estradas tronco.

Mas do ponto de vista das Prefeituras, é uma tremenda economia, porque, teoricamente, são as Prefeituras que têm que manter. Porque vicinal é uma estrada que pertence à Prefeitura. Por outro lado, acaba caindo na mão do Estado, que atua sempre meio discricionariamente. Faz aqui, não faz ali, depende da pressão, depende disso, daquilo. Então, o que nós estamos fazendo é um mecanismo permanente.

No caso da Raposo Tavares, a duplicação, digamos, a concessionária vai fazer 217 km de duplicação. No caso da Rondon Leste, a duplicação é de 100 km – 73 km de marginais. Mas, no caso da Raposo Tavares, vão ser 390 km de vicinais. Ao todo, são mil quilômetros que vão entrar por manutenção para o resto da sua existência.

Eu quero refazer os contratos com as concessionárias anteriores, feitas no passado, para incluir a manutenção das vicinais. Aí a gente resolve esse problema no Estado de São Paulo. Que tem a melhor rede do Brasil de estradas, não há dúvida, mas exige por isso mesmo um esforço permanente para manter. Ter a melhor rede é uma vantagem para a produção, para as pessoas, para tudo. Mas, do ponto de vista econômico, implica estar sempre em cima, porque se deteriora com muita rapidez, se não tiver atenção, se não tiver cuidado e até carinho na preservação da rede.

Há muitas coisas… a Bauru-Marília… Enfim, há muitas obras de duplicação, até estamos fazendo… Não vou me alongar aqui. Os agricultores sabem da realidade, até porque conhecem o Brasil, sabem da realidade muito especial no que se refere às estradas de São Paulo.

Isto, junto com as Etecs, Fatecs, voltadas para as necessidades da produção no interior, com o apoio que nós estamos dando a uma rede de saúde que vá mais pela base.

Aqui, por exemplo, vai ter um AME também, um Ambulatório Médico de Especialidades, 30 especialidades, mais de 15 mil consultas por mês, mais de cinco mil exames, que rompe um ponto de estrangulamento da saúde, que é o da consulta – que, inclusive, sobrecarrega os hospitais indevidamente, porque hospital não é para consulta.

Mas, enfim, tudo isso para o nosso desenvolvimento. Mas é evidente que o papel da iniciativa privada é muito importante. O da agricultura paulista, que é a primeira do Brasil em volume de produção, em produtividade, tem sido nossa parceira e nós temos sido parceiro deles.
Quero dizer que contem conosco, Avaré, a região, da mesma maneira que vocês podem contar, que nós podemos contar com vocês. Muito obrigado!