Governo de São Paulo inaugura Etec e escola em Monte Mor

Evento contou com a participação de Alckmin (Desenvolvimento) e Maria Helena (Educação)

sex, 20/02/2009 - 16h43 | Do Portal do Governo

Nesta sexta-feira, 20, o governador José Serra e os secretários de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, inauguraram a Escola Técnica Estadual (Etec) de Monte Mor e a escola estadual Parque Residencial São Clemente. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador: Queria dar meu boa tarde a todos e a todas. Vocês vêem que os opostos se unem por Monte Mor, embora os corintianos são testemunhas de que eu torci muito para que o Corinthians saísse da segunda divisão e estou torcendo para o Ronaldinho estrear bem. Só não torço para que ganhe do Palmeiras, o resto…

Bem, não tem palmeirense aqui? Ah. Hem?

Voz: E os corintianos?

Governador: Ainda bem que não tem são-paulino. E Santos, tem alguma pessoa, além do Alckmin? Até Ponte Preta? Bem, eu queria cumprimentar o prefeito, o Rodrigo Maia, e queria dar parabéns a Monte Mor por ter o Rodrigo Maia como prefeito.

Sem ele, nós não poderíamos estar fazendo o que nós estamos fazendo aqui. Ele deu um número – viu, Rogério? – que é melhor vocês esconderem. Nós estamos investindo mais de R$ 1.000 por habitante aqui. Isso é um perigo, se as outras Prefeituras souberem.

Queria cumprimentar o Rogério Maluf, presidente da Câmara Municipal, e, por intermédio do Rogério, todos os vereadores – acho que aqui estão todos – ou quase todos.

Queria cumprimentar também o vice-prefeito, o Carlos Roberto. O deputado Vanderlei Macris, muito atuante, presente. Está indo muito bem em Brasília, depois de ter sido veterano aqui na Assembléia Legislativa. Não parece porque ele disfarça a idade, mas… Ele era deputado desde 1974, quando nenhuma das moças aqui tinha nascido ainda.

Os deputados estaduais. A Célia Leão, nossa companheira, não vou dizer de tantos anos porque ela é mais nova. O Davi Zaia, que é um grande sujeito, um bom deputado, solidário, presente.

Queria saudar muito especialmente o Geraldo Alckmin. É um luxo para o Governo do Estado ter um secretário do tamanho dele. E a nossa secretária da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, que foi vice-ministra e ministra da Educação do Brasil. Vocês vêem que o nosso time é um time reforçado.

Queria cumprimentar a Laura Laganá, sem a qual nós não teríamos tido essa rede de Etecs e Fatecs, porque eu acho que desde o Mário Covas você está aí. Passou pelo Alckmin, passou pelo Lembo, está com a gente e está sempre com o ar de quem está chegando, com o espírito de quem está chegando e tem muita ambição, muita coisa por fazer.

Queria saudar aqui os prefeitos de Vinhedo, de Indaiatuba. Queria também dizer ao prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira, que o Rogério, irmão dele, tem sido um companheiro na Assembléia Legislativa. Não é do nosso partido, mas tem apoiado os principais projetos para São Paulo.

Aliás, a Assembléia tem sido uma grande parceira nossa. A Assembléia pega os projetos, estuda, melhora, modifica para melhor, mas está apoiando. O governo não estaria fazendo o que estamos fazendo sem o apoio a São Paulo, não ao governo, da Assembléia Legislativa.

Queria também mencionar e saudar a presença dos prefeitos de Itupeva, de Morungaba, de Leme, de Jarinu, de Itatiba, de Estiva Gerbi. É que eu estou fazendo esforço para não botar os óculos aqui. Americana, também o Diego, que é o mais novo prefeito do Estado de São Paulo. Jaguariúna, que chegou agora. Cadê o de Jaguariúna? Bem, você é jogador de basquete, não?

Voz: Goleiro.

Governador: Goleiro. Queria também saudar a Regimara Stiliani, que é a secretária da Educação e na pessoa dela cumprimento todos os secretários aqui do município. O Guilherme Mancini, que é o diretor da Etec, e a Regina, que é diretora da Escola Estadual Parque Residencial São Clemente.

Queria também – infelizmente, elas foram embora, não sei por que – mas deixar aqui a minha saudação à professora que orientou e ao coral das alunas da Escola Municipal São Remo. Enfim, a todos e a todas.

Bem, é bom vir aqui e é bom anunciar coisas boas. São 249 milhões que estamos investindo em mais de 500 escolas na rede estadual, reformas e construções. E aqui está uma delas. Ao mesmo tempo, a Etec.

Na verdade, a Etec já tinha sido criada com salas descentralizadas, aqui em Monte Mor. O que nós estamos fazendo hoje é criar a unidade, mas ela já vinha, desde 2008, descentralizada. São cursos de ensino médio, cerca de 40% dos alunos são de ensino médio, administração, informática e logística. É o melhor ensino médio de São Paulo – e talvez do Brasil – na área pública. Nós estamos reforçando muito o ensino médio dentro da Paula Souza. Um bom ensino médio é aquele que, realmente, dá vantagens para os jovens que têm que ingressar no mercado de trabalho diretamente. Ou ao mesmo tempo em que o fazem também na universidade.

Nós vamos ter, quando tudo estiver operando, daqui a alguns semestres, 720 matrículas, só aqui em Monte Mor. Na verdade, isto reflete o peso que o governo tem dado ao ensino médio, ao ensino tecnológico e ao ensino técnico na região de Campinas, da qual Monte Mor faz parte. É a região que tem mais Fatecs e Etecs do Estado. Quantas são, Laura?

Laura Laganá, superintendente do Centro Paula Souza: Agora nós vamos para sete Fatecs.

Governador: Sete Faculdades de Tecnologia.

Laura Laganá, superintendente do Centro Paula Souza: Trinta e uma escolas e mais uma  (…).

Governador: Trinta e uma escolas técnicas e mais uma nova em Campinas. Realmente (…). Eu mesmo fico surpreso. Nós tivemos, nas Etecs, o vestibulinho, em novembro, com 240 mil inscrições. Não é brincadeira. 56 mil vagas. Portanto, aproximadamente quatro concorrentes para cada vaga. Isso mostra também a demanda que existe, a vontade que existe, e nós estamos expandindo aceleradamente.

Não é só criando novas Etecs ou novas Fatecs. Estamos ampliando as escolas existentes também. Isso não rende a mesma publicidade, mas rende a mesma produtividade do ponto de vista do Estado. Mostra a constante ampliação das oportunidades, da abertura de oportunidades.

Nas Fatecs, nós fizemos uma meta ambiciosa. O Alckmin tinha, você ampliou de quantas para quantas Fatecs?

Geraldo Alckmin, secretário estadual do Desenvolvimento: Nove para 26.

Governador: Nove para 26. Multiplicou por três, praticamente. Nós nos propusemos a multiplicar por dois. Também não dá para ir sempre em progressão geométrica, vai para o infinito. Quanto mais tem, o aumento relativo é menor. Mas nos propusemos dobrar e já cumprimos 80% da meta. Metade do governo, 80% da meta do final do ano que vem já está cumprida. Vocês vêem que nós andamos além das metas.

O que eu quero é anunciar. É muito importante que as pessoas saibam, no Estado, que isso está acontecendo. Não apenas aquelas envolvidas diretamente. Como disse o Alckmin, esse é um instrumento social e um instrumento econômico. Nós estamos oferecendo oportunidades de emprego aos jovens. 

Às vezes, eu fico muito constrangido quando vejo uma família fazendo esforço – teve na minha família também – um esforço tremendo para alguém estudar. Não tenho nada contra, mas estudar Direito. Vai fazer uma faculdade particular, paga uma fortuna, chega ao final. Às vezes, não consegue passar no exame da OAB porque a faculdade não era boa, não consegue emprego e gastou anos e anos.

Às vezes, o ensino técnico é muito melhor. Garante o emprego que permite, por sua vez, mais adiante, prosseguir também na universidade. Mas já com experiência, com uma renda que ajuda a família e ajuda a si próprio. É pensando nisso também que a gente está fazendo essa expansão.

Ao mesmo tempo, São Paulo vai se qualificando. Nós não estamos concorrendo com nenhum Estado. São Paulo não é regionalista, não há pátria paulista. Vocês vão para outros Estados, tem pátrias. Pátria daqui, pátria dali. São Paulo não tem – pelo simples fato de que, em São Paulo, está todo o Brasil aqui dentro

Eu estava olhando aquelas meninas. Tenho certeza de que, em mais de 50% delas, as famílias vieram de outros Estados. É um Estado brasileiro. É o mais brasileiro dos Estados. É um Estado estrangeiro, porque é o mais estrangeiro dos Estados brasileiros. É um lugar aberto.

Agora, a gente trabalha pela população do nosso Estado e pelo Brasil. São Paulo cumpre tarefas nacionais. Três universidades de grande nível, que absorvem quase 10% da receita do ICMS. Não é brincadeira. O IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas. A Fapesp, que é uma instituição única na América Latina, uma das únicas do mundo, de pesquisas. Os institutos agronômicos:  foi, praticamente, o único instituto do Brasil, o de Campinas, para fazer inovação. Outro dia, o Xico Graziano me dizia, não sei se ele estava exagerando, mas mesmo que dividir por dois já é, o pessoal da agricultura veste muito a camisa e isso é bom, não sei se ele estava exagerando. Ele disse que 60% das variedades agrícolas produzidas no Brasil saíram do IAC, do Instituto Agronômico. Digamos que são 40, em vez de 60. Ou são 70. É uma enormidade.

Então, nós estamos cumprindo a nossa tarefa. Temos a melhor rede de estradas do Brasil, a melhor rede hospitalar pública do Brasil, a melhor rede de saúde. Aliás, logo vamos inaugurar um AME na região. Na região, não, na cidade de Campinas. Queria anunciar isso também aqui. E temos hoje, de longe, a mais ampla e melhor rede de ensino técnico e tecnológico.

Isso serve a todo o País porque é tudo vasos comunicantes no Brasil. Quando alguém vai bem, isso ajuda os outros a irem bem. Quando alguém vai mal, contribui para que os outros vão mal. Portanto, para mim é motivo de muita alegria e satisfação esta reunião. Ela tem um grande significado.

Queria também aproveitar para reiterar algumas coisas que temos em andamento na região de Campinas. Vamos fazer, como eu disse, um Ambulatório Médico de Especialidades em Campinas. Isso significa, mais ou menos, 30 especialidades para consulta, porque uma coisa que me impressiona, sempre, é o atraso – quando eu estava no Ministério da Saúde eu vi isso – o atraso nas consultas.

Não é atenção básica só. Não é hospitalar, é consulta. É muito difícil marcar consulta na rede pública. Por isso, nós criamos 40 AMEs, em todo o Estado de São Paulo. São 30 especialidades. Em geral, os AMEs têm 15, 20 mil consultas por mês. E fazem 20 a 30 mil exames médicos que são necessários.

Mais ainda. Têm também cirurgias/dia alguns deles, que é o caso de Santa Bárbara. Cirurgia para a pessoa entrar lá e no dia fazer a cirurgia. Que cirurgia pode ser, Alckmin? Apesar de que fui ministro da Saúde, eu não domino muito. Deve ser hérnia.

Geraldo Alckmin, secretário estadual do Desenvolvimento: (…) Pequenas, que não têm anestesia.

Governador: Que não tem anestesia geral, uma cirurgia, hem? Nos olhos, nariz, enfim. Santa Bárbara não é longe, mas nós vamos fazer uma em Campinas também para poder atender a região.

Quero também mencionar o caso da área viária. Quer dizer, nós teremos a duplicação da SP-101, já planejada. Já é certo isso, porque fizemos a concessão da Rondon Leste e nós pusemos, na base da concessão, a duplicação dessa estrada. Fora as melhorias que estão sendo feitas.

São 14 quilômetros. E quero dizer o seguinte também: essa foi uma inovação que nós fizemos. Nas cinco concessões feitas recentemente – Ayrton Senna, Rondon Leste, Rondon que não leste, qual é? Rondon Oeste, Raposo Tavares, Dom Pedro – nós incluímos a manutenção das vicinais. Assim, as vicinais próximas às estradas vão ser mantidas pelos concessionários. Sem ônus, sem pedágio, sem nada.

Então, isso vai ser uma mão na roda, para os prefeitos que não conseguem fazer a manutenção, porque são os donos das estradas; para o Estado, que tem que ficar quebrando galho, a cada momento. Então, nós vamos introduzir na rotina a manutenção, e é o nosso propósito renegociar os contratos anteriores de concessões, para incluírem as vicinais.

Só nesse caso, foram mil quilômetros de vicinais incluídos. Isso tem uma importância imensa para o futuro. E, como disse aqui o prefeito, na área de vicinais nós estamos refazendo as estradas. Um quilômetro de vicinal refeita custa metade de uma vicinal nova. Estou dizendo isso para mostrar que não é tapar um buraquinho, não. A estrada é feita de novo. Só não custa igual porque já tem terraplenagem, porque já tem coisas mínimas feitas. Não tem desapropriação, não tem nada. Mas a estrada é nova. Sem falar das novas vicinais que também estamos fazendo. Isso tem um enorme impacto sobre o emprego e sobre o desenvolvimento em São Paulo.

Monte Mor também teve o seu terminal de ônibus reformado – não é, Rodrigo? – como parte das obras do Corredor Noroeste. E agora, o corredor vai receber ainda mais 25 milhões do Estado para construir os trechos até Americana e Nova Odessa.

Esse corredor – e o Macris foi um grande lutador pelo corredor – vai facilitar muito a integração. Por exemplo, agora, em Hortolândia, por razões históricas, geográficas, Hortolândia está virando um centro de produção ferroviária incrível. Ontem, como foi dito pelo Alckmin, nós inauguramos uma fábrica de trens lá, que vai produzir trens para abastecer o Metrô e a CPTM de São Paulo, e para exportar também.

Agora, com um bom corredor de ônibus, as pessoas que vão trabalhar lá não vão precisar mudar de casa, que é um custo muito alto, às vezes. Para o trabalhador é melhor, tendo um bom corredor. É como ir de um bairro de São Paulo a outro, de um bairro próximo.

Portanto, é um investimento que vai ajudar, vai despertar sinergias, vai utilizar sinergias aqui na região. Monte Mor vai ter também obras de 25 milhões para a gente fazer um tipo de investimento que é necessário até para melhorar o IDH de Monte Mor, o índice de desenvolvimento humano. São quase 30 milhões para abastecimento e tratamento de água e esgoto.

O tratamento de esgotos no município, atualmente, é muito baixo: 12%. Nós vamos levar para 40, que já vai ser um grande salto. E não vamos ficar em 40, mas temos que dar um passo atrás do outro. Temos também as emendas parlamentares na região, que nós estamos respeitando.

Parlamentar faz emenda, a gente cumpre, mesmo que o parlamentar for da oposição. Mesmo que tiver amolando a paciência, como alguns fazem, não os que estão aqui. Mas nós mantemos o compromisso. Nós tratamos os parlamentares como representantes dos eleitores. Aí não há coloração partidária. Seja de que partido for, nós atendemos os parlamentares, porque isso é importante, até porque eles não nomeiam – como acontece em alguns lugares do Brasil – eles não nomeiam secretários, não nomeiam diretores de empresa. Parlamentar não é eleito para nomear gente para governar. Parlamentar é eleito para representar uma parte da população e cuidar dos interesses e do bem-estar delas. E nós reforçamos esse trabalho dos parlamentares.

Enfim, é isso que eu queria dizer aqui. Sem antes também deixar de saudar as integrantes aqui, de blusa azul, do Clube da Melhor Idade, que estão aqui presentes. Eu até fiquei em dúvida, perguntei para o Macris quem era aquelas senhoras de camisa azul. Tem também um homem ali, mas a maioria (…). Ou dois? Três. Porque eu pensei: Será que é terceira idade? Mas não parece. O Macris me assegurou. Se eu estiver errado, a culpa é dele. Se eu estou certo, o mérito é meu, está bom?

Muito obrigado.