Governo anuncia mais uma etapa da despoluição da represa Guarapiranga

Governador: Queria dar meu boa tarde a todos e a todas. Três coisas preliminares: Primeiro, nós atrasamos porque lá no Morumbi estava fechado o tempo. E aí, quando abriu, no […]

ter, 17/03/2009 - 23h00 | Do Portal do Governo

Governador: Queria dar meu boa tarde a todos e a todas.

Três coisas preliminares:

Primeiro, nós atrasamos porque lá no Morumbi estava fechado o tempo. E aí, quando abriu, no meio do caminho fechou o tempo. Sinceramente, eu imaginei que não ia chegar aqui, que ia ficar parado. O helicóptero ia ter que fazer algum pouso forçado.

Segundo, meus parabéns a quem organizou esse palanque aqui, porque está agüentando uma chuvarada. Eu não sei se foi alguma empresa, algum prefeito, o Governo do Estado… Mas isso aqui está agüentando bem.

Terceiro, queria saudar os prefeitos aqui da região. O Chico, que é de Embu, que acabou de nos falar, e é do PT. Vou citar os partidos para mostrar que tem de tudo aqui. De Embu-Guaçu, o Clodoaldo, que é do PMDB. De Taboão, o Evilásio, que é do PSB. De Juquitiba, a Maria Aparecida Maschio, que é do PDT. De Itapecerica, o Jorge José da Costa, que é do PMDB. De São Lourenço, o Capitão Lerner, que é do DEM. Não está faltando mais ninguém aqui? De Jandira, está aqui o Braz, que é do PSDB. De Cotia, o Antonio Carlos, que é do PSDB. E, de Itapevi, a Maria Ruth, que é do PP.

Isso mostra o seguinte: nós não estamos trabalhando – nem nós nem os prefeitos – partidariamente. Nós estamos trabalhando por São Paulo. E estamos trabalhando por esta região (aplausos).

Bem… queria cumprimentar também o vereador que tem um nome engraçado para o dia de hoje: Chuvisco, que é presidente da Câmara Municipal de Itapecerica. Oh, Chuvisco, você podia fazer um acordo aí com… O Silvino, que é presidente da Câmara Municipal do Embu. O Antonio Trolesi, que é vice-prefeito de Itapecerica. Natinha… Apesar de ser Natinha, é o Nataniel, não é mulher… vice-prefeito de Embu. E os deputados estaduais: a Analice Fernandes, que nos falou aqui, cujas palavras eu agradeço, e o Jonas Donizette, um operoso deputado estadual que tem nos ajudado muito na Assembléia Legislativa. Ele é do PSB.

Queria também saudar a Dilma Pena, secretária de Estado de Saneamento e Energia. O Xico Graziano, secretário de Estado do Meio-Ambiente, que está, aliás, aqui disponível se a imprensa desejar, para dar esclarecimentos sobre uma notícia errada que saiu hoje a respeito do Porto de Santos – não é isso? Ele está aqui disponível para esclarecer. O Gesner, que é presidente da Sabesp. Os prefeitos que eu também já tinha citado, de Cotia, Itapevi e a Jandira. Enfim, a todos e a todas.
Bem… nós estamos aqui para dar início a obras que não dão voto. Saneamento não dá voto. Por quê? Porque é obra enterrada. É obra que não aparece. Melhora muito a qualidade de vida, mas nem sempre é estabelecida uma relação entre a obra e a melhora que houve. É diferente de uma linha de ônibus, de uma linha de trem, mesmo de uma escola. Mas é essencial para a vida das pessoas. É essencial para o meio-ambiente e essencial para a saúde das crianças. É essencial para o Índice de Desenvolvimento Humano de cada lugar.

Nós pisamos no acelerador nessa matéria. Os investimentos da Sabesp, neste quadriênio nosso, vão ser duplicados até o final. E não estou parando aí. Outro dia, eu recebi o embaixador japonês. Vou receber o presidente da Jica, que é uma agência japonesa de cooperação – porque nós estamos pedindo mais financiamento.

Não é porque os japoneses têm sido… Tem algum japonês aqui? Não? Incrível, heim! Incrível! Palmeirense tem? Uns dois, pelo menos? Se não tem japonês e não tem palmeirense, eu vou embora (risos)… Porque o Japão tem sido um parceiro incrível nas obras de saneamento lá do Tietê, do litoral… E nós estamos pedindo a eles mais recursos, porque é um dinheiro bastante barato, que não vai ser para o meu governo, vai ser para os próximos… Mas se a gente não fizer hoje, não terá recurso amanhã.

Estamos, portanto, fazendo essa intensificação. A Sabesp – a Dilma, que é a secretária, e o Gésner, que é o presidente – têm tido, da nossa parte, instruções muito claras, que é de chegar perto dos municípios, ouvir as reclamações – em grande parte justas – e procurar resolver os problemas. Eles fariam isso mesmo sem nossas recomendações, mas eu tenho enfatizado isto muito, sempre.

A Sabesp tem que ser uma parceira. Ela é uma empresa do Estado, mas ela tem que ser parceira dos municípios. Parceira. Trabalhar proximamente aos municípios e ter dos municípios as reações, as sugestões… Enfim, aquela parceria que é tão necessária.
Bem… hoje nós temos três tipos de iniciativas aqui:

Primeiro, o anúncio das obras de interligação de esgoto ao coletor-tronco do Embu-Mirim. Isto é 1,5 milhão.

A ordem de serviço já foi assinada agora para o início da rede-coletora que atravessa a região do Mombaça-Crispim, em Itapecerica da Serra. Só isso são 20 milhões.

E a autorização para o estudo da viabilidade para implantação e operação de aterro sanitário regional, que serve para todos.
A Sabesp está entrando, sim, na área de aterro sanitário, porque é uma vantagem. Ela tem expertise, tem tecnologia, tem toda condição, tem equipamento… Portanto, é uma inovação que nós estamos fazendo. Isto não vai em detrimento de nada do que a Sabesp faz. Porque nós temos capacidade para isso. Eu, logo, logo, vou assinar um acordo da Sabesp com Santa Catarina. Já fizemos com o Rio Grande do Sul. Já combinamos obras da Sabesp em comum com a Companhia de Saneamento de Alagoas. Já temos com o Mato Grosso também… o entendimento com Cuiabá.

A Sabesp é uma empresa… a maior do Brasil, uma das maiores do mundo… com abertura para o capital privado. Uma empresa eficiente. Não é loteada politicamente, como muitas que acontecem no Brasil. E, portanto, tem capacidade. Houve município, inclusive, aqui em São Paulo… Mogi… Qual Mogi? Está cheio de Mogi… Mogi-Mirim… que a Sabesp participou da concorrência e entrou como sócia de uma empresa privada na administração de saneamento.

Portanto, são três iniciativas muito importantes aqui para a região. E eu queria aproveitar só para mencionar um dado. No caso da interligação de esgotos ao coletor-tronco de Embu-Mirim, vão ser feitas 14 mil ligações. Não é brincadeira. Bota aí mais de 50 mil pessoas.

Um outro dado a respeito de benefícios… Na verdade, isso tudo entra no contexto das obras de Guarapiranga. Nós aprovamos, há dois anos, uma lei na Assembléia Legislativa. Os bairros beneficiados aqui são mais amplos, inclusive, do que parece, chegando a 45 mil habitantes em Embu-Mirim e, indiretamente, todas as pessoas que se abastecem em Guarapiranga. Porque esta ordenação de saneamento, ela beneficia a represa que, por sua vez, abastece grande parte da região, da capital e da Grande São Paulo.

Bem… mas eu queria aproveitar também para falar de outras coisas aqui na região. A maior delas, desde logo, é essa que nós estamos tratando, que é o Programa de Mananciais. Ele vai envolver 1,2 bilhão de reais. Uma parcela muito pequena já foi entregue no sábado passado. Nós fizemos uma cerimônia lá no Parque Villa-Lobos, e entregamos para algumas dessas Prefeituras equipamentos para lixo, para desassoreamento, para uma série de coisas. Entregamos gratuitamente para ajudar as Prefeituras a fazerem o seu trabalho, porque sem ligação com as Prefeituras a gente não vai conseguir fazer diretamente.
Agora, eu quero hoje, aqui, mudando de assunto – embora o assunto seja saúde, porque saneamento é saúde – dizer… Onde é que está? Eu ia falar a respeito dos AMEs, dos Ambulatórios Médicos de Especialidades, mas não entrou aqui no meu resumo… Mas, de toda maneira, quero dizer que a questão do hospital envolve o de Itapecerica e o Hospital de Taboão.

Voz: (Inaudível)

Governador: Como? Não, não, os hospitais não. É Itapecerica… Heim?

Voz: (Inaudível)

Governador: É. No caso, nós estamos ligados no assunto e vou pedir para o secretário Barradas que examine para ver…

Voz: (Inaudível)

Governador: …a necessidade de que haja um atendimento mais específico aqui ao povo desta região. É isso aí.

Esta região vai ter quatro Ambulatórios Médicos de Especialidades. Isto é uma coisa que vai mudar a área da saúde. O que é um Ambulatório Médico de Especialidades, AME? É um conjunto de consultórios médicos. Até 30 especialidades – varia de lugar para lugar – mas com aquelas especialidades, onde tem fila hoje, como é o caso de ortopedia. Nós vamos ter os médicos lá trabalhando, fazendo isso em parceria com entidades filantrópicas. Os municípios que vão ter AMEs aqui são Itapecerica, Taboão da Serra e Itapevi, além de Carapicuíba, que já tem, e está a 17 km.

Aí, nós eliminamos as filas, e também para exames. Olha, são mais de 15 mil consultas por mês, em média, e mais de cinco mil exames… É desafogo para os hospitais. Porque os hospitais, hoje em dia, estão sobrecarregados porque têm que fazer atendimento de consulta – e consulta não é um assunto de hospital. Eles não vão deixar de atender porque as pessoas não têm outro lugar para ir. Mas está errado.
Então, com o ambulatório, com o AME, nós fazemos essa separação. Melhora o atendimento ao povo, nas consultas, e melhora o atendimento ao povo, nos hospitais. Portanto, a região está sendo bastante contemplada nesta matéria.

Quero chamar atenção para outra coisa. Não é aqui pertinho, mas é muito importante – e que eu queria anunciar hoje oficialmente. Nós vamos instalar um Poupatempo na cidade de Cotia – um Poupatempo que a gente sabe da importância que tem.

Em termos de valores, as intervenções em estradas viárias são muito importantes aqui. A maior delas, sem dúvida nenhuma, é o Rodoanel, que parte de Embu até Mauá. Este investimento, como já foi dito, é altíssimo: 4,3 bilhões de reais. Nós estamos comprometidos com todas as contrapartidas de natureza ambiental, inclusive a criação e a implantação de um parque de 347 hectares, cortando tanto Embu quanto Itapecerica da Serra. Aliás, Chico, no caso do Rodoanel Sul, nós estamos tirando vegetação – mas qual é a proporção entre o que tiramos e o que vai entrar?

Voz: Um para dez.

Governador: Um para dez. Ou seja, aqui nós assumimos esse compromisso. Portanto, árvores que vão derrubadas vão ser substituídas por dez árvores, ao multiplicador de dez. Eu era prefeito de São Paulo quando o Rodoanel Sul também teve que ser autorizado pela Prefeitura – e nós fizemos exigências ambientais muito duras. Isso aumentou o custo do Rodoanel. Mas é um aumento que vale à pena, que é para evitar custo futuro.

Um outro aspecto importante, ainda, é… que tem impacto na região mais servida pela Raposo Tavares… é a recuperação da Raposo, num trecho de 24 km a partir da capital. Só aí vão 116 milhões de reais.
Mas, olha, a menina dos olhos do nosso Governo, e daquilo que a gente está fazendo, são os cursos técnicos e tecnológicos. Embu é um dos cinco municípios que ganhará unidades dentro do nosso plano de expansão. Aqui em Embu… estamos aqui em Itapecerica… vai ter uma Etec a partir do primeiro semestre de 2010, uma escola técnica. No total, vão ser criadas duas novas Fatecs, em Barueri e em Osasco, Faculdades de Tecnologia, e cinco Etecs aqui na região: Barueri, Cotia, Embu, Osasco e Taboão da Serra.

Juntas, 2.760 novas vagas… Não é brincadeira. Isto vai mudar aqui a região. É oferta de emprego, melhores condições para os nossos jovens… Quatro de cada cinco alunos da Etec, que são alunos de ensino médio, de nível médio, saem com emprego assegurado. Nove de cada dez de uma Fatec têm emprego assegurado.

Eu encontrei um grande avanço nessa área. O Alckmin tinha elevado as Fatecs de nove para 26. Mas eu disse: “Vamos dobrar para 52”. De ensino técnico, encontramos uns 60 mil alunos. Vamos botar mais 100 mil no ensino técnico, sem falar na ampliação do ensino médio junto com o técnico, que é o de melhor qualidade de São Paulo.

Agora, esta é, realmente, uma mudança crucial que nós estamos fazendo no Estado de São Paulo – e ajustando o Estado às necessidades do desenvolvimento e às necessidades do emprego – trabalhando sempre, na instalação em parceria com as Prefeituras, e procurando especialidades que se ajustam às necessidades locais. Esta é outra coisa muito importante. É um ensino que vira emprego, perto das necessidades de cada uma das regiões.

Isto é o mais importante. O investimento na área educacional é o mais importante. Eu às vezes fico de coração cortado quando vejo famílias fazerem um sacrifício tremendo para pagar escola de Direito, por exemplo, para os filhos. Uma mensalidade cara, infelizmente, um esforço enorme, cinco anos de estudo… O garoto ou a garota terminam, e depois não passam no exame de OAB, sem o quê não podem exercer a profissão.

Aqui em São Paulo, 80% às vezes não passam. Por quê? Porque o ensino não foi bom. Não estou aqui fazendo um juízo de valor… E não conseguem emprego… Quer dizer, com o fortalecimento do ensino técnico e tecnológico, nós estamos fortalecendo o emprego e fortalecendo o desenvolvimento – e não estamos fechando o caminho, não. O garoto ou a garota que terminar uma Etec, pode fazer uma faculdade também. Fará até em melhores condições, porque acaba estudando melhor.

Eu vi alunos de Etecs me dizendo: “Ah, eu melhorei no ensino médio depois que eu estou freqüentando a Etec”, que é de 1,5 ano. Da mesma maneira, na Etec, melhora quando faz o ensino médio. Quer dizer: porque vai percebendo a importância prática do estudo.

Quando a pessoa é jovem, se não tiver uma motivação de perceber porque é que é importante, ela não vai levar o ensino a sério. O ensino médio é o ponto fraco nosso, no Brasil – não é só em São Paulo. Não é só por causa dos alunos, mas a motivação dos alunos também tem lá o seu papel. Nós temos que ter cursos melhor estruturados, maior oferta de professores… Há um montão de fatores, mas um deles é a motivação, não tenho dúvida disso.

Bem… como eu disse, estamos fazendo também esse fortalecimento na área da Saúde. Acima de tudo, o que nós queremos aqui das Prefeituras é a parceria, é a cooperação, como temos tido – quero dizer, também até agora – com o Estado com a Assembléia Legislativa. A Assembléia tem sido nossa parceira, e eu queria agradecer aqui publicamente aos parlamentares presentes, ao Jonas e Analice. Que eles transmitam aos seus colegas o nosso agradecimento pela parceria.

No nosso governo deputado não nomeia diretor de empresa, deputado não nomeia secretário, não há loteamento político. Mas no nosso governo os deputados participam do orçamento, que é a coisa mais importante que tem, e com obras que são essenciais. E nós respeitamos as emendas.

Portanto, queria sugerir aqui aos prefeitos que peguem os parlamentares dos seus partidos, para fazerem emendas na Assembléia Legislativa. Eu não vou aqui dedar ninguém, mas eu acho que podia ter mais emendas de parlamentares de alguns partidos aqui, em benefício da região e dos municípios.

Era isso… Queria agradecer enormemente, de coração, a esta cooperação. Nós contamos com vocês, da mesma maneira que eu quero que vocês saibam que vocês contam com o Governo do Estado, com as Secretarias do Meio Ambiente, de Transportes, de Energia e Saneamento, da Educação, da Saúde… E podem contar também comigo, pessoalmente, no trabalho por essa região, porque é um trabalho que é para a região, para São Paulo e para o Brasil.

Muito obrigado!