Governador visita obras do Hospital do Câncer em Prudente

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas, a todos, prefeito de Tupã, nosso prefeito anfitrião, prefeito de Presidente Prudente, o Tupã, secretário Emanuel Fernandes; diretor-presidente da CESP, Dr. Mauro Arce, […]

sáb, 02/07/2011 - 15h30 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas, a todos, prefeito de Tupã, nosso prefeito anfitrião, prefeito de Presidente Prudente, o Tupã, secretário Emanuel Fernandes; diretor-presidente da CESP, Dr. Mauro Arce, José Hilário Pasquini, presidente da Fundação Hospital Regional do Câncer; Francelino de Souza Magalhães, meu primo de Minas Gerais, provedor da Santa Casa de Misericórdia, deputados Mauro Bragato e Ed Thomas; Dr. Luís Roberto Gomes, promotor de Justiça do Ministério Público Federal; Dr. Nelson Bugalho, promotor de Justiça do Meio Ambiente, vice-presidente da CETESB, nossos prefeitos aqui da região; Frei Bento, diretor geral do Hospital Regional; Dr. Pedro Roberto de Almeida, diretor da América Latina Logística, ALL; Dr. Paulo Mazaro, diretor regional de Saúde aqui de Presidente Prudente, Dr. Carlos Alberto Ribeiro Dib, engenheiro responsável aqui pela obra; Dra. Célia Marisa Molinar de Mattos, superintendente regional da Caixa Econômica Federal; Fernando Carvalhal, presidente da FIESP; Maria Auxiliadora, Bernadete, colegas profissionais de saúde, voluntariado, amigas e amigos.

Uma palavra telegráfica, mas dizer da alegria com o que estou assistindo e vendo aqui hoje. Eu estive aqui em 2003, era um terreno baldio, tinha só um terrenão, mais nada. Hoje a gente vê o tamanho dessa obra, fruto de garra, de sonho e de sonho que se transformou pela ação coletiva. Uma longa caminhada que é concluí-lo, equipá-lo, e não é barato, e o mais difícil depois, mantê-lo, servindo a população e servindo a quem necessita.

E eu quero aqui destacar o trabalho do Ministério Público Federal e Estadual, fazendo esse bom casamento entre empresas como ALL e a CESP, que tinham compensações a fazer e aplicando esses recursos em benefício do coletivo e da região. Quero aqui destacar a importância… Presidente Prudente, quem conhece Presidente Prudente há 30, há 40 anos, é impressionante o progresso da cidade, Tupã. É hoje uma das cidades, das melhores de São Paulo, do Brasil e uma cidade capital regional, pólo. Ela é uma grande referência na área de serviços, na área de serviços. Então, a gente vê aqui… Eu quando cheguei, visitei a Santa Casa e eu trabalhei em Santa Casa durante 12 anos como médico e vi aqui serviços, serviços de hemodinâmica, a pessoa fazer toda a sua angioplastia, angiografia, cinecoronariografia, se precisar já operar, trocar válvula, revascularização, UTI da área cardiológica, tudo aqui em Presidente Prudente e com o padrão de excelência, atendendo o SUS; 40%, 60% atendimento gratuito para a população através do SUS. Então é uma beleza. E destacar a importância desse hospital. Por quê? O homem primitivo, tempo das cavernas, a expectativa de vida média era 18 anos. No império romano, a expectativa de vida média da população era 23 anos. O Brasil rural do século passado, de 1940, a expectativa de vida média ao nascer, era 43 anos de idade. O sujeito com 60 anos era um idoso, hoje é um broto!

Mudou a demografia. A descoberta de Alexandre Fleming, a penicilina mudou a medicina no mundo, no mundo. Isso mudou, é uma maravilha. Nós estamos vivendo mais e com qualidade de vida. Há um outro mundo. O Brasil, que era um país jovem, hoje é um país maduro e vai ser um país idoso, como é o mundo todo, o que é muito bom. As pessoas poderem viver mais, viverem com qualidade de vida, mas isso tem uma grande mudança sob o ponto de vista epidemiológico. Por quê? Porque o câncer é uma doença ligada diretamente a idade. Com 80 anos de idade, nós homens, de cada 10, 7 terão câncer de próstata. As pessoas antigamente morriam antes, morriam muito cedo. Então, o câncer precisa ser diagnosticado e tratado rapidamente. E qual a boa notícia? A boa notícia é que o câncer é uma doença curável. Vai diagnosticar, tratar, curar e vai morrer de outro problema. Antigamente eu lembro da minha vó, a minha vó Melica não falava câncer, ela dizia: “Fulano está com aquela doença”. Havia um preconceito, preconceito. Não, o câncer é doença diagnosticada rapidamente, curável e acabou o problema, como outros tipos de patologia, mas precisa ter uma estrutura para isso. Precisa ter diagnóstico precoce, precisa ter tratamento adequado, profissional com equipamentos, radioterapia, quimioterapia, cirurgia, enfim, um conjunto de tarefas, e eu não tenho dúvida, nós estamos aqui criando um pólo que vai beneficiar toda a região e até outros Estados brasileiros. E como tudo na vida, deve ser passo a passo.

Eu acho que nós temos um primeiro desafio, que é radioterapia, porque aqui a Santa Casa já vai cirurgia e já faz quimio, mas rádio eu acho que é só privado, né, só particular, não é isso? Fora. Então a gente já podia já avançar já começando com a questão da radioterapia. Então nós temos em São Paulo, qual é o melhor hospital do SUS do Brasil? Chama-se ICESP, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Fica na Avenida Dr. Arnaldo. O diretor é o professor Paulo Hoff, um dos maiores oncologistas brasileiros, e nós pretendemos no Estado, ter uma rede paulista de combate ao câncer. Não do Governo, não estatal, mas junto com o setor filantrópico. Então, Barretos é um pólo, Presidente Prudente é um pólo, Jaú é um pólo, São Paulo, Santos, Campinas, ter uma rede paulista. Então, eu vou pedir ao professor Giovanni Cerri, que é o secretário da Saúde, ele virá aqui com o professor Paulo Hoff para sentar com vocês e fazer uma coisa bem integrada.

O Hilário já esteve com o Paulo Hoff, mas eu vou pedir para que eles venham aqui, para a gente estar bastante integrado lá com o ICESP e a gente já possa já tomar as medidas iniciais, para a questão da radioterapia. Mas eu queria dizer que a minha alegria tem um outro sentido também. O Mário Covas chegava num hospital, Francelene, e dizia: “Esse hospital é bom ou não é bom?” Aí? “Olha, aqui tem ressonância magnética de última geração”. Falou: “Não, não, largue mão disso. É bom ou não, é se tem trabalho voluntário ou não tem”. Hospital bom tem voluntariado, presença da sociedade civil. Esse é o segredo. Está aqui a Santa Casa e está aqui o hospital, a Fundação, o Hospital Regional do Câncer. Tudo trabalho voluntário, sociedade organizada e me permitam aqui fazer uma homenagem às Santas Casas de Misericórdia e hospitais beneficentes.

A primeira Santa Casa do Brasil é Santos, 1543, Brás Cubas. Isso é uma boa herança de Portugal, boa herança lusitana. Contam que a rainha Leonor de Avis, no século XV, época das grandes navegações, era uma das mulheres mais ricas da Europa e uma mulher tão virtuosa, que ela dizia que quando morresse, ela queria ser enterrada num local de passagem. E ela está enterrada no mosteiro de Lisboa, para que todos pisassem sobre a sua campa, para lembrar a pequenez das coisas materiais frente à grandeza da eternidade. Essa foi a mulher que emulou, entusiasmou, ampliou o modelo de hospitais beneficentes e Santas Casas de Misericórdia. E a gente vê essa boa semente florescendo, se fortalecendo no coração generoso do povo aqui de Presidente Prudente. Esse hospital é uma dádiva para ajudar as pessoas. Mas eu quero deixar um grande abraço, dizendo que no nosso caso de governo é obrigação e nós vamos cumprir com a nossa obrigação, com os melhores parceiros que a gente pode ter, que é a sociedade organizada de Presidente Prudente. Contem conosco. Parabéns.