O governador José Serra participou na tarde desta terça-feira, 11, da abertura da 6º edição da maior feira de produtos para cristãos da América Latina, a Expocristã, no pavilhão de exposições do Shopping Center Norte, na vila Guilherme, zona Norte da Capital. Com mais de 400 expositores, o evento espera reunir entre os dias 11 e 16 cerca de 110 mil pessoas.
Bem, como vocês costumam dizer uns para os outros, eu começarei falando A Paz do Senhor. Queria cumprimentar o deputado Vaz de Lima, presidente da Assembléia; o Eduardo Berzin Filho, presidente da entidade que organiza essa exposição; o deputado federal Bispo Gê ; os deputados estaduais Waldir Agnello, José Bruno, José Bittencourt, Lelis Trajano, Gilmaci Santos e João Barbosa; os vereadores Carlos Alberto Bezerra, Carlos Apolinário e Myryam Athie; o presidente da Associação Nacional dos Livreiros Evangélicos, José Nogueira; o Erni Seibert, presidente da Associação dos Editores Cristãos; os presidentes de conselhos evangélicos, meu amigo pastor Jabes Alencar; os bispos e pastores evangélicos aqui presentes.
Eu queria, antes de mais nada, cumprimentar a todos aqui por este evento. É um evento que começou pequeno e tem crescido ano após ano. Este ano, vai reunir cerca de 400 expositores e se prevê que por aqui passarão pelo menos 110 mil pessoas.
Nada mais apropriado, portanto, do que projeto do senador Carlos Bezerra de transformar este evento em uma data da cidade. Quero dizer também que o sucesso desta feira, desta exposição mostra a atualidade da mensagem de Cristo e o espírito profundamente cristão do povo brasileiro.
Há também um lado lateral, mas fundamental, que está associado aos evangélicos do Brasil: é o aumento da leitura, do gosto pela leitura. Os evangélicos promovem isso o tempo inteiro. Portanto, contribuem de maneira decisiva para elevar o grau de informação, de conhecimento da nossa população. Porque leitura significa conhecimento, leitura significa liberdade, porque quem desconhece é prisioneiro e quem conhece é livre.
Esta é uma questão fundamental para os tempos atuais no Brasil. Eu vim agora há pouco do Amparo Maternal, que é uma maternidade daqui de São Paulo, muito antiga, do final dos anos 30. Estivemos lá apresentando os números de declínio da gravidez na adolescência em São Paulo.
De 1998 até agora, caiu aproximadamente 1/3 o índice de gravidez na adolescência: de 148 mil para 100 mil. Mas, mesmo assim, vejam só, 100 mil é um número muito alto, muito alto. 100 mil meninas que têm filhos.
Eu mesmo vi lá uma menina de 14, 15 anos que acabou de ter filho. No Brasil, meninas até 14 anos de idade têm 30 mil crianças por ano. Meninas de até 14 anos de idade. Para que a gente tenha uma avaliação da gravidade, da seriedade deste problema. É um problema, porque a menina vê sua vida interrompida. Tem que deixar de estudar, não tem família consolidada, não vai ter liberdade de escolha.
E eu vinha pensando nisso, até para fazer uma conclamação aqui. Que as igrejas evangélicas mergulhem nesse problema, que nos ajudem nessa tarefa de fazer um trabalho abrangente com os adolescentes. Um trabalho que não é apenas de saúde, é de psicologia, de acolhimento, de esclarecimento.
Esta é uma bandeira muito importante que – eu tenho certeza – nós podemos contar com vocês, pastor Jabes, porque é uma batalha pelo nosso futuro, porque trabalhar com adolescentes significa trabalhar pelo Brasil de amanhã. E eu realmente queria pedir a todos e a todas aqui que fiquem ligados nesse assunto e encontrem as formas de nos ajudar nessa batalha.
Nós temos que aproveitar os valores do cristianismo, não apenas no plano individual, mas também no plano social, para construir uma sociedade mais justa, uma sociedade mais livre, mais equânime, para promover um desenvolvimento que não seja apenas da economia. Mas seja um desenvolvimento das pessoas. Que seja um desenvolvimento voltado para as pessoas.
Essa é a nossa batalha e eu sei que conto com todos os que aqui estão.
Muito obrigado.
