Governador fala aos dirigentes públicos da região de Itapeva

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Dizer da alegria de estarmos aqui juntos. Cumprimentar o prefeito anfitrião, prefeito Cavani, aqui de Itapeva e presidente do consórcio […]

sex, 07/10/2011 - 16h00 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos. Dizer da alegria de estarmos aqui juntos. Cumprimentar o prefeito anfitrião, prefeito Cavani, aqui de Itapeva e presidente do consórcio da região aqui, sudoeste do Estado; o secretário Chefe da Casa Civil, o Sidney Beraldo; o deputado Edson Giriboni, secretário de Saneamento e Recursos Hídricos que, aliás, é daqui da região; nosso líder do Governo, Deputado Samuel Moreira, também aqui da região; secretária adjunta de Gestão Pública, Cibele Franzese; a deputada Terezinha da Paulina, eu não vi a Terezinha. Ah, está lá no fundo. Isso. Terezinha da Paulina, é uma alegria revê-la; a aniversariante de hoje, Cecé, prefeita de Taquarivaí. Ainda pode ter prefeita menor de idade, não é? O vereador Tarzan, Paulo Roberto Tarzan dos Santos, nosso presidente aqui do PSDB, o Júnior, diretor regional aqui do Airplan, pessoa de quem eu quero cumprimentar todos os dirigentes, amigas e amigos.

Uma palavra breve, mas dizer da alegria. Nós estivemos hoje em Barão de Antonina, na divisa ali com o Paraná, cidade muito acolhedora, muito bonita. Depois fomos a Taquarituba, terra da Elzi, que é jornalista, que trabalha conosco. A irmã dela mora aqui. Aliás, tudo lá em Taquarituba é Dognani, não é? Escola, posto médico, Fórum, Casa da Agricultura… E agora Itapeva. Nós vamos dormir aqui, vamos ficar até amanhã. Amanhã, vamos a Taquarivaí, depois vamos a Capão, depois Capela do Alto e aí, já voltando para São Paulo, Salto de Pirapora. E é uma alegria de estarmos aqui na região. Eu diria que essa é uma das regiões mais bonitas do Estado. Uma agricultura extremamente desenvolvida com irrigação, agricultura de ponta, agroindústria, mineração, turismo, que tem tudo para crescer. Então, é uma região extremamente importante. O que é que nós pretendemos aqui? Primeiro, ouvir a região. Então, foram muitas reuniões preparatórias aqui com o consórcio, ouvir a região. Nós vamos anunciar um conjunto de investimentos, R$ 1,5 bilhão aqui na região, parcerias com os municípios, sociedade civil aqui regional. E, vejam bem, amanhã, nós vamos embora.  Ficamos dois dias, mas amanhã vamos embora. Quem fica aqui são vocês. Vocês são o ouvido do Governo, os olhos do Governo, a voz do Governo, as mãos do Governo, vocês são o Governo aqui na região. Então, conhecem a região. Então, primeiro pedido para vocês: sugestões, propostas, ideias, apresentem aos secretários, nos apresentem, inovações, avanços, novos programas, novas realizações. Podem ousar.  A outra, fiscalização. O que verificarem de errado, nos alertem imediatamente, falem com os secretários, falem comigo, ponham a boca no trombone. O que verificar de errado, nos alertem, para a gente corrigir rapidamente e poder fazer um Governo realmente à altura da população de São Paulo, das expectativas, da esperança da população.

Chegou aqui também o Dr. Ulysses Tassinari, nosso deputado aqui da região, aqui da cidade e, outra coisa, é a valorização do serviço público. Meu pai trabalhou 40 anos na Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Então eu vivi bem essa questão. É muito importante trabalhar na iniciativa privada, mas a iniciativa privada objetiva o lucro, alguém ganhar dinheiro. O setor público, ele visa o bem comum, quer dizer, você está ajudando a todos. É uma atividade extremamente relevante, aliás, uma marca civilizatória, porque o Laissez-faire é o grande come pequeno, não precisa Governo. A marca da civilização é exatamente justiça, apoio social, ajudar quem mais precisa, enxergar quem sofre, enxergar quem precisa de oportunidade, apoiar as pessoas que precisam mais. Um dos programas que nós vamos fazer é a erradicação das famílias abaixo da linha da pobreza. São Paulo, que é um Estado, para as dimensões da economia brasileira, um Estado rico, nós passamos a Argentina. São Paulo é hoje o segundo PIB da América do Sul. É Brasil, São Paulo, Argentina, Colômbia e aí vem. Mas ainda temos 300 mil famílias abaixo da linha da pobreza, na miséria, ou seja, um milhão de pessoas. E nós vamos começar o ano que vem, já começamos a lançar hoje a busca ativa, nós vamos começar pelas 100 cidades mais pobres, depois nós vamos chegando na metrópole, chegando nos grandes centros, no sentido de ajudar a população que mais necessita.

E aí vêm os programas, o Via Rápida para o Emprego. Eu vi lá em Taquarituba agora, aliás, muitas mulheres, técnica de vendas. Nós já lançamos, lá tinham 30 senhoras estudando e a gente paga R$ 330 para quem estiver desempregado e sem receber o seguro desempregado. Já começamos com 30 mil vagas, a nossa meta é chegar a 400 mil trabalhadores e trabalhadoras em qualificação profissional. Aliás, em Barão de Antonina, o prefeito, teu colega, Cavani, o Chico, ele dizia: olha aqui está faltando mão-de-obra. Começou a crescer a confecção de roupa, construção civil, agricultura e falta mão-de-obra, quer dizer, mão-de-obra qualificada. Então, a importância das Etecs, Fatecs. Nós estamos trabalhando para trazer a UNESP, que já está, nós trouxemos para Itapeva um segundo curso de engenharia aqui para a região, universidade pública gratuita e muito essa questão da regionalização. O máximo possível fortalecer a região, evitar viajar muito. Tentar melhorar a resolutividade na área social, educacional, pólos técnicos, tecnológicos, universitário, saúde, regionalização, oncologia, aparelhos. Vamos trazer para cá a ressonância magnética, enfim, dar resolutividade, Dar resolutividade da região. E a outra é emprego, é desenvolvimento. Então, nós estamos aí com a agência Investe São Paulo, com o radar ligado nos investimentos. A Duratex, que é um investimento importante aqui do lado, Itapetininga, ia investir em outro Estado. Nós baixamos o ICMS e seguramos. Investimento de meio bilhão, baixamos para 7%. Então, emprego, renda, atividade econômica. A pessoa muda para uma região por causa de emprego e sai de uma região por causa de emprego. É a renda que faz com que a pessoa possa, ela determina a locomoção. Eu fiz um curso uma vez sobre política econômica e mostrava o seguinte: como é que vai estar o mundo em 2020?  Então é um mundo mais rico, a economia cresce, mas é um mundo mais desigual. Quem é pobre, melhora um pouquinho; quem é rico, fica milionário, ou seja, o mundo, a economia cresce, o mundo fica mais rico, mas as desigualdades aumentam. E qual o reflexo disso? Migração. As pessoas se movimentam em busca de oportunidade. Então o sujeito muda de cidade, muda de Estado, muda de país. Veja o Estados Unidos, entre Tijuana e San Diego, na Califórnia, erguendo muro para os mexicanos não entrarem no Estados Unidos. Veja a Europa, não deixando os africanos entrarem na Europa. Então você começa ver, por que? É um mundo mais rico e um mundo mais desigual. Então nós temos que fazer o que? Fazer um grande esforço no sentido de estimular o desenvolvimento de todas as regiões do Estado. Nós não vamos fazer Governo Presente em Campinas, nós não vamos fazer Governo Presente na Baixada Santista, mas nós estamos fazendo e anunciando investimentos maciços, exatamente onde a gente precisa dar um empurrão maior, em temos de economia. Embora essa região já está dando uma grande deslanchada, a gente pode ajudar a acelerar mais e o máximo que a gente puder fazer com o Governo local, com o Governo da cidade, do município, é melhor. O princípio da subsidiariedade. O que o município puder fazer, o Estado não deve fazer e o que o Estado puder fazer, o Governo Federal não deve fazer. Quem está mais perto acaba podendo executar de forma melhor e nós fazemos um trabalho de acompanhamento, de supervisão e de monitoramento.

Mas eu quero agradecer muito, dizer da alegria de estar aqui na região. Abraçar aqui o Cavani, que é um bom prefeito. O Mário Covas brincava, falava: “Olha Geraldo, a salvação do Governo são os engenheiros”. Não sei se é bem isso, mas enfim… Mas ajudam, né? Isso aí era em Guaratinguetá… Não é o Cavani, não, viu? Nem o Giribone. Mas em Guaratinguetá, Beraldo, chega a eleição municipal, e aí o secretário de obras do município era engenheiro. Então laçou lá um manifesto: ‘Guaratinguetá precisa de um engenheiro’. Essa coisa do técnico, não é? Precisa ser técnico. Então, Guaratinguetá precisa de um engenheiro. E a coisa foi pegando. Guaratinguetá precisa de engenheiro, tal, tal. Guaratinguetá, o Rio Paraíba do Sul, ele passa no meio da cidade. Aliás, em Pinda também. Todo Vale do Paraíba, as cidades nasceram ao lado do rio. Piracicaba, Tietê em São Paulo. Então a cidade tá do lado do Paraíba. E uma parte da cidade pulou para o outro lado do rio, a Nova Paraíba. A cidade tem várias pontes sobre o Rio Paraíba do Sul, o rio é muito grande e uma das pontes, era uma ponte metálica, muito antiga, tal. A ponte estalou; deu um estalo. O camarada do carrinho de hot dog que ficava na cabeceira da ponte, muito expedido, ele já correu lá e fechou a ponte por conta dele, e avisou a Prefeitura. E Guará tem umas rádios muito agitadas, aquela rádio ‘boca no trombone’, meio populistas, fortes, disputam a audiência. Aí as rádios já correram lá, correram lá, e “A ponte pode cair. Guaratinguetá vai ficar separa a cidade”. Aquela agitação toda! O engenheiro viu a oportunidade, toda a pré-campanha dele era Guaratinguetá precisa de um engenheiro, já correu lá e quando chegou, as rádios, ao vivo: “olha, o doutor chegou, o doutor chegou, o doutor vai examinar a ponte, o doutor desceu lá para ver o pilar da ponte e tal, o doutor está examinando a ponte, tal, tudo ao vivo, a cores e tal”. Passou uma meia hora, o doutor voltou, deu uma aula de dilatação de materiais. Falou: Olha – explicou no rádio – olha os materiais se dilatam, por isso faz barulho, por isso estala, tal. Ponte liberada. Mais 40 anos. Ah, foguete, comemora todo mundo, doutor liberou a ponte, tal. Isso foi 11 horas da manhã. Três horas da tarde a ponte ruiu, literalmente. A ponte veio abaixo e a candidatura dele junto, não é? Foi tudo rio abaixo. Tanto é que quando a gente vai a Guaratinguetá, tem dois toquinhos assim, de ponte, porque ela caiu no meio. Ficou um pilar aqui perto de uma margem e um pilar na outra margem. Mas esse é engenheiro que não é da Poli, não é? Mas eu quero deixar um grande abraço aqui para vocês e olha, tenham toda a liberdade de sugerir, ponderar, apontar o que está errado. Participem. Participem ativamente, que vão ajudar muito a população de São Paulo. Muito obrigado!