Governador José Serra: Boa tarde a todos e a todas. O Ensino Médio do Centro Paula Souza é o melhor do Brasil, público. Os alunos que estão no Ensino Médio do Paula Souza se destacam. E eu fico feliz que tenha aqui essa oportunidade em 3 cursos técnicos: Contabilidade, Informática e Segurança no Trabalho, gente que vai conseguir emprego, gente daqui. Eu acho que são todos daqui, não é? Não é proibido vir gente de outro lugar não, mas eu acho que a maioria mora aqui em Paraisópolis. À noite, são todos daqui. Agora, mas é sempre assim, o exame é livre, todo mundo pode participar, mas em geral da comunidade é o que tem mais. E mais ainda: desperta interesse para os próximos exames, nos próximos semestres. Isto é que vai mudar a vida das pessoas.
Nós estamos investindo no futuro, vocês concordam? Esse é um investimento no futuro. Quando nós entramos (no Governo de São Paulo), tinha 70 e poucas mil vagas no Ensino Técnico – é muito. Estamos levando para mais de 170 mil em São Paulo. Tudo gente jovem, que vai ganhar uma profissão e depois vê o que faz – mas vai trabalhar e depois, se quiser fazer universidade, fazer outra coisa, mas já tem uma profissão, isso é o mais importante. E não é obrigatoriamente só para os jovens, não. Pode ter gente na casa dos 20, pode ter gente na casa dos 30 e mais – está aberto para todo mundo, porque também é justo dar oportunidade para pessoas se reciclarem e adquirirem uma profissão. E, olha, tem muito espaço ainda para ampliar no futuro. A escola apenas começou agora, depois nós vamos aumentar vagas, isto vai se expandir.
E como disse aqui o (secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo) Alckmin, tem uma FATEC (Faculdade de Tecnologia) perto, no Jaguaré, e vai ter outras FATECs em São Paulo, Faculdades de Tecnologia, em 3 anos forma tecnólogos. Nas ETECs, de cada 5 formados, 4 conseguem emprego logo. Nas FATECs, a cada 10 formados, 9 conseguem emprego logo, inclusive com salário mais alto. Então, nós estamos trazendo futuro.
O Gilberto Kassab (prefeito de São Paulo) já entregou aqui um CEU (Centro Educacional Unificado) e está fazendo um AMA (Atendimento Médico Ambulatorial). Entre saúde e educação, 3 equipamentos. Nós estamos fazendo 8.800 ligações de água e esgoto. É uma coisa que não aparece tanto, mas você sabe como isso é importante para a vida, inclusive para a saúde das crianças. É uma obra invisível, mas que vai estar presente no dia-a-dia de cada um. Construímos moradias, 3 mil por enquanto. Ou seja: estamos transformando isso aqui em um bairro. Paraisópolis está virando um bairro, um bairro dentro da cidade. E o Kassab tem razão, porque logo que eu tomei posse, disse: “Nós vamos atacar de frente os problemas de Heliópolis e Paraisópolis. Eu quero fazer diferença nisso.” E nós fizemos diferença, graças a Deus. Primeiro, trabalhando conjuntamente com o Alckmin, quando era governador, e depois com o (ex-governador Cláudio) Lembo. Depois, eu governador trabalhando diretamente com o prefeito. Isso aí para São Paulo vale ouro. Ouro – Prefeitura e Estado trabalhando juntos. Quem deu o terreno aqui? Foi a Prefeitura. A gente está fazendo essas parcerias por todo canto. Quem é que ganha com isso? Ele, eu, o Alckmin? Não. Ganha a população de São Paulo, especialmente a população mais carente.
Então é isso, é um dia de muita felicidade. Como eu vou deixar o Governo nesta semana, eu disse: “Quero ir a Paraisópolis, de qualquer maneira. Quero ir.” E felizmente viemos para uma coisa tão boa quanto esta, um prédio que vai ficar mais bonito ainda. Porque já está funcionando com os alunos, mas ainda tem mais coisa para fazer refeitório. Vai ter muitas outras coisas aqui. Inclusive é uma coisa que, no âmbito aqui de Paraisópolis, é um prédio bonito, uma coisa que melhora a auto-estima.
Hoje tem também uma outra iniciativa… A gente, quando está no Governo, 90% das coisas que faz as ideias são da equipe, tem algumas que são nossas, e alguma é minha. Uma delas é o curso para Cuidador de Idoso, que é uma coisa fundamental. A minha mãe viveu 11 anos depois que teve um derrame sendo cuidada por 2 moças, que no final eram perfeitas, no carinho, na competência, mas que não tinham nenhum estudo, nada, eu não sei nem se tinham Ensino Fundamental. Então, eu sempre pensei: puxa, tem tanto idoso, pessoa que chega aos 90 anos, 80 e tantos, que tem algum problema de saúde, como um derrame e tal, precisa ter alguém treinado cuidando, porque hoje a família… a garotada estuda e mulher trabalha fora. Não é mais como antigamente, que as mulheres ficavam em casa, donas de casa. Hoje uma parte grande das mulheres trabalha. E elas são que ficavam em casa cuidando dos mais idosos. Então, fazer esse curso para cuidador de idosos.
A Linamara (Battistella, secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência) pode dizer melhor. É (duração de) 1 ano e meio, não é? Agora, quem já é auxiliar de enfermagem, por exemplo, é 6 meses para se especializar, 400 horas de curso, que não é nada do outro mundo – 400 horas. Agora, emprego garantido. Quem fizer esse curso tem emprego, porque a coisa que mais falta em São Paulo, vocês podem acreditar, é gente preparada para cuidar de idoso. E aquela coisa que a gente chama de pirâmide geracional demográfica tem mudado. As pessoas estão vivendo mais, cada vez mais tem mais idosos e menos crianças, relativamente. Porque o crescimento populacional está diminuindo. Antigamente tudo quanto é família tinha 4, 5 filhos, hoje já é pouca gente. Mas vai diminuindo e os idosos vão aumentando, porque vão vivendo mais. Então, essa é uma bela profissão. E eu queria aqui dar os meus parabéns à Linamara e à nossa Laura Laganá (diretora-superintendente do Centro Paula Souza).
Por que a Linamara, pessoas com deficiência? Porque os idosos terminam tendo, a maioria, uma deficiência física, de locomoção, no final. Por isso – aliás, não só por causa dos idosos – é que nós fizemos uma rede de hospitais de reabilitação, tem um que é aqui perto, Rede (de Reabilitação) Lucy Montoro, só para treinar, melhorar as pessoas que têm problema de mobilidade, físico, que fazem fisioterapia, fisioterapia, fisioterapia e atendimento. Eu vim agora de uma inspeção em uma linha de Metrô que vai ter a ver com vocês aqui, porque é uma linha que passa pelo Morumbi – vem da Vila Sônia, Morumbi, Faria Lima, chega à Paulista, vai até a Estação da Luz. As estações da Paulista, da Faria Lima já estão prontas, a linha já está andando, é só agora ver procedimento de segurança. Mas vai ser toda… e até o final do ano inaugura boa parte dela. O que é que tem lá? Tem tudo para os deficientes físicos, tudo. Elevador, chão para quem não enxerga andar, se orientar, tem tudo, acessibilidade 100%. Por quê? Porque nós estamos no Governo para servir à população. Governador, secretário e prefeito são servidores. Nosso time vai para o Governo não é para curtir o poder, é para servir ao povo, e dentro do povo a gente tem obrigação de servir aqueles que estão mais para trás, os mais necessitados, esse é o trabalho do Governo. E isso é o que, graças a Deus, nós fizemos, temos feito, e vamos continuar fazendo em São Paulo.
Muito obrigado, obrigado de coração.
