Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos. É uma satisfação estarmos juntos aqui no hospital do Grajaú. Cumprimentar a professor Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde; deputado federal, Júlio Semeghini, secretário de Planejamento; Ivette Rizkallah, presidente da Sociedade Beneficente Senhoras do Hospital Sírio Libanês; Dr. Gonzalo Vecina Neto, superintendente corporativo de Sírio Libanês; Dr. Sérgio Fernando Rodrigues Zanetta, superintendente executivo do Instituto de Responsabilidade Social, do Sírio; Dra. Josilene Batista Pereira, diretora aqui do hospital; Dra. Ivanilda Marques, coordenadora municipal de saúde da região Sul; colegas aqui da área de saúde, profissionais de saúde, amigas, amigos, lideranças aqui da comunidade; é uma grande alegria.
Eu me lembro quando o Mário Covas veio aqui ao Grajaú para retomar as obras, e nós tínhamos muitos prédios de hospitais paralisados, e esse foi uns dos primeiros a ser retomados aqui no Grajaú, e já contemplado no modelo de Organização Social, e a OS parceria foi, como lembrou o Dr. Messina, a UNISA, a Universidade de Santo Amaro. Me lembro com muito carinho e saudade da Dra. Cristina, que foi diretora da faculdade de medicina da UNISA, e é uma grande entusiasta. Depois fizemos o AME Interlagos, e nós estamos falando de grandes equipamentos de saúde. Estava vendo que o hospital de Grajaú fez no ano passado 311 mil, 16 mil internações; é quase uma cidade média que foi internada; quase 4 mil cirurgias, 254 partos, 742 mil exames; um grande hospital, perto de 300 leitos. E o AME também é importantíssimo, uma referência aqui para a região, pois nós temos 25 especialidades para atendimento, e o hospital de retaguarda para a região. E ficamos felizes de assinar hoje um convênio, um contrato, por cinco anos, com um Instituto de Responsabilidade Social do Sírio Libanês.
Queria aqui agradecer ao professor Giovanni e à Dona Ivette Rizkallah por essa parceria, pois é uma grande alegria nós podermos ter aqui, para trabalhar conosco, como parceiro, uma instituição que hoje está entre os melhores hospitais do Brasil, da América Latina e no topo da medicina mundial. Estamos trazendo aqui o que há de melhor para a gente poder avançar e proporcionar qualidade ao nosso atendimento do SUS. Além disso, uma boa referência em termos de gestão, por que além da nossa consultoria, que nós estamos contratando para todas as OS’s aqui será contratada pelo Instituto de Responsabilidade Social do Sírio, uma consultaria própria. Então nós vamos ter uma referência para todos os serviços de saúde do estado. E ensino: atividade de saúde é eminentemente uma atividade das pessoas. A questão da formação é fundamental, e por isso que hoje o segredo de um profissional é procurar se qualificar melhor, no caso os médicos, a residência, etc. Eu tive residência em Barretos, e estava vendo lá que eles montaram um centro de robótica, e o Giovanni foi lá conosco, além de um centro de cirurgia laparoscópica. É gigantesco. São cinco centros, o núcleo tem na França, na Europa, China, na Ásia, e na América Latina, em São Paulo e lá em Barretos. Você treina como operar por laparoscopia, você está olhando a televisão e está operando ali. E opera esse treinamento em porcos; então. Essa falta de capacitação fez com que há uns 20 anos, em Nova York, a cirurgia laparoscópica fosse proibida, porque houve tanto acidente no começo, mas tanto acidente, que acabaram proibindo. Então, a questão da formação, da qualificação, é permanente.
Quando fiz medicina não existia tomografia, não existia ressonância magnética, não existia computador. As mudanças são muito rápidas, e a gente tem que estar sempre se atualizando. Então, trazer uma instituição com essa expertise, sob o ponto de vista de ensino, é um grande ganho para a gente poder ter aqui por falta da excelência no atendimento. Nós estamos muito felizes. Como médico é uma alegria poder celebrar aqui esse casamento entre o Sírio Libanês e o Hospital do Grajaú, sendo um instituto de responsabilidade social.
Quero agradecer ao professor Giovanni. Nós temos um enorme desafio de oferecer o melhor para a população, e os resultados a gente colhe permanentemente. São Paulo, que tinha 25 mortalidades infantis por 1.000 nascidos vivos, hoje tem apenas 11. Nós estamos ali entre os menores índices de mortalidade infantil do país, com o pré-natal, com a boa excelência, com a neonatologia, com a educação, com o cuidado, com a família, com o programa de saúde da família e a expectativa de vida subindo. Quer dizer, nós estamos vivendo mais e vivendo melhor. Eu tenho uma colega que é médica, eu tenho 59 anos e ela é um ano mais velha do que eu, tem 60. Nós fomos colegas de ginásio, de cientifico e de medicina; ela um ano na minha frente. Ela é da sexta turma, eu era da quinta turma. Sempre foi com uniforme. Um dia desses encontrei com ela, ela com 60 anos agora, e falei: “está tudo bem?”. Ela falou: “não, estou revoltada”. Falei: “o que houve?”. “Abri hoje o jornal hoje e estava: idosa atropelada. Fui ver a matéria: idosa. A menina tem 60”. Mudou tudo, nós vivemos em outro mundo. Aliás, a melhor definição de idoso que eu vi e é seguinte: quem é idoso, quem tem dez anos a mais do que nós, você que tem 20 e passou dos 30 já é meio coroinha, não é? Quando chegar aos 30, passou dos 40, não é? Quando chegar aos 59 já vai para os 70 e você vai pulando. É sempre 10 a mais do que nós. E o mais importante: viver mais e com qualidade de vida. Temos desafios. Ficou caro, porque a medicina ficou muito sofisticada, então ficou caro. Você precisa fazer um esforço de gestão para poder oferecer o que há de melhor de graça para a população através do SUS e com qualidade. Mas eu quero deixar um grande abraço aqui a todos. Desejar um ótimo trabalho, a todos vocês, e dizer da alegria de voltar aqui ao Grajaú. Parabéns a todos.
