Governador discursa na entrega de novos trens da CPTM

Governador José Serra: (A melhoria na infraestrutura) vai servir basicamente aos trabalhadores. Gente que vive do seu trabalho, vive apertado, está melhorando de vida, e que vai ganhar mais tempo […]

ter, 16/03/2010 - 17h26 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: (A melhoria na infraestrutura) vai servir basicamente aos trabalhadores. Gente que vive do seu trabalho, vive apertado, está melhorando de vida, e que vai ganhar mais tempo e mais conforto. Tempo para o lazer e para mais trabalho. Depende de cada um. É uma transferência de renda. Isso às vezes a oposição aqui de São Paulo, que tem falta de assunto, finge não entender. Melhoria de transporte coletivo é dinheiro no bolso, visível ou invisível, para as pessoas. Porque é mais tempo e é o conforto. E para isso nós estamos trabalhando como nunca.

Nunca se fez tanta obra, tanta inovação, (nunca) se trouxe tantos equipamentos, novos ou reformados, como neste período. Nós nos dedicamos até, este foi um dos anúncios aqui de hoje, à vedação das linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Antigamente passava por lugares despovoados, ficava em aberto. Hoje não, hoje é tudo área urbana densa.

Nós gastamos quase R$ 100 milhões, dinheiro do tesouro, para fazer esses muros que vocês viram aí no filme. Isso é mais segurança, menos feiúra, mais cuidado, melhora meio difusamente a auto-estima pelo equipamento público. O trem tem que andar cercado, não pode ser uma coisa a céu aberto. Para vocês terem uma idéia da prioridade que nós damos a isso, nós pusemos dinheiro do tesouro nisso. Cem milhões de reais dava para fazer muita coisa visível, que pudesse render mais votos. Mas nós não (fizemos isso).

Nós pusemos dinheiro em uma obra que quase não se vê, exceto os usuários, (mas) que depois de uma semana, acham que sempre teve esse muro lá, porque se acostuma muito rapidamente. Mas isso é importante para a segurança, isso é importante para a qualidade do transporte porque protege também o trem, porque fica mais difícil atirar coisa na direção do trem.

Esta é uma iniciativa que foi bem mostrada aqui, no filme. Outro aspecto é o da PPP (Parceria Público Privada) propriamente dita. Linha Diamante. Esta Linha Diamante oito vai até (a cidade de) Itapevi, passa por Osasco.

Qual é a PPP? A PPP implica em um gasto, em um investimento por parte das empresas de 1,8 bilhões de reais. Elas vão fornecer 36 trens novos, é o que tem de mais moderno. Estamos assinando contrato. Qquando a gente vê os ganhadores, eu fiquei sabendo aqui, são produtores de trens, como a CAF (Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles, empresa espanhola).

E mais: está produzindo, eu espero em Hortolândia, porque queremos gerar empregos aqui. Esta foi, eu não diria uma exigência formal, mas uma exigência não formal do Governo do Estado, que os equipamentos fosse feitos o máximo possível dentro de São Paulo. E o prefeito de Hortolândia é do PT (Partido dos Trabalhadores), é o maior sortudo que eu conheço nessa matéria, porque ganhou uma indústria incrível. E nós não colocamos nenhum obstáculo para que a empresa não investisse lá, pelo contrário.

Agora, mais do que comprar os trens, é que vai ter manutenção por 20 anos. A gente sabe que em matéria de serviço público o importante não só o investimento, o importante é a manutenção. Porque um investimento bom, sem manutenção, (depois de) um, dois anos está perdido. Isso vale de estradas, para escolas, para hospitais, para trem. No caso, é uma providência, eu diria, tão preciosa, quanto o nome da linha (Diamante), porque vai ficar sempre funcionando muito bem. Se não ficar, de quem vai ser a culpa? De vocês, do consórcio. Se ficar, de quem é o mérito? Do Governo (do Estado), claro, que fez o contrato.

Mas eu acho realmente uma coisa auspiciosa. Não vou aqui me referir a outras linhas que tem novidades também a esse respeito, vamos ficar nessa. Mas todas estão sendo objeto de investimento. Qual é a idéia? É transformar a CPTM em padrão metrô, trem da CPTM, não tem porque não ser assim. E é um metrô barato, porque não implica desapropriações, não implica terraplanagem. A linha já está lá. Às vezes precisa trocar trilho, não é assim, tem que por sistemas e tudo mais, tem um bom investimento. Mas muito inferior ao do metrô, até porque o espaço que é um custo alto, o túnel que é custo elevadíssimo, fica de lado. Tem alguma da CPTM que tem túnel, pequeno trecho de Guaianases, mas no geral já tem a linha aberta, a cidade já se organizou em torno disso.

Até o final deste ano, nós esperamos ter 99 trens novos, no esquema do metrô. Metrô e CPTM, 99 aqui em São Paulo, dos 107 comprados. É o maior investimento já feito na história de São Paulo e na história do Brasil. E olha, trem novo implica várias coisas: conforto, orientação e acessibilidade para deficientes físicos, mais segurança e também mais rapidez. Porque o trem novo está acoplado a um sistema novo e vai permitir o aumento da freqüência. Essa é a maneira de se carregar mais passageiros, frequência maior, menos tempo entre passar um trem depois do outro. E isso exige investimento.

Portanto estamos também ampliando a quantidade de pessoas transportadas por trilhos. Trilhos são a solução definitiva para o transporte dos que vão trabalhar, ou dos que tem menor renda. (E para) Automóvel? Caminhão? A gente faz obras como o Rodoanel; melhorando a Marginal, fazendo a nova marginal; a perimetral lá no Morumbi; a Jacu-Pêssego na zona leste. A gente vai fazendo. Agora, não há cidade do planeta e do universo que tem automóvel que ande a toda velocidade, isso não existe, até porque o automóvel, se está vazio, as pessoas andam mais, mas é uma outra questão. Porque  quem vai trabalhar, vai para escola, vai um atendimento de saúde pode ir por trilho, isso é uma grande melhoria na sua vida. E a questão do automóvel que a gente vai melhorando, vai dependendo a decisão de cada um.

Essa é um pouco a perspectiva que nós temos mais para diante. Até porque, por exemplo, no caso do Rodoanel nós já vamos deixar equacionado o trecho leste do Rodoanel, financiado pelo trecho sul. E, portanto, nós já vamos ter uma ferradura, não terminada neste ano, mas uma ferradura encaminhada. Deixar licitação pronta em um bom projeto já uma coisa extraordinária, porque em geral demora um, dois anos para se fazer, portanto deixar engatilhado, já deixar deflagrado tem uma importância enorme.

E mais ainda, tem uma outra coisa, que é a ação para reformar trens. Aquele trem lá é reformado, e vocês viram no filme como é que é reformado, fica a carcaça toda, e tudo é refeito, também com melhores condições de segurança, de conforto, de acessibilidade. Aí neste caso são 98 trens, e nós já reformamos 36 desde que começou o Governo. É só do metrô, é toda a frota do metrô, alguns desses trens existem desde década dos 70. Nós resolvemos fazer investimento intensivo, em que sentido? Não apenas expansivo, mas também para melhorar aquilo que já estava funcionando, dando melhores condições operacionais. E deixamos o futuro também, futuro de uma década praticamente, preparado em matéria do enfrentamento do problema, que é o número um de quem mora na região da grande São Paulo. É o denominador comum, pega todas as classes, que é o transporte. Transporte para ir de um lugar a outro. E este problema está sendo enfrentado de maneira estrutural e definitiva.

Meus parabéns à Secretaria de Transportes Metropolitanos e meu muito obrigado a todos vocês!