Governador José Serra: Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas – e dizer da minha satisfação de vir aqui a Olímpia. Estamos realmente nos esforçando muito para colocar São Paulo em sintonia com o seu desenvolvimento – e em sintonia com aquilo que tem de mais valioso no nosso País, que é a juventude. Porque quando a gente fala do Brasil de amanhã, são os jovens de hoje. E nós estamos fazendo um programa incrível, realmente, na área do Ensino Técnico e do Ensino Tecnológico (gratuitos) em São Paulo. Esta ETEC (Escola Técnica) se soma a dezenas de outras e a dezenas de outras expansões também – é o crescimento das ETECs. De maneira que nós vamos conseguir, em São Paulo, elevar de 70 e tantos mil alunos em ETECs para mais de 170 mil vagas no Estado inteiro. É aumentar 2 vezes e meia. O curso de um ano e meio, que é feito muitas vezes junto com o Ensino Médio, habilita a garotada ou as pessoas – porque muitas vezes tem adultos também – para o mercado de trabalho.
Esse é um tipo de investimento, é um tipo de iniciativa que ajuda a desenvolver São Paulo, ajuda a desenvolver o Brasil – e abre oportunidades para os jovens. Porque eles, inclusive, vão melhorar o seu rendimento no Ensino Médio – sempre acontece isso quando o aluno está fazendo uma ETEC – e vão também ter uma profissão e uma visão mais clara a respeito do mercado de trabalho. Eu mesmo, quando jovem, fui cursar Engenharia. Tinha 17 anos, não era a minha grande vocação, fui só porque era bom de Matemática. Depois, acabei virando para Economia, já na pós-graduação – porque às vezes a gente entra muito novo e não conhece o mercado de trabalho, não conhece a verdadeira vocação. E a ETEC ajuda muito nessa direção.
Para vocês terem uma idéia, o dado que o (secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo) Alckmin estava me dando na região de Barretos – não estou incluindo a de Rio Preto – …nós elevamos as vagas das ETECs, até agora, de aproximadamente 1.200 para 2.700. É incrível, realmente. Isso sem contar a região de Rio Preto – não sei se a Laura (Laganá, diretora superintendente do Centro Paula Souza) tem os dados da região de Rio Preto. Mas é um aumento extraordinário, que vai muito além do aumento do número de escolas como esta, que é uma escola nova, que já tinha um curso de extensão. É ampliação, o investimento nas escolas que já existem e que são também unidades de ensino regionais. Claro que, em geral, a maior parte dos alunos são da cidade onde estão as escolas, mas há uma atração regional também para isso, que a gente vê com muita clareza nas visitas a todas elas.
Paralelamente, nós estamos expandindo também bastante as Faculdades de Tecnologia. Eu encontrei 26 escolas, o Alckmin deixou 26 – tinha encontrado 9, quase triplicou – e nós duplicamos as FATECs no Estado de São Paulo. A meta era de 26 para 52. Já temos 50 – ou seja, a meta provavelmente, inclusive, vai ser ultrapassada. As FATECs são outra coisa: curso universitário, curso de 3 anos, que forma tecnólogos altamente especializados. Durante a viagem, o Alckmin me passava uma reportagem da revista Exame sobre uma FATEC em Pompéia, que forma especialistas em Agricultura de Precisão. O sujeito fica lá – o homem ou a mulher – 3 anos em cima dessas disciplinas que giram em torno da Agricultura de Precisão, sai especialista qualificadíssimo. Nove em cada 10 formados de FATECs conseguem emprego, como 4 de cada 5 formados nas ETECs.
Portanto, Olímpia agora entra em uma outra categoria, de cidade que também é uma cidade avançada em matéria de treinamento. E o prefeito (Geninho Zuliani) mostrava aqui a importância que isso vai ter para o desenvolvimento do Município, e também com efeitos sobre o resto da região. Olímpia talvez seja a única cidade que se beneficiou de um programa maluco que houve no passado, de procurar petróleo no interior de São Paulo – a famosa Paulipetro, que deixou na época do (ex-governador Franco) Montoro 400 milhões de reais de dívidas em dólar… em dólar atual para lá de um 1 bilhão de reais… uma coisa que foi se arrastando por muito tempo. Mas o fato é que aqui foram furar – não sei se estou enganado, prefeito – foram furar para pegar petróleo e saiu água quente, não é? E aí se desenvolveram as termas que fomentam o turismo. Não é a única razão, mas é uma razão importante para o turismo.
E, nós estamos, como mencionou o prefeito, dando vários apoios importantes. Talvez o mais significativo venha ser este do Água Limpa, que é um programa que foi iniciado na gestão do (ex-governador Geraldo) Alckmin e que nós desenvolvemos – inclusive expandimos – nos últimos anos. O Água Limpa vai a Municípios menores, que têm companhias próprias de água e saneamento, não são da SABESP (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo), e põe recursos a Fundo Perdido. Aqui em Olímpia tem um problema dramático, que inclusive polui, o rio Turvo que só tem 20% de esgoto tratado. Com este projeto que nós vamos desenvolver, vamos chegar a um tratamento próximo já nas vizinhanças do 100%. E este é um investimento invisível, porque Estação de Tratamento de Esgoto fica longe, as canalizações (ficam) por baixo da terra, não se vê. Mas se sente no cotidiano da vida da cidade, sem duvida nenhuma, e também no meio ambiente como um todo, e na saúde das pessoas. Aqui são (investidos) 17 milhões de reais no Água Limpa.
Agora, ainda está faltando a licença ambiental – por isso é que não começou. Não se pode fazer mais nada hoje, em São Paulo e no Brasil, mas em São Paulo principalmente, sem licença ambiental. É possível que aqui ou ali haja exagero, mas é também fundamental nós resguardarmos o meio ambiente em todas as obras públicas que são feitas. Mas só esta faltando isso, a licença ambiental. E o Geninho, na gestão dele, vai poder inaugurar essa obra, que vai marcar também uma nova etapa no desenvolvimento da cidade.
Ele mencionou também a questão das vicinais. Eu tenho a impressão de que (na relação) quilômetro por habitante Olímpia é a cidade que mais teve, ou mais tem e mais terá, investimentos em vicinais, seja na recuperação, seja nas novas. E, inclusive, com o acréscimo do programa Melhor Caminho, que são estradas de terra muito boas feitas pela Secretaria da Agricultura, pela CODASP, a Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo, que cuida de estradas de terras que são fundamentais – e pequenas estradas para comunicar os produtores com os mercados, com as estradas mais importantes. Aqui, em matéria de vicinais, nesta região, mais amplamente incluindo Rio Preto, nos programas 1,2,3 e 4 de vicinais, são cerca de 3 mil quilômetros. São 300 trechos a um custo de 760 milhões de reais. Não é pouca coisa – e isso ajuda a região como um todo, a Agricultura, as pessoas que se deslocam, as produções, mesmo industrial, e a segurança, acima de tudo, no transporte rodoviário. Aqui tem 102 quilômetros e 51mil habitantes. Dois quilômetros por habitante. Pode ser que tenha algum Município menor, que tenha… Mas o índice é altíssimo.
Bem, mas também na área da Habitação nós fechamos aqui… aqui há uma oferta de cerca de 300 moradias do nosso Governo… e já fechamos 120, se eu não me engano, 109 que já tem terreno. Aí, o que as Prefeituras têm que fazer é oferecerem o terreno. É a maneira de a gente fazer a parceria, uma moradia já subsidiada inclusive, no valor da construção. Aqui provavelmente serão casas e não prédios. Portanto, temos ai que apressar a definição do resto para poder ampliar essa oferta.
Se eu tivesse que resumir tudo em apenas dois números, eu diria o seguinte: nós temos aqui cerca de 56 obras e ações desenvolvidas. Ações incluem vários programas, e são cerca de 36,7 milhões de reais (investidos) nesta cidade. Nos aproximamos, ainda falta um pouco, está quase 1.000 reais por habitante. Portanto, é uma cidade à qual nós estamos dando apoio. Mas, o mais importante não é eu registrar isso, o apoio que o Estado tem dado – o mais importante é registrar que todo o apoio aqui é muito bem aproveitado pela cidade, muito aproveitado pela região, pelo nosso Estado e, portanto, pelo nosso País.
Muito obrigado!
