Governador discursa na Câmara Municipal

Geraldo Alckmin, governador: Praticamente sem parada, vamos ter duas linhas simultâneas. No Metrô, foram entregues seis estações da Linha 4, entregues pelo Serra, pelo Goldman e por nós, e agora […]

seg, 03/10/2011 - 20h00 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin, governador: Praticamente sem parada, vamos ter duas linhas simultâneas. No Metrô, foram entregues seis estações da Linha 4, entregues pelo Serra, pelo Goldman e por nós, e agora vamos entregar mais seis, que é Higienópolis/Mackenzie, Fradique Coutinho, Oscar Freire, São Paulo/Morumbi, Vila Sônia, e pela primeira vez o Metrô sai de capital, até Taboão da Serra. Na Linha 2, nós fizemos Chácara Klabin até Imigrantes, depois foi para Ipiranga, Sacomã, Vila Prudente e já está em obra para Oratório, para Sapopemba, São Mateus, até a Cidade Tiradentes. Depois nós temos a Linha 5, que está parada em Santo Amaro, vem do Capão Redondo, na época do Mário Covas, até Santo Amaro, e nós vamos ter mais 14 estações chegando até também Chácara Klabin, passando por 11 hospitais, praticamente, a Linha 5, toda ela em obra. Quero saudar aqui o governador Goldman, dizer da alegria de ter conosco aqui dois governadores, Goldman e o Serra. Além disso, a Linha 6, ela vai ser licitada, que é a linha que vem lá de Brasilândia, Freguesia do Ó, para São Joaquim.

A Linha 17 já está em obras. Ela sai do Aeroporto de Congonhas, vem para o Morumbi, cruza com o trem na Marginal do Rio Pinheiros. Enfim, um investimento recorde que nós teremos na área de mobilidade urbana, R$ 12,5 milhões. As duas alças para fechar o Rodoanel Mário Covas, Asa Leste já está em obra, fica pronta em 30 meses, sob concessão, e a Asa Norte está em licitação, ela deve ter início agora no comecinho do ano, aí encerra o Rodoanel Metropolitano, ligando o mais importante aeroporto, que é Cumbica, com o mais importante porto, que é o Porto de Santos. Nós teremos também, na área de saneamento, investimentos, com coleta em tratamento de esgoto, chegaremos a 84% de esgoto tratado na região metropolitana e 87% de esgoto coletado. Então, um grande ganho em termos de saúde, e um esforço grande no Pinheiros. No Pinheiros, o Zé Aníbal, lá na EMAE, já tirou eu acho que uns 800 metros cúbicos, nós vamos fazer um grande desassoreamento, e no Tietê. E o Parque Várzeas do Tietê, que o Serra encaminhou para o BID, e nós vamos executar, recompondo as várzeas do Tietê, entre a Barragem da Penha até Córrego Três Pontes, lá em Itaquaquecetuba. Já está licitado o Jardim Metropolitano: quem chegar em Cumbica, entra em São Paulo e sai de São Paulo com um jardim de cada lado, com arbustos, grama rasteira, flores das quatro estações do ano e árvores da Mata Atlântica. Vai ficar muito bonito esse Jardim Metropolitano, que é o projeto do Ruy Ohtake e cumpre também a função básica de recuperar as várzeas do Rio Tietê. A primeira etapa até Itaquá, depois nós vamos até Salesópolis. Na questão da habitação, acabamos de lançar a Agência Habitacional com o Fundo de Habitação e Interesse Social para cobrir o subsídio das famílias de menor renda e o Fundo Garantidor. Só no centro expandido de São Paulo, a meta são 10.000 unidades, e 40.000 unidades para os funcionários públicos do estado. Nós damos a Carta de Crédito e cada um compra o seu apartamento, compra a sua casa, as famílias de até R$ 3.100,00 de renda familiar, então um programa habitacional importante, além da legalização das comunidades.

Na área da Educação o esforço é para expandir as ETECs, São Paulo já tem 40 ETECs, uma expansão grande. As FATECs, as Faculdades de Tecnologia, vamos ter um grande pólo educacional lá em Itaquera, do lado da estação do Metrô e do estádio, um pólo importante reunindo o Via Rápida, a ETEC e a FATEC. A USP-Leste está com dez faculdades, está sendo estudada Engenharia da Poli, para levar também engenharia lá para a zona leste de São Paulo. A Jacu Pêssego encontrando com o Rodoanel, nós vamos pode dar um grande impulso à questão também da região leste da capital. Na questão do Desenvolvimento Social, fizemos o programa para em quatro anos São Paulo erradicar a miséria. Nós vamos começar agora, no mês que vem, a chamada Busca Ativa, município por município identificar as pessoas, as famílias com agenda social para melhorar a vida dessa população. Enfim, a área de Saúde, eu fiquei feliz, porque a The Economist fez uma matéria, no mês passado, falando das dificuldades da saúde no Brasil, um verdadeiro caos, ocasionado pela falta de correção da tabela do SUS e falta de financiamento, e disse: “Há uma exceção. Existe um hospital de referência internacional que é o ICESP, o Instituto de Câncer do Estado de São Paulo”, o ICESP, ali na Dr. Arnaldo, aquele prédio que ficou 15 anos praticamente fechado, hoje é um belíssimo hospital do câncer, aliás, o PSDB fez, na época do Mario Covas, nós fizemos 26 hospitais novos, além dos AMEs, além da Rede Lucy Montoro, que o Serra iniciou e deu grande impulso, além dos demais programas fundamentais.

José Serra, ex-governador: É que nós começamos as AMAs, quando eu estava na Prefeitura, as primeiras AMAs, o Estado botou dinheiro, lembra disso?

Geraldo Alckmin, governador: Começamos com o Serra, o Serra prefeito e eu governador, as AMAs, o Hospital de Cidade Tiradentes, O hospital do M’Boi Mirim. Eu queria também destacar um programa importante, que, aliás, começou quando o Marcos Mendonça era secretário da Cultura, que agora o Andrea está acelerando bastante, que são as Fábricas de Cultura. Já temos três inauguradas, e em bairros de grande vulnerabilidade juvenil. Então, importante para a inclusão social, diminuir a violência, levar música, estudos, literatura, artes, enfim, teatro, cinema. São belíssimas, as Fábricas de Cultura, financiamento também do BID, do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

José Serra, ex-governador: Geraldo, é muito relevante, que ao longo dos anos a gente mesmo faz questão. Bilhete Único, que eu falei aqui. O Bilhete Único foi prometido na campanha de 2004 por mim, na verdade era você que tinha que cumprir, e foi cumprido, levar para o Metrô, está certo? Isso tem um peso enorme.

Geraldo Alckmin, governador: Se nós formos verificar, os grandes investimentos foram todos na área de social: é transporte de alta capacidade, qualidade, saneamento, escolas, ensino técnico, tecnológico, hospitais, AMES. Esses foram os investimentos. Isso é social-democracia, social-democracia é pôr orçamento, é priorizar aquilo que realmente melhora a vida das pessoas. Mas eu queria cumprimentar o Júlio pelo seu trabalho na presidência da executiva, destacar a importância da nossa militância. Não existe partido político sem militância. Pode ter um corolário de boas intenções e um agrupamento de pessoas, mas partido político tem que ter programa, tem que ter visão de mundo e tem que ter time em cada canto da cidade e do país, militância para ter partido. Por isso, venho aqui trazer um grande abraço aos nossos companheiros e companheiras. Sinto um enorme entusiasmo. Não é fácil a política do Brasil, esse quadro que nós vivemos, mas principalmente por isso, nós temos que estar unidos. O nosso partido nasceu para fazer a diferença e fez a diferença, mudou o país. Hoje, muitos dos frutos desse Brasil que nós estamos vivendo começaram conosco, com o Governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, que mudou o país. Aqui em São Paulo, o Estado não tinha dinheiro para pagar salário e sem aumentar um imposto, pelo contrário, reduzindo a carga tributária, recuperou a sua capacidade de investimento.

Então, é com enorme alegria que venho participar desse encontro aqui na capital de São Paulo. Obrigado. Nós vamos repassar ao Júlio, mas eu queria, ao encerrar dizer a vocês que nós já mandamos o projeto de lei, aqui está o líder do Governo, o Samuel Moreira, já está o projeto de lei na Assembleia Legislativa, vai ser votado nessa semana, retroativo a 1º de julho. Mas eu queria dizer a vocês. Eu estava lembrando aqui o seguinte: o PSDB nasceu em 1988, e eu me lembro de uma viagem que nós fizemos ao Vale do Paraíba quando nasceu o partido. Então, fomos a São José dos Campos, Taubaté, à capital, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Cruzeiro, e a última sempre sofre, porque vai atrasando um pouquinho em cada uma, e eu estava no carro com o Serra, nós chegamos em Cruzeiro, mês de julho, um frio, Goldman, mas um frio, não tinha ninguém na rua, aquela cidade deserta, dez horas da noite, a reunião era às oito horas. Aí chegamos na Câmara, eu falei: “eu acho que não vai ter ninguém”. E realmente, tinha três pessoas, e nós oito para fazer discurso. Então, combinamos o seguinte: “ninguém fala, só o Montoro”. E o Montoro foi à tribuna então. Três na plateia, possíveis tucanos do futuro. Dos três, um dormia. Aí o Montoro não teve dúvida, olhou para o que dormia, e falou: “e é o entusiasmo de vocês que nos motiva, nos estimula”. Dá-lhe tucano.