Governador discursa na Associação Comercial de São Paulo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos, cumprimentar o nosso vice-governador o Guilherme Afif Domingos, prefeito da capital Gilberto Kassab, Rogério Amato – presidente da Federação da […]

seg, 12/12/2011 - 18h00 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos, cumprimentar o nosso vice-governador o Guilherme Afif Domingos, prefeito da capital Gilberto Kassab, Rogério Amato – presidente da Federação da Associação Financeira de São Paulo, Senador Jorge Bornhausen, coordenador do Conselho Político, vice-presidente o Senador Maciel, ministro José Jorge, nos alegra muito aqui com sua presença, Tribunal de Contas de União, Senador Heráclito Fortes, ministro Guilherme Palmeira, ministro Pimenta da Veiga, ministro Roberto Macedo – coordenador do Conselho de Economia, líder da Câmara Federal do PSDB o Duarte Nogueira, Andrea Kallab – secretário de Estado da Fazenda, amigo Roberto Brant… Aqui conosco, o nosso colega de Constituinte, Alencar Burt, presidente do Conselho do SEBRAE, Natanael Miranda dos Anjos – secretário Municipal do Micro Empreendedor Individual, José Paulo Dorneles Cairole, presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil, Iris Granda da Silva Martins, membro do Conselho Superior, Dorival Dourado – presidente da Boa Vista Serviços, querido Osmar Santos, nos alegra muito aqui com a sua presença, vejo aqui também nossos ex-secretários, Rui, João Sampaio, Ramalho da Sociedade Rural Brasileira… Aliás, essa questão de citações, Marco Maciel, diz que tinha um prefeito Bornhausen, que fazia muitas citações, senhor presidente, senador, governador, deputado, prefeito, aquilo era infindável, e o governador com pressa: “Prefeito, economia processual, só duas, vai numa escola professores e alunos, vai num hospital, profissionais de saúde e pacientes, vai num local com muita gente senhoras e senhores, olha, duas ganhar tempo hein, economia processual”. Passados uns meses o prefeito teve uma solenidade no cemitério municipal, o secretário trouxe aquele pacote de fichas aí ele pensou, pensou: “Meus conterrâneos e meus subterrâneos”.

Amigas e amigos, agradecer o convite, alegria de vir aqui com meu filho Geraldinho, que mora do México, que trouxe os gêmeos aqui para matar a saudade. Agradecer o convite Rogério Amato muito feliz e honrado quando o Afif, o Kassab, Bornhausen e o Rogério Amato nos convidaram uma palavra telegráfica, mas fazendo uma síntese aí do atual estado da arte no momento de incerteza da economia mundial onde só há um caminho que é reforçar ainda mais o trabalho, criar mais oportunidades para poder avançar; eu preparei aqui meia dúzia de telas mostrando um pouco o quadro do Estado e vou rapidamente aqui passar.

A primeira mostra o tamanho da economia paulista. Eu sempre dizia, alguns anos atrás, que nós tínhamos o tamanho da Argentina, mas que tinha uma vantagem sobre a Argentina, São Paulo, é que estava dentro do Brasil, agora a gente vê que passou bem a Argentina. A população nossa é 41 milhões de habitantes e o PIB, 685 bilhões, PIB per capta, 16 mil reais, então nós demos uma boa avançada de dólares, 16 mil dólares e 685 bilhões de dólares o chamado PIB nominal. Aqui nós, se São Paulo fosse um país, nós seríamos a 24ª maior economia do mundo na frente de Taiwan, Argentina, Noruega, a segunda maior economia da América do Sul, depois do Brasil e a terceira da América Latina; Brasil, México e São Paulo e depois vem Argentina e Colômbia. Nós somos o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, 60% da produção brasileira e o maior produtor nacional e mundial de suco de laranja; nós somos o maior pomar cítrico do mundo bem acima da Flórida, o maior produtor nacional de borracha natural, graças à competência do João Sampaio… Às vezes, a gente lembrava essa coisa do Acre, do Norte, mas o maior produtor de borracha é São Paulo, o maior produtor nacional de ovos, o maiores exportador nacional de carne bovina, nós não temos o maior rebanho, mas somos o maior exportador de carne e o maior processador nacional de papel e celulose, respondemos por 97% de fabricação de aeronaves, 87% da fabricação de trens, 72% da higiene pessoal, 71% da indústria farmacêutica, 62% peças e acessórios de veículos automotores e 62% da indústria química.

Eu separei um pouco essa tela em razão do seguinte: hoje, se a gente for verificar no mundo os países podem ser divididos entre quem está muito endividado e quem está menos endividado, então quem está aí com mais de 100% do PIB de dívida e quem tem aí em torno de 50% para baixo de dívida em relação ao seu produto interno bruto. A Lei de Responsabilidade Fiscal exige que a relação entre a receita corrente líquida e a dívida sobre a receita corrente líquida não pode passar de 2. Então, se São Paulo tem uma receita corrente líquida de R$ 100 bilhões, a dívida não pode passar de 200.  E deu até 2015 para chegar nos 2. Nós chegamos em 2005, 10 anos antes. E, em franca queda. Então, a relação da receita corrente líquida sobre dívida, que chegou a ser 2,3, hoje é 1,4, caindo. Isso possibilitou agora, o mês passado, nós assinarmos com o governo federal o PAF, o Programa de Ajuste Fiscal, que possibilitou mais R$ 7 bilhões de financiamento junto ao Banco Mundial, o BID, JICA, organismos internacionais e nacionais para infraestrutura, em razão da queda da relação entre dívida sobre receita corrente líquida.

Aqui um fato importante: se a gente for verificar um dos nossos problemas de excesso de impostos, de carga tributária muito elevada e baixo investimento, entre eles, um é pré-gastos previdenciados. E o pior, no caso do déficit do INSS, ao menos, distribui renda, porque são 41/42 bilhões de déficit por ano, mas são para 25/26 milhões de aposentados e pensionistas. A média é de dois salários e ninguém passa de… sete/oito salários. O setor público federal, só o setor público federal está ultrapassando 50 bilhões por ano de déficit, para 900 mil aposentados e pensionistas. Isso se repete nos estados. São Paulo paga, por ano, de aposentarias e pensões estaduais, 17 bilhões; arrecada 4. Tem um déficit de… 13 e crescente, vai subindo, cada ano vai aumentando mais, vai cada vez subindo mais; sem cálculo atuarial, sem capitalização individual. Então, o que é que nós fizemos, e acho que vamos ser um dos primeiros estados do Brasil, talvez vote esta semana o projeto de lei, dizendo: olha, o passado não mexe, até para não ter discussão jurídica; daqui para a frente, a partir da lei, em janeiro do ano que vem, quem entrar no serviço público de São Paulo, juiz, promotor, engenheiro, advogado, qualquer um, o governo vai até o teto do INSS: R$ 3.691,00; a partir daí é fundo de previdência complementar. Contribuição definida, não benefício definido; ou seja, no futuro não haverá mais déficit. E é capitalização individual; um para um: 7,5% do governo, 7,5% do funcionário. E capitalização individual, se faz cálculo atuarial, e lá na frente calcula o benefício que nós achamos que se aproxima do seu salário real. Mas contribuição definida, não mais benefício definido; capitalização individual; e sem déficit e aporte de recurso público.

No curto prazo, não vai dar nenhuma economia, pelo contrário, eu vou pagar o ano que vem os 13, 14, 15 milhões e ainda vamos todo mês estar depositando no fundo de previdência. Então, o curto prazo aumenta os gastos do governo, mas no médio prazo salva as finanças do estado e é muito mais justo e o Brasil vai ter mais poupança interna, esses fundos de previdência complementar são importantes poupanças internas para você poder investir e justiça fiscal e social. Então, eu fiz questão de colocar isso porque essa é uma questão estrutural do Brasil que o Governo Federal até hoje não votou e que nós deveremos aprovar esta semana e já passa a vigorar imediatamente, ou seja, até 3 mil, o teto do INSS, tudo igual, passou daí, fundo de previdência complementar, capitalização individual. Aqui, o esforço que vem desde o Mário Covas, o esforço de ajuste sucessivo, o governo foi sem aumentar impostos, até reduzindo um pouco as alíquotas ICMS, melhorar a sua capacidade de investimento; nós estamos investindo em torno de 21 bilhões de reais/ano para o governo e para se somar governo e estatais e para se somar a isso, as PPPs estão bem dirigidas pelo nosso vice-governador Guilherme Afif. Aqui, mostra um pouco da nossa infraestrutura e logística das 20 melhores autoestradas do Brasil, 19 no estado de São Paulo, todas elas concessionadas.

Aqui, avanços na Segurança Pública, é claro que nenhum de nós está insatisfeito, mas o Brasil tem 22 homicídios por 100 mil habitantes, São Paulo tem 9,8, algumas capitais brasileiras, 70, 80, 90 homicídios por 100 mil habitantes, aqui mostra a curva, era 35 há doze anos atrás, em 99, no ano 2000, 35 homicídios por 100 mil habitantes, 36 e a ONU estabelece que acima de dez é epidemia, acima de 10 homicídios por 100 mil habitantes tem um caráter epidêmico, pela primeira vez nós chegamos abaixo de dez no estado de São Paulo – 9,8. É uma guerra que tem que vencer todo dia, todo dia, todo dia e muito dos problemas são ligados a tráfico de drogas, ou roubo de carga, quadrilhas e que envolvem ou tráfico de armas que é Federal, fronteira ou tráfico de drogas, além dos controles de natureza Federal também, muito difícil o país ter uma redução forte de segurança se o Governo Federal não entra totalmente na briga, totalmente, integralmente, o que a gente observa hoje no Brasil? Os estudos estão claríssimos, no sudeste parou de crescer criminalidade e ela explode no nordeste e no norte do Brasil, no Brasil então aumenta a criminalidade, aqui nós reduzimos 72% e é uma luta permanente para ir reduzindo ainda mais. Nós vamos fechar o ano, temos uma formatura, agora dia 15, com 6 mil PMs a mais esse ano. Vamos chegar a 100 mil policiais militares, 35 mil policiais civis e 4 mil na polícia científica, quase 140 mil homens e mulheres no policiamento.

Aqui, mortalidade infantil. Isso é um espetáculo. O Brasil tinha 140 mortes por mil nascidos vivos. Hoje, o Brasil tem em torno de 22, 23; São Paulo que tinha 24 tem 11,9. Nós lideramos aí com Santa Catarina e o Distrito Federal. Aumento de expectativa de vida média. O homem primitivo, o homem das cavernas, a expectativa de vida média era de 18 anos; no Império Romano era 24 anos; no Brasil rural, de 100 anos atrás, era 43 anos, expectativa de vida média ao nascer. Hoje, tá lá, 74. Se passar dos 30, vai para 80, porque sai da vulnerabilidade juvenil. Os jovens morrem no final de semana não de doença, mas de causa externa: automóvel, motocicleta, tiro, violência, droga. Então, saiu da vulnerabilidade juvenil, vai para 80. E a curva é ascendente. O Castelo Branco que trabalha comigo, Rogério Amato, a mãe dele tem 102 anos, todo domingo toma uma cervejinha. Não é razão da cerveja, mas estou mostrando o quanto ela está na vida. E é comum hoje você ter pessoas beirando os 100 anos, enfim, é uma mudança espetacular do ponto de vista demográfico, que envolve maior financiamento da saúde e envolve cálculos atuariais da Previdência Social. O que o futuro vai mostrando? Que a educação vai tendo mais dinheiro, porque nasce menos criança. Nós perdemos 2% de alunos por ano, como o dinheiro não diminui… A Constituição Federal diz que é 25% da receita, a Constituição Paulista, 30%. Nós sempre estamos em 30,5, 31%. Mantém as universidades todinhas por conta do Estado, a USP, a melhor da América Latina. A Faculdade de Medicina da USP está entre as 30 melhores do mundo, faz do grupo de universidade que pesquisam saúde mundial. Tudo com dinheiro do contribuinte do Estado; 30%. Diminui o número de alunos, você vai ter cada vez mais dinheiro por aluno. Então, professor vai ganhar melhor, as escolas vão estar mais estruturadas.

A saúde, gravíssima situação. Porque a população vai envelhecendo; câncer, por exemplo, é exponencial o aumento de câncer. O câncer é uma doença ligada diretamente à idade. Com 80 anos de idade, de cada dez homens, sete terão câncer de próstata. Ele é ligado diretamente. O bom é que é uma doença curável, totalmente curável, desde que diagnosticada e tratada. Mas os custos são dramáticos. O Brasil está em torno aí de… O setor público, 3,6% do PIB, é a metade de qualquer país do mundo. Então essa história de que é só problema de gestão, não é verdade. Pode fazer pesquisa em São Paulo, em Rio Branco, em Pindamonhangaba, em Porto Alegre, primeiro item: saúde, saúde, saúde, saúde, saúde, saúde. Por quê? A demanda por cirurgia, a demanda por exame, doenças degenerativas e cuidadores de idosos vão explodir. Nós vamos ter um problema gravíssimo. A emenda aprovada no Senado Federal é só retórica, não vai trazer um centavo a mais de dinheiro. Os municípios que é 15%, já põem 25%, os estados é 12%… Se eu investir 12% eu dou um cano de R$ 700 milhões esse ano. Quase R$ 1 bilhão acima dos 12%. Se a gente for aplicar o que a lei está dizendo, ninguém vai receber salário, fornecedor, remédio. Uma judicialização absurda. Nós pagávamos R$ 400 milhões de remédio, passou para 500, 600, 700, nós vamos fechar o ano com quase R$ 900 milhões. Vai passar de R$ 1 bilhão se continuar nesse ritmo. Um lobby de fornecedores absurdo. Nós estamos localizando… Na região de Rio Preto uma barbaridade a quantidade de ações judiciais condenando o Estado para gastos. Coisa totalmente… Pega 3% da região de Campinas, 4% de São José dos Campos, 3% em São João da Boa Vista, 4% em São Paulo, 30% Rio Preto. O que está acontecendo? É dinheiro jogado fora muitas vezes. Remédios nem autorizados pela Anvisa, nem autorizados, que nem pode ser utilizados. Remédio faz mal. É uma coisa perigosa. Hoje existe o que se chama de doenças iatrogênicas, crescente, crescente enormemente. Sujeito não tem nada e contrai doença por ação médica. Um exemplo prático, o deputado aqui, que agora todo mundo tem que fazer coloscopia. Então, ao invés do comer fruta, verdura, passou dos 50 tem que fazer coloscopia. Aí foi fazer em São José dos Campos, perfuraram o intestino… Ele não tinha nada. Não perceberam. Veio para São Paulo, quando chegou em São Paulo a barriga desse tamanho, quadro de peritonite grave. Aí foi para cirurgia, perdeu 30 cm de intestino, 10 dias de UTI, septicemia grave. Aí teve que operar. Ganhou a bolsa de colostomia, três meses defecando para fora até cicatrizar aquilo tudo, para não romper o intestino. Depois uma outra cirurgia para refazer tudo e ele não tinha absolutamente nada. Chamam doenças iatrogênicas, elas são geradas pela ação médica, ou aparelho, ou cirurgia, uma série de questões. Mas enfim, eu coloco isso, porque o problema do financiamento da Saúde vai ser gravíssimo e ele vai trazer problemas aí, consequências. O primeiro tema de qualquer eleição: saúde, saúde, saúde, saúde. É impressionante. Segurança fica lá para trás, educação. É incrível! Vejo isso toda semana. Em qualquer lugar do Brasil. Mas a boa notícia é que nós estamos vivendo mais e com expectativa crescente. Um dia desse eu fui dar uma palestra aqui na Vila Prudente, Rogério, Clube da Terceira Idade, média de idade, 80 anos, só mulher, os homens já tinham morrido todos. E o nome do clube, ‘As Sapecas’.

Aqui, o ensino técnico e tecnológico, que é importante. Hoje em dia você estuda, estuda, estuda, para pegar um diploma e que não tem emprego. Tem um monte de emprego que não é ocupado porque não tem qualificação profissional. Então a rede de Etecs, nós temos mais de 200 escolas técnicas, 202… Os alunos já saem praticamente todos empregados. Escolas agrícolas, tempo integral, o aluno mora na fazenda, escolas voltadas à indústria mecatrônica, autotrônica, enfim, e serviços. E as Fatecs; Fatec é a faculdade; curso rápido três anos, e criamos o Via Rápida, que é curso de 100 horas, 80 horas, curso de 30 e a pessoa ainda ganha R$ 330 de bolsa, se tiver desempregado; então, alimento: cozinheiro, padeiro, confeiteiro; roupas: pilotista, costureira, modelista; mecânica: soldador, metalurgia; todos os cursos rápidos também.

Aqui as PPPs, a Linha 4-Amarela do Metrô foi listada pela The Economist como a melhor parceria público privada Latino Americana; nós fizemos em 2005 e qual a lógica da PPP, e aí um convite para todos. Nós lançamos, Dr. Afif lidera esse trabalho, o Miip – Manifestação de Interesse da Iniciativa Privada. Então quem mais vai fazer PPP? Metrô, Linha-6 do Metrô; estrada, Tamoios, pelo litoral, São Sebastião; trem expresso ABC, expresso, aeroporto; piscinões, presídios, hospitais… Uma gama infindável. E abrigos para o setor privado. Olha, você que tem um projeto de PPP, traga e apresente, vamos ganhar tempo. Aprovado pelo conselho gestor de PPP você já desenvolve um projeto pronto nós temos que licitar. Se você ganhar, ótimo, toca para frente; se perder, quem ganhou te indeniza, paga o estudo que você fez. Para poder ganhar tempo e avançar. A lei diz que nós podemos fazer contraprestação de PPP, pagamento contraprestação, até 3% da receita corrigida em todo o Estado, nós gastamos até agora 7%; nós temos aí espaço de mais de 5 bilhões para fazer de parceria público-privada; 7% dos 3%, quase nada, um espaço aí gigantesco.

Transporte metropolitano, Expresso ABC nós vamos fazer um trem Jundiaí-São Paulo, 25 minutos sem parada, é PPP nenhuma parada. Não vamos fazer em Campinas porque estamos esperando o TAV, que é o trem-bala, se não nós faríamos o Expresso Bandeirantes. Depois tem metrô, enfim, as várias linhas, a Tamoios; saneamento básico, abastecimento de água… Nós temos que gerar um metro cúbico por segundo por ano a mais da região metropolitana de São Paulo. Todo ano tem que agregar o metro cúbico por segundo em água. Aqui não tem água, 700 metros de altura, 22 milhões de pessoas. Nós somos a terceira megalópole do mundo! A grande Tóquio, 30 milhões; Nova Deli, na Índia, 22; São Paulo, 21; Mumbai, na Índia, quase 20; Cidade do México, 19; Nova Iorque, 18,5; Xangai, na China, 18; somos a terceira, a 700 metros de altura e sem água. Vamos buscar água lá em Minas Gerais. Tem que agregar um metro cúbico por segundo a mais. É a PPP; nós estamos estudando várias PPPs e tratamento de esgoto.

Aqui a expansão de metrô e trem. Nós temos hoje 72 km de metrô, nossa meta é chegar em 2014, incluindo o monotrilho, aqui uma boa parceria com o prefeito Gilberto Kassab, o monotrilho Vila Prudente até Cidade Tiradentes, nós vamos ter uma sequência de estações na Zona Leste da capital. E é impressionante como a população precisa e quer. Quando o Mário Covas assumiu, a CPTM transportava 700 passageiros/dia, 800, 900, 1 milhão, 1,2 milhão, 1,5 milhão, 2, estamos transportando hoje 2,7 milhões por dia. Nós transportamos hoje 5 milhões em metrô e 2,7 na CPTM. Aliás, 7 milhões, um pouco menos, 7 milhões por dia, 4,5 metrô e 2,7 CPTM. Nós vamos chegar em 2014 com 9,5 milhões de passageiros/dia. Se somar o Brasil inteiro, Pindamonhangaba, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, o país inteiro, dá 3,5 milhões de passageiros/dia de metrô e trem. O país inteirinho, não existe metrô e trem fora de São Paulo, praticamente. Aqui está 70% do transporte metro-ferroviário. E o que nós rasparmos no fundo do tacho aí em termos de PPP e em termos de financiamento externo, é transporte… Não é automóvel, é alta capacidade sobre trilho, metrô, trem e monotrilhos. Grandes oportunidades. Nós vamos ter uma grande expansão da rede de metrô. Nós devemos deixar, em quatro anos, 102 km de rede operando e 90 km de canteiro de obras. A meta é chegar a 200 km de metrô. Trem já tem 260 km, vamos ultrapassar 300 km de trem.

Rodoanel, nós temos ali já pronta a Asa… O amarelo é a Oeste, liga Bandeirantes, Anhanguera, Castelo, Raposo, Régis Bittencourt. O azul é a Sul, chega a Imigrantes e Anchieta, então chega no Porto de Santos. Em obra, a Leste, vai daqui de Mauá até Arujá e Guarulhos, chega na Ayrton Senna e Dutra. E em licitação, nós devemos abrir já, já está totalmente em licitação a Norte, que vai ligar a Dutra, passa pela Fernão Dias e chega até a Bandeirantes. Aí fechou o Rodoanel Metropolitano de São Paulo. A Leste, ela está em obra, fica pronta em março de 2014. E é interessante, e eu sempre destaco isso, Rogério, nós devemos ser pró-mercado, não pró-empresa. Então, veja o que é competição. A Asa Leste, concessão, dizia o seguinte: a empresa deu 63% no desconto do pedágio, tem que pagar R$ 381 milhões para ganhar a concorrência. É onerosa, o governo não põe nenhum centavo. Setor privado tem que desapropriar todas as áreas, pagar todos os desapropriados, remover todas as famílias e pagar, pagar as compensações ambientais (em São Paulo são caríssimas) e executar toda obra. Nós só vamos lá cortar a fita. E ainda tem que pagar para o governo R$ 381 milhões. Então o sujeito não vai pagar os R$ 381 milhões, pagou uma semana antes, não vai assinar o contrato. Assinou o contrato, uma semana antes. Não vai iniciar a obra no prazo, iniciou 30 dias antes. Não vai entregar no prazo, deve entregar três meses antes, e vai ganhar dinheiro. Gordura, margem, absurda… Nós temos que ser pró‑mercado e não pró‑empresa, há uma grande diferença.

No norte não tem como fazer concessão, por que no norte não tem nada, começa do zero. Vai ser obra pública, 1/3 federal; assinamos com a presidenta Dilma, e 2/3 estadual. Pagou hoje a ligação do Porto de São Sebastião. O maior Porto do Brasil é Santos e o Rodoanel vai ajudar muito o Porto de Santos. O Rodoanel vai ligar…  O mais importante é aeroporto, que é Cumbica, com o mais importante Porto que é Santos. Tamoios, aqui… Duplicação da Tamoios, que vai ligar São José até Caraguatatuba, contorno de Caraguá e os acessos ao Porto de São Sebastião, que vai ter um grande aumento dos terminais portuários. Ferroanel está crescendo muito o transporte de carga por ferrovia e tem que passar por dentro da cidade, não tem jeito. Então, nós vamos ter com o Governo Federal, a ANTT, o Ferroanel norte lá em cima e o Ferroanel sul aqui em baixo. O azulzinho aqui em cima e embaixo para poder tirar esse gargalo da transposição da cidade para chegar ao Porto de Santos. Aqui, só dois exemplos de investimentos: Toyota em Sorocaba, Hyundai em Piracicaba, já ficando prontas.

Copa do Mundo. A abertura da Copa deve ser lá na Zona Leste, em Itaquera; com o governo do Estado nós vamos ajudar na infraestrutura próxima. É difícil estádio no mundo que tenha uma estação de trem e uma estação de metrô na porta do estádio, nós temos em Itaquera. A linha três, que é uma estação em Itaquera, de metrô. A Linha 3 do Metrô e a linha 11 da CPTM do trem, do lado do metrô tem uma estação, também em Itaquera. O trem que é 5 minutos na hora pico vai passar a ser3 minutos. Nós estamos comprando 98 trens novos, cada trem tem oito cargos. São 700 em tantos cargos, todos com ar condicionado, tudo equipado, câmeras de vídeo, com 3 minutos cada trem. E o Metrô que é de 120 segundos de intervalo, 2 minutos, vai cair para 85 segundos, a distância entre um trem e outro. A FIFA exige 70 mil passageiros/hora, nós vamos ter 110 mil passageiros/hora. Ou seja, você esvazia o estádio em 40 e poucos minutos, se todo mundo usar trem e metrô. Uma infraestrutura importante para região, e o estádio está indo bem, é privado, não é governo. O governo é só parte de mobilidade urbana; nós vamos colaborar com a prefeitura, Radial Leste, em obras, trem e metrô.

Aqui pré‑sal, isso é um fato importante. A Petrobras levou 54 anos para chegar a 1,8 milhões de barris/dia, 1,9, dois milhões de barris, mais de meio século. O pré‑sal pode fazer isso acontecer em 16 anos, 16 anos. É impressionante. Em Santos, a Petrobras terá… Ela própria, não é terceirizado não. Só na cidade de Santos oito mil funcionários, oito mil só na cidade de Santos. Hoje, não tem reflexo sobre o ponto de vista financeiro. Para ter uma ideia, o estado de São Paulo recebe esse ano R$ 60 milhões de royalties do petróleo. O orçamento do Estado é R$ 130 bilhões. Então é zero. Não tem nenhum significado. Mas em sete anos, em oito anos, isso vai ser um volume muito expressivo daquilo que já está descoberto. Não tem ideia do que ainda há por descobrir. Então o pré-sal, ele é relevante. Ele envolve Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A parte importante das jazidas está em São Paulo e no Rio de Janeiro. A Petrobras deve investir US$ 70 bilhões no estado de São Paulo. Isso envolve indústria eletroeletrônica, metal-mecânica, prospecção.

Quando terminei o governo em 2006, eu entreguei um aeroporto em Itanhaém. E um dos jornais me dedicou duas páginas de críticas, dizendo que era um elefante branco, o aeroporto era muito grande para Itanhaém. O aeroporto hoje é insuficiente para helicópteros só. Não vou nem falar em avião. Não cabe helicóptero. Que uma diferença entre o pré e o pós-sal, é que o pós-sal tá 100 km da costa, 150 no máximo, o pré-sal está 300 km da costa. As operações de helicóptero, aerotransportáveis… são gigantescas. Além da complexidade. O pós-sal está a dois mil metros da linha d’água, o pré-sal está a quatro, cinco mil metros da linha d’água. Então são investimentos expressivos. E muitas oportunidades na indústria do pré-sal.

Mas eu quero é agradecer. Dizer que é um trabalho permanente. A gente todo dia tá fazendo um ajuste de eficiência, melhorando competitividade, ou seja, o quanto a gente pode fazer mais com menos dinheiro, e fazer melhor. Estamos fazendo aí um esforço área por área no sentido de melhorar nessa eficiência. Aqui não se aumenta um imposto, pelo contrário, a gente vai sempre reduzindo a carga tributária, alíquotas. Não entramos em guerra fiscal, mas procuramos aliviar a carga tributária para o setor. O Brasil não resolveu esse ano algumas reformas importantes, terminando o primeiro ano da legislatura sem reforma política. Não avançou nada, sem a reforma tributária e fiscal. Temos um modelo tributário e fiscal muito complexo e muito caro.

Mas o Brasil é muito grande, muito forte, economia muito diversificada e caminha aí… Acho que nós temos que aproveitar o máximo de oportunidades. E trazer a iniciativa privada para ser nossa parceira. E aí quero agradecer aqui ao Dr. Afif pela coordenação do programa de parcerias público-privadas. Dizer que aproveitando aqui o café do Rogério, nós já íamos assinar. Estamos assinando aqui um decreto postergando o recolhimento do ICMS do varejo de mês de dezembro. Metade na data prevista, 20 de agosto, mais a outra metade, janeiro, a outra jogamos para 22 de fevereiro. Isso é um fato raro, os coletores, os fazendários abrirem mão de alguma coisa.

Aliás, Roberto Brant, diz que está na Bíblia, Cristo quando entrou em Jerusalém, ele viu trepado num sicômoro, Zaqueu. E Zaqueu era pequenininho e subiu num, sicômoro para ver Jesus passar e Jesus falou: “Zaqueu, desce, convém que hoje eu fique na tua casa”.  E aquilo foi um escândalo, porque Zaqueu era muito mal visto, ele era coletor de impostos. Essa forma não é de hoje, não é Rogério? Mas muitíssimo obrigado.

Olha, só agradecer o convite para mim tão honroso, a presença de cada um de vocês que trouxe brilho aqui a esse encontro. Cumprimentar a Associação Comercial de São Paulo, ao Rogério Amato. Agradecer ao nosso coordenador Bornhausen, ao Professor Roberto Macedo, nosso vice-governador. Dizer que nós estamos procurando fazer um esforço, junto com a Prefeitura Municipal, de recuperação aqui da região central. Aqui na Rua Boa Vista, aqui tinha um Itaú. E muitos bancos saíram do centro. Então nós procuramos ir adquirindo esses imóveis para ajudar a revitalizar o centro. Trouxemos 2.500 funcionários, temos aqui no Complexo Boa Vista, seis secretarias de estado, quatro empresas estatais. Agora estamos comprando mais três prédios – nós estamos comprando aqui o prédio do Itaú aqui do lado, mais um prédio, um na Cásper Líbero, são mais três prédios. E desenvolvendo para trazer para cá… A gente sai de aluguel caro lá nos Jardins, na Paulista, Faria Lima, e vem aqui para região central, é mais barato e ajuda a revitalizar. E um grande programa habitacional, também junto com a prefeitura, no centro, lá na região da Nova Luz. Também um programa grande. Além da parte cultural com o complexo de dança, do Teatro de Dança. Então nós vamos ter esse esforço para recuperar aqui a região central.

Eu quero desejar um Natal muito feliz, um Ano Novo com muita harmonia, com muita saúde, muita paz. Muito obrigado.