Governador discursa em posse dos membros da Anfavea

Governador Alberto Goldman: Boa noite a todos. São Paulo é um Estado excepcionalmente beneficiado pela indústria automobilística, por um lado. Por outro lado, sofre os efeitos também de ser um Estado onde […]

sex, 30/04/2010 - 9h12 | Do Portal do Governo

Governador Alberto Goldman: Boa noite a todos. São Paulo é um Estado excepcionalmente beneficiado pela indústria automobilística, por um lado. Por outro lado, sofre os efeitos também de ser um Estado onde se precisa construir cada vez mais uma infraestrutura que seja adaptada a essa indústria automobilística.

Nós temos consciência da nossa responsabilidade. Inúmeras vezes estivemos com os dirigentes da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), tratando de questões de interesse do setor. Dentro dos limites da competência que é dos Estados, participamos das ações do Governo Federal. No sentido das chamadas ações anticíclicas no ano de 2009, principalmente em momentos difíceis para a indústria, tivemos uma participação nesse sentido, e temos tido também uma participação permanente, no sentido de apoio ao setor.

Eu queria citar especificamente duas áreas onde nós temos um papel muito importante no Estado de São Paulo – no sentido de preparação, da qualificação de mão-de-obra, que é muito importante para não só o setor automobilístico, evidentemente, mas para toda a indústria. Nós temos uma ação muito ativa no sentido de preparar milhares de jovens nas nossas Escolas Técnicas, nas nossas Faculdades de Tecnologia, nas nossas Universidades. São todas elas de caráter puramente estadual, investimentos estaduais, custeio estadual – e com isso nós damos, evidentemente, um suporte importante ao desenvolvimento desse setor e de outros setores.

Nós demos nesses 4 anos um salto muito expressivo com o Ensino Técnico, que transformamos de 70 mil alunos matriculados no começo de 2007 para chegarmos ao final deste ano com cerca de 170 mil – portanto, um crescimento de quase 150%. No caso das Faculdades de Tecnologia, mais ainda do que isso. É uma contribuição que o Estado pode, deve e faz à preparação da mão-de-obra. Para que o Estado de São Paulo continue sendo o líder nacional da produção – 46% da produção nacional está exatamente aqui em São Paulo. Evidentemente, isso também trás grandes benefícios de aumento de riqueza, de criação de empregos e de um desenvolvimento tecnológico que é muito incentivado aqui no Estado de São Paulo.

O Estado de São Paulo, através do seu Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), sempre teve uma participação importante no desenvolvimento da indústria automobilística, e vai manter esse papel. No passado, o IPT teve um papel importante no sentido do desenvolvimento do carro flex (movido simultaneamente a gasolina e/ou álcool). Nos últimos anos, tem participação em várias ações da indústria automobilística, como, por exemplo, a utilização do etanol em motores pesados e, mais recentemente, com um investimento mais expressivo que está sendo feito no Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Vou citar apenas dois exemplos de participação do Instituto no desenvolvimento tecnológico: na compra de equipamentos que nós fizemos para testar tecidos em sistemas de airbags e no laboratório que acabamos de inaugurar, Laboratório de Emissões Eletromagnéticas. Esses laboratórios são importantes para que se possa testar os sistemas eletrônicos automotivos. Provavelmente, as próprias indústrias ainda não tenham pleno conhecimento dessas ações que estão sendo feitas mais recentemente no IPT, e que vão contribuir muito para o desenvolvimento tecnológico.

É muito importante que a gente diga isso, porque um dos elementos que foi citado aqui, mais importante para o nosso desenvolvimento, é o que se chamou aqui de choque de competitividade. Nós precisamos, evidentemente, desse choque de competitividade, até para transformar algo que para nós é negativo – ou seja: nós temos uma balança comercial negativa, nós mais importamos do que exportamos em toda a cadeia automotiva. E é só com essa mudança, um choque de competitividade, que nós podemos transformar essa balança, que hoje é negativa, numa balança positiva.

De qualquer forma, a criação de empregos e a criação de riqueza é um dos grandes elementos importantes para o Governo, para o Estado de São Paulo. É evidente que isso tem suas conseqüências. Eu diria que, se a gente for fazer as contas, eu não sei se a gente tem um saldo positivo ou negativo entre aquilo que nós recebemos de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), que é muita coisa, que é muito recurso, evidentemente do setor automotivo, e os investimentos que todos nós temos que fazer. Digo os que todos nós, o Governo Federal, o Governo Estadual e os Governos Municipais temos que fazer nas rodovias, nas ruas, em todo o sistema de transporte – que é principalmente, ainda no Brasil, um sistema de transporte por pneus.

Mas, de qualquer forma, é isso que gera riqueza. São os nossos caminhões, que são produzidos, que levam a riqueza de um lado para o outro, que levam nos portos para exportação, que trazem as importações. Esse é o sistema que está montado, e ele é uma troca que é muito importante para o Estado de São Paulo – e muito importante para o Brasil. De qualquer forma, nós temos agido também de uma forma muito ativa. Recentemente nós fizemos incentivos à ampliação, por exemplo, de algumas fábricas – e agora existem outros projetos que estão aí em vias de sair. Mais dois recentes: projeto da Toyota, que vai se instalar em Sorocaba, com incentivos do Governo do Estado; e o projeto da Hyundai, em Piracicaba, também com incentivos do Governo do Estado.

Isso é uma ação direta do Governo do Estado, dentro dos limites das competências, das possibilidades do Governo do Estado de São Paulo. E, nesse sentido, queremos dizer que estaremos sempre junto ao setor, junto às autoridades do Governo Federal, para fazermos com que cada vez mais esse País tenha mais empregos, mais riqueza e melhores condições de vida para o nosso povo.

Muito obrigado!