Governador discursa em inauguração do AME de Itapevi

Governador José Serra: Eu queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Este Ambulatório Médico de Especialidades (AME) é o 23º em São Paulo. Nós estamos elevando para […]

qua, 17/03/2010 - 13h09 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Eu queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Este Ambulatório Médico de Especialidades (AME) é o 23º em São Paulo. Nós estamos elevando para mais de 40 neste ano, eu espero. E este de Itapevi é muito representativo do que a gente tem feito em matéria de Ambulatórios Médicos de Especialidades.

Por que nós criamos os AMEs? Nós criamos porque em São Paulo tinha um tremendo ponto de estrangulamento, um gargalo, no sistema de saúde, que são as consultas. Sempre me incomoda muito ver aquelas listas de ortopedia, três meses, seis meses e não sei o que, um exame tal que não se faz nunca. A gente tem os relatórios, tinha esses relatórios, é uma coisa revoltante no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde). E na verdade esse era o principal ponto do estrangulamento em São Paulo. Não é hospital, não é que não precisa e aqui e acolá hospital, mas o que é mais relevante? É consulta, consulta e exame. Saúde é um negócio sem fim. O máximo que a gente pode fazer sempre é que hoje seja melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje. Mas sempre vai ter demanda crescente, o que é bom. Agora, dentro disso consulta é o ponto de estrangulamento.

Por isso foi idéia do (Luiz Roberto) Barradas, nosso secretário (Estadual da Saúde), criar os Ambulatórios Médicos de Especialidades, que são unidades de saúde que reúnem consultórios com dezenas de especialidades. Vocês imaginam, (aqui tem) 25 especialidades médicas. Tem de tudo praticamente aqui. Sem contar as que não são consideradas médicas, como fisioterapia. Tem acupuntura, inclusive, eu sou usuário da acupuntura, devo dizer que é uma boa. Aproveitem que tem uma acupunturista aqui. Mas com isso fica muito mais fácil.

Mais ainda, vão ser previstas a capacidade para aproximadamente 16 mil consultas por mês. Não é pouca coisa. O que vai além da demanda de Itapevi. Itapevi não vai precisar de 16 mil consultas por mês. Na verdade esta é uma obra regional. É para atender Itapevi e os municípios vizinhos. E os prefeitos vão providenciar o agendamento, às vezes quando é mais difícil o deslocamento e tudo mais. Ou seja, é uma obra regional, que está sediada em Itapevi. E nos exames o número é ainda maior. A capacidade de exames aqui é de 37 mil por mês. Não é brincadeira. Multipliquem por 12, vocês vão ter aproximadamente 400, mais de 400 mil por ano de exames. E de consultas, 16 vezes 12, dá praticamente 200 mil consultas, ou seja, é uma unidade que vai ter uma produtividade muito alta, vai ser uma coisa muito boa aqui para a região.

O hospital de Itapevi, eu no Ministério da Saúde dei dinheiro, vim aqui (acompanhar) a inauguração com o (ex-governador Mario) Covas, que eu não sei por que naquele dia estava de mal humor, o que não era difícil. E é um hospital que andou bem, um hospital que andou bem e que também atende além da população de Itapevi. Também o (Hospital) Santa Catarina. É por isso que o Santa Catarina veio para cá também. Olha eu vou dizer uma coisa, tudo é importante. Mas isso aqui me dá um gosto muito especial, o AME, um gosto muito especial. Porque resolve problema na hora, da uma coisa concreta, que tem resultados.

E eu quero depois voltar aqui em um dia sem avisar para ver como é que está andando. Tenho certeza que todas as visitas surpresas que eu fiz nos AMEs foram ótimas, nenhuma decepcionante. Chega, está funcionando tudo direitinho, a gente conversa com as pessoas e ninguém reclama, o que é uma coisa inusitada na área da saúde que sempre tem reclamação a maior parte das vezes justa.

Agora aqui, o (deputado estadual João) Caramez mencionou uma coisa muito importante que nós assinamos ontem na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), uma parceria público/privada, uma PPP, referente a linha Diamante. Linha oito que vem da Júlio Prestes até a Amador Bueno. Vem da Júlio Prestes até a Amador Bueno. Nós assinamos uma PPP que vai implicar, em 36 composições, ou seja, trens novos para esta linha. E o consórcio que ganhou a licitação, a concorrência, não só vai fornecer os trens como vai também fazer a manutenção durante 20 anos. Então não vai ter mais aquele negócio de que quebrou uma janela, um banco, etc. e tal, e aí fala com a direção, que fala com o outro. A área governamental às vezes é assim.

A empresa vai ter a responsabilidade de manter tudo funcionando muito bem. Vai aumentar muito o conforto, segurança, freqüência, porque não é só o trem, vem um novo sistema que vai permitir encurtar o intervalo entre os trens. Hoje é nove, vai baixar para cinco, até cinco minutos. Com também condições de acessibilidade muito melhores para quem tem deficiência visual, deficiência de movimentos, enfim. Olha, vai virar metrô. É que trem é o que nós os economistas chamam “bem de capital de capital sob encomenda”. É uma máquina que não tem em uma loja, a gente vai lá e “me da essa aqui, me da aquela”, o trem demora para ser fabricado, mas ele demora as vezes um ano, dois anos, três anos. Uma das empresas do consórcio fabrica trens, é espanhola e está situada em Hortolândia. Eles ganharam uma outra licitação e nós dissemos “olha para levar, tem que fabricar em São Paulo” e eles realmente instalaram uma fábrica em Hortolândia em um antigo galpão de fábricas também de trens desativados.

Portanto vai gerar empregos no nosso Estado, mas a finalidade é outra, é melhorar a vida dos trabalhadores e das trabalhadoras, porque a boa condução é um ingrediente diário na nossa vida, é um inferno. Se locomover de um lado para o outro etc., e isso vai facilitar tremenda as condições de vida de quem mora por aqui, de quem mora em Osasco, de quem mora na região, e quero dizer a vocês: um programa só para esta região, porque nós estamos fazendo para toda área da CPTM na grande São Paulo, na direção de transformar tudo em metrô de superfície.

Tem uma linha do metrô que todo mundo pensa que é metro mas não é, até eu quando falo, que é Itaquera-Guaianases, ninguém sabe que aquilo lá é CPTM. Aquela linha, o trecho da linha que passa lá na Marginal Pinheiros, é metrô praticamente, aquelas estações. E com o ramal oeste do metrô que é a linha amarela, que irá da Vila Sonia até o centro da cidade, nós vamos ter uma interligação de todo o sistema, vai estar tudo interligado. Depois vai ter a linha, daqui a algum tempo, não é logo, da Freguesia do Ó e a linha cinco que já foi licitada, que já está em andamento que é a sul, portanto vai estar tudo interligado ou por baixo da terra ou andando livremente. E transformar CPTM em metrô de superfície é bom negócio porque não precisa desapropriação, já tem, não precisa fazer túnel que é muito caro, é um metrô mais barato de se fazer, mas na parte mecânica, o transporte ele é igual ao metrô.

Portanto, essa é uma boa notícia que eu queria transmitir aqui a todos e a todas e não é promessa de se fazer, o contrato está assinado, o pessoal inclusive se não cumprir o contrato tem multa e não tem também por que não cumprir uma vez que eles mesmos vão explorar a linha, embora a tarifa permaneça a tarifa que é de toda a CPTM em São Paulo.

Bem, aproveitando, eu queria mencionar muito brevemente que nós também soltamos agora licitação para a construção do trecho do corredor Itapevi Butantan, já soltamos a licitação. Serão cinco quilômetros daqui até Jandira, é a primeira etapa. E são R$ 34 milhões que serão aplicados, o resultado da licitação deve sair em junho, quando começará, haverá ordem de serviço para a obra. Outro dia eu vim aqui, para uma coisa muito importante, que são os novos acessos a Itapevi, Jandira e Santana do Parnaíba, da (rodovia) Castelo Branco. Um problema secular aqui e que foi equacionado. Sem falar do Cebolão, que nós fizemos na chegada da (rodovia) Castelo, na Marginal (Tietê), que envolveu R$ 242 milhões.

De AMEs, já temos um funcionando em Carapicuíba, queríamos ter feito em Taboão, (mas) na verdade a Prefeitura não foi ágil, ficou apenas a programação, mas aqui na região, além do Hospital de Itapevi, nós tivemos grande sucesso no Hospital de Cotia. O Hospital de Cotia, quando eu cheguei lá na campanha era na rua. Queriam matar o prefeito. Eu nem lembro quem era o prefeito, não precisa nem lembrar quem era. Mas a população queria matar por causa do hospital. E nós prometemos, nos comprometemos a equacionar. Estadualizamos o Hospital de Cotia e ampliamos os serviços. Sabe o que aconteceu com o hospital de Cotia? Outro dia ganhou um prêmio, e eu fiquei abismado porque nós fizemos um questionário que foi mandado para 600 mil usuários do SUS no Estado de São Paulo. Responderam 66 mil, segundo um pessoal da área é um bom índice, 11%. Entre as perguntas estava nota para hospital. E o hospital de Cotia saiu entre os 10 primeiros. Quarto melhor hospital do SUS de São Paulo, é inacreditável, é realmente ver para crer. Um hospital que era objeto de choradeira na rua há três anos e pouco. Realmente foi um sucesso grande. E é um hospital também para atender a região.

Por outro lado eu vou agora inaugurar uma ETEC (Escola Técnica) que não é aqui, é em Francisco Morato. Mas esta região como um todo já ganhou seis novas ETECs e duas FATECs (Faculdades de Tecnologia). Eu nem tenho aqui os municípios, mas realmente é muita coisa. Em matéria de vagas, são 7.700 vagas ofertadas, o que significa oportunidades de emprego para a nossa juventude. Porque é curso de um ano e meio para o garoto, para a garota que está no ensino médio. Não precisa estar também, têm adultos, mas a maioria é gente que está no Ensino Médio, que com um ano e meio ganha uma profissão. Pode ganhar o seu dinheiro, saber o que melhor quer na vida e pode depois até fazer universidade, se assim quiser, mas já vai ter uma profissão.

Essa é uma coisa junto com os AMEs, que eu  me orgulho muito no Governo de ter impulsionado. Nós estamos duplicando o número de faculdades de tecnologias são de três anos, de tecnólogos e aumentando em duas vezes e meia o número de alunos nas escolas técnicas do Estado de São Paulo inteiro, inclusive da grande São Paulo que ficava mais para trás. Quando a gente pegava o mapa das ETECs do Estado, na grande São Paulo, havia 20 – 25% das ETECs, em circunstâncias que ela tem metade da população. Então, sem deixar de fazer no interior, onde estamos fazendo bastante, nós aceleramos mais na região da grande São Paulo. Aliás, onde o problema do emprego é mais serio, e o problema da juventude do futuro, da nossa sub-juventude é mais importante, inclusive muitas com coisas na área da saúde. São 60, 70 cursos das ETECs diferentes para formar gente, segundo as necessidades de cada local.

Muito obrigado a vocês aqui pela acolhida.