Governador discursa em entrega da Fatec Mogi Mirim

Governador José Serra: Queria dar meu boa tarde a todos e a todas. Outro dia eu fui em uma ETEC (Escola Técnica) em Itapevi, era tudo mulher. Tudo mulher! Tinha uma […]

sex, 19/03/2010 - 15h19 | Do Portal do Governo

Governador José Serra: Queria dar meu boa tarde a todos e a todas. Outro dia eu fui em uma ETEC (Escola Técnica) em Itapevi, era tudo mulher. Tudo mulher! Tinha uma turma lá, eram 70% de mulheres. É realmente impressionante a garra com que as mulheres vão para o estudo, para a formação do trabalho. Mas esta FATEC (Faculdade de Tecnologia) aqui é de excelência, já (digo) previamente. Aqui, nós temos um terreno grande, quinze alqueires, que fizemos a doação. Eu não sei quanto a prefeitura gastou. O Estado gastou cerca de 3 milhões de reais em imobiliário e equipamentos. A prefeitura deve ter gastado outro tanto na recuperação do prédio.

Aqui tinha a antiga FEBEM e ficou uma FATEC, realmente, muito bem feita e mais ainda: muito fácil de expandir posteriormente. Porque tem um terreno enorme e uma área de lazer grande para os alunos, e eu tenho certeza que vai dar muito certo, como tem dado às escolas técnicas e às FATECS no Estado de São Paulo. São instituições de qualidade, simplicidade e relativamente baratas. É ruim dizer isso, às vezes, mas não são caras. O aluno de uma ETEC custa, mais ou menos, 3 mil reais por ano. Um aluno de uma FATEC como esta aqui, vai custar uns R$ 4,5 mil por ano. Imagina quanto ele vai ganhar. Aqui são três anos. Uma especialidade complicadíssima, e olha que eu estudei engenharia. Análise e desenvolvimento de sistemas à noite, mecânica com modalidades de projetos e mecânica de precisão à tarde. É uma formação super especializada, porque o garoto, a garota, vão passar três anos só estudando isso. Sai um especialista de nível internacional. Tenho certeza disso. Que não faz outra coisa, é um curso super focalizado. Um investimento de 13,5 mil reais por aluno, em três anos, vai ser pago com poucos meses de salário. Que não é pago, é compensado, é um retorno social que a gente tem. Bastante elevado. Portanto, é uma FATEC, que juntamente com as outras, vai ampliar o trabalho que a gente está fazendo em São Paulo, de que de um lado qualificamos nossa força de trabalho para as necessidades da economia e do desenvolvimento. E do outro, abrimos oportunidades de futuro para os jovens. Isso é fundamental.

Nessa região aqui, pra vocês terem uma idéia, nós temos 30 escolas técnicas, na região de Campinas. Encontramos 20, que já era bastante, aumentamos em 50% as unidades, mas o aumento de alunos é maior, porque nós estamos aumentando também os alunos por ETEC instalada. E temos sete faculdades de tecnologia na região. E nós criamos aí acho que mais umas três ou quatro FATECS, e dez ETECS na região. E os alunos também são regionais. Eu acho que na FATEC deve ter alunos de outras cidades, presumo. É uma obra regional, para atender à região. As ETECS também têm alunos de outros lugares, mas as FATECS têm em maior proporção, e são vestibulinhos ou vestibulares muito concorridos.  Aliás, na ETEC, nós estamos turbinando também o ensino médio, que em várias ETECS nós mais que dobramos. O ensino médio da ETEC paulista é o ensino médio público melhor do Brasil. É o melhor que tem. Quando tem exames nacionais de avaliação, os que estão na frente são os alunos de ensino médio das nossas ETECS. Portanto, nós estamos trabalhando por São Paulo e estamos trabalhando pelo futuro, porque mexer com jovem, significa mexer no futuro. Abrir um futuro de oportunidades, que é a coisa mais importante que nós temos a fazer. O Carlos Nelson (Bueno, prefeito de Mogi Mirin) mencionou algo muito importante, que é fruto, em grande medida também, da ousadia dele. Que aqui tem uma empresa municipal de água e esgoto. O que é que ele fez? Ele pegou a SABESP (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo) e pegou a OHL, que é espanhola se eu não me engano, como sócias para fazer uma expansão da rede.

É um prefeito de visão. Manteve a companhia municipal e ao mesmo tempo está trazendo aporte de capital com empresas que são de excelência. A SABESP é uma empresa de excelência, muito eficiente. A SABESP tem, inclusive, coisas pelo resto do Brasil. Nós temos programas ativos de investimento até em Alagoas, pra evitar perda de água, pra diminuir as perdas, enfim. Temos muita tecnologia. A OHL é uma empresa multinacional, muito interessada em fincar pé e investir em nosso país, e o Carlos Nelson fez isso, que vai acelerar a solução do problema de esgoto, que é uma ação pública, que às vezes a gente faz em parceria com capital privado, e no caso dele, com o capital estadual, junto ao capital municipal.

Bem, eu teria muitas outras coisas para falar, mas tem algo que eu quero sublinhar aqui. A Santa Casa de Mogi Mirim recebeu ajuda nossa. E o Carlos Nelson brigou, e o (deputado estadual Barros) Munhoz brigaram por ela. Foram R$ 2,7 milhões de reais para construção e equipamento do seu pronto-socorro, que é uma coisa muito importante. Nós vamos instalar um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) aqui em Mogi-Guaçú, que vai atender também Mogi Mirim, porque o AME, ele atende aproximadamente 700 mil pessoas, população. Portanto, é uma obra também regional, e é uma obra fundamental, porque é na área de consultas, que é um ponto de estrangulamento na saúde em São Paulo. Eu, quando vi aquelas estatísticas: “Demora de tanto pra uma consulta em ortopedia”; “Demora tanto uma de ginecologia ou de nefrologia”, sei lá. Este é um gargalo. Por isso, por idéia do (secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto) Barradas, nós criamos essa uUnidade de saúde nova, que são os AMES. Vão ter 40, em São Paulo, já tem 23 funcionando. Cada um, em média, são 15 mil consultas por mês, e mais de 30, 40 às vezes 50 mil exames laboratoriais e de imagem. É um serviço médico de muitíssimo boa qualidade.

 Outra coisa que eu queria dizer aqui e encerrando, é a questão que nos trará na segunda-feira para Campinas, que é a inauguração de um centro de reabilitação para pessoas que tem alguma deficiência física, que dificulta a locomoção, o movimento. É a Rede Lucy Montoro, que nós chamamos de Lucy Montoro em homenagem à dona Lucy (esposa do ex-governador André Franco Montoro), que já tem um hospital em São Paulo e vai ter em uns 12 lugares no Estado de São Paulo. Um deles em Campinas, lá junto do Hospital Boldrin, que é de câncer para criança.

Nós fizemos um hospital de reabilitação. É trabalho para fisioterapeutas, para médicos fisiatras, psicólogos, enfermeiras especializadas, enfim, é um trabalho bastante diversificado e que casa muito bem com a prioridade que nós estamos dando às pessoas portadoras de deficiência, que em São Paulo perfazem mais de quatro milhões de habitantes. No nosso Estado, mais de quatro milhões, e que merece ser um lugar no centro das políticas públicas, e pra isso também nós precisamos muito da parceria com as prefeituras. Ou a prefeitura é grande e cria uma secretaria, se for média cria uma coordenadoria, se for pequena, bota uma pessoa ligada ao assunto, lidando com a sensibilidade, lidando (com a responsabilidade) de fazer a ligação desta pessoa com a rede existente, para que ela possa ser atendida e possa melhorar muito rapidamente a sua vida através da reabilitação.

Queria agradecer a esta acolhida, a este calor, que não é só do clima, mas é também o calor humano. E esse não esquenta, esse refresca.

Muito obrigado a todas e a todos!