Goldman discursa no lançamento do Potencialidades SP

Governador Alberto Goldman: Bom dia a todos. Eu quero lembrar que quando assumi a Secretaria (estadual) de Desenvolvimentos nós começamos a receber possíveis potenciais investidores. Sempre numa postura passiva, nunca numa postura ativa de ir buscar […]

seg, 10/05/2010 - 16h00 | Do Portal do Governo

Governador Alberto Goldman: Bom dia a todos. Eu quero lembrar que quando assumi a Secretaria (estadual) de Desenvolvimentos nós começamos a receber possíveis potenciais investidores. Sempre numa postura passiva, nunca numa postura ativa de ir buscar as coisas, numa época boa, (nos anos de) 2007, 2008, em que então havia aquele frisson, dinheiro pra todo lado, gente querendo investir, (uma grande) procura pelo Governo de São Paulo. 

Em geral, os investidores já vinham com consultores, gente que tinha alguma ideia do que é São Paulo, do que é o Brasil, e vinham nos consultar sobre uma série de coisas que nós simplesmente não tínhamos o mínimo de conhecimento, a não ser o conhecimento da cultura normal de cada um de nós. Informações existem, evidentemente, mas cada uma pulverizada, uma em cada lugar, uma em cada espaço. Era bem difícil você ter um sistema para mostrar para aquele eventual investidor todas as situações. Então ele ficava caçando, claro que ele acabava chegando, nós já tínhamos vários e vários investimentos em que ele ficava buscando com os seus consultores e acabavam encontrando aqui e ali um município em função de seus interesse, acabavam convergindo com determinado local. 

Nós não tínhamos nenhum instrumento pra isso. E aí começamos a trabalhar na busca de um instrumento que não fosse puramente estatal. Aquele velho instrumento estatal que é pesado, que precisaria fazer uma licitação pra comprar qualquer coisa, ou que precisa fazer um concurso público pra contratar alguém. Mas aqui no Brasil só tinha isso? Não, encontramos uma forma jurídica. A Casa Civil nos ajudou muito aqui nisso, a PGE (Procuradoria Geral do Estado de São Paulo), com a agência Investe São Paulo que levou todo um tempo pra gente constituir, mas felizmente não é um órgão público propriamente dito. É uma estrutura que tem personalidade jurídica privada, que tem uma forma de agir como personalidade privada que pode, portanto, ter mais agilidade, mais flexibilidade para funcionar. E que pode além de receber o investidor, ir buscar o investidor e ir lá fora, ir lá e se interessar e que tenham pessoas que nos interessam, e não só nós interessamos a eles e eles interessam a nós, (mas) nós vamos buscar nos diversos lugares do mundo.

(Fomos em busca de) um elemento que pudesse fazer também a contraposição nessa guerra fiscal que nós vivíamos e vivemos ainda, na guerra fiscal, que é um negócio medonho. Você vai começar a conversar, os outros Estados oferecem céus e terra, oferecem mundos e fundos, e fica difícil porque nós não chegamos a dizer a eles nunca nenhum dado que não seja um dado absolutamente real. Eu me lembro até que quando nós conseguimos a definição da (Sul Koreana) Hyundai, eu mesmo estive na Coréia (do Sul) fazendo reuniões e trazendo o pessoal da Hyundai para cá, a decisão deles de quando assinou aqui no Palácio com o (ex-governador José) Serra, e o Serra apoiou tudo isso daqui que a gente fez desde o começo, entusiasmado com tudo, com todo esse trabalho que a gente vinha fazendo. 

Nós então trouxemos a Hyundai, e me lembro que no jantar de comemoração à noite, e isso acho que faltou aqui nas potencialidades, é um negócio chamado credibilidade do Governo. Porque quando eu fui perguntar a ele, depois de tantos e tantos estados atrás, oferecendo o diabo, oferecendo o que podia e o que não podia, o que era verdade e o que era mentira. E a gente sempre se mantendo naquela condição de só oferecer o que realmente é possível oferecer. Aí perguntei para o coreano vice-presidente da Hyundai que estava aí: “mas afinal de contas, por que é que vocês escolheram a gente? Queria entender”. Ele olhou para mim e falou assim: “porque nós confiamos em vocês”. Essa confiabilidade, essa credibilidade não está entre as condições, mas é, de fato, uma das condições. Nós somos um Governo sério, demos continuidade a todo esse trabalho desde o começo, o Mauro (Ricardo Costa) foi muito entusiasta disso. Fomos atrás das entidades, acabamos optando pela GV (Fundação Getulio Vargas) e eu quero cumprimentar pelo trabalho que fizeram, e deu-se continuidade depois disso da montagem de toda essa estrutura que está sendo montada e já está em funcionamento, e que agora tem todas as condições, tem todos os elementos, tem todos os dados, tem todas as definições que são necessárias para qualquer empreendedor, e vai buscar lá fora. Tem que buscar, tem que ir atrás disso, é uma atitude não só passiva, mas também uma atitude ativa.

Esse aqui é um dado interessante, você vai entrar em qualquer município, você vai saber em qualquer região o que é que tem, e o que é que falta. Então vai ter muita gente bronqueada: “mas está faltando isso na nossa região”. O prefeito vai vir aqui, os interessados, ótimo. Isso  é muito importante para que a gente mesmo tenha essa informação e a gente mesmo possa, trabalhar em cima de constituir a infraestrutura aonde tem carências que a gente mesmo não sabe e onde a gente pode influir. Então, (Sidney) Beraldo (ex-deputado), você que está organizando, o coordenador aí, que vai organizar programa de Governo também, que vai trabalhar em torno disso, (para você isto) é instrumento importante para que a gente tenha clareza de onde o Governo tem e pode investir para melhorar as condições de atratividade na nossa economia. 

Afinal de contas, tudo o que nós fazemos, os investimentos em todas as áreas que nós fazemos, nós temos um dado fundamental, que é a arrecadação. Sem essa arrecadação, nada se realiza. Você não realiza (melhoras) na educação, na saúde, no transporte metropolitano, no transporte, em todas as áreas é fundamental você ter condição de arrecadação, é fundamental você ter além do pagamento de recursos humanos e de custeio, você tem aquele Delta X fundamental como vamos ter esse ano, como tivemos no ano passado, como tivemos nesses quatro anos de Governo, 63 ou 64 bilhões de (reais) dedisponibilidade de investimentos, que puderam ser alavancados também em investimentos, empréstimos internos e externos, e puderam ser alavancados porque nós temos contrapartida pra dar. Se não tivesse a contrapartida para dar também não tinha como alavancar nada. 

Então esse elemento é elemento essencial na economia para que todo o resto possa realizar. Alguns dizem assim: “mas isso não é investimento social”. Ora, não tem nada mais social do que você fazer investimento em infraestrutura e com isso garantir a disponibilidade econômica do Estado, o avanço econômico do Estado, para poder gerar recurso para aí sim fazer o que a gente chama no jargão mais popular de investimento social. Sem tudo isso não há investimento social nenhum. Portanto nada mais social do que isso que nós estamos fazendo.Então por isso que eu quero cumprimentar todas as equipes que participaram (das secretarias) do Desenvolvimento, da Fazenda, do Planejamento, da GV, as entidades todas, as secretarias todas que contribuíram. Parabéns, foi um grande passo que foi dado e a gente tem com isso um instrumento muito importante para São Paulo e quando eu falo pra São Paulo é para o Brasil. Obrigado!