Goldman discursa no 3º Mutirão do Microcrédito

Governador Alberto Goldman: É um prazer muito grande quando a gente pode vir a uma reunião dessas e ver tanta gente feliz com tão pouco. Pouco… por que é que é […]

sex, 30/04/2010 - 9h07 | Do Portal do Governo

Governador Alberto Goldman: É um prazer muito grande quando a gente pode vir a uma reunião dessas e ver tanta gente feliz com tão pouco. Pouco… por que é que é pouco? Porque quando eu pego o jornal, todo dia, eu vejo que tal empresa recebeu 1 bilhão de reais do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) para entrar de sócio. Ele (o empresário) não tem dinheiro, não pense que ele tem dinheiro, ele não tem dinheiro, mas ele vai ao BNDES… Esses grandes empresários, os mesmos que vocês veem todo dia no jornal… Eu estou cansado de ver esses nomes, são bons cidadãos e não tenho nada contra eles. Mas eles são os grandes vivos desta Nação, os grandes espertinhos. Eles vão lá e pegam 1 bilhão de reais, 2 bilhões de reais, 3 bilhões de reais no BNDES… E nas grandes agências federais tem dinheiro para chuchu, tem para dar para todo mundo, mas dão só para eles. Vão lá na licitação de Belo Monte, na hidroelétrica de Belo Monte, lá no Xingu, e entram de sócios para construir a usina e explorar a energia elétrica. O dinheiro que entra é nada deles. O dinheiro é todo nosso, do BNDES, do País. Mas eles são os bacanas.

Com isso eles vão acumulando fortunas, vão dobrando fortunas e vão fazendo mais fortunas. E cada vez que, de repente, você lê assim: “Olha, o Brasil tem entre os 100 mais ricos do mundo”… deve ter uns 10 entre os 100 mais ricos do mundo. A quem interessa isso? Por que nos interessa ter os homens mais ricos do mundo? Mas como é que eles se enriqueceram? Desse jeito. Eles sabem tratar com essas grandes agências federais de crédito. Vão lá, obtêm grandes financiamentos e não põem um tostão – que na realidade não têm. Põem outras coisas e entram com o dinheiro nosso, do Governo Federal, o dinheiro dos impostos, com o dinheiro do País, para enriquecer ainda mais.

Quando eu vejo a coisa tão simples quanto essa – por isso eu fiz questão de vir aqui hoje… Porque milhões são feitos em todo o Estado, todo o trabalho vem sendo feito há anos, não é de hoje. Já vem do Governo Geraldo Alckmin, antes do Governo do Serra já se fazia, o Governo Geraldo Alckmin, o Governo do Mário Covas… Isso já vem de antes, não foi criado agora não, ninguém inventou, o Brasil não foi inventado hoje. O Estado de São Paulo não foi inventado hoje, já vem de trabalho de alguns outros. Quando a gente vê que vocês recebem 2 mil, 3 mil e 5 mil reais, e com isso podem dar um salto, podem ter a sua vida, a sua família, podem às vezes empregar uma ou outra pessoa, é muito mais o resultado disso. É muito mais do que os bilhões que são colocados com esses empresários de grande nome que a gente vê por aí todo dia.

Os nomes que foram colocados aqui, as pessoas que receberam todos vocês  aqui… evidentemente eu não conhecia nenhum de vocês. Nunca vi o nome de vocês no jornal, nunca vi o nome de vocês recebendo não sei quanto. E aqui o que a gente vê nesse Banco do Povo, só no período de (19)98 a 2010 – existe, portanto, há 12 anos… há 12 anos nós já emprestamos 656 milhões de reais em 211 mil contratos, uma média de três  mil reais, um pouco mais de 3 mil, pouca coisa. Parece mesmo pouca coisa, mas foi importante para cada um, tão importante para assumir, tão importante para o Estado, tão importante para o Brasil, porque é daí que você produz riqueza, daí que nascem invenções, que nasce emprego, é aí que gera emprego e gera emprego de fato para milhares de pessoas que vão ser empreendedoras, vão se empregar a eles mesmos, a eles mesmos e sua família.

Por isso é que isso aqui me deixa muito feliz. Neste Governo Serra, o que vinha sendo feito a gente dobra, todo ano a gente dobra. Todos os programas, praticamente, que a gente vem fazendo, a gente dobra a cada ano, a gente vai dobrando o que fez no período anterior, para poder cada vez atender mais gente. Se nós pudéssemos fazer isso com o BNDES… O BNDES tem um orçamento de 130 bilhões de reais no ano. Bilhões, não milhões. E não é em 12 anos, é em 1 ano, 1 ano. Por isso é que só são emprestados para grandes empresas, grandes consórcios, grandes investimentos. Quando o grande gerador de empregos, o grande gerador de vida boa para as pessoas, melhorar a vida das pessoas, é coisa tão simples quanto esta.

Nós vamos ampliar isto aqui mais ainda. Nós vamos trabalhar agora com a Nossa Caixa Desenvolvimento. Nós tínhamos uma Nossa Caixa (banco), a Nossa Caixa nós vendemos, o Estado de São Paulo vendeu. Para que precisa de um banco? Para concorrer com o Banco do Brasil? Para concorrer com o Bradesco, com o Itaú, com os outros bancos? Para quê? Por que nós precisamos de um banco? Então deixamos o banco, vendemos o banco, recebemos esse dinheiro, que foi investido em obras. Parte dessas obras que o Marco Bertaiolli (prefeito de Mogi das Cruzes) citou aqui estão sendo feitas com os recursos que vieram da venda da Nossa Caixa. É na área da Saúde, na área da Educação, tudo o que nós fizemos.

Há pouco tempo estive aqui. Estivemos aqui inaugurando uma FATEC, uma Faculdade de Tecnologia. Inauguramos agora, acabei de vir agora de Santa Isabel, inauguramos uma Escola Técnica – a educação das pessoas, a qualificação das pessoas. Esse dinheiro da Nossa Caixa foi utilizado para isso, não foi jogado fora não, foi utilizado para isso. E nós mantivemos a Nossa Caixa Desenvolvimento uma coisa menor, vamos dizer assim, um banquinho menor, cuja função é financiar pequenos e também não tão pequenos quanto vocês aqui, mas pequenos também. Em torno de 10 mil, 15 mil, já fizemos isso com milhares de empresas, 50 mil para financiar, já pequeninas empresas. Porque um dia vocês, que são hoje… vocês são quase que individuais… talvez um dia vocês cresçam e, ao invés de precisar de 5 mil, vão precisar talvez de 50 mil em algum momento e vão ter possibilidade de ter acesso através da Nossa Caixa Desenvolvimento.

Então, o que nós fazemos aqui é pensar na realidade. Na realidade do nosso povo, na realidade do nosso Brasil. Isso não é blábláblá, isso não é conversa para boi dormir. Isso é verdade, coisas que estão sentindo, que estão vendo que nós estamos fazendo – e vocês estão vendo tudo isso. Esse é todo o trabalho que foi feito no Governo de São Paulo, por essa equipe que começou com o Serra,  começou antes ainda do Serra nesse Governo. Eu como o vice dele assumi, agora que ele saiu, e eu tive que substituí-lo . E nós trabalhamos esses 4 anos em uma equipe. Não muda nada, vai continuar do mesmo jeito, vai continuar com a mesma velocidade e, melhor ainda, nós vamos entregar para o próximo governador, quem quer que seja, nós vamos entregar o Estado em funcionamento. Funcionando a pleno vapor – e não vai parar nada não. Nós não vamos brecar nada, nós não vamos diminuir a velocidade de nada. Nós vamos fazer com que o próximo governador, quando pega, ele pega o jato já andando. Vai ter que montar em cima do jato e já vai já… porque esse é o nosso papel.

Independentemente de quem ganhar a eleição, isso é uma eleição de vocês – vocês vão decidir em quem vocês vão votar. É preciso que o País dê um salto a mais, e o Estado dê mais um salto a mais. É disso que nós precisamos todo o dia, é assim que a gente vai construir um País melhor, uma sociedade melhor. E nós acreditamos muito nisso, que nesses 211 mil contratos que já fizemos… Vejam bem, a inadimplência é de 1%, alguma coisa por cento. A cada 100 pessoas, uma só tem dificuldade de pagar, 99 pagam. Os grandes empréstimos são feitos por esses malandrões, são grandes malandrões, pode estar certo que a cada 3 empréstimos, 2 eles não pagam. Eles roubam, eles viram e vão pra frente, depois entregam, depois quebram… Quebra, muda o nome da empresa e passa a ser outra empresa… Quantos desses já quebraram várias vezes e estão lá de novo, quebra um monte de empreendedor sem ter dinheiro e eles passam uma nova empresa e continuam [ininteligível].

O futuro do País está nisso. O futuro o País está nesse empreendedorismo que nós aprovamos. O futuro do País está na criação de empregos, gerar empregos, gerar oportunidades para todos. Isso não é conversa, isso não é discurso, isso é realidade – e essa realidade o Governo de São Paulo está fazendo.

Parabéns a todos vocês!