Goldman discursa na entrega da Fatec Itaquera

Governador Alberto Goldman: Bom dia a todos. Essa é uma região que eu conheço há tanto tempo, quem faz política há 40 anos aqui na cidade de São Paulo, como […]

seg, 24/05/2010 - 16h44 | Do Portal do Governo

Governador Alberto Goldman: Bom dia a todos. Essa é uma região que eu conheço há tanto tempo, quem faz política há 40 anos aqui na cidade de São Paulo, como eu, sabe o que era essa região e em que ela está se transformando. No meu tempo, quando eu começava a fazer minhas campanhas como candidato a deputado estadual, década de 70, a maioria dos bairros, Itaquera, a região toda aqui, não tinha água, quanto mais o resto, imagine o resto, não tinha nem água. Então, para mim foi com muita felicidade que eu iniciei esse trabalho, que me foi determinado pelo governador Serra no início do seu mandato, em 2007, e até me indicou como secretário do Desenvolvimento, ao qual é responsável por todo o Ensino Técnico e Tecnológico, através do Centro Paula Souza.

Ele nos deu uma incumbência, que pareceu quase impossível de realizar: era de fazer com que, de 77 mil inscritos nas Escolas Técnicas, que pudessemos chegar a 177 mil, cem mil a mais. Isso parecia, em quatro anos, uma coisa impossível de ser feita, mas nós tivemos o apoio muito grande dos prefeitos, da comunidade, do próprio governador, de toda a estrutura da secretaria, de todas as secretarias, e nós pudemos avançar. Eu diria que hoje essa meta para todo o Estado de São Paulo, tanto das Escolas Técnicas quanto das Faculdades de Tecnologia, é uma meta que já está cumprida, já está ultrapassada.

No caso, inclusive, das Escolas Técnicas, nós já ultrapassamos no conjunto do Estado essa meta. E aqui na cidade de São Paulo nós tínhamos 14, em 2006, nós tínhamos 14 Escolas Técnicas. Nós já temos hoje 36. Mais do que dobramos e nós vamos chegar ao final do nosso Plano de Expansão, ao final desse ano, e no começo do ano que vem quando nós teremos novas escolas sendo inauguradas, nós chegaremos a 43 (unidades). Dessas 43, 17 aqui na zona leste. Quer dizer, 40% das escolas técnicas da cidade de São Paulo estão na zona leste. E uma das coisas que me chamou muito a atenção, que não tinha, que era uma carência na capital era de Escolas Técnicas. Você tinha muita Escola Técnica pelo interior, e na capital não tinha muito. Proporcionalmente, em relação à população, em relação à demanda, em relação à carência, tinha muito pouca coisa.

Então, nós resolvemos investir aqui na cidade de São Paulo, especificamente nessa região, porque essa é uma região que precisa ter um grande volume de investimentos para que as pessoas possam encontrar emprego aqui. E à medida que a gente faça isso, nós estamos atraindo empresas, negócios para a região. E nós vamos começar um vestibular com 320 (alunos) – a cada semestre vai ter 320 no vestibular – em três anos nós vamos ter na faculdade, na Fatec, a Faculdade de Tecnologia, e na Escola Técnica, na Faculdade de Tecnologia, nós vamos ter 1.920 jovens estudando na Faculdade de Tecnologia. Não é pouco, é um número muito grande, e na Escola Técnica, outros 1.920.

A Escola Técnica é o segundo bloco, que vai ser licitado este ano e no começo do ano que vem ou ainda este ano nós começamos o segundo bloco. Vocês vejam como é a disposição, a posição em que está essa escola em relação ao Metrô. Isso foi uma ajuda muito grande, fundamental do prefeito (Gilberto) Kassab, porque ele nos ofereceu essa área, é uma área onde dificilmente a gente encontraria igual a essas na cidade de São Paulo e também na zona leste, uma área que é uma área excepcional, colocada ao lado do sistema de Metrô. Portanto, em qualquer lugar, na realidade, claro que ele vai atender mais a zona leste, mas de qualquer lugar da cidade você poderá chegar aqui com o sistema de Metrô, principalmente quem mora em toda a linha da zona leste.

Então, isso é muito importante para que nós tenhamos algo que está faltando no Brasil hoje. Vocês vejam, estão dizendo por aí, “tem recursos naturais, o país tem recursos naturais”, o país tem até interesse em grandes investimentos estrangeiros aqui, e muita gente com dinheiro lá fora, com dificuldade até de fazer investimento lá fora, porque tem uma crise na Europa, crise nos EUA, e que quer fazer investimento aqui no Brasil, quer fazer, tem condições de fazer investimento no Brasil. Tem tudo, tem tudo, só falta uma coisa: recursos humanos, por incrível que pareça, o que falta é qualificação de mão-de-obra. Portanto, tem tanta gente precisando de trabalho, tanta gente desempregada, tanta gente que precisa melhorar suas condições de vida, quer dar o seu trabalho, mas não tem a qualificação suficiente e tem tanta demanda das indústrias e não tem mão-de-obra suficiente.

Então, esse foi o grande plano que iniciou no começo do governo Serra, prossegue agora, certamente vai prosseguir, porque ninguém vai parar isso daqui, isso não para mais. Nós estamos já implantando vários projetos que vão ser iniciados esse ano, ou ano que vem, não tem ninguém que pare mais isso. Porque nós queremos deixar, sair aqui do governo no final do ano, ao deixar o Governo de São Paulo, vamos deixar a máquina funcionando em plena velocidade, a toda velocidade.  Quem chegar aqui, o governo que chegar aqui, vai encontrar isso daqui arrumadinho, arrumadinho, o único trabalho que vai ter vai ser de inaugurar o ano que vem as obras que nós estamos fazendo e colocar o pessoal, contratar o pessoal. Junto com isso, vocês imaginam que nós vamos ter aqui quase quatro mil estudantes, quatro mil jovens, centenas e centenas de professores, de funcionários que virão para cá, isso é um imenso desenvolvimento desse pedaço dessa região, da região de Itaquera.

Ela está me lembrando, a Laura (Laganá, diretora superintendente do Centro Paula Souza) dos cursos rápidos, tem um bloco que vai ser para curso rápido, meses, poucos meses, também são centenas, centenas, milhares de jovens que virão para fazer curso rápido. Não é esse curso técnico que nós estamos fazendo agora, mas serão cursos rápidos para exatamente formação de pessoas que trabalham no nível tipo construção civil, pedreiros, carpinteiros, ferreiros, ou trabalham em uma indústria metalúrgica, que não precisam de tanta especialização. Com dois, três, quatro, cinco meses de ensino, de educação, eles se profissionalizam para poder atender a demanda das empresas.

Então, esse é um plano excepcional do governo Serra, deu certo. Só para vocês terem uma ideia da comparação: nós estamos abrindo um número de vagas na capital, estamos colocando quase 70 mil vagas agora, no segundo semestre, 70 mil para concorrer. Como nós temos quatro ou cinco candidatos por vaga, ainda tem muito candidato por vaga, porque é um vestibular, portanto, nós vamos ter mais de 300 mil, 400 mil jovens querendo entrar na escola. Vão entrar só 70 mil. Governo estadual, isso é trabalho só do governo estadual, não tem um tostão de ninguém mais, a não ser da prefeitura de São Paulo, que fornece aqui esse terreno. O Governo Federal nisso: zero. E o Governo Federal também tem o ensino técnico federal. Enquanto nós fazemos 70 mil, eles vão colocar agora, no segundo semestre, três mil vagas. Nós colocamos 70 mil, eles colocam três. Mas olha que eles falam para chuchu, dá impressão que eles estão fazendo milhões, milhões, milhões e milhões.

Nós estamos fazendo, estamos mostrando. Eu já inaugurei uma série delas aqui. Nós temos aqui, só na região leste, Arthur Alvim, Belém, Vila Formosa (temos) duas, São Mateus, Sapopemba, Itaquera, uma outra em Itaquera que nós já inauguramos, Cidade Tiradentes. Em todos os cantos da zona leste, em todos os cantos da cidade de São Paulo. Em todos os cantos do Estado também, em todas as regiões do Estado. Inclusive, tinha cidades enormes que não tinha nenhuma escola, nenhuma Faculdade de Tecnologia. Osasco, por exemplo, uma cidade grande, um grande centro industrial, não tinha sequer Faculdade de Tecnologia. Aqui em Itaquera nós vamos ter agora uma Faculdade e uma Escola Técnica. Então, eu queria dizer a vocês que para mim é com muito prazer que eu vejo a evolução dessa região, eu que vi essa região tão pobre há 40 anos e estou vendo isso daqui em um desenvolvimento brutal, com o apoio que nós estamos tendo da Câmara Municipal, da Assembleia Legislativa, da Câmara Federal e todas essas pessoas que estão aqui, todas as associações que tanto lutaram para que a gente chegasse nisso. Padre Rosalvino é um exemplo dessa luta de tantos e tantos (anos), de décadas e décadas, de luta.

Nós estamos transformando o Metrô de São Paulo, melhorando o Metrô de São Paulo, colocando novos carros do Metrô, colocando sistemas novos.  Os sistemas de Metrô, que vão existir em São Paulo, vão permitir que o espaço entre um trem e o outro seja bem menor do que é hoje, significa que você vai ter muito mais trens, significa que você vai diminuir essa superlotação. Nós temos uma superlotação aqui no Metrô. O Metrô em 2007, transportava dois milhões e 700 mil pessoas, hoje ele transporta três milhões e meio de pessoas, em três anos, quatro anos aumentou quase um milhão de pessoas que é transportada pelo metrô de São Paulo. Estamos integrando esse Metrô todo com as linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trem Metropolitano), então as pessoas que, por exemplo, quiserem vir lá do ABC, por exemplo, quiserem vir para cá, vão pegar a linha da CPTM lá no ABC, vão chegar até o Metrô Tamanduateí e vão pegar a linha do Tamanduateí, que é aquela linha que vai pela avenida Paulista, e aí vai se ligar com a Linha Norte-Sul ou com a Linha Leste-Oeste. 

Então, vai ter possibilidade de qualquer lugar da cidade, qualquer lugar da região metropolitana que você estiver, você vai ter facilidade em chegar em qualquer outra região. Evidente que vai precisar muito mais, evidente que a população cresce à medida que a população, inclusive, tem mais poder aquisitivo. Há alguns anos a população estava andando à pé. Hoje, muita gente que andava à pé, hoje já está pegando o Metrô. Nós fizemos aqui a interligação entre o sistema de ônibus e o sistema de Metrô, com a tarifa integrada, o que possibilitou e aumentou ainda mais a população que é transportada no Metrô. Então, isso é um grande trabalho que tem sendo feito pelo Governo de São Paulo, dirigido a quem?  Dirigida às pessoas que mais precisam, àquelas que, de fato, tem necessidade de um apoio de governo para poder ter uma vida melhor. Então, parabéns a todos vocês por mais essa escola que está começando agora. Eu espero estar vivo ano que vem, não serei governador, evidentemente, ano que vem, não sou candidato a absolutamente nada. Estarei aqui ano que vem para inaugurar, espero estar inaugurando de uma forma ou de outra, participando da inauguração desse empreendimento de São Paulo. Obrigado, Itaquera. Obrigado à zona leste. Obrigado São Paulo!