Governador Alberto Goldman: Bom dia a todos. Para mim é uma honra, um prazer estar aqui com vocês agora, porque – além de ser a primeira inauguração de que eu participo depois da posse, que eu tive ontem, hoje sou governador sucedendo ao José Serra – é um evento que se dá em uma Escola Técnica (ETEC), a inauguração de Escola Técnica que já está funcionando. E que o Serra não teve tempo suficiente, não teve oportunidade de fazer essa inauguração.
Para mim, é com muita honra, com muito orgulho que eu faço isso. Porque durante 2 anos eu fui o responsável pela implantação desse programa que o Governador Serra determinou que se fizesse, porque eu era, então, na época, nesses 2 anos de Governo, 2007/2008, o secretário de Desenvolvimento do Estado. Depois de mim veio o Geraldo Alckmin, que deu andamento a essas obras, terminou esta obra que vocês têm aqui agora, essa Escola. E agora, tanto um quanto o outro saíram do Governo para se encaminhar para outros desafios, em função do período eleitoral que nós vamos viver em 2010.
Esse é um programa que foi implementado, foi pensado, foi gerado no início do Governo Serra, no sentido de se passar de 77 mil alunos, que nós tínhamos no Ensino Técnico, para 177 mil. Ou seja, em 4 anos apenas, fazer um aumento de quase 150%, essa era a meta, que vai ser atingida até o final do ano – nós vamos cumprir integralmente essa meta. E também cumprir a meta do Ensino Tecnológico, que são as FATECs, as Faculdades de Tecnologia. Nós tínhamos, no início do Governo, 26 (FATECs), e vamos completar o ano com 52, dobrar o número de Faculdades de Tecnologia existentes.
Mas há uma característica interessante nisso. Quando o Serra me determinou que eu tocasse na Secretaria (Estadual de Desenvolvimento) esse plano – e aí quem foi o general-comandante em campo desse trabalho foi a nossa Laura Laganá, superintendente do Centro Paula Souza, a nossa equipe de engenheiros e arquitetos, tanto do Centro Paula Souza quanto da secretaria – uma das coisas mais importantes, que foi visível, foi uma certa distorção na distribuição das escolas. A área metropolitana de São Paulo, e especialmente a cidade de São Paulo, tinha poucas Escolas Técnicas e poucas Faculdades de Tecnologia. Não era uma coisa muito explicável. Não se entendia por quê isso, porque a população, a maioria da população estava aqui na Região Metropolitana. E a maioria da população que necessita desse estudo técnico e tecnológico está situada aqui, na Região Metropolitana de São Paulo.
Além disso, nós decidimos também uma coisa que… Verificamos que havia uma ociosidade nas escolas. O período matinal não era utilizado, as salas de aula não eram utilizadas. Então criamos o Ensino Médio no período da manhã, que é porque vocês hoje estão aqui, para que, inclusive, quem quisesse, quem pudesse já fazer o Ensino Técnico ao mesmo tempo, pudesse fazer em uma sequência do próprio dia – faz de manhã e faz à tarde ou faz de manhã e faz à noite. Então, aproveitamos melhor esse potencial que nós tínhamos e focamos muito na Capital de São Paulo, na cidade de São Paulo. Aí a Prefeitura nos ajudou muito, porque todos os terrenos – em geral os terrenos nos quais nós construímos as escolas… O dinheiro é do Governo do Estado, basicamente, mas os terrenos, as áreas foram sempre cedidas pela Prefeitura de São Paulo, pelo nosso prefeito Gilberto Kassab.
E nós, então, que tínhamos, em 2006, 14, apenas 14 (unidades) na cidade de São Paulo, 14 Escolas Técnicas, passamos a ter agora, até março de 2010, 36 escolas. Ou seja, passamos de 14 para 36 em 3 anos, mais do que dobramos em apenas 3 anos. Tínhamos 14 até então, e temos já 36, e vamos ter até o final do ano, começando já em 2011, 42 dessas Escolas Técnicas. Completando, portanto, aquela meta que nós tínhamos previsto. Vamos bem mais do que dobrar o número de estudantes nas Escolas Técnicas na cidade de São Paulo e nas Faculdades de Tecnologia também. Faculdades de Tecnologia nós tínhamos 3 apenas na cidade de São Paulo, já estamos em 4 e vamos chegar a 5 com a obra que estamos iniciando em Itaquera, que vai ser uma grande escola, uma grande FATEC.
Então, todo o plano que nós prevíamos está sendo cumprido, não só na Capital. Na Região Metropolitana de São Paulo, grandes cidades da Região Metropolitana não tinham nenhuma Escola Técnica e nem uma FATEC. Por exemplo: em Osasco, uma cidade grande, não tinha uma FATEC. Em muitas cidades grandes, de grande contingente, inclusive industrial, aonde as escolas são muito úteis, a formação desses profissionais é muito útil, não existia uma escola.
O índice que nós temos de aproveitamento de emprego, de possibilidade de emprego de quem sai de uma Escola Técnica, é muito alto – chega próximo a 80% nas Escolas Técnicas e chega próximo a 90% nas FATECs. Ou seja: eu diria que quem faz um curso em uma Escola Técnica, quem faz o curso em uma FATEC, tem praticamente emprego garantido, com salário em geral mais alto do que a média do salário do mercado.
Essa é uma condição muito importante para todos nós. Porque o desenvolvimento que nós precisamos ter, e que estamos tendo, e que nós queremos incentivar ainda mais – porque achamos que pode ter muito mais, pode-se fazer mais, nós temos capacidade para fazer mais, São Paulo tem capacidade para fazer mais, e o Brasil tem capacidade para fazer mais, pode fazer mais do que está sendo feito – nós achamos que isso está muito ligado ao ensino profissionalizante.
Nós podemos ter investimentos em máquinas, nós podemos ter investimentos em infraestrutura – tudo isso é necessário. Mas tem uma coisa que, sem isso, não funciona. Se você não tiver uma mão-de-obra qualificada, pessoas qualificadas, tudo isso não vai funcionar. Você vai ter máquina parada, prédio parado, indústria parada, serviços parados, ou mal feitos, ou mal fornecidos. É fundamental que tenhamos uma mão-de-obra bem preparada.
E eu diria a vocês que nós vamos fazer os próximos planos… Eu vou me encarregar, junto com a minha equipe, de fazer o plano para 2011, porque o orçamento de 2011 nós vamos fazer agora, nós vamos fazer um plano mais audacioso ainda, mais ousado, que vai pensar nos próximos 10 anos, porque não dá para pensar em um ano só. Pensar em um ano só é insuficiente. É para pensar em 10 anos. No mínimo em 10 anos para a frente, para poder preparar o Estado e o País para aquilo que nós queremos que o País seja, um País bom para todos, um País rico para todos, um País que permita a todos uma vida boa. Nós precisamos planejar e preparar com mais antecedência.
Então, todo esse trabalho que está sendo feito é um exemplo não só para São Paulo, um exemplo para o Brasil, um exemplo para todo o Brasil. Tanto é um exemplo para o Brasil, que o próprio Governo Federal, mais recentemente, se baseando na experiência nossa, se baseando no enfoque que nós demos desde 2007 a esse programa de ampliação, está fazendo o seu programa de ampliação também, a nível do Brasil. Esperamos que seja na mesma qualidade, como é o nosso. Porque a qualidade do nosso Ensino Médio e a qualidade do nosso Ensino Técnico e Tecnológico nas nossas escolas, no Centro Paula Souza, é superior à média nacional, mas muito superior.
As melhores escolas… Das 50 melhores do Brasil, 38 são nossas. Do Brasil, das 50 melhores do Brasil, 38 são nossas! Isso mostra o esforço do Governo do Estado e mostra o esforço, evidentemente, dos estudantes – porque são eles que vão para o exame, para o concurso. São eles que mostram, e que nos dão a possibilidade de mostrar a qualificação que nós estamos dando aqui em nosso Estado.
Portanto, eu quero aqui… É com muito orgulho que eu vejo isso que está aqui agora. É com muito orgulho que eu posso dizer que no meu início de período, agora de Governo, substituindo o nosso Governador Serra, eu posso inaugurar essa escola na Capital. E dizer que nós achamos sempre que é um dos principais programas do Governo, e que ele vem sendo executado, cumprindo 100% da meta que havia sido prevista.
Muito obrigado a vocês.
