Goldman discursa na entrega 1º trecho da Linha 4 do Metrô

Governador Alberto Goldman: Bom dia a todos. (Parabenizo) a nós todos que de uma forma ou de outra, em algum momento da nossa vida participamos deste (projeto) até chegar a […]

ter, 25/05/2010 - 16h54 | Do Portal do Governo

Governador Alberto Goldman: Bom dia a todos. (Parabenizo) a nós todos que de uma forma ou de outra, em algum momento da nossa vida participamos deste (projeto) até chegar a este momento. É talvez uma década, em que milhares e milhares de pessoas se envolveram para se chegar a isso. Que deram o seu trabalho, o seu conhecimento, a sua capacidade, desde o mais simples trabalhador. Desde o homem que cavou alguma trincheira, algum buraco. Desde aqueles que projetaram, desde os técnicos que começaram a planejar até o momento atual, certamente milhares e milhares trabalhadores desse país, desse Estado.

Portanto, a minha homenagem é (dirigida) a esses construtores do dia de hoje, são eles os responsáveis principais, cada um com a sua parcela, cada um com o seu pedaço, cada um com a sua responsabilidade, até àqueles que durante esse processo todo perderam a vida, seja no trabalho, ou seja em acidentes de trabalho, como nós tivemos no caso de Pinheiros. Foram pessoas que deram de si para que nós pudéssemos, no dia de hoje, fazer essa festa. O Governo de São Paulo está mobilizado já desde Governos anteriores, passando inicialmente pelo (ex-governador Mário) Covas, principalmente pelo (ex-governador) Geraldo Alckmin, que começou a licitação, tocou a licitação para adiante, por todos aqueles que se envolveram nesses Governos, por todos aqueles que tiveram que talvez matar um dragão por dia para que se chegasse a esse dia de hoje. Todos àqueles que conhecem, que acompanharam isso sabem que talvez tenha sido uma das obras mais complexas da história do nosso país.

E nós estamos inaugurando, nós estamos começando. Infelizmente duas pessoas deveriam estar aqui presentes e não estão, foram pessoas importantes nessa história, nesse processo, (mas) não podem estar por razões de avaliações, de legislação eleitoral. Mas eu não posso deixar de citá-las. São Geraldo Alckmin e José Serra. Se não estão aqui pessoalmente, estão em cada lugar dessa linha, em cada pedaço, em cada discussão, em cada momento para ser superado, isso vale para todos aqueles que participaram. Mas eu quero lembrar ainda mais que, além dessa participação direta, há uma participação, sempre houve e haverá uma participação direta da própria população do nosso Estado. Porque foi ela com sua contribuição, com os seus impostos, que viabiliza os recursos que o Estado de São Paulo tem, viabiliza os recursos que São Paulo terá para pagar os empréstimos que levantamos para fazer essa linha, porque essa linha não é feita apenas com recursos imediatos do Estado, é feita também com recursos e empréstimos, principalmente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e do BIRD (Banco Interamericano de Desenvolvimento) também. Temos que reforçar isso porque isso não foi doação de ninguém.São empréstimos que nós vamos pagar, o povo de São Paulo vai pagar com juros e correção.

É preciso que se coloque isso claramente porque a gente se pergunta, por que na história São Paulo a coisa mais importante que você tem na cidade, que é mobilidade para os trabalhadores que vem lá das regiões periféricas e que vão buscar empregos a dezenas e dezenas de quilômetros, que vão lá desde a cidade Tiradentes, desde a Capela do Socorro, desde o Jardim Ângela, desde lá a Brasilândia e que venham para regiões centrais buscar o trabalho, por que nós não tivemos isso até hoje? Talvez seja nas cidades com essa dimensão de 11 milhões de habitantes em uma região metropolitana de 19 milhões de habitantes, talvez seja a cidade onde a rede de metrô ainda é uma das menores. Por quê? Porque fazer metrô não dá resultados imediatos. Uma obra começa hoje e irá acabar oito, 10 anos depois, vai ter resultados 10 anos depois.

Mas nós agora no Governo de São Paulo, deste Governo, está fazendo investimento nesse período de R$ 21 bilhões, não pensando apenas no dia de hoje, mas pensando nas próximas décadas, pensando na necessidade que São Paulo tem lá para adiante, para que a população tenha condições de se movimentar dentro da cidade. Isso é uma visão diferente, não é uma visão imediatista, não é uma visão que rende dividendos imediatamente.Não há no Estado de São Paulo nenhum setor onde se tem um investimento desta dimensão, 21 bilhões em quatro anos. Nem no setor rodoviário nós tivemos isso, nem no setor de rodovias, (estamos vendo grandes obras de rodovias, o Rodoanel, ampliação de rodovias, vicinais) nem aí nós temos um investimento equivalente a esse. E isso, é investimento social.

Se tem uma coisa que atende socialmente a população é dar a ela condições de mobilidade, até porque dá a ela condições até de emprego que é coisa fundamental procurar o trabalho a subsistência de cada um. Então isso é investimento social. De vez em quando ouço dizer “o que vocês investiram no social?”. Parece que social é aquilo só o que você vê num hospital, você vê em uma escola, você vê em segurança.Mas isso é tão social quanto qualquer um desses outros itens, porque esse daqui é fundamental para a sobrevivência do cidadão, para a sobrevivência do trabalhador.

Então eu quero cumprimentar a todos, a todos que participaram, todos os trabalhadores, todos os técnicos, todos os homens de Governo, dos diversos Governos, estadual, municipal, todos aqueles que fizeram com que nós pudéssemos chegar nesse dia e dizer: São Paulo está dando um grande salto, e nos próximos anos saltar ainda mais para ser a grande cidade que nós desejamos para os nossos filhos. Muito obrigado!