Goldman discursa na cerimônia de assinatura de 156 convênios com municípios paulistas

Governador Alberto Goldman: Boa tarde a todos. Eu não lembro quando é que a gente teve uma possibilidade tão grande de ter uma máquina tão arrumada, tão azeitada  na Casa […]

ter, 04/05/2010 - 14h30 | Do Portal do Governo

Governador Alberto Goldman: Boa tarde a todos. Eu não lembro quando é que a gente teve uma possibilidade tão grande de ter uma máquina tão arrumada, tão azeitada  na Casa Civil – o (secretário estadual Luiz Antonio) Marrey e a equipe dele, na Casa Civil, o (secretário estadual de Economia e Planejamento, Francisco) Luna e sua equipe. Azeitada a ponto de a gente poder fazer centenas e centenas de convênios, porque isso requer não só uma ação do lado dos prefeitos, mas requer uma ação do lado do Poder Público.

Eu, que convivi como deputado durante uma penca de mandatos – 6 federais e 2 estaduais – sempre o que eu ouvia é que não dava tempo de se fazer os convênios, que não era possível, que era muita coisa, que faltavam documentos, que não saíam as coisas… E aqui a gente vê que quando se tem vontade política de se fazer as coisas, as coisas saem. E não é este ano só. Desde o início da administração do (ex-governador José) Serra que eu, com muita honra, prossigo – e vocês veem que não são duas administrações, é a mesma, é uma continuidade dessa administração… E eu quero manter junto com essa minha equipe a mesma velocidade que nós tivemos até agora, até o final, até o último dia, 31 de dezembro, com a mesma velocidade, fazendo aquilo que é a nossa obrigação.

Tem centenas e centenas de convênios para serem feitos, e nós vamos fazer. Evidentemente, não só depende da gente – nós estamos prontos para isso – mas depende às vezes dos prefeitos, das Prefeituras estarem em condições de oferecer a documentação necessária, e até de cumprir as obrigações de prestação de contas. Os deputados estão aí, sabem disso, acompanham isso pari passu, acompanham porque têm interesse ligado diretamente aos Municípios, porque também tem eleições este ano, estão aí presentes. Portanto, eles pressionam dos dois lados: para os prefeitos entregarem os documentos, prestarem as contas, e a nós para que nós tenhamos condição de fazer aquilo que está no orçamento. O dinheiro tem, está previsto, não há nenhuma hipótese de faltar recurso para isso, pagamos isso com todo o prazer – porque se não pagarmos isso aqui vai ficar em caixa.

Nós queremos chegar ao dia 31 de dezembro com tudo a zero. Não vamos ter déficit nenhum, como não temos tido já há vários anos em nossas administrações. Mas não queremos ter também superávit, não precisamos ter superávit, queremos chegar a zero. Ano que vem, o Governo que virá, virá com orçamento novo, com receitas a partir do dia 1º, podendo cumprir as suas obrigações também normalmente, sem problema nenhum. E nós queremos fazer com que a terra esteja absolutamente plantada, arrumada para que, inclusive, se nós não pudermos colher neste ano, que o próximo Governo colha o que tem de colher, porque isso é que é o interesse da sociedade. A sociedade nos elege, vota na gente, não para que a gente simplesmente exerça um poder e procure se manter no poder subsequentemente. Não, ela faz isso porque acredita na gente, que a gente faça uma administração dedicada ao próprio povo, de maneira que a gente possa bem utilizar os recursos que ele mesmo paga.  Nós somos apenas administradores de recursos que não são nossos. Portanto, temos uma obrigação com cada cidadão desse Estado.

É claro que nós temos uma campanha eleitoral, cada um vai se definindo como acha que deve se definir, cada um vai tocar… Nós vamos fazer o nosso papel. Governo não tem candidato, quem tem candidato somos nós. Eu tenho candidato, os nossos companheiros devem ter candidatos – espero até que seja o meu. Não sei, eu nunca perguntei, e se não for não vão ser exonerados por isso. E qual é o melhor papel que a gente pode fazer? Qual é a melhor campanha eleitoral para os nossos candidatos? É exercendo bem o papel de dirigir este Estado, cumprindo tudo aquilo que a gente se comprometeu a fazer, realizando os programas que têm que ser feitos, terminando as obras, fazendo os serviços, prestando serviço que é necessário à população. Se nós fizermos isso bem, ninguém vai fazer melhor do que a gente e que os nossos próprios candidatos.

Isso vai valer para os prefeitos também, evidentemente. Prefeito vai ter que pedir voto, prefeito vai chegar mais perto do cidadão. Nós estamos um pouco longe, os prefeitos estão mais perto, os deputados também vão estar, porque para ser deputado não basta ter apenas uma estrutura de apoio. Eu conheço isso, é contato direto, é procura, conversa direta – e eles vão poder ter o que dizer. O que dizer? Que eles estão com apoio, que o Governo está realizando com o apoio das Prefeituras, que estão realizando coisas em benefício da população. Então, quando eu vejo esse conjunto aqui, que é a sexta assinatura este ano, totalizando 124 milhões de reais – e tem mais pela frente…

Agora é um momento delicado… Por que delicado? Porque nós temos um prazo, é um prazo legal, vai assinar até o final do mês que vem, senão você não tem o convênio, é um prazo legal. Não que não possa ser feito depois – vou deixar claro para todos vocês, nós vamos cumprir, se alguma coisa não for possível ser cumprida agora, por qualquer razão que foge a nós ou que foge aos prefeitos, que foge aos deputados, nós vamos evidentemente cumprir, continuar cumprindo o orçamento – só que isso só vai poder ser feito depois do período eleitoral. Antes do período eleitoral, apenas até o final do mês que vem. E como é preciso ter um tempo até lá, para poder operacionalizar isso, nós precisamos dos documentos, precisamos de todos os elementos para poder tocar esse trabalho que vem sendo feito. Isso é uma complementação, por mais que a gente diga quantos convênios serão… Totalizando um bilhão e meio de reais, já foi um bi e meio. E serão quase dois bilhões de reais ao todo. Evidentemente, isso é uma parcela do orçamento do Estado, uma parcela até pequena.

O orçamento do Estado tem grandes investimentos. Vocês têm acompanhado os grandes investimentos que são feitos em todas as áreas que estão no orçamento. E nós estamos buscando ter as receitas, e temos as receitas suficientes – a máquina funciona muito bem, tem arrecadado aquilo que precisa ser arrecadado para a gente poder cumprir. Felizmente nós estamos em um ano melhor do que foi o ano passado. Ano passado foi um ano mais difícil, todo mundo sabe disso, foi difícil para vocês, foi difícil para nós. Este ano é um ano de melhores condições, é uma retomada de crescimento econômico. Portanto, há como resultante uma arrecadação que está correspondendo à nossa expectativa. Então, vamos continuar fazendo isso em benefício da população. E eu espero que todo mundo possa chegar com todo o realismo ao seu cidadão, de seu Município, e mostrar o que vem sendo feito. A César o que é de César. O que é parte do trabalho do Governo do Estado, dos deputados, das Prefeituras, poder ser creditado a cada um. E claro que independentemente também de partido político, porque o que eu vejo aqui na relação que eu tenho é uma enorme variedade de partidos. Todos os partidos estão aqui representados, todos eles, sejam de situação, sejam de oposição, todos têm – o que é bastante inusitado.

Não tem sido assim, não. Nos últimos 4 anos como deputado federal eu também tinha direito a emendas, como deputado federal. Muitos de vocês aqui são meus amigos, faziam parte da minha base eleitoral na época, e sabem que eu não pude fazer absolutamente nada nos 4 últimos anos de mandato. Porque eu fui, sim, como outros companheiros nossos, eu fui sim discriminado… Só que o pagamento que nós fazemos, o retorno que nós fazemos não é na mesma moeda, nós não fazemos isso. Por quê? Porque se eu estiver fazendo isso, eu estou afetando o prefeito ou o deputado que eventualmente é de oposição, mas vou estar afetando o cidadão daquela cidade – e o cidadão daquela cidade é igual, não posso tratá-lo de forma diferente pelo fato de ele ter escolhido um determinado prefeito que não é do meu agrado.

O conceito democrático – que se chama aqui de Republicano, fala-se a expressão Republicano, exatamente isso – é o respeito à decisão de cada cidadão. Nem sempre (o cidadão) faz de acordo com o que a gente gostaria como fizesse, mas é o seu pensamento, a sua ideia – e aí que se constrói o regime democrático, aí que se constrói uma sociedade melhor. Eu estou vendo aqui todos os partidos representados, não sei se exatamente na proporção, não precisa ser exato na proporção… Essa semana saiu um artigo em um jornal que parece mostrar que nós dávamos mais para os partidos que eram da base, mais próximos do Governo. Não é a realidade, nós não fazemos essa conta, não escolhemos isso. Pode, eventualmente, algum Município, em função do projeto que apresentou, ter um pouco mais, um pouco menos – mas nós não fazemos nenhum tipo de discriminação. Eu não sei quem são as pessoas, e não olho na hora de decidir… E a nossa equipe toda não vai olhar na relação para saber de que partido ele é, de que Município é, se o prefeito é bonzinho, não é bonzinho, se é nosso amigo ou não é nosso amigo. Aqui, o que vale é o interesse público. E assim foi desde o Governo Serra e assim será até o fim do nosso Governo.

Obrigado!