Goldman discursa em entrega da Etec de Santa Isabel

Governado Alberto Goldman: Bom dia a todos. É com muito prazer mais uma vez que eu venho aqui inaugurar uma escola do Centro Paula Souza, (para o qual) o Governo de […]

sex, 30/04/2010 - 16h16 | Do Portal do Governo

Governado Alberto Goldman: Bom dia a todos. É com muito prazer mais uma vez que eu venho aqui inaugurar uma escola do Centro Paula Souza, (para o qual) o Governo de São Paulo fez um grande plano. O governador José Serra logo no começo de seu mandato, em 2007, me destacou para que eu, como vice-governador e Secretário do Desenvolvimento (na época), tocasse esse programa. E nós estamos hoje tão felizes porque cada escola que a gente inaugura é parte daquele projeto que o Serra colocou em 2007, e que a gente disse que ia fazer. E que naquele momento tanta gente duvidava, porque era um projeto tão ousado, tão excepcional, de multiplicar quase duas vezes o número de alunos nas Escolas Técnicas e nas Faculdades de Tecnologia, que parecia algo impossível. E hoje, eu posso dizer a vocês que nós já ultrapassamos aquela meta que tinha sido estabelecida em 2007 e já mais do que realizamos aquilo que nós tínhamos nos proposto a realizar.

O governador Serra tem que ser cumprimentado por isso, o Governo todo, toda a equipe de São Paulo, todas as pessoas que participaram disso. Não foi só o governo de São Paulo. Helio Buscarioli, o nosso prefeito de Santa Isabel. Sem ele, evidentemente, esse prédio não existiria, foi ele que tocou isso aqui, foi ele que nos deu esse prédio, a partir de agora nós é que tocamos todo o ensino, os professores, os funcionários. Isso, daqui para diante, para sempre, e isso pode ser ampliado, se nós tivermos condições físicas pode ser ampliado. No Ensino Técnico, o número de candidatos por vaga foi de 7 a 8 por 1, e no Ensino Médio foi de 2 a 3 por 1. É muito importante que vocês saibam, todos vocês que estão aqui, tenham a convicção, tenham a certeza de que vocês estão estudando em uma escola que não é paga, não é todo mundo que consegue fazer isso. Vocês passaram no vestibular, vocês são os melhores, vocês vão ser os melhores, mas aquilo que vocês têm hoje, que é uma escola que não está sendo paga, uma escola gratuita, ela é paga por alguém, ela é paga pela população toda do Estado de São Paulo.

Ela é paga por muitos daqueles que não tem condição de fazer aquilo que vocês estão fazendo hoje, aqueles que não tem condições estão pagando a escola, o estudo de vocês. Então, é muito importante que vocês entendam isso. Eu quero cumprimentar a Laura Laganá, que é a grande diretora do Centro Paula Souza, que liderou todo esse processo, operacionalizou, botou as escolas para funcionar, está botando para funcionar um dos maiores instrumentos de ensino profissionalizante que tem no Brasil. Não tem nada comparado com isso que está sendo feito aqui no Estado de São Paulo, nada comparado e depois eu vou mostrar isso para vocês. E (quero) dizer a vocês que não tem nada mais importante que tudo isso que vocês estão fazendo hoje aqui, não há mais importante do que o curso que vocês estão fazendo aqui. O nosso prefeito, ele contou a história dele, ele não nasceu prefeito, não é? Ele não nasceu prefeito, e nem nasceu de uma família que você podia dizer “não, esse vai ser prefeito”, nasceu um homem simples.

Eu posso dizer a vocês que eu também não nasci governador, os meus pais são imigrantes, vieram de um outro país longe, lá longe, da Polônia, muito simples, muito humildes. Meu pai era vendedor de coisas pela rua, era mascate, depois se tornou alfaiate. Mas a coisa mais importante que estava na cabeça dele era dar aos filhos dele a melhor educação possível. É isso que estava na cabeça dele, podia deixar de comer, podia deixar de comprar roupa, podia deixar de fazer uma série de coisas, mas uma coisa ele não deixava: que eu ficasse (em escolas ruins), ele sempre exigia que eu ficasse nas melhores escolas que existiam, eu e meus irmãos, tinham que ficar nas melhores escolas. E foi por isso que ele conseguiu fazer com que eu me formasse em uma escola de engenharia, na escola Politécnica, da Universidade de São Paulo, e a partir daí comecei a minha carreira de engenheiro, depois de engenheiro entrei na vida política e depois vários mandatos federais, estaduais. (Agora) estou aqui como governador, então também não nasci governador. Mas só pude chegar aonde cheguei hoje, eu só pude chegar àquilo que eu cheguei como engenheiro, poder construir minha família, fazer meus filhos nascerem, fazer meus filhos irem para a escola, em boas escolas, e terem hoje bons empregos, boas condições de vida, só foi possível porque em algum momento na minha família se chegou à seguinte conclusão: o mais importante de tudo é ter uma boa escola, ter uma boa educação.

Com uma boa educação, uma boa escola, chega-se em qualquer lugar. E é isso que nós precisamos para todo o Brasil, para todos os brasileiros. Nós precisamos de boas escolas, boa educação, porque desse jeito é que o país vai para frente. Eu quero que vocês entendam tudo isso. E não fazemos isso só aqui na conversa só. Tem tanta gente por aí que sabe falar, falar, falar, mas na hora de fazer, isso não acontece. Nem sempre acontece. Mas nós estamos fazendo. Se você andarem hoje por todas as cidades praticamente do Estado de São Paulo, toda cidade acima de 50 mil habitantes tem uma Escola Técnica. Quando nós estivemos aqui em 2006, a partir de 2006 nós tínhamos aqui na região, vamos falar só aqui da região do Alto Tietê. Na região do Alto Tietê nós tínhamos em 2006 uma escola técnica em Mogi das Cruzes, hoje nós temos Escolas Técnicas, além de Mogi das Cruzes, em Ferraz de Vasconcelos, em Poá, em Santa Isabel e Suzano. E vamos ter ano que vem em Arujá. Faculdade de Fecnologia, faculdade é mais difícil. Evidentemente, não dá para fazer uma em cada cidade. O que é que tinha no Alto Tietê até 2007? Zero. Nós já temos hoje instaladas uma em Itaquaquecetuba e uma Faculdade de Tecnologia em Mogi das Cruzes.

Nós tínhamos matrículas no ensino Técnico, nós tínhamos no ano 2006, 1.668, estamos chegando agora ao final desse ano com 5.100, mais que triplicamos. Faculdades de Tecnologia, nós tínhamos zero em 2006, vamos chegar ao final agora com 1.680 matriculados nas Faculdades de Tecnologia. Ensino médio – que é o que vocês estão fazendo aqui – tínhamos 600, vamos chegar ao final do ano com mais de 2 mil. Isso tudo é realidade, isso é tudo número real, isso não é conversa do que vai ser feito, do que pode ser feito, do que deve ser feito não, você sabe com que dinheiro é feito isso? Só dinheiro do Estado de São Paulo, não tem um tostão (de verba) Federal aqui, um tostão, nenhum tostão. Temos compromisso do Governo Federal de nos mandar dinheiro, desde que eu estava na secretaria (do Desenvolvimento), quando eu era secretário até o final de 2008, depois eu fui substituído pelo Geraldo Alckmin, que saiu agora da secretaria para ser um possível candidato, vocês estão acompanhando a vida política. Desde lá, conversas que eu tinha com o ministro (do Desenvolvimento, Miguel Jorge). “(Eu falei) ministro, quando é que você pode nos ajudar? Nós estamos fazendo tudo. Tudo bem, vamos continuar fazendo, mas se você puder nos ajudar, vai ampliar, vai aumentar, vai ter mais, não precisa vim você fazer aqui, Governo Federal não precisa vim fazer aqui, manda o dinheiro aqui para o Paula Souza que nós fazemos”.

Nós sabemos como fazer, já estamos fazendo, sabemos como fazer. Contratamos milhares e milhares de professores, de funcionários, reestruturamos a carreira toda para poder dar condições de uma boa educação, para continuar sermos como somos hoje, as melhores escolas de todo o país. Todos os exames, nó somos os primeiros, em todos os exames que são feitos pelo país. Nos mandem isso daqui. Nada. No final do ano passado, veio uma notícia: “Venham aqui que vai ter dinheiro”. Eu estou aqui para falar só aquilo que é verdade, se alguém sabe alguma coisa contrária, me conteste. Depois de muito tempo, o ano passado eu já não estava na secretaria, procuraram o secretário Geraldo Alckmin, procuraram a Laura (Laganá superintendente do Centro Paula Souza e disseram:) “olha, vai ter dinheiro, nós temos uma montanha de dinheiro, queremos fazer escola para todo lugar”. (Pensei) “olha, que beleza”. (E disse) “Bom, manda, começa a mandar dinheiro para equipamento.  A primeira fase. Mandem, porque depois vai ter que contratar professores”.

Isso foi no final do ano passado, já estamos entrando em maio, amanhã é 1º de maio. Eu sei que é 1º de maio porque ontem eu vi o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) fazendo um discurso fantástico, ele (disse que) quer manter o modelo. Se é para manter o modelo do que fez até agora é para manter “modelo zero”, não fez nada, vai continuar não fazendo nada. Quanto veio do Governo Federal até agora, daquilo que disseram que vinha, quanto veio? Nada, nada. Vem quando? Virá no final do governo, quando a gente não pode nem mais fazer licitação, não dá tempo de fazer licitação. Porque para construir uma escola, para reformar uma escola, para comprar equipamento você precisa fazer uma licitação. São meses para fazer uma licitação para comprar alguma coisa. Então, isso daqui está sendo feito com recurso do Estado de São Paulo, do Governo do Estado. Que não fala apenas, que faz. É uma equipe toda que trabalha, que vocês estão vendo aqui, somos todos nós membros da mesma equipe. Então, é preciso dizer essa verdade. Essas verdades eu vou dizer, isso aqui, custe a quem custar, doa a quem doer. Não estamos aqui para falar só, estamos aqui para fazer, e estamos mostrando que estamos fazendo. Eu quero cumprimentar, porque isso não é o trabalho de um homem só, isso não começou agora.

É claro que o Serra teve a intuição da necessidade do ensino profissionalizante e deu um salto, mas já vinha do Governo Geraldo Alckmin, já vinha do Governo Mário Covas, já vinha de antes. Nós não começamos o mundo hoje, não, essas pessoas não começaram a trabalhar hoje, já vem de antes. Estamos empurrando, estamos crescendo mais, e queremos crescer mais. E eu espero que, a partir do ano que vem, com novos dirigentes, a gente possa triplicar de novo o que fizemos isso agora, a mesma triplicação que estamos até agora vamos triplicar de novo. Não é manter o mesmo modelo, não, até agora é o modelo zero, modelo nada, queremos triplicar o que fazemos agora, dá para fazer muito mais e dá para fazer melhor. Não precisa falar tanto, não precisa comentar tanto, não precisa ir tanto à televisão, não precisa tanto blá-blá-blá. Então é isso que eu quero dizer a vocês, que nós estamos fazendo. Isso que para vocês é muito importante. Não é importante só para vocês, não, que são estudantes, isso é importante para o Estado, importante para o Brasil, porque o Brasil não vai poder se desenvolver se ele não tiver gente preparada, se não tiver recursos humanos, se não tiver trabalhadores prontos a trabalhar e mover as fábricas, os negócios em geral. Para poder um país avançar é preciso ter recurso humano, não adianta só ter as terras que nós temos, não adianta só ter os recursos naturais que nós temos, não adianta só falar que temos um pré-sal e que tem um petróleo lá embaixo.

Temos, é nossa, é nossa riqueza, e daí?  Quem extrai isso de lá? Quem tira isso de lá? Quem faz aquilo lá virar riqueza? Quem faz aquilo lá movimentar o país? Quem faz movimentar as fábricas? São vocês, são vocês que vão fazer isso, com isso que nós temos que nos preocupar, com esses recursos humanos. Temos uma brutal necessidade de recursos humanos, de gente preparada e qualificada, e vocês são o futuro do Brasil, o futuro do Brasil está aí, está aí em vocês, parabéns a todos vocês que contribuíram para que a gente possa ter um Brasil melhor amanhã.