Goldman discursa durante a entrega da Etec Cepam

Governador Alberto Goldman: Boa tarde. Apesar desta Escola Técnica ser uma escola em início, é a primeira turma que começa agora, a proporção de candidato para vaga já foi 2,5 para 1. […]

ter, 13/04/2010 - 16h00 | Do Portal do Governo

Governador Alberto Goldman: Boa tarde. Apesar desta Escola Técnica ser uma escola em início, é a primeira turma que começa agora, a proporção de candidato para vaga já foi 2,5 para 1. Sem nenhuma publicidade, sem conhecimento ainda público. No momento que tiver um conhecimento público, nós vamos ter provavelmente, no mínimo, a mesma média que nós temos no restante dos cursos do Centro Paula Souza, dos cursos técnicos, que é uma proporção 6 para 1. Portanto, vai ser cada vez um vestibular mais difícil. Então, eu queria cumprimentar vocês, porque se estão aí, é porque passaram no vestibular. Não é todo mundo que consegue fazer isso. (Então) eu queria cumprimentar vocês por esse desenvolvimento que vocês adquiriram no seu processo de educação, que permitiram que vocês chegassem onde estão chegando hoje.

E para mim é uma surpresa e até uma honra, orgulho eu ver que tem tantas mulheres nesse curso. Dois terços, pelo jeito, são mulheres que estão participando no curso.  Não sei se foi um erro, talvez, de impressão, quando fizeram a convocação. Então, que vocês tinham confundido, não foi curso de gestação, não, foi de gestão, não é? Todo mundo compreendeu que era curso de gestão, até porque gestação não precisa de curso nenhum, não é? Esse é curso de gestão. E é um curso muito importante, que ele está ao lado do Cepam (Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal), ele vai ter um apoio operacional, vai ter um apoio do Cepam, que vai ser até um dos prováveis contratantes no futuro, das pessoas que estão se preparando hoje, ou vai ser aquele que vai indicar, do setor público ou do setor privado, (Isto porque) não quer dizer que quem aprende gestão pública não possa ir para o setor privado. Não está proibido com isso. Então, para mim, de qualquer jeito vai ter que passar por um concurso público, mesmo sendo gestão pública. Se é gestão pública, sempre passará por um concurso público, que todo mundo que entra no setor, tem que (ser concursado).

Nós ficamos muito satisfeitos porque nós chegamos aqui em 2006, com 14 na capital, eu vou dar os números da capital. Nós chegamos aqui em São Paulo com 14 ETECs (Escolas Técnicas) aqui na capital. Até março de 2010 agora, nós já tínhamos 36, passamos de 14 para 36. Essas 14 eram localizadas, a maioria, em regiões mais centrais. Era, por exemplo, no(s) (bairros paulistanos do) Ipiranga, Brás, Vila Prudente, Tatuapé, Lapa. O que nós procuramos é descentralizar bastantes Escolas Técnicas porque, exatamente, a população que precisa de qualificação é a população que está mais, vamos chamar assim, na periferia. Então, nós já fizemos na Artur Alvim, fizemos na Cidade Tiradentes, fizemos em Heliópolis, fizemos em Itaquera, fizemos em Jaraguá, fizemos em Santo Amaro, fizemos na Vila Formosa, Sapopemba, enfim, uma série de escolas técnicas e vamos fazer ainda mais nesse ano. Temos uma previsão de, pelo menos, mais seis – no Brooklin, Cidade Dutra, Mandaquí, Vila Carrão, Luz e Pirituba. E vamos totalizar, portanto, até o final do programa, 42 (unidades).

O prefeito (Gilberto) Kassab foi fundamental porque, praticamente, todos os terrenos, com algumas exceções, todos os terrenos foram fornecidos pelo Governo municipal, pela prefeitura de São Paulo. Então, São Paulo que começou, eu me lembro na sua campanha eleitoral, (o Kassab) falou muito disso na campanha eleitoral, falou muito na campanha eleitoral sobre as escolas, eu me lembro de ter visto você andando em uma laje da Vila Formosa. Em umas das lajes, que estavam fazendo naquela época.Essas obras estão todas entregues. Então, saímos de 14 e vamos acabar, esse ano, com 42. E das FATECs (Faculdades de Tecnologia) também. Tínhamos apenas três e vamos terminar com mais uma do Ipiranga e mais uma em Itaquera, vamos para cinco FATECs. Não está se investindo tanto quanto nas escolas técnicas, com o entendimento que nós temos é que primeiro precisa dá para a grande massa das pessoas que estão no ensino médio, que tem condição de fazer uma escola técnica. Muitos poucos, talvez, terão condição depois de fazer uma faculdade. Faculdade é um outro momento, um outro momento que o Governo do Estado vai ter que investir também, mas nós preferimos centralizar agor. Centrar, exatamente, nas Escolas Técnicas.

Para vocês terem uma ideia quanto ao número de vagas, a evolução das vagas, no ensino técnico tinha, no final de 2006, 5.360 vagas. (Com) nosso plano de expansão, nós já estamos com 15.970 esse ano, e ainda vamos, para o ano que vem, com as obras que estão em andamento para o ano que vem, (para) 18.490. Está (sendo) multiplicado por três vezes e meio o número de vagas no ensino técnico. E no ensino tecnológico, que era 1.200, nós vamos ter, no ano que vem, 1.800. É 50% a mais, não tanto quanto no ensino médio. Então, a evolução, de qualquer forma, nessa área é uma evolução muito importante. Por que que é importante? É importante para o País, é importante para o desenvolvimento do País. Não adianta você ter terra, você ter prédio, você ter fábrica, você ter equipamentos, você ter dinheiro, para tudo isso, para uma fábrica funcionar, para algum empreendimento funcionar é importante, mas tem uma coisa que sem isso não funciona, que é o recurso humano qualificado. Se não tiver gente qualificada para tocar as coisas, quem toca é o homem, a cabeça do homem, a cabeça da mulher, a cabeça do ser humano é quem toca os braços e a cabeça… E se ele não tiver formação profissional, você acaba sempre emperrando o desenvolvimento do Estado, emperrando o desenvolvimento do país.

Eu só espero que, em algum momento, o Governo Federal também se aperceba deste fato, aperceba desse fato, porque nós, enquanto nós temos agora aqui no Estado de São Paulo, para o segundo semestre desse ano nós vamos ter 66 mil vagas disponíveis no Ensino Técnico e Tecnológico, 66 mil vagas no ensino estadual e, no ensino federal, tem 3.300. O ensino estadual tem 20 vezes mais vagas, 20 vezes, multiplica por 20, são 66 mil o número de vagas que o federal está colocando à disposição. Então, é preciso também que o esforço seja feito não só pelo Governo do Estado, é preciso que o esforço seja feito também pelo Governo Federal, muito mais amplo do que vem fazendo até agora. Tem feito alguma coisa, alguma coisa aconteceu, mas muito inferior ao plano que nós estabelecemos, é o plano que nós estamos cumprindo. É uma meta que está sendo cumprida de forma absoluta que está sendo cumprida 100%, nem todas as metas a gente consegue cumprir 100%, meta é meta, não é promessa: “não, prometeu que vai fazer isso”, eu não prometi nada. A nossa meta é essa, a nossa meta. Você vai buscar a meta. Aqui, nesse caso, o Ensino Técnico e Tecnológico, estamos cumprindo a meta e vamos cumprir as metas em quase todos os programas do Governo do Estado.

O Serra saiu do Governo, deixando a coisa caminhando, toda arrumada, nós temos mantendo, basicamente, a nossa equipe, toda a equipe está mantida, praticamente toda. Nós vamos avançar para continuar nesse ritmo, nessa velocidade até o final do ano. E queremos deixar preparado, tudo preparadinho para quem chegar aqui, depois do dia 1º de janeiro do ano que vem, seja quem for eleito, saber que o quadro está arrumadinho, a terra está arrumadinha, a casa está arrumadinha, está limpa, está perfeita, tem dinheiro, tem recurso, tem projeto, tem programa, está tudo em ordem, continua na mesma velocidade, não para, não para. Está que nem aquele bastão na corrida de (revezamento) 4 x 400, (em que um atleta) entrega o bastão (a outro) na mesma velocidade que vinha, na mesma velocidade que sai, é isso que nós queremos porque isso interessa ao estado e interessa ao nosso Brasil.

Muito obrigado a todos vocês. Parabéns a todos que participaram desse trabalho!